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Revista Subjetividades

versão impressa ISSN 2359-0769versão On-line ISSN 2359-0777

Resumo

MAX, Raul  e  DANZIATO, Leonardo. Drogas, biopolítica e subjetividade: interfaces entre psicanálise e genealogia. Rev. Subj. [online]. 2015, vol.15, n.3, pp. 417-427. ISSN 2359-0769.

Nos tempos antigos, o consumo de drogas consistia numa prática cultural marcada por prédicas dietéticas. Contudo, na Época Moderna, as drogas tornaram-se objeto do capitalismo mercantilista e, em seguida, sua produção foi inovada e ampliada a partir das operações técnicas e científicas no século XIX. No século XX, o controle biopolítico sobre os psicoativos levou à medicalização e criminalização de seu consumo. Neste artigo, objetivamos analisar os efeitos subjetivos da biopolítica das drogas. Buscaremos uma aproximação da teoria lacaniana dos discursos com a genealogia foucaultiana. Constatamos que a produção subjetiva do toxicômano foi contemporânea à produção do homo oeconomicus, representando o seu avesso. A categoria toxicômano constituiu-se na fronteira entre a Medicina e o Direito, legitimando intervenções policiais e higienistas próprias do "Estado de exceção". Concluímos que a capitalização e a fabricação tecnocientífica das drogas e seu agenciamento biopolítico estão em função do dispositivo de gozo próprio da pós-modernidade.

Palavras-chave : biopolítica; toxicomania; subjetividade; psicanálise; discurso.

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