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Estudos de Psicanálise

versão impressa ISSN 0100-3437

Estud. psicanal.  no.33 Belo Horizonte jul. 2010

 

 

O Nome do Pai e o Laço Social no Grande Sertão: Veredas

 

The Name of the Father and the social bonds in “Grande Sertão: Veredas”

 

 

Eliana Rodrigues Pereira Mendes1

Círculo Psicanalítico de Minas Gerais

International Federation of Psychoanalytic Societies

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

A autora rastreia a importância da nomeação de Riobaldo, personagem principal do romance Grande Sertão: Veredas, desde quando ele era órfão de pai, sem sobrenome, até se constituir no jagunço Riobaldo Tatarana e depois no chefe “Urutu Branco”. Riobaldo “faz seu nome” nas andanças pelo sertão, até que se converte ele mesmo em pai-chefe-nomeador, numa ressignificação subjetiva, estabelecendo laços sociais definitivos com seus comandados.

Palavras-chave: Nome do Pai, Nome próprio, Laço social, Ressignificação subjetiva.


ABSTRACT

The author tracks back the importance of the nomination of Riobaldo, main character of the romance “Grande Sertão:Veredas”, since he was a nameless orphan boy, till his constitution as the gunman Riobaldo Tatarana, and after that, as the chief “Urutu Branco”. Riobaldo builds up his name along his journey throughout Brazilian wilderness, and converts himself into a nominating-father-chief, in a subjective re-signification, establishing definite social bonds with his followers.

Keywords: Name of the Father, Proper Name, Social Bonds, Subjective Re-signification.


 

 

DIGO: O REAL NÃO ESTÁ NA SAÍDA NEM NA CHEGADA: ELE SE DISPÕE PARA A GENTE É NO MEIO DA TRAVESSIA (ROSA, 1984, p.47)

Do que se vai tratar aqui é da Travessia de Riobaldo – “Ah, esse... tristonho, levado, que foi – que era um pobre menino do destino, (ROSA, 1984, p.14), pelas veredas do Grande Sertão até se tornar o jagunço Riobaldo Tatarana e depois ganhar a investidura do chefe Urutu Branco.

O primeiro laço que se apresenta na narrativa é o monumental monólogo catártico no qual Riobaldo (ROSA, 1984) convoca um interlocutor que não se revela, mas que representa todos nós, seus fascinados leitores.

O senhor é de fora, meu amigo mas meu estranho. Mas talvez por isto mesmo. Falar com o estranho assim, que bem ouve e logo longe vai embora, é um segundo proveito: faz do jeito que eu falasse mais mesmo comigo. Mire veja: o que é ruim, dentro da gente, a gente perverte sempre por arredar mais de si. Para isso é que o muito se fala? (p.31).

Através da narrativa, Riobaldo reconstrói sua travessia. No seu discurso, vai em busca de uma nomeação e do sentido de estar no mundo. Faz sua ressignificação subjetiva.

 

A impotância do nome próprio

Quando alguém é reconhecido por todos, dizemos que essa pessoa tem nome, fez um nome. Em certas tribos indígenas, os guerreiros escondem seus nomes dos inimigos, pois se estes os souberem, podem enfeitiçá-los ou enfraquecê-los. Na religião judaica, Deus é chamado de Javé, aquele que é, sem nenhuma predicação. Nas tábuas da lei, o segundo mandamento em ordem de importância é: “Não tomar seu santo Nome em vão”. O nome é, pois, algo sagrado, que se constitui no respeito e no reconhecimento. Da mesma forma, quando o nome inexiste, o ser se acha destituído de valor (MENDES, 1993, p.23).

Num artigo de Jorge Forbes (1988) intitulado Os caminhos lógicos da Psicanálise: o Nome Próprio, discute-se o fato de que, numa análise, o que se faz são tentativas de significação. O que o analisando tende a buscar são os justos atributos que lhe definam quem ele é. “Quero me conhecer melhor” é uma das demandas mais frequentes de quem se põe em análise. Diz Forbes que o conhecimento do que somos e quais os atributos que nos identificam tornam mais fácil a nossa ação. Para alguns teóricos da lógica, um nome é ligado a seu referente por uma descrição. Já outro autor, como Saul Kripke (1980), em seu livro Naming and Necessity, opõe-se a esse pensamento e diz que o nome próprio é um designador rígido, porque contém nele mesmo mais do que qualquer descrição, qualquer predicação possam significar. Designador porque designa e não significa. Rígido porque é invariante, mesmo com o contexto alterado.

No entanto, um nome próprio pode-se tornar comum, passível de predicação, quando alcança uma grande abrangência. Um pequeno analisando de seis anos me disse certa vez: “Sabe, minha irmã agora tem uma Eliana, só que a dela é homem”. Pode até se transformar numa ação. Mas a significação do nome próprio sempre nos escapa. Ele é o nome do silêncio, onde cala o saber e se designa o ser. Voltando a Riobaldo chegamos à:

 

Orfandade no sertão ou onde o nome não existe

No Mal-Estar na Civilização, Freud (1930, p 90) diz: “Não consigo pensar em nenhuma necessidade da infância tão intensa quanto a proteção de um pai”. No sertão, a orfandade é comum. Numa das mais belas passagens do Grande Sertão, Diadorim fala para Riobaldo: “- Riobaldo, se lembra certo da senhora sua mãe? Me conta o jeito de bondade que era a dela...” Riobaldo: “toda mãe vive de boa, mas cada uma cumpre sua paga prenda singular, que é dela e dela diversa bondade. Para mim, minha mãe era a minha mãe, essas coisas. A bondade especial dela tinha sido a de amor constando com justiça, que eu mesmo precisava. E a de, mesmo no punir meus desmaseios, querer bem às minhas alegrias.” “Pois a minha eu não conheci”... Diadorim prosseguiu no dizer: “ E disse com certeza simples, igual quisesse falar: barra – beiras – cabeceiras... Fosse cego de nascença”. Diz Riobaldo: “Para mim, o que pensei, foi: que eu não tive pai, quer dizer isso, pois eu nunca soube autorizado o nome dele. Não me envergonho, por ser de escuro nascimento. Órfão de conhecença e de papéis legais é o que a gente mais vê, nestes sertões. Homem viaja, arrancha, passa: muda de lugar e de mulher, algum filho é o perdurado” (ROSA, 1984, p.33).

De Riobaldo, a princípio, só se conhece a mãe, a Bigri, sem sobrenome. Mas quando ela morre, ele é levado ao “padrinho” Selorico Mendes, que lhe diz: “De não ter conhecido você esses anos todos, purgo meus arrependimentos” (p.86). Na casa do padrinho, foi bem tratado e educado, mas não carregou seu nome, apesar de lhe ter herdado as fazendas. Esse pai, surgido assim de surpresa, não foi suficiente para fixar Riobaldo numa identidade de filho. “Eu não gostava dele, nem desgostava. Mais certo era que com ele não soubesse me acostumar. Acabei, por razão outra, fugindo do São Gregório, o senhor vai ver. Nunca mais vi meu padrinho” (p.89). Ao saber que Selorico Mendes era seu pai...

Parece até que, de algum encoberto jeito, eu daquilo já sabia... Perguntar a ele, fosse? Mas eu não podia, não. Perguntar a pessoa nenhuma; chegava... Não desesquentei a cabeça. Ajuntei meus trens, minhas armas, selei um cavalo, fugi de lá... Razão por que fiz? Sei ou não sei. De ás eu pensava claro, acho que de bês não pensei não. Eu queria ferver (p.94- 95).

Esse ferver, Riobaldo foi achar entre os jagunços, aos quais se junta.

 

Jagunços, onde o nome próprio é um predicado apenas

“E o que que eu era? Um raso jagunço atirador, cachorrando por este sertão”. (p.309)

No livro Cabeça de Porco, sobre os jovens transgressores, o autor Luiz Eduardo Soares (2005, p. 206) comenta:

A identidade só existe no espelho e esse espelho é o olhar dos outros, o reconhecimento dos outros. É a generosidade do outro que nos devolve nossa própria imagem ungida de valor... Nada somos... se o olhar do outro não nos recolher e salvar da invisibilidade... invisibilidade que nos anula e que é sinônimo, portanto, de solidão, falta de sentido e valor.

Entregues à própria sorte, os jagunços não têm visibilidade social. Condenados a não ter desejos, pois não são constituídos como sujeitos, vivem na precariedade do momento, sob a premência do gozo. Se sua vida nada vale, qualquer risco pode ser aceito sem medo.

“Jagunço não se escabreia com perda nem derrota – quase que tudo para ele é o igual. Para ele a vida já está assentada: comer, beber, apreciar mulher, brigar e o fim final... Jagunço já é homem meio desistido de si” (ROSA,1984, p.44). “Jagunço: a gente é bravo d’armas, para o risco de todo dia, para tudo o miúdo do que vem do ar” (p.209). “Conheci que fazendeiro-mor é sujeito da terra definitivo, mas que jagunço não passa de ser homem muito provisório” (p.309).

“Morrer em combate é coisa trivial nossa, para que é que a gente é jagunço? Quem vai em caça, perde o que não acha” (p.212).

“Jagunço é o sertão” (p.238). “Sertão é o sozinho. Sertão é dentro da gente” (p.237).

O Sertão é a dura natureza do jagunço, lá onde “quem moi no asp’ro não fantaseia” (pg.9). “Sertão é onde o pensamento da gente se forma mais forte do que o poder do lugar. Viver é muito perigoso” (p.21). “- O senhor sabe: sertão é onde manda quem é forte, com as astúcias. Deus mesmo, quando vier, que venha armado! E bala é um pedaçozinho de metal”... (p.16) – “O sertão é sem lugar” (p.271).

- “O sertão não tem janelas nem portas. E a regra é assim: ou o senhor bendito governa o sertão, ou o sertão maldito nos governa”. (p.377).

- “Sertão não é malino nem caridoso... ele tira ou dá, ou agrada ou amarga, ao senhor, conforme o senhor mesmo” (p.399).

- “O sertão é bom... tudo aqui é perdido, tudo aqui é achado” (p.247). “O sertão é do tamanho do mundo” (p.57).

- “Sertão é isso: o senhor empurra para trás, mas de repente ele volta a rodear o senhor pelos lados. Sertão é quando menos se espera” (p.219). “Sertão é uma espera enorme” (p.441).

- “Cidade acaba com o sertão. Acaba?” (p.120).

- “Sertão é o sozinho. Sertão: é dentro da gente” (p.237).

O sertão, penso eu, é o inconsciente, sem tempo, com sua lógica própria, dentro de cada um. É a metáfora da solidão do ser humano, entregue a si mesmo, diante de algo que não pode controlar. Sem intermediação da ordem simbólica, Deus e o Diabo, o bem e o mal, são sempre invocados, pois se sabe que ali não chegam outras instâncias. “E nisto, que conto ao senhor se vê o sertão do mundo: que Deus existe, sim devagarinho, depressa. Ele existe – mas quase só por intermédio da ação das pessoas: de bons e de maus. Coisas imensas no mundo. O grande sertão é a forte arma. Deus é um gatilho?” (p.263). “Mas o demônio não existe real, Deus é que deixa se afinar à vontade o instrumento, até que chegue a hora de dançar. Travessia, Deus no meio... Deus nunca desmente. O diabo é sem parar” (p.237). “É preciso de Deus existir a gente, mais, e do diabo divertir a gente com sua dele nenhuma existência” (p.239).

Ao chegarem ao bando, os jagunços têm como nome apenas seus predicados, pois não trazem uma ascendência ou pertinência social. Seus nomes dependem do contexto em que estão. Por isso temos: o Azinhavre, o Sangue d’Outro, o Rasga-em-baixo, o Mão-de-Lixa, o Marimbondo, o Zé Onça, Pau na Cobra, Nhô Faísca, entre tantos outros.

 

O nome do pai, os chefes, ou a possível nomeação

O Édipo Freudiano pode ser visto, como o fez Lacan, como uma travessia da natureza para a cultura. O pai exerce uma função simbólica que é a de dar seu nome para o filho, encarnando assim a Lei. Se o que faz do homem um homem é a sua possibilidade do uso da linguagem, e é o que permite que ele faça laço social, a grande função paterna é a de nomear e de dar à criança o acesso à sua identidade e à sua condição de sujeito desejante. Os chefes dos jagunços se constituem, para os deserdados do sertão, nos verdadeiros pais que os nomeiam e os fazem pertencer, enfim, a uma linhagem. Todos eles têm nome e sobrenome, que vão passar como designação para seus seguidores. São pais primevos, que, na ausência de uma lei oficial, ordenam o mundo à sua maneira. “Esses homens... Todos puxavam o mundo para si, para o concertar consertado” (p.14). De chefe em chefe, Riobaldo vai fazendo sua filiação.

 

O primeiro foi: “Medeiros Vaz – o Rei dos Gerais” (p.50)

Insatisfeito com os desmandos do sertão, resolve ele mesmo impor uma lei aos bandos de desordeiros, incendeia sua fazenda e parte para o mundo distribuindo justiça. “Perto dele até o doutor, o padre e o rico se compunham. Podia abençoar ou amaldiçoar... de beijar a mão dele ninguém se vexava. Por isso nós todos obedecíamos. Cumpríamos choro e riso, doideira em juízo. Tenente nos gerais – ele era. A gente era os Medeiros-vazes” (p.35).

 

Outro chefe: Zé Bebelo – José Rebelo Adro Antunes

“Se o senhor não conheceu esse homem, deixou de se certificar que qualidade de cabeça de gente a natureza dá, raro de vez em quando... Aquele queria saber de tudo, dispor de tudo, poder tudo, tudo alterar... Considerava o progresso de todos – como se mais esse todo Brasil, territórios... Amigo, foi uma das pessoas nesta vida que eu mais prezei e apreciei” (p.58-59). Seus jagunços eram os zé bebelos, formando, segundo Riobaldo “a zebelândia” (p.106).

 

Joca Ramiro: José Otávio Bettancourt Marins

- “Um Messias” (p.90). “Ele era um homem... Liso bonito... A gente tinha até medo de que, com tanta aspereza da vida, do sertão, machucasse aquele homem maior, ferisse, cortasse. E quando ele saía, o que mais ficava na gente, como agrado de lembrança, era a voz. Uma voz sem perigo de dúvida, sem tristeza. Uma voz que continuava” (p.190). Pergunto eu: a voz do supereu, enfim se formando através desse “pai idealizado”?

“Joca Ramiro era lorde, homem acreditado pelo seu valor. Chamava seu bando: Meus meninos, meus filhos” (p.198). Eles eram “o pessoal ramiros” (p.106). É o assassinato de Joca Ramiro, morto por Hermógenes, que o bando de Riobaldo vai vingar. Numa fusão de nomes Zé Bebelo, em seu entusiasmo, assim conclama a “família” para a luta: “Zé Bebelo Vaz Ramiro, viva o nome! A gente vinha sobre o rastro deles, dos Hermógenes – por matar, acabar com ele, por perseguir” (p.139).

 

O inimigo: Hermógenes Saranhó Rodrigue Felipes

... “Já nasceu formado tigre e assassim” (p.14). “Esse não sofria, não cansava, nunca perdia nem adoecia – positivo pactário... Para matar ele sempre foi muito pontual” (p.313). “Hermógenes era fel dormido, flagelo com frieza. Ele gostava de matar, por seu miúdo regozijo” (p.131). “Aí, are, foi que de verdade eu acreditei que o inferno é mesmo possível” (p.139).

Riobaldo, um homem dividido entre Deus e o Diabo, entre um amor solar por Otacília e um turvo amor por Diadorim, não tinha certezas. Não queria ser chefe. “Sou de ser e executar, não me ajusto em produzir ordens” (p.63). “Ninguém nem mal me ouvia, achavam que eu era zureta ou impostor, ou vago em aluado... A conversa dos assuntos para mim mais importantes amolava o juízo dos outros, caceteava. Eu nunca tinha certeza de coisa nenhuma”. (p.387). “A gente só sabe aquilo que não entende” (p.290). “A gente sabe mais de um homem é o que ele esconde” (p.259). “Sou um homem ignorante. Gosto de ser. Não é só no escuro que a gente percebe a luzinha dividida?” (p.237).

Só aceitou a chefia depois de se embrenhar pelas Veredas Mortas e chamando pelo diabo, não ter tido resposta. Só encontra o silêncio. “O senhor sabe o que o silêncio é? É a gente mesmo, demais” (323). “O diabo não há! É o que eu digo, se for... Existe é homem humano. Travessia” (p.465).

Riobaldo encontra-se consigo mesmo, no silêncio do seu nome e tem assim sua definitiva nomeação.

“Fui o chefe Urutu Branco – depois de ser Riobaldo Tatarana e de ter sido o jagunço Riobaldo” (p.414). Tatarana é a lagarta de fogo, primeira predicação de Riobaldo. “Talento meu era só o aviável de uma boa pontaria ótima em arma qualquer” (p.287). Urutu Branco é a serpente perigosa e sorrateira, que dá o bote no inimigo. “Mas você revira o sertão... Tu é terrível, que nem um Urutu Branco” (p.335). “Tinham me dado em mão o brinquedo do mundo” (p.336).

O predicado Urutu Branco passa a ser um nome próprio: “O Urutu Branco”, enquanto um nome próprio, Hermógenes, depois de morto, passa a ser uma predicação, quando Riobaldo confere o corpo sem vida do inimigo: “Assim de certo resumido: já ficou amarelo completo... – cara sepultada... Um Hermógenes”. (p.456).

Riobaldo, finda a vingança, abandona a vida de jagunço com o nome feito. Ao se perguntar por que permaneceu naquela vida, ele se responde: “Assim se aguentava aquilo era por causa da boa camaradagem e dessa movimentação, sempre”. (p.244). “Tinha vez que eu achava que queria bem o meu pessoal, feito fossem irmãos meus, da semente dum pai e na mesma madre de uma mãe gerados num tempo. Meus filhos” (p.415).

Riobaldo desvela o sentimento de irmandade. E de irmãos, converte os jagunços em filhos, sendo ele mesmo, a partir de então, um chefe - pai - nomeador, fazendo valer sua própria linhagem: “Urutu Branco! Urutu Branco! O respeito que tinham por mim ia crescendo no bom entendido dos meus homens. Os jagunços meus, os riobaldos, raça de Urutu Branco. Além!” (p.390).

Cumpre-se assim a travessia de Riobaldo. Constroi seu nome, tornando-se reconhecido no sertão e o deixa como legado simbólico aos seus companheiros.

 

Referências

Forbes, J. Os caminhos lógicos da psicanálise: O nome próprio. A ética de psicanálise, caderno de Jornada de Trabalhos do Simpósio do Campo Lacaniano, Belo Horizonte, nov.1988.         [ Links ]

FREUD, S. Mal Estar da civilização [1930]. In: Edição standard brasileira das obras psicológicas completas. Trad. de Jayme Salomão. Rio de Janeiro: Imago, 1974. v.XXI. p. 74-171.         [ Links ]

KRIPKE, S. Naming and Necessity. Cambridge: Harvard University Press, 1980.         [ Links ]

Mendes, E. R. P. O Nome Próprio e a Instituição. Caderno de Entrada na Instituição, Publicação do Círculo Psicanalítico de Minas Gerais, n.15, nov. 1993.         [ Links ]

Rosa, G. Grande Sertão: Veredas. São Paulo: Círculo do Livro, 1984.         [ Links ]

Soares, L.E.; BILL, M.V.; ATHAYDE, C. Cabeça de Porco. Rio de Janeiro: Objetiva, 2005.         [ Links ]

 

 

Endereço para correspondência
Rua Araguari, 1541/7 andar – Santo Agostinho
30190-111 - Belo Horizonte-MG
Fone: (31)3337-1583
E-mail: elianarpmendes@hotmail.com

Recebido: 05/04/2010
Aprovado: 27/06/2010

 

 

1 Psicóloga. Psicanalista. Membro do Círculo Psicanalítico de Minas Gerais. Membro da International Federation of Psychoanalytic Societies.

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