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Estudos de Psicanálise

versão impressa ISSN 0100-3437

Estud. psicanal.  no.44 Belo Horizonte dez. 2015

 

 

Se o amor vale a pena, a que pena equivale o amor?1

 

If love is worth, that penalty equals love?

 

 

Cibele Prado Barbieri

I Círculo Brasileiro de Psicanálise
II Círculo Psicanalítico da Bahia

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

Quando dizemos que algo vale a pena, estabelecemos uma relação de valor, uma equivalência; significa que algo pode ser substituído ou trocado por outra coisa que, sendo uma pena, seria um castigo que lhe é equivalente; um pagamento que, no caso do amor, deveria ser gratificado e não penalizado. Então, qual a pena que se paga pelo amor? Haveria mesmo uma pena decorrente do amar? A lei do amor institui uma perda para o humano, na medida em que implica a interdição de um gozo.

Palavras-chave: Amor, Ódio; Gozo, Pena, Sacrifício, Lei.


ABSTRACT

When we say that something is worth, we have established a valuable relation, an equivalence. It means that something can be replaced or exchanged for something else that, being a penalty, is an equivalent punishment; a payment for something that, in love’s case, should be gratified and not penalized. So what is the penalty we pay for love? Is there a penalty for loving indeed? Law of love establishes a loss for the human being, because of prohibition of an enjoyment.

Keywords: Love, Hate, Enjoyment, Penalty, Sacrifice.


 

 

Como os poetas sempre têm muito a nos ensinar, esse verso sempre me chamou a atenção por estabelecer uma relação entre amor e pena.

Quando dizemos que algo vale a pena, estabelecemos uma relação de valor, uma equivalência; significa que algo pode ser substituído ou trocado por outra coisa, por uma pena, um castigo, que lhe é equivalente, como um pagamento por algo que, no caso do amor, deveria ser gratificado, e não penalizado, pelo menos no senso comum.

Então, qual a pena que se paga pelo amor? Haveria mesmo uma pena correspondente a amar?

Mas se observarmos melhor, notaremos que realmente o amor nunca é verdadeiramente incondicional, nem gratuito ou desinteressado como seria desejável. Temos disso provas no fato de que dele se fala desde os tempos mais remotos nas muitas fórmulas, definições, bulas que ensinam, tal como “manuais de instruções”, como se deve amar, o que é ou não é o amor, o que não se deve esperar dele, o que se deve dar para tê-lo, qual a importância de alcançar uma relativa incondicionalidade nos modos de amar... Enfim, uma série de considerações que não esgotam o teor enigmático do amor.

Na Carta aos Coríntios, por exemplo, (Livro 1, cap. 13: 1-13), Paulo diz:

Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, se não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que movesse as montanhas, se não tivesse amor, nada seria.
E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, se não tivesse amor, nada disso me serviria.
O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se envaidece.
Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

O amor entra na cultura como imperativo positivo pela via do discurso judaico cristão na fórmula: “Amarás a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo”. Considerado por alguns pensadores como lei fundante da civilização, esse imperativo interdita o ódio, a agressão e a destruição do outro tornando menos bélica a convivência entre humanos.

Esse novo paradigma de amor, normatiza as relações com o outro especular, a partir de um Outro, um terceiro que é único e promove a identidade na fraternidade: todos unidos como irmãos, que amam a ele: Deus Pai.

A função da lei é sempre pacificar. Fixar uma interdição de algo que prejudica ou interfere nas relações estabelecendo, pela criminalização de determinado ato, uma pena, uma punição correlativa como contrapartida, que desestimule uma tendência que seria espontânea e natural no ser humano. Mas essa lei é diferente da lei que diz, por exemplo, “Não matarás”, ou “quem matar, morrerá”.

Se, na lei de Talião se estabelece um interdito a partir de uma equivalência simples entre o delito e sua pena (olho por olho), nas leis de Moisés vamos encontrar uma maior complexidade: várias regras, várias interdições correspondem a uma sentença fundamental como pena. O que se perde por causa da infração não é mais algo equivalente, que priva no real, como na lei de Talião. Deus que, rancoroso e odiento, é também destrutivo, pune com a morte aquele que dele se aproximar e ousar questionar infringindo suas regras, ou seja, aquele que ele não mais ignora será odiado e destruído.

Esse Deus de traços humanos do Velho Testamento – semelhante aos deuses gregos com seus humores terrenos – se funda como imagem, à semelhança do homem. Aqui é o Deus que se engendra à imagem e semelhança do homem, como se nesse tempo da civilização o psiquismo padecesse de recursos simbólicos, de um Ideal para o eu, e o ser humano funcionasse predominantemente no plano da imagem, da representação-objeto, calcada na “Coisa” em si. O testamento de Deus em Moisés define como herança o amor aos obedientes e uma pena cruel, de cunho ameaçador e vingativo aos que o odeiam como vemos na passagem bíblica, onde ele se define assim:

Não farás para ti escultura, nem figura alguma do que está em cima, nos céus, ou embaixo, sobre a terra, ou nas águas, debaixo da terra. Não te prostrarás diante delas e não lhes prestarás culto. Eu sou o Senhor, teu Deus, um Deus zeloso que vingo a iniquidade dos pais nos filhos, nos netos e nos bisnetos daqueles que me odeiam, mas uso de misericórdia até a milésima geração com aqueles que me amam e guardam os meus mandamentos (Êxodo 20:4,5,6).

O advento da palavra divina – que é divina porque advém de um Outro suposto divino, que não se representa como forma, mas como pura palavra, como enunciação – ordena a abstenção da imagem como direção para que o homem possa estabelecer uma relação pacífica com seu semelhante em presença de um terceiro. Daí advirá, mais além, a lei do amor em Cristo (Novo Testamento), que propõe um Deus amoroso que perdoa os que não o amam porque “eles não sabem o que fazem”.

Esse deus misericordioso será capaz de gerar como efeito, séculos depois, o surgimento e a disseminação de novos paradigmas como são os ideais franceses da “igualdade, liberdade e fraternidade” a título de Ideais de justiça e paz social entre os seres humanos.

A interdição do uso da figuração em Moisés indica o privilégio do uso da palavra, a partir de então, como prescrição que precede e enseja o surgimento do discurso da ciência, do simbólico.

A leitura feita pela doutrina espírita kardecista (KARDEC, 2009), apoia essa ideia quando considera que a humanidade evolui espiritualmente, e seus profetas introduzem discursos capazes de promover essa evolução à medida que ensinam o ser humano a se tornar capaz de lidar com suas faltas e sublimar suas tendências primitivas e nocivas ao espírito.

Segundo essa linha de pensamento, o cristianismo surge na cultura com o objetivo de promover um novo ciclo de evolução, quando o ser humano supostamente já poderia aceder a uma condição espiritual capaz de empreender objetivos mais elevados espiritualmente. A elevação espiritual, nesse caso, diz respeito a um desprendimento cada vez maior das coisas materiais terrenas, dos impulsos corpóreos, com vistas à libertação, já que considera que o corpo é um envoltório que limita e aprisiona o espírito. O corpo exige, convoca o ser e pressiona o espírito através dos sentidos físicos, influindo na subjetividade e obrigando ao ato.

Acho essa concepção muito parecida com a postulação freudiana da pulsão, que faz uma exigência impossível de ser completamente sublimada, retornando sempre em busca da satisfação pelo ato.

Como diz Paulo na Carta aos Corintios:

Com efeito, enquanto houver entre vós ciúmes e contendas, não será porque sois carnais e procedeis de um modo totalmente humano? (Capítulo 3).

Paulo afirma, dessa forma, que, sendo de carne e osso, faz parte do humano sentir ciúme, odiar e disputar. É preciso se distanciar do que é carnal, do outro especular, para evitar os efeitos imaginários e reais inconvenientes para o sujeito.

É nesse contexto, então, que surge a nova lei do amor, a de Cristo. A partir disso, um Deus misericordioso, amoroso, que perdoa e ama igualmente todos os seus filhos e pode ser amado por todos, torna possível o surgimento de um Ideal tão significativo e produtor de sentidos como os de “igualdade, liberdade e fraternidade”, mas só muitos séculos depois, e não para todos.

Se é que é possível uma articulação entre essa formulação e uma leitura a partir da psicanálise, penso como o surgimento de um discurso fundado num novo paradigma, permite uma elaboração cuja consistência advém do simbólico, sob a primazia da linguagem em lugar da imagem, que funcionaria como simbolização do real e do imaginário, como acontece nas análises quando o sujeito retifica sua posição.

Como efeito dessa afirmação imperativa vinda de um lugar cuja única materialidade é a da voz, faz-se O UM; e o que seria apenas mais um “outro” igual a tantos outros, torna-se O Outro, artifício de discurso sem materialidade.

Embora esse discurso possa ter tido realmente esse efeito na civilização, não podemos deixar de levar em conta o fato notório e público de que uma mudança na direção da pacificação não pode ser encontrada de forma generalizada na civilização de nosso tempo; pelo menos não em todos os grupos culturais, não ainda, muito menos na civilização como um todo.

O surgimento do discurso capitalista no fim do século 19, após quase dois milênios de história é a prova de que, mesmo ancorada na lei do amor, a civilização não dá mostras de caminhar rumo à idealizada libertação das exigências materiais do corpo e menos ainda das insígnias fálicas, dos objetos e representações de poder e dos gozos mortíferos.

Freud nos forneceu uma visão totalmente cruel e lúcida sobre o homem e a civilização, ao dizer que não é fácil tampouco agradável ser civilizado. Isso nos exige muito mais do que apenas abrir mão da satisfação sexual. Mesmo que a atualidade ofereça todas as facilidades para que se obtenha a satisfação sexual, ela não é em si mesma sustentável.

A lei do amor não apenas não garante ou protege a satisfação e os prazeres como também não garante a contenção das manifestações da maldade humana, o que seria talvez o seu objetivo fundamental.

“Como é possível realizar esse amor?” pergunta Philippe Julien (1996), ao comentar parafraseando, a estupefação de Freud diante do preceito cristão.

Em 1929, Freud publicou O mal-estar na cultura. Estava com 73 anos. Depois de um longo caminho percorrido, formulou a grande pergunta: que podemos esperar da humanidade hoje em dia, neste século XX? E tentou estabelecer uma separação entre o possível que triunfa sobre a impotência neurótica e o impossível que triunfa sobre a ilusão.

No capítulo 5, ele inaugurou uma longa reflexão sobre um dos preceitos da sociedade civilizada: “Amarás teu próximo como a ti mesmo” [...] Nesse ponto, o caro Freud, esse homem distinto que era Freud, recuou. Registrou sua surpresa (Überraschung) diante da estranheza (Befremden) desse mandamento (JULIEN, 1996, p. 21).

Freud esmiúça a mesquinhez, a crueldade, a falta de escrúpulo em explorar o semelhante da forma mais objetiva e inegável possível. É preciso que se leia esse texto freudiano para nunca mais duvidar de que o impossível triunfa sobre a ilusão quando o olhar se volta para além do Bem e do Belo. A lei do amor ao próximo não apenas não basta para proteger o outro como não protege o próprio sujeito do seu mais íntimo, do mais próximo de si mesmo, que é seu gozo, na maioria das vezes, destruidor de si mesmo.

O historiador Leandro Karnal numa brilhante palestra sobre O ódio no Brasil, no Café Filosófico fala do nosso estranhamento, do nosso horror a admitir a violência própria, que será sempre atribuída ao outro, ao vizinho, ao estrangeiro, o estranho. O ódio é sempre externo ao eu e temos “[...] uma generalizada incapacidade de perceber o ódio em nós”.

É quando ele se pergunta: “Por que temos tal horror ao ódio, já que ele existe? Por que temos resistência a reconhecer que o ódio é onipresente e universal? Talvez por nossa formação dominantemente cristã”, diz ele. Nossa formação cristã criminaliza o ódio e estipula uma pena, uma dívida, uma culpa.

Apesar da “linearidade pacificadora” do amor, Karnal aponta que, como bem sabiam os nazistas, o ódio é o elemento mais eficaz para unir um grupo na medida em que subgrupos antagonistas facilmente se aliam em torno de um ódio comum, um ódio ao elemento tomado como diferente, oposto, estranho, que passa a ser depositário de todo mal, corrupto ou corruptor, elemento que encarna todo pecado, o bode expiatório, que deve expiar o mal, para onde se pode exportar o mal que há no próprio grupo.

Em apoio a Karnal, lembramos que Freud também tocou nesse ponto em seu texto O estranho ([1919] 1996, p. 237-269), onde delineia esse repúdio ao outro como efeito do reencontro do seu próprio estranho íntimo, cerne de si mesmo, na estranheza odiosa do outro. Odeio o outro porque nele vejo a mim mesmo, ou odeio porque ele mostra o que eu deveria ser, e não sou. Como posso amá-lo, se nem posso amar a mim mesmo? Poderíamos perguntar.

Além disso, como conclui Camões (1953) – em total acordo com o pensamento freudiano – se “o amor é... ter com quem nos mata, lealdade...” Como pode o amor promover a amizade nos corações humanos se tão contrário a si é esse mesmo amor?

Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói, e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É um cuidar que se ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Então podemos concluir que amar é difícil. É apassivante. É um sacrifício. E como todo sacrifício, é também um gozo que, em geral, carrega um traço de mortificação.

Segundo Karnal, amar é difícil; odiar, só ou em conjunto, é uma delícia. A gratidão é um peso, uma dívida, muitas vezes impagável, e a vingança é um prazer. Odiar é libertador.

Assim sendo, justifica-se o verso do poeta onde amar implica uma pena a ser paga pelo sujeito, tornando a expressão “amar vale a pena” muito justa, lógica e compreensível, pois é possível que se tenha que pagar pelo amor com a própria carne. Da mesma forma, fica suposto que o que se ganha com o amor deve corresponder, e até exceder, o que se perde ao assumi-lo, para evitar o prejuízo.

Esclarece também a famosa fórmula de que “amar é dar o que não se tem” na medida em que o amor denuncia que há algo que nos falta, assim expondo nossa incompletude e fragilidade. Ao mesmo tempo, amar nos despoja das delícias de gozar do ódio.

Dar o que não temos, o nosso “si mesmo”, nos coloca nessa posição difícil de sobra e sombra onde já não somos sujeitos em nossa própria casa. Estamos a-sujeitados ao objeto amoroso do qual passamos a ser a sombra, o segundo plano; do qual dependemos para nos tornarmos ilusoriamente mais plenos.

Podemos, então, resumir nossa reflexão sobre a mais-valia do amor entendendo que a pena que se paga ao amar é a perda do gozo de odiar livremente, impunemente, que torna verdadeira a expressão popular “qualquer maneira de amor vale a pena” e, também, as repetidas pelo poeta com pequenas variações como: “qualquer maneira de amor valerá” e “qualquer maneira de amor vale aquela” na medida em que tratam da equivalência de um gozo por outro gozo que lhe corresponde, mesmo que não necessariamente diga respeito ao prazer, que cada um desses gozos pode produzir. Amar equivale à dor de se situar na impotência, além de exigir como pagamento um gozo que pode ser mortificador para o sujeito.

Talvez por isso o dever de amar tenha que ser erigido, divulgado, incentivado e instituído como lei para que o ser humano o adote como uma ferramenta necessária, um ‘aplicativo’ para pacificar as relações e manter a ilusão de obter a felicidade. Porque, na verdade, parece que amar se mostra cada vez mais difícil, obsoleto e ineficaz para mediar as manifestações do ódio que assistimos, inclusive nas sociedades mais cultas no mundo civilizado de hoje.

 

Destruição

Carlos Drummond de Andrade

Os amantes se amam cruelmente
e com se amarem tanto não se veem.
Um se beija no outro, refletido.
Dois amantes que são? Dois inimigos.

Amantes são meninos estragados
pelo mimo de amar: e não percebem
quanto se pulverizam no enlaçar-se,
e como o que era mundo volve a nada.

Nada, ninguém. Amor, puro fantasma
que os passeia de leve, assim a cobra
se imprime na lembrança de seu trilho.

E eles quedam mordidos para sempre.
Deixaram de existir mas o existido
continua a doer eternamente.

 

Referências

BÍBLIA. Português. Bíblia on-line. Disponível em: <https://www.bibliaonline.com.br/acf+vc/1co/13>. Acesso em 12 set. 2015.         [ Links ]

CAMÕES, L. Rimas. Coimbra: Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra, 1953.         [ Links ]

DRUMMOND DE ANDRADE, Carlos. Destruição. In: http://letras.mus.br/carlos-drummond-de-andrade/818509/ Acesso em 26/09/2015.         [ Links ]

FREUD, S. O ‘estranho’ (1919). In: ______. Uma neurose infantil e outros trabalhos (1917-1918). Direção-geral da tradução de Jayme Salomão. Rio de Janeiro: Imago, 1996. p. 237-269. (Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud, 17).         [ Links ]

FREUD, S. Psicologia de grupo e a análise do ego (1921). In: ______. Além do princípio de prazer, psicologia de grupo e outros trabalhos (1920-1922). Direção-geral da tradução de Jayme Salomão. Rio de Janeiro: Imago, 1996. p. 79-154. (Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud, 18).         [ Links ]

JULIEN, P. O estranho gozo do próximo: ética e psicanálise. Tradução de Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Zahar, 1996. p. 21        [ Links ]

KARDEC, A. O evangelho segundo o espiritismo. Trad. Salvador Gentile, Revisão Elias Barbosa. Araras, SP: IDE, 365ª edição, 2009. p.288.         [ Links ]

KARNAL, L. O ódio no Brasil. Palestra gravada em vídeo em 23 set. 2011. Disponível em: <https://vimeo.com/29536632>. Acesso em: 09 ago. 2015.         [ Links ]

 

 

Endereço para correspondência
E-mail: barbieri.cibele@gmail.com
Curriculum Lattes: http://lattes.cnpq.br/9377160806702255

Recebido em: 10/09/2015
Aprovado em: 12/10/2015

 

 

SOBRE A AUTORA

Cibele Prado Barbieri
Psicanalista. Presidente do Círculo Psicanalítico da Bahia.
Psicóloga pela UFRJ/UFBA.
Editora de Cógito, publicação do Círculo Psicanalítico da Bahia.
Integrante da Comissão Editorial da revista Estudos de Psicanálise, publicação do Círculo Brasileiro de Psicanálise.

 

 

1 Este texto resume a palestra que foi proferida no X Fórum de Psicanálise da UNIJORGE em Salvador, Bahia, em 09 e 10 out. 2015, sobre o tema “Qualquer maneira de amor vale a pena”. A apresentação foi precedida de um vídeo editado a partir da palestra de Leandro Karnal O ódio no Brasil, citado durante o desenvolvimento do texto, gravada em 23 set. 2011 para o programa de TV Café Filosófico, que pode ser acessado em <https://vimeo.com/29536632>.

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