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Saúde & Transformação Social

versión On-line ISSN 2178-7085

Resumen

PAULON, Simone Mainieri; FLACH, Guilherme Augusto; EICH, Melisse  y  COELHO, Douglas Linhares. Apoiar, intervir e agenciar: dos diferentes usos dos dispositivos da Política Nacional de Humanização na perspectiva dos apoiadores em formação. Saúde Transform. Soc. [online]. 2014, vol.5, n.2, pp. 90-99. ISSN 2178-7085.

A Política Nacional de Humanização, em sua proposta de reafirmar e difundir os princípios do SUS, investiu na formação de Apoiadores Institucionais em todo o país. Sustentados numa perspectiva pedagógica de Formação-Intervenção, os processos formativos desenvolvidos a partir de 2006 propunham um exercício da Função Apoio ao longo dos cursos, seguindo uma lógica de inseparabilidade entre processos de trabalho e práticas de ensino. Os efeitos dessa metodologia de formação dos apoiadores institucionais na produção de saúde do SUS foram objeto de estudo multicêntrico, qualitativo, participativo e avaliativo, realizado por três universidades públicas em parceria com o Ministério da Saúde, entre 2011 e 2014. Este artigo discute o entendimento e usos que os apoiadores fizeram dos dispositivos propostos pela PNH em seus projetos de intervenção durante os cursos. A análise demonstra a necessidade de os apoiadores criarem um espaço de diálogo e produção entre trabalhadores e gestores para a difusão dos princípios da PNH, sendo o Grupo de Trabalho em Humanização o dispositivo utilizado com maior frequência para desencadear este processo. O desejo de implementar um trabalho com base no método da roda, tal como sugerido por Campos, permitindo a participação e inclusão dos diferentes sujeitos e mudanças nas práticas de cuidado em saúde também foi evidenciado nos relatos dos apoiadores. Uma das tensões que o exercício do apoio nos processos de formação-intervenção apontou foi o risco de que o uso do dispositivo assumisse importância maior que a própria implementação de diretrizes e princípios de humanização, perdendo o caráter de ferramenta de trabalho no âmbito da intervenção. Ao final, entretanto, preponderou nas narrativas dos sujeitos a dimensão processual da formação e do próprio exercício do apoio como experimentação essencial à consolidação do SUS como política efetivamente pública.

Palabras clave : Política de Saúde; Humanização da Saúde; Educação em Saúde; Pesquisa-Intervenção; Grupo de Trabalho em Humanização.

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