SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.16 issue1Parental project postponement: a psychoanalytic study with couples fighting sterilityDistance professional qualification: predictors of a business plan elaboration author indexsubject indexarticles search
Home Pagealphabetic serial listing  

Psicologia em Revista

Print version ISSN 1677-1168

Abstract

FRANCA NETO, Oswaldo. A exclusão do Bartleby de Melville e a “inclusão” do doente mental na sociedade. Psicol. rev. (Belo Horizonte) [online]. 2010, vol.16, n.1, pp. 125-137. ISSN 1677-1168.

Para a psicanálise, o resto (objeto a) é aquilo que causa, que coloca em movimento. E ele faz isso por forçar a apresentação, no universal aceito, de uma hiância fundamental, algo que coloca em xeque as referências básicas desse universal, exigindo, assim, sua (re)construção. Na civilização capitalista-democrática ocidental, também encontramos nossos restos. Seriam os excluídos, significante que se tornou elemento importante em qualquer discussão que tenha conotações “humanitárias”. Busca-se sempre, nessas discussões, reincluir esse resto, absorvendo-o na rede do sistema. Essa forma de lidar com o resto retira toda sua força. Ao tratá-lo como impotência e não como impossibilidade, o resto é esvaziado de seu valor de verdade. Tomando como referência o caso Bartleby de Melville e entendendo os doentes mentais como um dos restos de nossa civilização, este texto visa a problematizar os termos “inclusão” e “exclusão” e algumas consequências de seus usos

Keywords : resto; inclusão; singularidade; universal; reforma psiquiátrica.

        · abstract in English | Spanish     · text in Portuguese     · Portuguese ( pdf )

 

Creative Commons License