EDITORIAL

Esta diretoria chega ao fim de seu mandato e cumpre o seu dever de editar o segundo número de nossa revista. Fizemos algumas alterações na sua forma, iniciadas no número passado. A fotografia do consultório de Freud, capa de vários números anteriores, foi substituída pela reprodução da pintura a óleo sobre tela do artista Rubens Ianelli, a quem agradecemos. Com certeza, novas modificações deverão ser feitas nas gestões futuras até alcançarmos forma e conteúdo ideais.

A teoria psicanalítica é resultado de muito estudo de Freud, transformado em erudição e cultura, associado à perspicácia própria dos gênios. Se seu editor exigisse dele a bibliografia de cada escrito seu, ele, por certo, teria que relacionar tudo o que havia lido. Por dever desta ausência, esses textos contêm a originalidade que todos buscamos e que todo editor gostaria de publicar. Em geral, os autores compartilham com o leitor o conhecimento “encarnado” de um acervo intelectual adquirido numa vida. Convido nossos colegas para enviar contribuições nessas condições.

Roberto de Souza Bittencourt, escrevendo sobre a técnica psicanalítica e sua transgressão, nos dá uma emocionante lição de humanismo neste novo mundo globalizado. Carlos Pinto Correa, de Salvador, envia texto sobre o mágico Shakespeare. O tema sobre a transmissão do ensino da psicanálise continua em vigor. Anchyses Jobim Lopes traz sua contribuição sobre esse tema, resultando num texto com pequena bibliografia. Outros assuntos de interesse psicanalítico estão nos textos de nossos colegas, enviados de quase todas as sociedades que compõem o Círculo Brasileiro de Psicanálise. Agradeço a colaboração de todos, em especial, da Presidente que se despede e da incansável revisora Berenice Raelmy Silva.

O editor.