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Estudos de Psicanálise

versão impressa ISSN 0100-3437

Estud. psicanal.  no.39 Belo Horizonte jul. 2013

 

 

Nas avenidas da linguagem

 

In the avenues of language

 

 

Ricardo Azevedo Barreto

Círculo Psicanalítico de Sergipe
Círculo Brasileiro de Psicanálise
Universidade Tiradentes

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

O autor pretende pensar sobre a possibilidade do sujeito singular no mundo atual. Há a percepção de que o processo civilizatório é complexo, envolvendo equilibração. Enfrentar os desafios de legitimar os modos de existência diferenciados na contemporaneidade sustenta-se, à guisa de exemplo, na criatividade da travessia analítica na linguagem.

Palavras-chave: Sujeito, Diferença, Civilização, Linguagem, Psicanálise.


ABSTRACT

The author wants to think about the possibility of the singular subject in the current world. There is the perception that the civilizing process is complex and includes sense of balance. To face the challenge which currently legitimizes the different ways of existence, for example, in the creativity of the analytical path of the language.

Keywords: Subject, Difference, Civilization, Language, Psychoanalysis.


 

 

Quando era criança, escrevi uma redação intitulada João com duas cabeças. Não sei o que me influenciou... Contos escutados? Fatos reais? Intuição da dualidade humana? Busca de integração de minhas experiências psíquicas infantis? De modo geral, era a história de um bebê com duas cabeças: uma “boa” e uma “má”. No enredo da trama, decidiu-se abolir a diferença de João, extirpando-lhe uma cabeça. Mas qual? A supostamente “má”. Como tal ato médico lhe custaria a vida, as pessoas de sua comunidade desenvolveram compaixão pelo bebê. Passaram a nutrir o sentimento de se colocar no lugar do outro. Desse modo, João foi aceito em sua singularidade.

Resgato, no novelo de palavras que se desenrola, tal experiência infantil. Minha intenção é pensar sobre a possibilidade do sujeito diferenciado no mundo atual de tendências narcísicas globalizantes. É como se as subjetividades não pudessem mais ser constituídas em suas diferenças significativas na contemporaneidade. Quem pensa ou age na contramão da maioria, tendo, portanto, um potencial transformador diante da mesmice social, sofre para legitimar sua singularidade, seja ela qual for.

A cobrança pela inserção no mundo tecnológico de alta sofisticação é um exemplo. Não se tem mais direito (ou se acredita que não o tem) ao lazer sem as multimídias. Não se tem mais direito (ou se acredita que não o tem) ao tédio, à introspecção, à reflexão, à análise, à construção de um modo de existência singular. O modelo de beleza estereotipado e perseguido pelos adolescentes como ideal do Eu também ilustra a mesma questão. A libido fica investida em “ser” como “se idealiza que deve ser”, e tal objetivação do humano apresenta implicações biopsicossociais cada vez mais perceptíveis nos consultórios de profissionais de saúde. É a coisificação ou desumanização do mundo, e as pessoas perdem o encantamento pela existência, a força vital, tão importante para o sistema imunológico e a autenticidade das vidas humanas.

A busca da verdade e do saber, por outro lado, apresenta desdobramentos múltiplos: nas ciências, nas ideologias, no autoconhecimento... Alguns defendem animalescamente, “com unhas e dentes”, o que acreditam, desejando a transformação do diferente em igual. Afinal, o indivíduo é supostamente aquele que “não se divide”, “indiviso”, “uno”. Não tolera, em tal imagem de si, o contato com o outro, a diferença, o inconsciente. Pode, inclusive, chegar a se reconhecer ilusoriamente “consciente e livre” para tomar suas decisões nas sociedades individualistas, sobretudo se tiver feito “análise”, o que exibe com orgulho do investimento libidinal realizado: “Agora eu sei quem Eu sou”. Sabe mesmo?

A pessoa, ao neutralizar a amplitude do campo subjetivo, não percebe a alienação presente em tal pensamento que busca costurar as fendas, os buracos, as dúvidas e negar o que não se sabe, o outro da razão, o inconsciente. Em algumas situações, porém, vivencia o desespero da dispersão existencial: a pessoa se sente não apenas dividida, o que a assusta e lhe causa estranhamento no reconhecimento habitual de si, mas até pode se experimentar fragmentada psicoticamente, “aos pedaços”, ou em um vazio existencial, como é muito comum nos nossos tempos. Sente-se abandonada no deserto.

Numa linguagem winnicottiana, pode-se pensar, em alguns momentos, no massacre do verdadeiro self em um ambiente insuficientemente bom nos dias atuais. A ambiência não é de holding em tais situações. É pouco amorosa e com inexistência de ludicidade, alegria, assim como inundada por estímulos e obrigações que deixam o ser insatisfeito e desiludido. A palavra de ordem é reagir, e não existir. Não há espaço para a expressão das potencialidades, do ser criativo. Winnicott (1975, p. 80) mencionou: “É no brincar, e somente no brincar, que [...] criança ou adulto pode ser criativo e utilizar sua personalidade integral...”.

A noção de inconsciente aparece antes de Freud, mas foi com Freud que surgiu a concepção de um inconsciente que retirou o homem do lugar central do mundo: ele deixa de ser senhor absoluto em sua própria casa e passa a padecer dessa ferida em seu narcisismo... (GIACOMELLI, 2011, p. 21-22)

A ideia de inconsciente abriga a noção de divisibilidade do sujeito em psicanálise. Por outro lado, para haver lugar ampliado de escuta do sujeito que desconhece dimensões de si e se diferencia movido pela falta no mundo atual, é importante que ocorram mudanças amplas nas organizações sociais e nos planos político, econômico, cultural, psicológico, entre outros, da existência. Falar de autenticidade, de modos de existir singulares, de subjetividades únicas com estilos de vida próprios, é romper com o que se repete e se deparar com a alienação subjetiva nas tendências globalizantes e, portanto, é uma resistência nas configurações de força do cenário atual, o que é de valor fundamental, a meu ver, para a sustentabilidade da vida humana.

Giacomelli (2011, p. 21) teceu referência ao sujeito em psicanálise:

O que significa sujeito em psicanálise? Quando falamos em sujeito em psicanálise, referimo-nos àquele que é movido pela angústia inevitável do conflito: sujeito dividido, que desconhece uma dimensão de si mesmo. Esse sujeito, sujeito do inconsciente, é permanentemente faltoso, desejante e singular.

João apresentou a sua diferença, a sua singularidade ao nascer. O agrupamento social desejou exterminá-la, ratificando o amor ao idêntico e o ódio ao diferente, comuns nas sociedades narcísicas. João também desvelou a dualidade humana. Ter “duas cabeças” pode ser compreendido simbolicamente como uma divisão psíquica. Na história, uma cabeça era “boa”, e a outra era “má”. Entretanto, o que são bem e mal? A reflexão pode levar a falar dos duelos entre amor e ódio, paz e guerra, pulsões de vida e morte, experimentados nos níveis pessoal, familiar e dos grupos sociais humanos.

A partir de Kristeva (2002), em uma perspectiva kleiniana, pode-se pensar na posição esquizoparanoide, em que há a divisão entre bom e ruim nas relações de objeto, e na posição depressiva, mais madura, em que ocorre a noção de objeto total (bom e mau ao mesmo tempo). De acordo com Klein, sabe-se que há uma constelação de angústias, defesas e formas de relação para cada uma dessas posições intercambiáveis na dinâmica psíquica.

Segundo a psicanálise kleiniana, seja salientado que:

Os passos decisivos na elaboração da posição depressiva são dados na segunda metade do primeiro ano de vida, quando se estabelece o objeto completo, que é a precondição para o desenvolvimento normal e a capacidade de amar. Desde o surgimento do conceito de posição depressiva, Klein manteve inalterada sua opinião de que essa é a posição principal do desenvolvimento da criança. Se ela não for superada, isto é, se o ego nega as angústias depressivas e o amor pelo objeto, há permanente sufocação do amor, abandono dos objetos primários e aumento das angústias persecutórias... (SIMON, 1986, p. 77-78).

No início, o que se queria era coisificar João, arrancando-lhe a suposta “cabeça má”. Aos poucos, houve a percepção de que tal ato médico seria o assassinato de João, ou seja, o extermínio de sua subjetividade. João foi aceito em sua diferença e ambivalência. Passou-se, com tal movimento subjetivante, de um funcionamento esquizoparanoide para uma dinâmica depressiva e reparatória dos danos planejados a João, como sujeito singular.

Percebe-se que, na psicanálise, a dualidade não se refere apenas às noções de bom e mau. Debate-se também sobre uma divisão psíquica entre consciente e inconsciente. A existência do ser humano, por conseguinte, não é idêntica ao que dela reconhece. Por outro lado, para explicar o conflito humano, além da dualidade e da ambivalência, existem os modelos psicanalíticos tripartites, como o de id, ego e superego. Um “José de três cabeças?” Contudo, será que as visões de dois em um ou aquelas tripartites (inconsciente, pré-consciente e consciente; id, ego e superego) dão conta da multiplicidade do campo subjetivo humano?

Falar de subjetividade é algo complexo. Brincando com as palavras, é reconhecer que João, José e Maria podem ter mais de “três cabeças” em conflito, ou seja, a divisão psicológica pode ser maior do que comumente se pensa, isto é, o ser humano desconhecer mais de si do que considera. Perigos são da dispersão como em uma fragmentação psicótica ou nas “múltiplas personalidades”, entre outros exemplos.

Pensar a polifonia como condição de divisão no discurso e como abertura à possibilidade de escutar o modo de organização da fala, na clínica psicanalítica, é poder prescindir de uma imagem tão poderosa como a dessa divisão de três em um... (GUIRADO, 2000, p. 66).

Sabe-se que existem particularidades no tecido epistemológico da psicanálise acerca dos modos de pensar a alteridade de acordo com seus autores e paradigmas, mas não iremos adentrar esses meandros neste texto. Numa perspectiva psicanalítica específica, pode-se dizer que várias vozes constituem o sujeito.

Para Lacan, o inconsciente é estruturado como linguagem; o inconsciente é o discurso dos outros. Desse modo, é a partir dos outros que se constitui o sujeito na linguagem. Como já explicava Freud em Psicologia de grupo e a análise do ego ([1921]1980), comumente a psicologia individual é também social, referindo-se às relações que ocorrem do indivíduo com os outros e considerando que o outro se faz presente na vida psíquica individual.

Com base na psicanálise inglesa, pode-se compreender que a mente é povoada por objetos. A alteridade é constitutiva de João, José, Maria ou de qualquer um de nós. A possibilidade do sujeito singular no mundo atual se esvai, quando se busca rarear os processos de subjetivação e diferenciação pela coisificação do humano (“No fundo, somos todos iguais”.). Isto é: os seres humanos são submetidos à massificação neoliberal dessubjetivante?

O processo civilizatório é complexo: envolve várias equilibrações. Segundo Freud ([1930]1980), o preço da civilização é uma dose de mal-estar no existir humano. Sendo assim, pode-se entender que a pulsão fica insatisfeita, o que pode apresentar vários desdobramentos, como o adoecimento e a sublimação.

Por outro lado, a relação falta-desejo pode apontar para um movimento interminável dos processos de subjetivação, de constituição de sujeitos diferentes. O sentimento de carência também pode ser capturado por múltiplas dinâmicas de alienação sociopsicológica. Por exemplo, “Eu conheço a mim mesmo e sou o que mostra o espelho” pode ser compreendido como um engodo, um efeito imaginário. Sou outro, a alteridade, do que reconheço racionalmente ou, ainda, me defronto com outros em mim mesmo a cada mobilização subjetiva.

O processo civilizatório é um desafio. Por meio de normatizações e normalizações, pode ser brutal, um assassinato do sujeito desejante singular. Por outro lado, negar a importância das leis e dos limites é falta de bom senso. Uma questão importante é criar vínculos sociais civilizatórios que não levem o sujeito à coisificação, mas permitam ao ser humano possibilidades de amar, trabalhar, criar e desenvolver o altruísmo, a generosidade, a gratidão.

A compaixão e a empatia por “João com duas cabeças” das pessoas de sua comunidade foi o que o fez sobreviver como sujeito diferenciado e singular. Isso é um desafio para o mundo contemporâneo e seus atos desumanizantes. Muitas vezes, não se sabe mais desenvolver um relacionamento com empatia na atualidade. Não se sabe mais educar uma criança. Não se sabe mais resolver um problema cotidiano. Não são encontrados, muitas vezes, os “outros internalizados” por meio de processos de subjetivação: ensinamentos dos avós, pais, etc. Busca-se a receita pronta fora do sujeito, e que ela possa ser replicável.

Vencer o abuso do narcisismo é um dilema de nossos tempos. É apostar que os sujeitos singulares podem transformar as ideias e práticas sociais vigentes. Para a psicanálise, é importante pensar sobre “nós” nas vinculações sociais. O psicanalista tem um lugar privilegiado de escutar os desfiladeiros da alma humana, e não julgar. Desse modo, o psicanalista humaniza os modos de existir, tão coisificados no cenário atual.

A análise, sem que seja um dispositivo de mera adaptação social, trabalha potencializando os processos de subjetivação para que, nos encontros analíticos, se desenvolva a autenticidade do analisando. Sendo assim, é para cada ser humano uma travessia singular e uma chance de sobrevivência do sujeito diferenciado no mundo atual.

É importante ressaltar ainda que, conforme Eizirik e Hauck (2008), a psicanálise tem como objetivo expandir a capacidade intrapsíquica, aumentando o conhecimento que se tem sobre si mesmo e das possibilidades de escolher.

A análise pode ser um encontro com os outros de si mesmo, rompendo com a lógica cartesiana. Entretanto, poucos querem analisar a existência. Os pacientes chegam frequentemente à “análise” na liquidez da busca de apoio objetal para tolerarem o existir. A análise, nesse contexto, pode ser uma trajetória subjetivante para quem a deseja e legitima... E nos silêncios, murmúrios, verbalizações, choros, sonhos contados... o analisando vai se defrontando com outras dimensões de si. Ao analista, cabe, entre outros aspectos, fazer perguntas, incentivos mínimos, pontuações, clarificações, confrontações, interpretações... encontrar-se com os efeitos do outro da razão.

O processo de transformações é inerente à condição da humanidade, tal como, parece-me, está bem expresso na antiga crença budista que vê a existência humana como uma série ininterrupta de transformações mentais e físicas. É como as imagens de um filme: uma soma de imagens individuais, retratando uma série de momentos diferentes, as quais movem-se muito rapidamente que não se consegue perceber que o filme é um somatório de instantes e partes distintas [...] Da mesma forma, não é possível alguém (salvo crianças bem pequenas e psicóticos) dizer, de forma absoluta: “Isto é meu” ou “Isto sou eu”, porquanto não existe o ser absoluto, o todo é constituído por fatores existenciais, predominantemente impessoais, que formam combinações e transformações transitórias, as quais, por sua vez, alteram as culturas e arrastam as pessoas para novas mudanças, em uma espiral sem fim (ZIMERMAN, 2004, p. 17).

Dessa forma, a multiplicidade de um ser humano se faz presente em análise: nem dois em um, como “João com duas cabeças”, nem três em um, mas muitos outros... num infindável encontro com a alteridade em si. Sendo assim, João pode se reconhecer como bom e mau, João Antônio, João Maria, João Manoel, João Bosco, São João, João Sinistro, João Bafo de Onça... numa rede de significantes e significações... E por mais que fale quem se analisa... existem lacunas, reticências, no discurso... e novas possibilidades de subjetivação, pois assim como pode ser rosa uma flor em conflito com o cravo, a cor de uma pantera, aquela de Hiroshima, o nome de uma pessoa com inicial em maiúscula (Rosa Carla), também pode estar rosa/Rosa no lugar de outrem, bem como no enamoramento ou no confronto com um tanque de guerra que expressa a belicosidade humana, no deslizamento do dizer pelas ondulações nas avenidas da linguagem que sustentam a criatividade da travessia analítica na qual podem se constituir, à guisa de exemplo, em um campo múltiplo de subjetivação, sujeitos singulares no mundo atual.

 

Referências

EIZIRIK, C. L.; HAUCK, S. Psicanálise e psicoterapia de orientação analítica. In: CORDIOLI, A. V. Psicoterapias: abordagens atuais. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. p. 151-166.         [ Links ]

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GIACOMELLI, C. Psicanálise. In: PAYÁ, R (Org.). Intercâmbio das psicoterapias. São Paulo: Roca, 2011. p. 21-28.         [ Links ]

GUIRADO, M. A clínica psicanalítica na sombra do discurso: diálogos com aulas de Dominique Maingueneau. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2000.         [ Links ]

KRISTEVA, J. O gênio feminino: a vida, a loucura, as palavras. Rio de Janeiro: Rocco, 2002.         [ Links ]

SIMON, R. Introdução à psicanálise: Melanie Klein. São Paulo: EPU, 1986.         [ Links ]

WINNICOTT, D. W. O brincar e a realidade. Rio de Janeiro: Imago, 1975.         [ Links ]

ZIMERMAN, D. E. Manual de técnica psicanalítica: uma re-visão. Porto Alegre: Artmed, 2004.         [ Links ]

 

 

Endereço para correspondência
Av. Gonçalo Prado Rollemberg, 211/606 - São José
Centro de Saúde Prof. José Augusto Barreto
49010-410 – Aracaju/SE
E-mail: ricardobarreto@saolucas-se.com.br

Recebido: 15/03/2013
Aprovado: 23/04/2013

 

 

SOBRE O AUTOR

Ricardo Azevedo Barreto
Membro do Círculo Psicanalítico de Sergipe. Filiado ao Círculo Brasileiro de Psicanálise. Psicólogo pela USP. Mestre e doutor (Área: Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano) pela USP. Especialista em Psicologia Hospitalar pelo CEPSIC da Divisão de Psicologia do Instituto Central do Hospital das Clínicas da FMUSP. Teve experiência de treinamento no Butler Hospital (RI-USA). Editor da revista Estudos de Psicanálise do Círculo Brasileiro de Psicanálise no biênio 2008-2010 e no biênio atual. Professor titular da Universidade Tiradentes (UNIT), onde ensina nos cursos de Psicologia e Medicina.