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Estudos de Psicanálise

versão impressa ISSN 0100-3437versão On-line ISSN 2175-3482

Estud. psicanal.  n.30 Belo Horizonte ago. 2007

 

 

A postura perversa é a impostura1

 

The perverse posture is the imposture

 

 

Cibele Prado Barbieri*

Círculo Psicanalítico da Bahia

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

O autor trabalha a questão da perversão como forma discursiva, apoiando-se em três situações que apontam para diferentes momentos da relação do sujeito com o gozo: a criança, o adolescente e o analista. O autor pretende focalizar os efeitos dos traços perversos na estrutura do discurso do sujeito.

Palavras-chave: Perversão, Discurso, Castração, Pulsão escópica, Criança, Adolescente, Psicanalista.


ABSTRACT

The author works pervertion as a kind of speech, supported by three situations that aim for different moments of the relation between subject and enjoyment: the child, the adolescent and the analyst. The author is going to focus the effects of the perverse lines in the structure of the talk of the subject.

Keywords: Perversion, Speech, Castration, Scopic instinct, Child, Adolescent. Analyst.


 

 

É que a perversão é algo totalmente diferente de uma entidade clínica: ela é um certo modo de pensar. Um pensamento cuja essência demonstrativa decorre das relações do perverso com a fantasia e com a Lei.2. (ANDRÉ, 1995, p. 312)

Serge André (1995) propõe a perversão enquanto modalidade discursiva e o desmentido como uma forma particular do sujeito de estabelecer sua relação com a linguagem. Os efeitos dessa modalidade de relação se expressam como uma ética própria. O autor inova ao abordar um efeito de denúncia que aparece enquanto um viés da modalidade perversa do discurso. O presente artigo inspira-se nesta proposição, partindo dela para fazer uma leitura de três situações abordadas anteriormente, em outro trabalho3.

Essas situações ocorreram num mesmo período de tempo, em 2002. A primeira situação trata de um menino trazido ao consultório pelos pais para avaliação; a segunda aborda uma cena de assédio vivida por uma adolescente no colégio em que estuda e a terceira chegou ao meu conhecimento através de relatos de estudantes que viveram a situação.

 

A criança

Atis4 tem três anos. A queixa que o traz à consulta é um receio dos pais quanto a uma possível homossexualidade do menino. A mãe é executiva da área de informática e é quem conduz a fala do casal durante a entrevista. O pai é comerciante. Mostra-se pouco à vontade durante o atendimento e se manifesta apenas quando solicitado. Enquanto ela remete a queixa à ausência do pai e a pouca convivência da criança com figuras masculinas; o pai associa o fascínio do menino por coisas femininas à admiração apaixonada que o menino tem pela irmã Gilda5 de 10 anos. Além disso, atribui a Atis um temperamento questionador e assinala, como signo da masculinidade do filho, o gênio autoritário e a rejeição dos limites que lhe são impostos.

Segundo os pais, Atis demonstra fascinação por bonecas de cabelos longos, roupas e objetos femininos. Diante disso, ambos decidiram esconder as bonecas que pertenciam a Gilda e explicar ao menino quais são as diferenças anatômicas e objetais entre os sexos.

Durante as entrevistas, Atis mostra grande desinibição e ausência da angústia de separação, típica em crianças da sua idade. Ademais, demonstra fluência e desenvoltura verbais incomuns para a sua faixa etária. Dentre os brinquedos disponíveis no consultório, ele escolhe as bonecas. Em seguida, nota o fato de estarem nuas e pergunta pelas suas roupas.

Na primeira sessão, Atis apresentou entonação caricatural, trejeitos e interjeições peculiares a encenações do feminino, mas que ao longo das entrevistas diminuíram gradativamente. A certa altura da primeira sessão, ele corre para o sanitário e lá urina nas roupas. Mantém um sorriso ambíguo, como quem se desculpa por não ter podido se conter.

A sua dificuldade em aceitar limites se expressa assim que lhe digo ser impossível levar brinquedos do consultório para casa. Diante da minha interferência, ele rapidamente se refaz. Em seqüência à minha fala, acrescenta: “só se eu...”. Repetidamente, tenta negociar a impossibilidade. Finalmente, isolamos uma fala muito reveladora: “Complicado é ter pinto. Não ter pinto não é.”

 

Um casal de adolescentes

A cena desenvolve-se em um colégio particular de Salvador. Ana6 , uma adolescente de aproximadamente dezesseis anos, séria, comportada e responsável, segundo sua mãe; e Theo7 , um rapaz da mesma faixa etária, recém-chegado no colégio, muito cobiçado entre as colegas e, aparentemente, também pela moça em questão.

Inesperadamente o rapaz a conduz a um sanitário vazio, onde passa a ameaçá-la e a imobiliza enquanto se desnuda. A aproximação de um inspetor de alunos interrompe o colóquio e a moça, em pânico, foge para casa. Ela não conta nada a ninguém até o dia seguinte. Ao saber do ocorrido, a mãe dirige-se ao colégio e pede providências à diretoria, reivindicando uma punição para o rapaz, por tentativa de estupro. O colégio questiona a sua interpretação do fato e ameniza a ocorrência abafando o caso. Segundo a mãe, o referido aluno tem relações de amizade com a diretoria do colégio.

Theo não nega seu ato. Todavia, como justificativa, alega que Ana havia feito uso de roupas provocantes durante uma atividade teatral promovida pelo colégio. Ele coloca em dúvida a retidão moral da moça e a acusa de envolvimento amoroso com professores.

O fato parece ter desestruturado os pais. Eles se mostram bastante confusos. O pai, que exige da filha uma reação ao ataque, desaparece, e por alguns dias fica sem dar notícias. Isso acontece após uma viagem de trabalho subseqüente ao fato. A relação entre os cônjuges transforma-se e fica permeada por constantes disputas e ofensas. A mãe, revoltada com o que aconteceu à filha e devido ao desaparecimento do marido, reage atacando o marido. Ele, monossilábico, parece muito deprimido e frágil e se defende dizendo que já está “em análise”.

Ana vem para a entrevista e repete ao pé da letra o relatório feito pela mãe, à exceção do discurso sobre o poder fálico que esta havia desenvolvido em causa própria durante a primeira entrevista. Cabe mencionar que essa mãe é uma mulher extremamente altiva e atraente; enquanto o pai é um homem franzino e apagado, que se mostra arrasado pela situação.

 

O analista

Uma faculdade de Psicologia em Salvador propõe aulas práticas de psicanálise. A faculdade oferece atendimento terapêutico chamado de psicanalítico. Através de um termo de consentimento assinado no início do acompanhamento, o paciente aceita submeter-se à análise num ambiente equipado com espelhos através dos quais os estudantes assistem às sessões para posterior discussão.

 

Da impostura uma leitura

Será que assistimos no caso de Atis ao nascimento de um fetiche? Que estrutura resultará dessa dinâmica Edípica que se apresenta em pleno curso?

Na cena dos adolescentes, poderíamos tomar o ato de Theo como um ato perverso?

E o analista, que em nome de um ensino convida o paciente a participar de uma cena que envolve a exposição da intimidade terapêutica a ouvidos e olhares indistintos: que desejo o move nessa proposta de escuta assistida? Que posição ética justificaria tal ato? Que efeitos podem surgir no paciente - e no analista - que se instala numa sala cheia de espelhos, sabendo que é observado por outrem?

Como nosso tempo é exíguo neste artigo, tentarei fazer uma leitura desses discursos isolando seus efeitos enquanto modalidades perversas que se expressam na estrutura do discurso do sujeito, como propõe Serge André (1995).

Tomemos inicialmente o discurso da criança. Não é permitido levar os brinquedos do consultório para casa, digo-lhe. Ao que ela acrescenta na seqüência: “Só se eu ...” Que equivaleria à fórmula: Não existe um pênis na mulher. Só se eu ... colocar um véu de longos cabelos onde há o pênis... que não existe. Podemos perceber aí uma estrutura discursiva que permite jogar com a verdade da castração em nome da verdade subjetiva. Desta forma, evita-se a vivência da angústia através de uma argumentação que desmente a castração.

A mãe não tem pênis, mas, ainda assim, ela é fálica. E o véu do fetiche sustenta tal verdade como um substituto que cobre a ausência com uma presença reiterada: bonecas de cabelos longos, roupas e objetos que cobrem os corpos para iludir a falta fálica.

Guy Clastres diz que

[...] só se desmente a verdade e em nome da verdade [...] O perverso é aquele que na sua estrutura clínica, de uma parte reconhece a castração materna e, ao mesmo tempo, funciona no sentido de desmenti-la. Seu ato é sustentado subjetivamente por uma relação ao desmentido, contrariamente ao que se passa no lado neurótico. Poder-se-ia dizer que no caso do desmentido há um NÃO que remete, ao mesmo tempo, a um SIM, mas também a um NÃO.8(CLASTRES, 1999, p. 32-33).

Diante disto, lembramos o que a criança nos diz: Complicado é ter pinto. Não ter pinto não é. Quem não tem nada, nada tem a perder e não sofre a angústia de castração. Gerard Pommier articula o gozo fálico à perversão e ao desejo da mãe:

Através de cada uma de suas falas, uma mãe reclama algo cuja significação permanece incompreensível, e se o corpo da criança deve responder a essa demanda, aquilo que ela diz provocará uma inquietude. O pesadelo primeiro, a fobia, a angústia de um despedaçamento, se reúnem nesse temor de que o corpo seja aprisionado, engolido pelo furo escavado pelas palavras de seu amor [...]9(POMMIER, 1987, p. 129).

Sabemos que o amor é a moldura do gozo. Na relação mãe/filho, trata-se do gozo da mãe com o todo do corpo do filho; e do gozo do filho, com as partes do corpo todo da mãe, pois, nesta relação, a mãe é “toda”. Ser o falo da mãe implica sempre uma destituição subjetiva e a impossibilidade de obter um falo próprio (3° tempo do Édipo). Ser, encenar, vestir-se ou fazer-se de falo sustenta a existência da mãe como fálica, e não a do filho. O condicionamento desta relação pode desembocar na perversão. No caso de Atis, parece que ele trata de denunciar, ao mesmo tempo em que desmente a castração feminina – tanto da mãe quanto da irmã – e, assim, proteger-se da própria castração.

No caso dos adolescentes, notamos uma estrutura discursiva semelhante. Tal estrutura, se não corresponde à perversão enquanto estrutura clínica, pode, no mínimo, encontrar correspondência no que chamamos de traço de perversão; ou seja, um comportamento sexual montado sobre uma fantasia que veicula um gozo. Isto pode ocorrer em qualquer estrutura clínica. Mas, neste episódio em particular, podemos extrair pelo menos dois efeitos compatíveis com o ato perverso. O primeiro é um efeito de gozo implicado na finalidade do ato, que é de provocar a divisão subjetiva do outro. A divisão do outro permite ao sujeito gozar resguardado da angústia de castração; é o outro que se choca, é o outro que sofre o horror de se constatar castrado e impotente, enquanto o sujeito permanece sem divisão. É o triunfo sobre a angústia de castração.

O segundo efeito é ético e permeia o argumento através do recurso à moralidade. Tal argumento propõe, no estilo do herói sadeano, o direito de gozar do corpo do outro. A vontade de gozo fica então instituída como lei natural. E o sujeito – colocando-se em posição de objeto – opera uma inversão da relação com o outro, denunciando a verdade sobre o seu desejo e a sua falta. O outro é que desejou e provocou seu ato, não ele.

Esta impostura se presta ao aliciamento do neurótico “incauto” que, fisgado, colhido pela ressonância entre esses efeitos de gozo e a sua verdade recalcada, facilmente embarca na montagem perversa. Participa dela do mesmo modo que no chiste, onde um diz a verdade e os outros dela desfrutam. Freud (1938) esclarece que aquilo que o perverso realiza, põe em ato, é o que o neurótico sonha fazer. Ali, onde o neurótico estanca o desejo, o perverso, sob a proteção de uma impostura, avança em sua vontade de gozo. O neurótico deseja e recalca. O perverso quer gozar e avança em direção ao ato.

Sabemos que a fantasia fundamental é essencialmente perversa em ambos os casos discutidos neste artigo. Contudo, compete-nos afirmar que, no discurso do perverso, a fantasia se enuncia articulada à lei, tomada como direito de gozo e com recurso à moral.

Sobre isso Serge André argumenta que:

[...] estou convencido de que existe uma maneira perversa de enunciar a fantasia, sobre a qual Sade [...] nos dá indicações preciosas. A perversão, em suma, é uma questão de estilo. Com isso quero dizer que é em sua própria fala que o perverso começa a atuar.Sabemos que o neurótico se cala sobre a sua fantasia, ou que só a entrega, na experiência analítica, com extrema dificuldade, como uma confissão arrancada à vergonha, cercando-se de toda sorte de precauções. É que, para ele, fazer a fantasia passar da cena privada para a cena pública, confiando-a a um ouvinte, equivale, automaticamente, a se apontar como culpado e se expor às censuras do Outro. Não é o caso do perverso, pelo menos do perverso confesso, que manifesta, ao contrário, uma tendência a exibir suas fantasias, muitas vezes à maneira de uma provocação. (ANDRÉ, 1995 p. 43-44, grifos nossos).

Quem alguma vez já se submeteu à análise e a levou às últimas conseqüências, sabe do que Serge André está falando. Sabe que, na maioria das vezes, não se fala da fantasia nem para si mesmo. A não ser que haja uma intenção de expô-la. Como é possível conceber, então, uma análise sob observação?

Ao longo do seu trabalho, Freud percebeu que o lugar atribuído ao olhar, a própria relação face-a-face, criava obstáculos tanto do lado do paciente quanto do analista. Com a adoção do divã, ele buscou minimizar a mobilidade do corpo, a pulsão escópica e seus efeitos sobre o processo de análise.

No Seminário 1110, Lacan (1964, p. 78) é questionado por Audouard, que pergunta: “[...] em que medida é preciso, na análise, fazer o sujeito saber que o olhamos, quer dizer, que estamos situados como aquele que olha no sujeito o processo de se olhar?”

A resposta de Lacan é a seguinte:

[...] o plano da reciprocidade do olhar e do olhado é, mais que nenhum outro, propício, para o sujeito, ao álibi. Conviria então para nossas intervenções na sessão, não fazê-lo estabelecer-se nesse plano [...] não é por nada que a análise não se faz face a face11. A esquize entre olhar e visão nos permitirá, vocês verão, ajuntar a pulsão escópica à lista das pulsões. Com efeito, ela é a que ilude mais completamente o termo da castração. (grifos nossos).

Para Freud, o olhar é uma das pulsões parciais que o analista deve evitar satisfazer na situação analítica. O atendimento numa sala de espelhos, além de instalar, já de saída, o neurótico numa cena pública, fornece o álibi perfeito para um gozo permitido, livre dos infortúnios da castração. Uma situação que oferece álibi à angústia de castração não pode, então, propiciar o ato analítico, não pode ser concebida como tal, mas apenas como manobra que favorece a realização de uma satisfação de cunho perverso.

Segundo Serge André (1995, p. 41), o desejo do analista não é um desejo puro e “[...] poderia ser definido como o desejo de um homem prevenido”12. Em outras palavras, isto significa que o analista deve tomar seu próprio desejo de tornar-se analista como um desejo eminentemente suspeito, que fatalmente intervirá na sua postura.

Lacan13 (1964) afirma que nesta história existem duas vertentes diferentes: de um lado, o que o analista quer fazer do paciente; de outro, o que o analista quer que o paciente faça dele. Nesta lógica, temos o par da fantasia do analista: o analista na posição de sujeito e o analista no lugar de objeto. Este par nos guia numa leitura possível desta escuta dita analítica: o que quer um analista que introduz no dispositivo analítico o olhar de terceiros? Esse terceiro, colocado em posição de espectador da cena analítica, vem compor um cenário que evoca o sonho paradigmático do Homem dos Lobos14 (FREUD, 1918).

Analista e analisando, colocados no centro da cena, assumem a posição de objeto dos olhares de vários outros. Esta relação remete ao movimento de retorno da pulsão escópica – ver, ser visto, ser visto vendo –, que mobiliza nesse contorno um gozo que se desdobra sobre si mesmo.

Se, por outro lado, tomamos a argumentação de uma transmissão fiel dos procedimentos da análise, - de um ver para crer proposto pela metodologia da ciência - descobrimos que sob este argumento jaz uma lógica ao estilo sadeano15 de tudo dizer, tudo mostrar, tudo observar, para desmentir a falta. Insinua-se aí um desejo de encarnar o mestre detentor do saber fazer, o modelo a ser seguido por um aluno tomado como Coisa, no sentido de Das Ding: coisa que olha.

Para finalizar, retomamos Serge André (1995, p. 312): “[...] situar o perverso como o moralista de nosso mundo, entregue às exigências cada dia mais desumanas do discurso da ciência, sem dúvida não seria a descoberta menos irônica da psicanálise atual”16.

Mais irônico ainda é, sob a égide de uma didática, fazer da psicanálise mais um modo de gozar.

 

Referências

ANDRÉ, Serge. A Impostura perversa. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora, 1995.        [ Links ]

CLASTRES, Guy. Ato neurótico e ato perverso. In: Folha, Revista da Clínica Freudiana nº 32-33, Salvador: Ed. Fator, junho/1990.        [ Links ]

FREUD, Sigmund. Três Ensaios sobre a teoria da Sexualidade. v. VII. E.S.B., 1905.        [ Links ]

FREUD, Sigmund.Totem e Tabu v. XIII. E.S.B., 1912.        [ Links ]

FREUD, Sigmund. História de uma neurose infantil. v. XVII. E.S.B., 1918.        [ Links ]

FREUD, Sigmund. Uma criança é espancada. v. XVII, 1919.        [ Links ]

FREUD, Sigmund. Análise terminável e interminável. v. XXIII, cap. 7. E.S.B., 1937.         [ Links ]

FREUD, Sigmund. Esboço de Psicanálise. v. XXIII. E.S.B., 1938.        [ Links ]

FREUD, Sigmund. A divisão do ego no processo de defesa. v. XXIII. E.S.B., 1938.        [ Links ]

LACAN, Jacques. O Seminário. Livro 11. Os quatro conceitos fundamentais da Psicanálise. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora, 1979.        [ Links ]

LACAN, Jacques. Kant com Sade. In: Escritos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora, 2000.        [ Links ]

POMMIER, Gerard. A exceção feminina - Os impasses do gozo. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora, 1987.        [ Links ]

 

 

Endereço para correspondência:
R. João das Botas 183, s/310 - Canela
Salvador Bahia
40110-160
Tel: (71) 32456480
E-mail:cibele@circulopsibahia.org.br

Recebido em 15/5/2007

 

 

* Psicanalista. Membro do Círculo Psicanalítico da Bahia.
1Trabalho apresentado no XIII Fórum Internacional de Psicanálise, Belo Horizonte, agosto de 2004
2A Impostura perversa, p. 312.
3Este trabalho retoma a palestra apresentada na abertura da XIV Jornada do Círculo Psicanalítico da Bahia sobre “O viés perverso da Sexualidade”, out. 2002. In: Revista Cógito, Salvador, n. 05, p. 11-17, para focalizar a questão da perversão como discurso.
4Nome fictício, para preservar a identidade da criança.
5Idem.
6Idem.
7Idem
8Ato neurótico e ato perverso. In: Folha, São Paulo, p. 32-33. Publicação da Clínica Freudiana, 1990.
9Gozo fálico, Perversão. In: A exceção feminina – Os impasses do gozo. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1987. p. 129.
10O Seminário, Livro 11, p. 78. Os quatro conceitos fundamentais da Psicanálise.
11Grifos nossos. p. 78.
12A Impostura perversa. p. 46.
13O Seminário. Livro 11, p. 151.
14História de uma neurose infantil. v. XVII. E.S.B., 1918.
15Sobre esta questão ver o texto de Lacan Kant com Sade, In: Escritos. p.776
16A Impostura perversa, p. 312.

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