EDITORIAL

Uma história de várias décadas é construída de passado, presente e futuro. Não é possível sem as conquistas e lutas dos que nos antecedem, assim como sinaliza um amanhã que nunca se completará por inteiro. Essa é a condição do humano.

No biênio 2008-2010, Sergipe foi agraciado com a representatividade na Presidência e Diretoria do Círculo Brasileiro de Psicanálise. Trilhamos com amor, e de forma calorosa, uma caminhada, quiçá uma ponte, repleta de desafios, mas também com vitórias. Trabalhamos como uma família e, acreditamos, deixamos uma marca de dedicação ao nosso ofício. Travamos como meta, e a alcançamos, o desafio da produção semestral com notável qualidade técnico-científica de nossa revista, continuidade de uma história de muitos editores com passagens marcantes.

Ficamos com um profundo sentimento de dever cumprido em nosso percurso. A revista de nossa Federada, Estudos de Psicanálise, alcançou conosco os números 32, 33 e, atualmente, 34. Como editores de renomada publicação, dedicamo-nos com afinco, cuidado científico, compromisso ético, zelo estético e atenção criteriosa às normas de produção escrita. Integraram-se a nós, ainda, conselheiros da revista, artista com suas sensíveis criações encantando as capas dos acervos de escritos, equipe da editoração de texto/imagem e da revisão de linguagem. Afinal, as produções que divulgamos, de importantes membros de nossa Federada e expoentes de diferentes instituições de nosso país e do exterior, chegam à totalidade da Rede Brasileira de Bibliotecas da Área de Psicologia e ultrapassam as fronteiras da brasilidade.

Desejamos aos que nos sucedem boa sorte e um percurso ímpar. Podem contar conosco hoje e sempre. Neste ar de despedidas, que ressalta o caráter temporal de uma instituição de Psicanálise, prestamos nossos agradecimentos ao psicanalista Luís Maia (in memoriam) por valiosa contribuição ao Círculo Brasileiro de Psicanálise. Saudosos, ficamos.

E a saudade é a presença de uma ausência... Assim caminhamos... A falta desvela

o desejo de continuarmos, todos filiados, nesta bela História do Círculo Brasileiro de Psicanálise. Enfim, nossos agradecimentos por terem depositado tanta confiança em nosso compromisso com essa instituição da qual fazemos parte com inestimável senso de pertencimento.

Déborah Pimentel e Ricardo Azevedo Barreto
Editores