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Psicologia USP

versão On-line ISSN 1678-5177

Resumo

MOEHLECKE, Vilene  e  FONSECA, Tania Mara Galli. O corpo encontra Apolo e Dionísio: potências e fragilidades. Psicol. USP [online]. 2008, vol.19, n.3, pp. 375-392. ISSN 1678-5177.

Pretendemos problematizar o corpo que não agüenta mais e suas relações com a estética. Primeiramente, pensamos a dimensão apolíneo-dionisíaca da Arte, como refere Nietzsche. Assim, Apolo nos remete às belas formas, à técnica na dança, enquanto Dionísio significa a embriaguez, os riscos e as intensidades. A dança contemporânea se faz a partir do entrelaçamento entre ambos, potencializando os paradoxos do corpo. Nesse sentido, não agüentar mais exprime uma potência do corpo, uma capacidade de não agüentar mais as velhas formas e produzir novas alterações. Ítalo Calvino pensa a literatura como composição de novas expressividades. Então, o corpo que escreve pode não agüentar mais as velhas palavras para criar novos sentidos e novas linguagens. Por fim, discutimos o quanto as práticas psi estão buscando não agüentar mais as próprias durezas, as antigas verdades, os mesmos fazeres, para compor novas intervenções e novos conhecimentos.

Palavras-chave : Corpo; Arte; Estética; Conhecimento.

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