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Arquivos Brasileiros de Psicologia
versão On-line ISSN 1809-5267
Resumo
AMORIM, Katia e FERREIRA, Maria Clotilde Rossetti. Corporeidade, significação e o primeiro ano de vida. Arq. bras. psicol. [online]. 2008, vol.60, n.1, pp. 67-81. ISSN 1809-5267.
Trabalho anterior verificou que bebês agem e se comunicam culturalmente, apesar de não terem ainda adquirido linguagem e pensamento verbais. Questionou-se como o bebê apreende/expressa significações, organizando-se estudo sobre linguagem e significação. De abordagem histórico-cultural e com noção de inseparabilidade biológico-cultural, analisou-se microgeneticamente a aquisição do engatinhar. Verificou-se apreensão/expressão de significações ligada à percepção-ação, a significação não equivalendo à representação, mas estando materializada no e por meio do corpo. Este emergiu como elemento central, na noção de corporeidade: a pessoa corporificada está intimamente conectada ao mundo, em processo relacional, o corpo representando a interligação eu-outro; a constituição da subjetividade depende do outro, da história e da cultura. Destaca-se a relação dialógica da pessoa, em que o corpo é tanto a coisa significada, como significante; o corpo é tanto feito significado pelo sistema semiótico como representa um sistema semiótico.
Palavras-chave : Bebê; Linguagem; Corporeidade; Dialogismo; Significação.