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Psicologia USP

versão On-line ISSN 1678-5177

Resumo

ADES, César. A construção da teia geométrica enquanto instinto: primeira parte de um argumento. Psicol. USP [online]. 1995, vol.6, n.1, pp. 145-172. ISSN 1678-5177.

Entende-se geralmente a construção da teia orbicular como um comportamento estereotipado e resistente à aprendizagem. A fim de pôr à prova esta idéia e de detectar possíveis efeitos de experiência, aranhas orbitelas adultas, Argiope argentata (Fabricius), foram mantidas por um período prolongado em caixas-suportes de diferentes tamanhos, sendo assim levadas a construir teias de proporções e tamanhos diversos. Eram depois testadas numa caixa-suporte de tamanho intermediário. Supunha-se que a experiência prévia em tecer em contextos maiores ou menores se traduziria por diferenças nas proporções internas e/ou no tamanho das teias da fase de teste. Os dados não corroboraram esta expectativa. Podem ser tomados os resultados como mais um argumento a favor de uma visão instintivista da construção da teia: prefiro tomá-los como uma indicação de que alguns aspectos da história passada não afetam as características básicas e flexíveis do programa comportamental de construção. A questão do papel que a aprendizagem pode desempenhar na habilidade tecedora da aranha permanece aberta.

Palavras-chave : Comportamento instintivo animal; Aracnídeos; Construção da teia; Aprendizagem animal; Etologia animal.

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