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Analytica: Revista de Psicanálise

versão On-line ISSN 2316-5197

Resumo

WINOGRAD, Monah  e  KLAUTAU, Perla. O irrepresentável, a repetição e o instinto de morte: psicanálise e doença neurológica. Analytica [online]. 2018, vol.7, n.12, pp. 1-21. ISSN 2316-5197.

A prática clínica envolvendo o tratamento de pacientes neurológicos com deficiências cognitivas usualmente teve na neurologia e na neuropsicologia seus eixos principais, negligenciando abordagens psicoterapêuticas e priorizando a reabilitação de funções cognitivas. Este ensaio pretende explorar o que pode ser aprendido sobre a organização psíquica de pacientes neurológicos na perspectiva do tratamento psicanalítico, em vez de avaliar a validade desse método. Apresentamos o argumento de que o cenário psicopatológico desenvolvido após a experiência e a percepção de comprometimento cognitivo se situa na interseção entre as patologias narcísico-identitárias e as neuroses traumáticas clássicas, uma vez que o golpe traumático estabelecido pela doença desestabiliza o sentimento de identidade e de continuidade na existência, dissolvendo a coesão do ego, intensificando a ação e ampliando os efeitos da pulsão de morte. Consequentemente, entendemos que o conceito de pulsão de morte, longe de ser um princípio (auto) destrutivo, deve ser entendido como cumprindo um papel na sobrevivência psíquica em face de uma inundação traumática. Finalmente, abordamos uma variedade de considerações técnicas e oferecemos algumas observações sobre os aspectos da contratransferência.

Palavras-chave : Neurose traumática; Patologia narcísico-identitária; Adoecimento neurológico.

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