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Estudos de Psicanálise

versão impressa ISSN 0100-3437

Estud. psicanal.  no.33 Belo Horizonte jul. 2010

 

 

Questões sobre a psicopatologia do amor quotidiano

 

Questions about the psychopathology of everyday love

 

 

Isabela Santoro Campanário1

Círculo Psicanalítico de Minas Gerais

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

A autora traz dois casos de devastação da vida amorosa feminina em que a relação primeira de amor mãe-filha foi também devastadora, e busca elementos na teoria psicanalítica para dar conta desses casos, que, muitas vezes, oferecem obstáculos à cura psicanalítica.

Palavras-chave: Devastação, Relação pré-edipica mãe-filha, Parceria amorosa sintomática.


ABSTRACT

The author brings two cases of devastation of the feminine loving life where the first relation of love mother-daughter was also devastating and searches elements in the psychoanalytic theory to account of these cases that many times offer obstacles to the psychoanalytic cure.

Keywords: Devastation, Mother-daughter pre-edipic relation, Symptomatic loving partnership.


 

 

com açúcar, com afeto, fiz seu doce predileto
pra você parar em casa.
Qual o quê...
Com seu terno mais bonito, você sai não
acredito quando diz que não se atrasa...
No caminho da oficina há um bar em cada
esquina pra você comemorar, sei lá o quê...
Quando a noite enfim lhe cansa, você vem
feito criança, pra chorar o meu perdão
Qual o quê...
Diz prá eu não ficar sentida, diz que vai mu-
dar de vida, pra agradar meu coração.
E ao te ver assim cansado, maltrapilho e
maltratado
Como vou me aborrecer?
Qual o quê,
Logo vou esquentar seu prato,
Dou um beijo em seu retrato e abro os meus
braços para você

Chico Buarque

 

Se uma mulher é um sinthoma para todo ho-
mem, fica absolutamente claro que há necessi-
dade de encontrar um outro nome para o que
o homem é para uma mulher...Pode-se dizer
que o homem é para uma mulher tudo o que
quiserem, a saber, uma aflição pior que um
sinthoma. Trata-se mesmo de uma devastação.

Lacan

 

Em O seminário, livro 23 (LACAN, 2007), O sinthoma, chamou-me a atenção essa frase enigmática, mas extremamente clínica de Lacan, e sobre ela tentarei me debruçar, buscando pensá-la justamente através de alguns fragmentos de minha clínica. Encontramos, na psicopatologia do amor cotidiano, várias questões: a traição perdoada pela mulher, a mulher que espera o homem que bebe no bar, a mulher que cuida dos filhos sozinha, a mulher que tudo perdoa, belissimamente ilustradas na canção de Chico Buarque. Numa sociedade em que a mulher sofre e consente nesse sofrimento, e em que o social responde com a Lei Maria da Penha, como responderá a psicanálise? O que pode a psicanálise diante da devastação tão frequente na vida amorosa da mulher?

 

Linda - "Pelo menos agora não vou morrer"

Linda chega ao meu consultório ainda adolescente, após uma tentativa grave de autoextermínio. Tinha várias tentativas anteriores de tratamento malsucedidas. O pai fora assassinado quando ela era criança, e Linda morava com a mãe, com quem mantinha uma relação que podemos nomear de "devastadora". Constantemente provocava a mãe para ser batida na infância, desafiando ou fazendo o que lhe era proibido. Não tinha amigas porque sua mãe sempre lhe dizia que as mulheres não eram confiáveis, inclusive ela e a irmã. Apresentava extrema rivalidade com essa irmã.

Durante a adolescência, começa com crises conversivas e vasto comportamento de atuações que colocavam sua vida em risco. Frequentava raves onde tomava "doce" (LSD) e extasy. Esses encontros, por vezes, duravam dias, e ela voltava para casa desidratada e com infecção urinária devido a uma dança frenética e a uma atividade sexual excessiva. Tinha também sintomas anoréxicos. Casou-se muito nova com um rapaz que lhe provocou um "estrago" econômico que repercute ainda hoje em sua vida financeira, "deixando seu nome sujo na praça". Ainda lida com advogados para "limpar seu nome".

Após sua separação, conheceu o atual namorado, usuário grave de cocaína. No entanto, em outras esferas de sua vida, conseguiu se sustentar melhor: se forma e tenta se inserir no mercado de trabalho. A relação com a mãe melhorou muito. Ampliou seus laços sociais. Apresenta também melhora dos sintomas anoréxicos, do uso de drogas mais pesadas e não faz mais tentativas de autoextermínio. Larga a análise porque "está muito bem".

Volta alguns anos depois, quando a relação amorosa começa a fazer questão. "Acho que só troquei de droga" - diz, referindo-se ao namorado. Descreve então que o namorado encontra-se, cada vez mais imerso nas drogas, e muitas vezes ela, para proteger sua vida, sai com ele de madrugada atrás da droga, dirigindo o carro para que não aconteça nenhum acidente. Agora, com a lei seca, geralmente é ela quem dirige. Alerta a irmã do namorado quando este compra muita droga "para evitar uma overdose". Sua irmã fala que ele só está vivo por causa de Linda. "essa virou minha missão: protegê-lo dele mesmo". Aí a mulher fazendo função de sinthoma para um homem, tão bem sublinhado por Lacan (2007).

Trabalhando mais a fundo suas questões, Linda encontra-se em um ponto de impasse na análise: pensa não poder ir mais adiante, após quase oito anos de trabalho. "Parece que eu necessito sempre ter uma droga, e acho que esta é melhor do que as outras... pelo menos agora não vou morrer." Traz um sonho em que um fantasma de espancamento surge. Chega à conclusão de que esse namorado "devastador" faz com que ela goze com seu fantasma. Teria algum atravessamento possível para Linda?

 

A devastação (Catástrofe)

Seria útil explorarmos o conceito de devastação, termo que Lacan emprega inicialmente para qualificar a relação mãe-filha - bastante interessante - e posteriormente em relação ao parceiro amoroso devastador.

O termo ravage (devastação) é empregado por Lacan pela primeira vez em 1973 no texto O aturdido, após haver escrito as fórmulas da sexuação. "[...] a elucubração freudiana do complexo de Édipo, que faz da mulher peixe na água, pela castração ser nela ponto de partida, contrasta dolorosamente com a realidade de devastação que constitui, na mulher, em sua maioria, a relação com a mãe" (LACAN, 2003, p.465).

Lacan busca com esse termo retomar aquele usado por Freud que é catástrofe. "A transição para o objeto paterno é realizada com o auxílio das tendências passivas, na medida em que escaparam à catástrofe", nos diz Freud (1976, p.275).

Devastação e catástrofe, portanto, se referem aos laços estabelecidos entre uma menina e sua mãe e àquilo que, dessa ligação, resta na subjetividade feminina.

Vamos encontrar inicialmente em Freud uma leitura da relação primitiva da mulher com sua mãe abordada por seu conceito de inveja do pênis (penisneid). Esse é um termo que já aparece na obra de Freud em 1908, em Sobre as teorias sexuais das crianças, referindo-se à inveja experimentada pela menina em relação ao menino, que possui o pênis.

Freud (1976) se interroga posteriormente sobre os destinos da inveja do pênis na vida psíquica posterior da mulher e sua articulação com a ligação pré-edípica da menina com sua mãe. A menina faz de sua mãe a responsável por sua falta de pênis e não lhe perdoa por essa desvantagem, por isso a forte ligação da menina com sua mãe termina em ódio. Há uma pré-história à qual não se tem acesso pela linguagem, pré-história inacessível, mas escrita alguma vez, deixando marcas que sobrevivem.

Se a inveja do pênis corresponde a uma fixação infantil precoce é porque uma parte do gozo do sujeito se encontra implicada nela, gozo que não é prazer, mas decepção que se repete e que deve ser situada para além do princípio do prazer. Por isso, Freud fala que a inveja e o ciúme desempenham um papel mais importante na vida psíquica das mulheres do que na dos homens.

Freud faz a sexualidade feminina derivar da inveja do pênis e observa quatro consequências psíquicas decorrentes dela: a cicatriz, marca da relação que uma mulher tem com seu próprio corpo, fazendo de sua imagem uma forma de suturar essa ferida; o ciúme e a inveja, que dão origem ao fantasma Bate-se numa criança, no qual o sujeito faz uma passagem da relação da mãe para o pai como objeto de amor; a devastação (catástrofe), que situa a mãe como responsável pela falta da filha e presumidamente gozar dela; a reação contra a masturbação que abre a via para a sexualidade feminina segundo a famosa metonímia dos objetos femininos (FREUD, 1976), e não da metáfora. Em Linda, de fato, apanhar da mãe foi substituído metonimicamente por "sofrer pelo namorado".

Em Freud, a catástrofe está estritamente relacionada ao destino do falo na menina, e ele observa que certas mulheres permanecem em sua ligação original com a mãe sem nunca alcançarem uma verdadeira mudança em relação aos homens. Freud observa ainda que essa ligação com a mãe está relacionada à etiologia da histeria assim como ao germe da paranoia. Portanto, a questão da devastação é transestrutural.

A devastação é diferente da reivindicação fálica (SOLER, 2005). Pode até ser combinada com ela, mas não se resume a uma questão fálica. Diante do gozo outro, feminino, o sujeito se divide entre a abolição subjetiva e o Outro absoluto. Em Linda, predominava a abolição subjetiva provocada pelas drogas e pelos actings. "É, nestas horas não sinto mais nada..."

Em seu artigo Uma dificuldade na análise de mulheres: a devastação da relação com a mãe, Brousse (2004) aponta que Freud, ao final de sua obra, já nos dizia ter subestimado a relação precoce mãe-filha e vincula a essa relação primordial o ponto de tropeço da análise de muitas mulheres.

Brousse (2004) aponta ainda duas vertentes da devastação: uma primeira resposta em que a filha se torna o fetiche materno, e um segundo caso em que, por não existir troca fálica, a filha converte-se em dejeto. Encontrar-se-ia Linda fixada em alguma dessas posições?

Quando a separação mãe-filha se encontra dificultada, encontramos a devastação, que muitas vezes vai se repetir na relação com o parceiro amoroso, como vemos nos casos trazidos neste trabalho.

 

Mariana - o tudo e o nada

Trabalharemos outro fragmento de caso, com uma estrutura diferente do primeiro. Mariana chega-me também adolescente com um enigmático sintoma: batia suas costas na parede até que ficassem roxas. Dormia muito e, se deixassem, passava todo o tempo isolada em seu quarto. Não tinha amigas e ia mal na escola. Chorava demais e tinha um sentimento de inferioridade. "Eu sou um Nada", dizia com frequência.

A relação com a mãe também era péssima, as duas tinham brigas e ficavam meses sem se falar. A mãe sempre apontava seus fracassos e vice-versa. O que mais doeu foi quando a mãe, também com um quadro depressivo importante e recorrente, lhe falou que foi a vinda dela ao mundo a causa de seu primeiro adoecimento psíquico e que ela preferia que Mariana nunca tivesse existido. "Eu é que fiz minha mãe ficar assim". "Descobri que foi meu pai que escolheu meu nome, minha mãe não opinou nada, não conseguiu me amamentar e só chorava o dia todo quando eu nasci".

Diz só não se matar por não ter coragem. Tem uma angústia excessiva, que só é aplacada quando bate as costas até que fiquem bem roxas; aí se acalma.

A paciente fez uma primeira análise na infância quando era ainda mais inibida, a ponto de correr para debaixo da cama quando chegava uma visita. Demorou muito a falar e a se acostumar na escola.

Na adolescência, começa vários casos amorosos malsucedidos. "Não sei por que, mas quando me tratam bem, perco o interesse".

Mariana resolve "fazer Direito", forma-se , faz um concurso bom, agora tem seu dinheiro. Aproxima-se da mãe e agora sente que "ao menos são amigas". "Se ela não pode ser minha mãe, não é culpa dela, foi por causa da depressão, da PMD, agora pelo menos somos amigas". Para de bater as costas. Faz várias amigas fora do núcleo familiar.

Em sua vida amorosa, no entanto, há quatro anos é apaixonada por um rapaz que ela apelidou, sintomaticamente, de "Tudão". Não são namorados, apenas "ficam". Porém, ele já ficou com uma de suas melhores amigas escondido, ao mesmo tempo em que ficava com ela. Quando ela descobriu a traição, ficou uma semana insone, chorando, sem querer sair de seu quarto, mas ainda assim não conseguiu esquecê-lo. Ele sempre lhe diz que, se for namorar, será com ela, o que lhe dá esperanças. Por outro lado, recusa os "bonzinhos que se aproximam". Fez duas cirurgias plásticas estéticas, desnecessárias, de colocação de silicone para supostamente agradar ao "Tudão". Está sempre insatisfeita com sua aparência. Aqui vemos clara a questão já apontada por Freud da cicatriz da inveja do pênis na forma de Mariana lidar com sua imagem corporal.

Falta muito à análise e tenta interromper várias vezes. Agora, após doze anos de trabalho, chega a uma conclusão: "vou comprar um instrumento de autoflagelo para mim, daqueles de escravos. Quem sabe assim eu esqueço o "Tudão?". "Isabela, não tem solução para mim, até com minha mãe já fiz as pazes, por que não consigo me dar bem no amor?".

Brousse nos aponta que a devastação toca nos "confins da marcação simbólica" (2004, p.62) ou à maneira particular como a linguagem despontou em cada sujeito. Essa emergência da linguagem pode ser sob a forma de insulto ou fora de nomeação, a designação de um ser como objeto rebotalho, o "Nada de Mariana".

[...] qualquer que seja a estrutura do sujeito feminino, quaisquer que tenham sido as contingências da história do sujeito, qualquer que tenha sido o sintoma, uma invariante se destacava. O x do desejo materno assumia sempre, num determinado momento da análise, o valor de morte. O significado para o sujeito era o filho cuja morte se desejara. Esse dado clínico vem esclarecer o termo "devastação" (BROUSSE, 2004, p.63).

Seguindo Brousse (2004), o desejo da mãe está longe de ser totalmente saturado pelo significante fálico. Há, na mãe, ao lado do desejo, um gozo desconhecido, feminino. Lacan trabalha essa questão no seminário sobre o desejo e sua interpretação, nas sessões dedicadas a Hamlet, apontando para o gozo feminino, não limitado pelo falo, presente na mãe de Hamlet.

A devastação compõe-se de uma face fálica reivindicatória do desejo da mãe e outra, não toda fálica, ligada à dificuldade de simbolizar o gozo feminino.

Resumindo, a devastação deve-se ao modo particular como a linguagem emerge em cada sujeito, referindo-se ao Outro primordial; situa-se no momento da introdução traumática do sexual - embora não exclua o falo, não o coloca em termos de troca ou perda.

Brousse aponta que a devastação pode ser tratada pela análise, dando ao "sujeito uma chance de inventar para si um nome que ele não tem para delimitar a zona de real nos confins da fala" (BROUSSE, 2004, p.67). Mariana teria condições de inventar por si esse nome, que a possibilite sair de ser Nada para um Tudão?

É esse o núcleo da devastação: é o gozo outro que devasta o sujeito, no sentido forte de aniquilá-lo pelo espaço de um instante. Os efeitos subjetivos deste eclipse nunca faltam. Vão da mais leve desorientação até a angústia profunda, passando por todos os graus de extravio e evitação (SOLER, 2005, p.185).

 

O inconsciente real e o inconsciente transferencial

Freud e Lacan em seus primeiros ensinos concebiam o inconsciente como transferencial. Lacan (2003) chegou mesmo a afirmar em Televisão, que para haver inconsciente, era necessário que alguém escutasse.

Porém o autor introduz a ideia de um inconsciente real no final de seu Seminário 23, O Sinthoma ( 2007). No texto escrito logo em seguida a esse seminário, o prefácio à edição inglesa do Seminário 11 (2003), Lacan começa o texto com uma frase enigmática que nos ajudará a pensar o inconsciente real. Diz-nos ele que só quando estamos diante de um espaço de um lapso que não produz sentido é que temos a certeza de estar no inconsciente, ou seja, temos certeza de estar no inconsciente quando não há transferência. Completa a frase com "sabe-se, consigo" (LACAN, 2003, p.567). Miller ressalta que nesta parte, Lacan aponta para um saber do si consigo mesmo, sozinho (MILLER, 2006).

Os dois casos trazidos anteriormente nos mostrariam os limites de uma clínica até então pensada a partir do inconsciente transferencial? Que incidências clínicas essa formulação de Lacan poderia trazer para a condução desses casos clínicos? São questões a serem exploradas em trabalhos posteriores.

Enquanto a primeira formulação (o inconsciente transferencial) aponta na direção da decifração, a segunda (o inconsciente real) aponta para uma ação nominativa do analista. O sinthoma não é passível de decifração, não é algo que vem no lugar de outro como uma metáfora, que é passível de decifração, de interpretação.

Qual seria essa ação nominativa do analista? Trata-se, como aponta Lacan (2007) no Seminário 23, de nomear enquanto tolo do pai, ou seja, nomear o gozo. O pai quando nomeia usa um S1, verdade sobre o real que traz uma revelação. Fazer-se tolo do pai implica colocar um S1 não inserido na cadeia dos ideais, S1 da diferença pura, apontando para a invenção do nome próprio, que não tem sentido, tentativa de nomear o real, anteriormente apontada por Brousse (2004). Busca-se a verdade enquanto letra ou a via lógica da verdade. Eis aí um novo caminho a ser explorado na clínica.

 

Referências

BROUSSE, M.H. Uma dificuldade na análise de mulheres: a devastação da relação com a mãe. In: Miller, J. A. Ornicar?: De Jacques Lacan a Lewis Carroll. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004.         [ Links ]

FREUD, S. [1908] Sobre as teorias sexuais das crianças. In:___. Edição standard brasileira das obras psicológicas completas. Trad. de Jayme Salomão. Rio de Janeiro: Imago, 1976. v.IX.         [ Links ]

FREUD, S. [1931] Sexualidade Feminina. In:___. Edição standard brasileira das obras psicológicas completas. Trad. de Jayme Salomão. Rio de Janeiro: Imago, 1976. v.XXI.         [ Links ]

FREUD, S. [1925] Algumas consequências psíquicas da diferença anatômica entre os sexos. In:___. Edição standard brasileira das obras psicológicas completas. Trad. de Jayme Salomão. Rio de Janeiro: Imago, 1976. v.XIX.         [ Links ]

LACAN, J. [1973]. O aturdido. Outros Escritos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003.         [ Links ]

LACAN, J. [1976] Prefácio à edição inglesa do Seminário 11. Outros Escritos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003.         [ Links ]

LACAN, J. [1975-76]. O semináro, livro 23. O sinthoma. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2007.         [ Links ]

MILLER, J.A. O inconsciente real. Orientação lacaniana III, 9, 2006.         [ Links ]

SOLER, C. O que Lacan dizia das mulheres. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005.         [ Links ]

 

 

Endereço para correspondência
Rua Rua Teixeira de Freitas, 800 - Sala 01
30350-180 - Belo Horizonte/MG
Fone: (31)3281-0602
E-mail: isabelasantoro@uol.com.br

Recebido: 05/04/2010
Aprovado: 27/06/2010

 

 

1 Doutoranda em Psicologia pela UFMG. Psiquiatria. Psicanalista do Círculo Psicanalítico de Minas Gerais (CPMG). Editora da revista Reverso do CPMG.

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