SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.73 número3O pai e a função paterna na teoria winnicottianaO ato de brincar na clínica com crianças psicóticas índice de autoresíndice de assuntospesquisa de artigos
Home Pagelista alfabética de periódicos  

Arquivos Brasileiros de Psicologia

versão On-line ISSN 1809-5267

Resumo

MOREIRA, Ana Cristina Lemos  e  DARRIBA, Vinicius Anciães. A irredutibilidade constitutiva da psicanálise como fundamento de sua clínica. Arq. bras. psicol. [online]. 2021, vol.73, n.3, pp. 129-143. ISSN 1809-5267.  http://dx.doi.org/10.36482/1809-5267.arbp2021v73i3p.129-143.

Este artigo tem como objetivo interrogar se é possível estabelecer uma relação entre o que encontramos nos primeiros escritos de Freud, anteriores propriamente à fundação da psicanálise, e o que fundamenta a concepção da clínica psicanalítica por Lacan, tal como situada ao final de seu ensino. O conceito de signo da percepção, formulado por Freud em 1896, reporta-nos à incidência da linguagem no corpo e a seus efeitos, dentre eles a instituição da pulsão enquanto uma força constante irredutível à fala articulada, constitutiva da subjetividade. Já em Lacan, na década de 1970, ao propor a incidência significante no real do corpo, é postulado um gozo que não cessa de não se escrever, o qual vem a se constituir como pivô de sua orientação clínica naquele momento. Sustentaremos, assim, que, na instauração da pulsão a partir da conceituação freudiana de um aparelho de linguagem ou na exploração lacaniana de um campo do gozo, ou seja, no que se organiza em um e outro em torno do trauma da linguagem, encontrar-se-ia o fundamento da clínica psicanalítica.

Palavras-chave : Linguagem; Corpo; Pulsão; Gozo; Clínica Psicanalítica.

        · resumo em Inglês | Espanhol     · texto em Português     · Português ( pdf )

 

Creative Commons License