SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.17 número3A carência de fronteiras na adolescência da atualidade: o adolescente em pane?Na errância do "menino de rua", um ato inventivo do sujeito índice de autoresíndice de assuntospesquisa de artigos
Home Pagelista alfabética de periódicos  

Revista Subjetividades

versão impressa ISSN 2359-0769versão On-line ISSN 2359-0777

Resumo

GUERRA, Andréa Máris Campos  e  ARANHA, Mariana da Costa. Guerra, tempo e memória: duas notas sobre a mortalidade juvenil brasileira. Rev. Subj. [online]. 2017, vol.17, n.3, pp. 23-31. ISSN 2359-0769.  http://dx.doi.org/10.5020/23590777.rs.v17i3.5540.

O artigo propõe duas notas para analisar a guerra entre os jovens no microtráfico ilícito de drogas, numa interface entre Psicanálise e Antropologia, a partir da noção entre tempo e memória. Na primeira nota, trabalhamos a hipótese de que a guerra teria a função de conectar passado e futuro, pois, através da vingança, haveria uma inscrição no tempo e uma marca cunhada na história, que se perpetua pela memória. A segunda nota trabalha o circuito das mortes no microtráfico, incluindo o saber que o jovem lança mão para lidar com o mecanismo de exclusão a que está submetido. Nesse sentido, trabalhamos a hipótese de que a morte desempenha uma função estrutural no sistema de vida desses jovens e comporta uma positividade, visto que escreve a presença desses sujeitos na cidade, ainda que às avessas. Ao serem nomeados pelos registros oficiais dos dispositivos de poder, os jovens ganham inscrição, ao mesmo tempo em que se apagam na escrita de um nome na história dos homens. Assim, colocando suas vidas em risco na guerra do tráfico, os jovens parecem almejar não a morte, mas a inscrição de uma escrita marginal, que não ganha registro na língua do Outro social.

Palavras-chave : psicanálise; política; Antropologia; Juventude; Mortalidade.

        · resumo em Inglês | Espanhol | Francês     · texto em Português     · Português ( pdf )

 

Creative Commons License