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Winnicott e-prints

versão On-line ISSN 1679-432X

Resumo

RIBEIRO, CarolineVasconcelos. A crítica de Heidegger a Freud: quando o acesso mais originário à realidade não requisita representação. Winnicott e-prints [online]. 2006, vol.1, n.1, pp. 85-95. ISSN 1679-432X.

Nos Seminários de Zollikon, Heidegger afirma a necessidade de gestação de uma ciência do psíquico que conceba o homem - sua saúde e sua doença - sem reduzilo a uma mente que representa, a um aparelho gerador de sintomas, a um objeto causalmente explicável. Ao lançar esse desafio, a filosofia heideggeriana esbarra-se com a consolidada psicanálise freudiana, denunciando-a como devedora da metafísica moderna, uma vez que sua concepção de homem como aparelho psíquico regido por pulsões estabelece a representação como única forma de acesso à realidade, objetifica a vida humana, reduzindo-a a um campo de forças físico-matemáticas. Heidegger, então, reivindica a possibilidade de uma “ciência do homem” irredutível ao discurso objetificante. Em nossa comunicação, visamos tanto a apontar que a psicanálise freudiana não contempla o existir humano em seus modos não-objetificantes de lidar com a realidade, quanto a indicar que encontramos essa possibilidade na teoria do amadurecimento de Winnicott.

Palavras-chave : Heidegger; Psicanálise; Realidade.

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