SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.21 número1Trocas Afetivas Mãe-bebê: Revisão Integrativa da LiteraturaPsicanálise e Acompanhamento Terapêutico: Quando a Cidade se Torna o Setting Analítico da Psicose índice de autoresíndice de assuntospesquisa de artigos
Home Pagelista alfabética de periódicos  

Estudos e Pesquisas em Psicologia

versão On-line ISSN 1808-4281

Resumo

JORDAO, Guilherme Pimentel  e  DUARTE, Mariana Teixeira. Política e Conflito Psíquico: Uma Pergunta sobre o Desejo. Estud. pesqui. psicol. [online]. 2021, vol.21, n.1, pp. 316-336. ISSN 1808-4281.  http://dx.doi.org/10.12957/epp.2021.59388.

Neste artigo, será introduzido o debate acerca da condição do sujeito estruturalmente dividido enquanto ator político. Pensando a política pelo prisma da ação, encontramo-nos com a pergunta kantiana: "Que devo fazer?". Diante dela, o sujeito desejante se vê embaraçado, tanto mais quanto maior for sua liberdade para decidir. A tentativa kantiana de instituir uma Lei universal como princípio ético da ação desvia a orientação da política do caminho da liberdade e entrega o seu destino aos ditames do Supereu. As consequências desse desvio se verificam em diferentes sistemas políticos e ratificam a afirmação de Lacan, segundo a qual a pergunta pelo que fazer não pode ser feita senão por aquele cujo desejo que se apaga. Se a pergunta acerca do que fazer continua ressoando para os sujeitos enquanto agentes políticos, o modo como decidem exibe, no conflito, a marca imposta pelo seu desejo. A psicanálise, de Freud a Lacan, vem ao auxílio dessa investigação, no diálogo com a filosofia moderna e a ciência política. Resta a pergunta se, diante do conflito, que testemunha a divisão do sujeito, o desejo, poderia ser, ele mesmo, o fio condutor da ação.

Palavras-chave : política; conflito psíquico; desejo; neurose.

        · resumo em Inglês | Espanhol     · texto em Português     · Português ( pdf )

 

Creative Commons License