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Estudos de Psicanálise

versão impressa ISSN 0100-3437

Estud. psicanal.  no.45 Belo Horizonte jul. 2016

 

 

O adolescente na rede e a rede no adolescente: reflexões sobre as conexões virtuais e suas incidências na subjetividade

 

The teenager on the web and the web on the teenager: reflections about virtual connections and its effects on the subjectivity

 

 

Rafaela Mota Paixão França

I Universidade Católica de Pernambuco
II Círculo Psicanalítico de Pernambuco

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

Partindo da consideração de que o uso da tecnologia tem produzido novas formas de circulação afetiva e constituição dos laços sociais, interrogamos os efeitos dessas transformações enquanto possibilidade de mediação ao processo analítico. Para tanto, este trabalho discute a presença da virtualidade na adolescência contemporânea, destacando a escrita nos blogs como uma via de elaboração psíquica, produção subjetiva e espaço de ressignificação. A partir de fragmentos da análise de uma jovem, refletimos como as conexões virtuais podem promover um espaço intermediário entre a constituição de si e a construção de um lugar no mundo.

Palavras-chave: Conexões virtuais, Adolescência, Vínculos, Espaço intermediário.


ABSTRACT

Starting from the consideration that the use of technology has produced new forms of affective circulation and formation of social ties, we questioned the effects of these changes as a possibility for mediation to the analytical process. Therefore, this paper discusses the presence of virtuality in contemporary adolescence, emphasizing writing in blogs as a psychic development pathway, subjective production and redefinition of space. From fragments of a teenager analysis, reflect how virtual connections can promote an intermediate space between the constitution itself and the construction of a place in the world.

Keywords: Virtual connections, Adolescence, Bonds, Intermediate space.


 

Introdução

O uso das tecnologias mobiliza diferentes discussões na atualidade. Desde reflexões sobre os efeitos nas relações vinculares até as formas de mobilização política e cultural, o acesso à tecnologia e às mídias sociais tem possibilitado, não resta dúvida, uma variedade de transformações, promovendo modificações nos modos de ser e estar no mundo. Portanto, o diálogo entre as conexões virtuais e a psicanálise, não por acaso, tem se apresentado como uma importante via de interpretação da cultura e do sujeito em nossos tempos.

Notoriamente, a internet tem incidido diretamente na construção de novas modalidades de relação, na produção de novas formas de uso da linguagem e para muitos tem se mostrado um espaço de vida alternativo (OTERO; FUKS, 2012).

Contudo, neste trabalho, longe de discutir todos os desdobramentos decorrentes das revoluções tecnológicas, tampouco de discorrer sobre o uso que a psicanálise tem feito dela, pretendemos lançar como questão os efeitos da virtualidade na adolescência.

Nossa hipótese é que a escrita nos blogs, ao se apresentar como efeito das construções em análise, acena para uma face importante das conexões virtuais, qual seja, apresentar-se como uma via de elaboração psíquica, espaço de ressignificação e criação subjetiva.

Como ponto de reflexão para a questão que aqui propomos, revisitamos os estudos de Winnicott (2005) sobre adolescência, numa tentativa de compreender as relações entre as conexões virtuais e as incidências no processo de subjetivação. Em seguida, apresentamos fragmentos da análise de uma jovem, cuja experiência de imaturidade psíquica – expressa em rompantes agressivos e isolamento social – vinha se tornando um entrave à sua expressão no mundo. Além de todas as nuances desse caso, a escrita no blog literário produziu para essa jovem um espaço de travessia da infância para a vida adulta.

Assim, podemos supor que a conexão em rede na adolescência se mostra não apenas como uma revolução tecnológica de impacto nos vínculos entre os jovens, mas também parece inaugurar um novo modo de processamento da constituição de si. Por fim, propomos algumas considerações sobre as repercussões das conexões virtuais na clínica com adolescentes.

 

O adolescente na rede

A presença da virtualidade nas subjetividades não apenas convoca todos nós a uma redefinição das fronteiras entre o público e o privado, como também nos incita a uma reflexão sobre a capacidade de ação dos sujeitos diante de tantas aberturas promovidas pelo espaço virtual.

Autores como Rolnik (1997), Kehl (2004), Nicolai-da-Costa (2002), apenas para citar alguns, ao estudar os avanços tecnológicos e as mudanças por eles provocadas, apontam as importantes transformações decorrentes da globalização, da cultura de mercado, sobretudo da era digital.

A tecnologia tem produzido modificações nas formas de circulação afetiva e na constituição dos laços sociais. Além disso, tem sido responsável por novidades nas relações amorosas, nas relações de amizade, especialmente nas narrativas que crianças, adolescentes e adultos têm construído sobre si no ciberespaço e a partir dele.

Nas composições culturais atuais, a internet tem nos apresentado possibilidades de vinculação que transpõem as antigas referências de intimidade influenciando, portanto, a construção das identidades e das relações familiares contemporâneas. Justifica-se, assim, a necessidade de a pesquisa e a clínica psicanalíticas repensarem os efeitos dessas mudanças tanto nos modos de subjetivação quanto nos processos analíticos.

Na adolescência, “[...] que começa hoje bem mais cedo do que outrora e que se prolonga também bastante” (BIRMAN, 2006, p. 26), essas questões parecem se potencializar, diante da própria condição de imaturidade psíquica dos jovens.

Essa imaturidade – parte fundamental da adolescência e de seu percurso à vida adulta – coloca em destaque a necessidade de que o ambiente (familiar, escolar, social) possa acolher o desafio adolescente oferecendo um espaço de transformação, num contexto em que a dependência deles seja assegurada. Isso explicaria, por exemplo, a razão pela qual os adolescentes tendem a ser tão facilmente impactados pela rede.

Imaturos para dar sentidos ao bombardeio de informações que recebem e aos múltiplos códigos presentes nos discursos da internet, os jovens convivem hoje com uma variedade de possibilidades de constituição identitária, desafiando a juventude a se adaptar a novas formas de comunicação e novos modelos de subjetivação. Não parece haver dúvida de que eles têm se adaptado às mudanças, sobretudo, têm encontrado novas formas de comunicação intra e extramuros (da escola, da família e da própria internet).

Contudo, os impactos dos jovens nas redes e as redes nos jovens não acontecem sem trazer aspectos positivos e negativos. Se, por um lado, podemos encontrar adolescentes que usufruem da rede escrevendo sobre si, buscando amigos ou mesmo compartilhando ideias, por outro, o ciberespaço pode produzir efeitos difíceis à realidade psíquica deles, ao garantir, em alguns ‘territórios’, uma falsa solução para questões complexas.

Fiquemos, então, com Lévy ([1995] 2011, p. 13) para quem:

[...] a virtualização não é boa, nem má, nem neutra. Antes de temê-la, condená-la, ou lançar-se às cegas a ela, a proposta é que se faça o esforço de aprender, de pensar, de compreender a virtualização em toda a sua amplitude.

Diante dos diálogos e vínculos que se apresentam na rede, os blogs se destacam. No Brasil “dos quase 20 milhões de internautas, estima-se que algo como 25% vasculhem blogs todo dia em busca de informação ou entretenimento”,1 ou seja, é evidente a abertura proporcionada pelos roteiros virtuais a crianças, jovens e adultos.

Desde um espaço para que eles construam narrativas sobre si até relatos de viagens e trocas experiências, os blogs têm se mostrado um convite à juventude disposta a interagir. Para muitos, funcionam como desabafo; para outros, como construção de seu mundo. O fato é que os blogs variam de diários íntimos a espaços políticos de opinião.

Corroborando com a ideia de que a rede traz em si uma potencialidade e, em contrapartida, produz efeitos naqueles que dela usufruem, podemos pensar no adolescente que está na rede e na rede que está no adolescente. Portanto, na imaturidade dos jovens, “[...] estão contidos os aspectos mais excitantes do pensamento criador, sentimentos novos e diferentes, ideias de um novo viver”2 (WINNICOTT, 1975, p. 198).

 

A rede no adolescente

Trazida ao consultório por sua mãe, Ana vinha de um processo psicanalítico de quase dois anos, interrompido por causa da licença-maternidade de sua analista. A queixa era aparentemente simples contudo marcada por longa e detalhada história que precedia a chegada de Ana ao mundo.

Durante a gestação, sua mãe havia se apavorado com a possibilidade de ela apresentar problemas, pois um dos exames sugeria uma alteração clínica no feto (um possível aumento cerebral). Na ocasião, ela supôs a existência de dificuldades cognitivas, entretanto a hipótese médica logo foi descartada; era alarme falso: o bebê estava bem. A dúvida dos pais, que poderia ter durado apenas o tempo entre um exame e outro, ou seja, aproximadamente um mês, deixou marcas nessa família. A suposição de que tinham uma criança com dificuldades perdurou durante toda a gravidez e persistia até a chegada da jovem em análise.

Desde a infância Ana apresentou dificuldades recorrentes nas suas formas de se relacionar. Tinha também uma vida escolar conturbada, não apenas do ponto de vista formal, mas sobretudo diante dos conflitos que ela parecia produzir com os colegas. Foi uma criança de poucos amigos, mostrava-se arredia e com baixa tolerância às frustrações. Na adolescência, essas dificuldades se repetiam.

Quando chegou a mim, aos 17 anos, Ana trazia a marca de uma garota aprisionada a um discurso familiar e escolar de fracasso: ela havia sido reprovada, mudado de escola pela segunda vez em dois anos, era vista pelos pais como uma garota comprometida em suas relações sociais e desorientada no tempo e no espaço.

Enquanto o pedido de análise por parte dos pais girava em torno dessa longa história de impossibilidades, para Ana a análise parecia apenas mais uma atividade extracurricular. Sentia que devia participar, mas não apresentava uma demanda SUA ao processo.

Porém, a ansiedade, era visível. Falava rápido, movimentava todo o corpo e agia nas sessões como uma criança que pede atenção as suas brincadeiras. Dentro e fora da análise cutucava as espinhas do rosto e, ao fazê-lo, sem perceber ia marcando um lugar no mundo: a sua tentativa de saída da infância.

Vale registrar que essa repetição era apresentada por seus pais como um dos sintomas da jovem e foi uma das queixas iniciais da mãe a mim: “Ana cutuca muito as espinhas”. Essa demanda, aparentemente deslocada diante de tantas dificuldades, só no a posteriori esclarecemos: a chegada de Ana à análise oscilava entre as projeções imaginárias de seus pais quanto as suas ditas ‘incapacidades’ e a preocupação velada deles quanto a sua entrada na adolescência. Ana estava quase saindo da adolescência, e seus pais pareciam vê-la ainda como criança.

Os primeiros meses da análise foram marcados por conversas cotidianas, inclusive rotinas e interesses gerais. Ana se esforçava para aparentar uma menina ‘descolada’, que ‘não levava desaforo para casa’. Todavia, seu discurso era incompatível com a postura infantilizada que demonstrava e com a atitude que ela mesma descrevia ter nos espaços sociais.

Nessa época, as sessões eram repetitivas e empobrecidas. Transferencialmente, assim como seus pais, eu continuava tomando-a como uma menina de ‘poucas possibilidades’.

Leitora voraz, com o tempo Ana começou a demonstrar enorme interesse pelas sagas e aventuras de vampiros. Ávida pelos lançamentos, a cada sessão trazia para me mostrar o título que estava lendo no momento e, em poucos dias, já estava com um novo exemplar. Foi assim que a literatura tomou a cena em nossas conversas. Ela não apenas contava sobre suas últimas leituras, como também dedicava um tempo da sessão a me mostrar mais uma de suas aquisições, se orgulhando de poder rechear as prateleiras do seu quarto com as coleções que comprava sistematicamente.

A nossa relação se modificava. Eu passei a querer conhecer as histórias que Ana lia, a desejar saber que novo título ela tinha comprado e me entusiasmava com os enredos que descrevia. Os episódios e os rompantes com os colegas passaram a diminuir na escola, e Ana me falava com alegria que tinha tirado nota boa ou, como noutra ocasião, se alegrava pelo convite dos amigos para fotografar uma das festas da escola.

Essas histórias, de conteúdo marcadamente adolescente, com paixões arrebatadoras, vampiros e uma transcendência mágica, faziam-na transitar entre a infância e a vida adulta. Ora vibrava com as cenas de paixão tórrida, ora parecia encantada com os poderes mágicos de alguns personagens.

Suas escolhas pareciam trazer a marca da transicionalidade, no sentido winnicottiano do termo. Os livros que comprava, assim como o seu interesse pelos animes (outra paixão de Ana), explicitavam duas faces da moeda: infância e vida adulta se tocavam, mas não se reduziam a uma coisa só. Não seria mesmo essa a questão da adolescência?

Nessa aproximação com a literatura, Ana passou a ser protagonista da sua própria história. Mais do que ler, decidiu opinar sobre as leituras que fazia, dizer suas impressões e apresentar os conteúdos dos livros. Começou, então, a escrever resenhas e, disposta a compartilhar suas ideias, passou a propagá-las nas redes sociais. Diante das interpretações que surgiam em análise, Ana era convocada a se desligar do destino que, inconscientemente, seus pais esperavam para ela. A sua ansiedade, com o tempo, visivelmente diminuía, e ela passava a falar em nome próprio.

A criação do seu blog literário veio logo em seguida. Ana colocou o seu blog na rede, articulou-se com amigos virtuais para fazer o layout de sua página e em pouco tempo já recebia solicitações de parcerias. Certa vez chegou a ser convidada para resenhar o livro de um autor paulista.

Os conteúdos adolescentes, que pareciam latentes até então, começam a ser expressos: o gosto pelas novas formas de conexão a introduziam em novas experiências vinculares e subjetivas. Foi assim que a posição regredida de antes, dava lugar à imaturidade peculiar da adolescência.

Enquanto Ana se recriava, descongelando-se do olhar da família, seus pais continuavam a não levá-la a sério. Suas escolhas ainda eram vistas como excentricidades, e não como possibilidades reais. Se pudéssemos parafrasear o entendimento dessa dinâmica, diríamos que para seus pais Ana ainda era reconhecida a partir de uma virtualidade: “existente apenas em potência, sem efeito real” (DICIONÁRIOS MICHAELIS).

As sessões com ela convocam a uma constante ambivalência também em minha escuta. Essas mudanças me impeliam a compreender o reposicionamento subjetivo que Ana vinha conquistando. Entretanto, ao perceber a sua dificuldade com coisas objetivas como tomar um ônibus ou fazer um depósito no caixa eletrônico, facilmente percebia como era, transferencialmente, levada questionar suas habilidades, enredada no discurso que marcava sua vida.

No entanto, a potencialidade da jovem já apresentava os efeitos do trabalho de análise: Ana não recuava mais diante da reivindicação de ser tomada de um modo jovem e, mesmo que por vezes ainda escorregasse em demandas regredidas, em poucos dias voltava às sessões compartilhando uma nova conquista.

Nessas horas, faz todo sentido a colocação de Winnicott sobre a clínica com jovens:

Quem cuida de adolescentes sente-se perplexo: como pode alguém ser tão desafiador e, ao mesmo tempo, tão dependente, a ponto de se mostrar pueril, até infantil (WINNICOTT, 2005, p. 172).

Escrevendo em seu blog, Ana passou a comemorar os novos seguidores que tinha. Imaginemos o que significava para ela esse tipo de relação. Deixou de ser ‘invisível’ e, a partir das redes, começava a tecer um lugar social.

As conexões que fazia só aumentavam e, enquanto se conectava à rede, a rede se mostrava nela: as amizades coloriam suas conversas, os vídeos caseiros de maquiagem (os tutoriais) a faziam encontrar um caminho adolescente para direcionar seus conhecimentos, e cada nova postagem era levava a uma reflexão sobre o seu futuro profissional.

Orgulhosa das próprias iniciativas, começou a pensar em cursar Letras, com a clara intenção de ser tradutora. Parece-nos que de alguma forma as conexões virtuais traduziam um processo de subjetivação que a análise construía a partir das interpretações.

Podemos dizer que a incidência da adolescência para Ana demandou um percurso em rede, em que a presença da virtualidade e da clínica psicanalítica teceu sentidos para uma vida psíquica fragilizada por aquilo que não pôde ser elaborado quando ela ainda crescia na barriga da sua mãe.

A posição jovem não configura apenas evidência naturalista do corpo. Mais do que isso, é marcada pelo registro simbólico e histórico que a vida psíquica se efetiva.

O caso de Ana nos parece um exemplo dessa incerteza no amadurecimento psíquico. Aos 18 anos e prestes a concluir a vida escolar, foi apenas através da análise que essa jovem encontrou uma moldura necessária para organizar a descontinuidade da sua existência, permitindo-lhe tardiamente a entrada na adolescência.

O pertencimento à posição juvenil diante do mundo parece só ter sido possível na medida em que várias janelas se abriram quando Ana começou a se conectar, e a circulação de afetos rompeu a pobreza nos seus processos de simbolização.

 

Conclusão

Isso nos permite afirmar que não podemos mais desconsiderar a presença da virtualidade e das conexões que se formam a partir dela como uma nova abertura aos modos de subjetivação contemporânea. Nos limites das suas bordas entre a realidade objetiva e o espaço do vir a ser, a virtualidade se apresenta hoje como uma nova aba para as transformações subjetivas, convocando-nos a repensar os conceitos psicanalíticos e as formas de produção identitárias.

Hoje Ana me mostra o cartão de visitas do seu blog, que acabou de confeccionar, trazendo para a análise a conquista da experiência de convidar o outro para transitar entre a sua esfera pública e privada, num jogo de desvelamento, que revela e esconde a sua própria existência. Receber visitantes, novos curtidores e seguidores pressupõe a constituição de novos vínculos e novos modos de identificação necessários à apropriação e à recriação de si, tão importantes na adolescência.

A partir dos fragmentos dessa análise, refletimos como as conexões virtuais podem promover um espaço intermediário entre a constituição de si e a construção de um lugar no mundo para os jovens. Entre tutoriais e resenhas literárias, relatos íntimos e escritas genéricas, a jovem encontrou na escrita do seu blog uma forma de se conectar aos seus pares e iniciar a elaboração da sua saída da vida infantil. Do seu mundo ao nosso mundo, ter um domínio público passou também a ser uma maneira de começar a delinear um domínio próprio.

 

Referências

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Endereço para correspondência
E-mail: rafaelapaixao@cppl.com.br

Recebido em: 18/05/2016
Aprovado em: 06/06/2016

 

 

SOBRE A AUTORA

Rafaela Mota Paixão França
Doutoranda em Psicologia Clínica pela Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP).
Mestre em Psicologia Clínica.
Psicóloga do Centro de Pesquisa em Psicanálise e Linguagem (CPPL).
Membro do Círculo Psicanalítico de Pernambuco.

 

 

1 Disponível em: <http://revistaepoca.globo.com/Revista/ Epoca/0,EDG74959-6014-428,00-BLOGS+OS+CAMPEOES+ DE+AUDIENCIA.html>. Acesso em: 28 jun. 2015.
2 Nome fictício escolhido com o intuito de preservar a identidade da paciente.

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