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Arquivos Brasileiros de Psicologia
versión On-line ISSN 1809-5267
Resumen
MENEZES, Daniele et al. Das impossibilidades do racismo etnosemântico à fala como saída. Arq. bras. psicol. [online]. 2020, vol.72, n.spe, pp. 124-138. ISSN 1809-5267. http://dx.doi.org/10.36482/1809-5267.arbp2020v72s1p.124-138.
Partindo da afirmação de Kabengele Munanga de que o racismo não se fundamenta em diferenças biológicas, mas sim que ele é etnosemântico, localizamos o racismo como um sintoma de discurso e tomamos esta articulação como o eixo que autoriza que a psicanálise possa se aproximar do tema e tratar este modo de segregação. Tendo como base as teorizações de Freud e Lacan, indicamos que o racismo nasce e se atualiza na e pela linguagem. E que, para que o psicanalista possa tratar do tema, é preciso tomá-lo como um sintoma do laço social, ou seja, um sintoma de discurso. Deste modo, discutimos de que forma o racismo no Brasil, velado, recalcado e desmentido, afeta e interfere no processo de constituição subjetiva dos negros. E, para finalizar, buscamos indicar como esse que antes era falado, destituído de sua posição de sujeito, excluído e situado no lugar de dejeto, pode vir a fazer uma torção, a partir do próprio discurso, de maneira a se colocar em uma nova posição.
Palabras clave : Racismo; Psicanálise; Discurso.