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Revista Subjetividades

versão impressa ISSN 2359-0769versão On-line ISSN 2359-0777

Resumo

DANTAS, Tatianne Santos  e  MOSCHEN, Simone Zanon. Escrita, vestígio e ausência em A amiga genial de Elena Ferrante. Rev. Subj. [online]. 2019, vol.19, n.2, pp. 1-14. ISSN 2359-0769.  http://dx.doi.org/10.5020/23590777.rs.v19i2.e9156.

Neste artigo, pretendemos fazer ressoar, com a psicanálise, os efeitos da leitura do livro A amiga genial de Elena Ferrante. Encontramos nesse romance, em especial no prólogo Apagar os vestígios, a possibilidade de traçar um percurso que nos permite mobilizar elementos capazes de dar contorno à proposição freudiana de que os traços mnêmicos, constituintes do aparelho psíquico, inscrevem-se como fruto de um apagamento. Também interessará à tessitura deste texto os fios que nos chegam do trabalho de Lacan com o romance Robinson Crusoé, de Daniel Defoe - trabalho que mobiliza o movimento de ausência-presença-ausência como condição de um registro simbólico. O desaparecimento da personagem Lila Cerullo, narrado nas páginas iniciais do romance de Ferrante, nos permitirá pensar sobre a relação entre perda e criação literária. O significante vestígio, que compõe o título do prólogo de A amiga genial, indica a passarela que permite colocar em contato o pensamento da escritora italiana e as formulações freudianas sobre o inconsciente. É no rastro desse significante que espraiamos a relação com a literatura para entrever o que a ficção contemporânea pode dizer para a psicanálise.

Palavras-chave : Elena Ferrante; escrita; vestígio; psicanálise.

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