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Vínculo

versão impressa ISSN 1806-2490

Resumo

PUGET, Janine. Teoria da técnica: o quê, como, quando, onde, por que, para quê, uma clínica de casal, de família e de grupo. Vínculo [online]. 2009, vol.6, n.2, pp. 113-140. ISSN 1806-2490.

Este artigo se inicia com indagações sobre as causas de certos enquadres que foram se impondo na psicanálise de família e de casal, e os problemas teóricos e técnicos que suscitaram tais dispositivos.  Considera-se que o presente impõe seus próprios significados e sinais, que vão além da repetição do passado, o que é denominado “imposição de um presente”. Historicamente, a psicanálise vincular começou como o parente pobre da psicanálise, embora necessário quando se encontravam obstáculos nas análises individuais. Pouco a pouco novas hipóteses surgiram e a psicanálise de família, de casal e grupo foi se afirmando no mundo psicanalítico. É destacado como grande diferença entre encontrar-se com o outro presente e falar do outro em sua ausência. Neste trabalho são diferenciados alguns conceitos - como os espaços de constituição subjetiva, o outro, a pertença ao espaço, o espaço entre dois, o lugar das diferenças - entre outros. O valor da história linear e do determinismo psíquico mudou, dando lugar ao que se vai produzindo no momento (efeito de imposição e interferência), e ao que não é previsível, chamado de Princípio da Incerteza, conceituações que ativaram resistências. Na atual concepção do vínculo é importante o que ocorre na zona de encontro entre duas ou mais pessoas, em função do efeito de presença. Faz algumas observações sobre a teoria da técnica, lembrando que a tentação de aplicar velhos esquemas conhecidos a situações novas é grande, mas há situações em que há necessidade de intervir de outras maneiras. Em uma sessão deve-se descrever mais que explicar. Desde a seleção, o importante é como, para quê, o que, para que e por que, seja por parte do casal que procura ajuda, seja por parte do terapeuta. O artigo finaliza discorrendo sobre a fragilidade de um mundo fragmentado, onde sempre se procura buscar um princípio e negar o fim, buscar um como e um por que, o que pode ser válido, desde que não cerceie a capacidade de pensar.

Palavras-chave : Efeito da Presença; Princípio de Incerteza; Interferência; Pertença; Intervenções.

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