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Estudos de Psicanálise

Print version ISSN 0100-3437

Estud. psicanal.  no.50 Belo Horizonte July./Dec. 2018

 

ARTIGO

 

Inconsciente: ontem, hoje e sempre (pelo menos enquanto formos seres falantes)

 

Unconscious: yesterday, today and for ever (at least as long as we are talking beings)

 

 

Maria Carolina Bellico Fonseca

I Círculo Psicanalítico de Minas Gerais

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

O inconsciente é o pilar sobre o qual se funda o edifício teórico da psicanálise. Dedicando sua vida a estudá-lo e desvendá-lo, Freud desempenhou papel crucial nas análises que conduziu, resultando no sucesso de boa parte delas, ao livrar os seus pacientes de dores e afetos incompreensíveis para a consciência. Mas estamos no século XXI. O sujeito reprimido do tempo de Freud ainda existe? Numa época em que a injunção ao gozo se faz presente, em que a imagem se faz mais forte que as palavras, em que o virtual faz parte da realidade, ainda podemos falar de inconsciente? Este trabalho se propõe a analisar tais questões a partir de uma breve teorização sobre o conceito de inconsciente.

Palavras-chave: Inconsciente, Formações do inconsciente, Desejo, Falta, Inconsciente real.


ABSTRACT

The unconscious is the pillar on which the theoretical building of the psychoanalysis is founded. Freud, who has dedicated his life studying it and unraveling it, played an important role in the cases in which he has worked. The result has been a great success of many of these cases when he rid his patients of incomprehensible pain and suffering. But, we are in the twenty-first century, does the repressed subject of Freud’s time exists yet? At a time when the injunction to enjoyment is present, in which image becomes stronger than words, in which virtual is part of reality, can we still talk of being unconscious? This article proposes to analyze such questions from a brief theorizing about the concept of unconscious.

Keywords: Unconscious, Unconcious formations, Wish, Lack, Real unconcious.


 

Introdução

Ao estudar a história do movimento psicanalítico, constatamos que Freud creditava à psicanálise um caráter de cientificidade em contraposição à visão de mundo (Weltanschauung) da filosofia.

Aos poucos, com o progresso da doutrina freudiana, surgiu uma tendência a incorporar a psicanálise como um ramo da medicina, e alguns chegaram mesmo a propor que ela apenas fosse conduzida por médicos, o que teve uma forte oposição de seu criador, como vemos em A questão da análise leiga ([1926] 2006).

Hoje, com o avanço da ciência e o surgimento das neurociências, se renovam as críticas à psicanálise pela “falta de cientificidade”, e vemos surgir um novo discurso sobre o sujeito baseado na quantificação e no mapeamento cerebral. Discurso dito científico que critica a descoberta freudiana como uma “abordagem ultrapassada do sujeito” e foraclui o desejo e, consequentemente, o sujeito, ao fundir o psíquico e o cerebral.

Baseados nesse discurso, seus partidários, autorizados pelo saber científico e incentivados pelo discurso do capitalista medicam todo e qualquer tipo de sofrimento humano, tanto no adulto quanto no adolescente e na criança, fortalecendo, assim, o consumo de drogas de maneira indiscriminada.

Um dos motivos da crítica à psicanálise é o conceito de inconsciente. Houve quem dissesse que, como essa instância não é cientificamente comprovada, não sabemos sua localização nem podemos vê-la ou medi-la, ela não era crível. Com isso, acho que se justifica a escrita de mais um trabalho sobre o tema. Podemos ainda falar de inconsciente em pleno século XXI?

Apesar de não ter inventado o conceito de inconsciente, Freud foi o primeiro a concebê-lo como uma instância psíquica de muita importância, que ultrapassa o Eu.

Para ele,

[...] a suposição do inconsciente é legítima e [...] dispomos de numerosas provas de sua existência. Ela é necessária, porque os dados de consciência têm muitas lacunas (FREUD, [1915] 2006, p. 19).

Um dos pilares da teoria psicanalítica, o inconsciente nos traz outra cena (lacunas na consciência), na qual paixões desenfreadas reinam sem pudor ou censura. Sua comprovação é clínica, ou seja, escutamos seus ruídos nos tropeços de nossos pacientes, em seus sonhos, seus sintomas e seus atos falhos, assim como em suas atuações e seus encontros com o nonsense.

Assistimos em nossa clínica contemporânea à fragilidade do simbólico trazendo muitas atuações e passagens ao ato paralelamente ao império do imaginário em todas as formas de narcisismo, felicidade imposta e proibição da tristeza. Vemos um ser humano robotizado, preocupado com selfies de uma alegria fingida e fugaz, sustentada por atuações e antidepressivos.

Contudo, continuamos seres falantes, seres de falta, de desejo, de desejo tamponado, abafado numa injunção de felicidade contínua. É só escutá-los em seus atos e suas atuações de maneira atenta e cuidadosa. Mesmo com o esgarçamento do tecido simbólico, continuamos falando, sonhando, cheios de sintomas, chistes e atos falhos.

Tal constatação já seria suficiente para nos autorizar a teorizar e trabalhar com um mais além da consciência. Contudo, em psicanálise, a comprovação da teoria, como já foi dito aqui, é clínica.

Passemos, então, à análise de alguns fragmentos de sessão.

O que estaria em ação neste sonho no final da análise de uma analisanda obsessiva?

Estou de mudança, quero levar minhas coisas que são muitas, não posso levar todas e nem voltar depois para buscar aquelas que restarem. Pego o máximo de peças que consigo e saio. Uma a uma, elas vão caindo pela rua e não importo, não me angustio... (segunda cena) Estou num carro com minha mãe e outras pessoas viajando para encontrar um lugar desconhecido. Minha mãe mostra-se ansiosa pela chegada. Estou tranquila. Chegamos num terreno vazio, com uma linda paisagem. Fico em paz, pois aqui posso construir algo novo.

A cada peça que cai, o desejo dessa moça se reafirma. Ela pode prescindir dos objetos, ou melhor, ela necessita perdê-los, desinvesti-los e suportar a falta que emergirá, para alçar a posição de desejante, para que possa construir um novo lugar pra si. Os objetos coisas do inconsciente podem se tornar representações palavras e encontrar uma satisfação na linguagem, sem angústia.

E o que atuaria neste ato falho?

Um vizinho brigão retorna ao apartamento no qual vivia às turras e berros com a esposa, após uma separação de 10 anos. Estava descarregando as malas quando uma jovem, que ele viu crescer, passa por ele na garagem. Ele a cumprimentou carinhoso e a resposta dela foi: De novo? O que lhe trouxe um grande constrangimento e dificuldade de explicação.

Vemos aqui a presença de um Outro que ultrapassa o sujeito, que o faz cometer gafes, dizer mais do que pretendia desrespeitando normas de convívio social e ir além tangenciando uma outra verdade, que insiste em se manifestar, malgrado a vontade consciente. Esse é o mesmo sujeito que faz chistes, sintomas, comete enganos, trocas e sonha. Em psicanálise nós o chamamos de INCONSCIENTE.

 

Inconsciente - breve teorização em Freud

Presente desde o início da psicanálise, esse conceito foi teorizado por Freud de maneiras diferentes mas complementares em dois momentos: na primeira e na segunda tópica.

Na primeira tópica, o inconsciente foi pensado como um sistema constituído por conteúdos recalcados, os quais tiveram barrado seu acesso à consciência. Tais conteúdos são representantes pulsionais regidos pelo processo primário e funcionam por condensação e deslocamento. Investidos pela pulsão, eles tentam retornar à consciência (retorno do recalcado) e encontram resistência. Enfim, depois de deformados pela censura, conseguem acesso sob a forma de formações do inconsciente. Esses conteúdos são ligados aos desejos infantis.

Como indicadores da realidade inconsciente, Freud nos apontará as formações ou os fenômenos lacunares representados pelo sonho, pelos lapsos de linguagem, pelo chiste e pelo sintoma. Eles promovem uma descontinuidade do discurso consciente: o sujeito sente-se ultrapassado como se “um outro” se impusesse à sua fala. São percebidos como sem sentido e trazem o riso, a vergonha, culpa, etc. (como na gafe descrita acima).

Para Freud ([1915] 2006, p. 20),

[...] todos nós entramos em contato com ideias que nos ocorrem súbita e espontaneamente, e cuja origem desconhecemos, e também com produtos de pensamento cujo processo de elaboração nos permanece oculto.

Roza (1995) nos chama a atenção para o aspecto de desconhecimento implícito no conceito de inconsciente. Segundo ele, trata-se aqui de um desconhecimento produzido pelo conhecimento e diferente da ignorância, que é o vazio. Ele trata o desconhecimento como a presença de uma ausência.

De modo geral podemos dizer que o inconsciente freudiano não aceita negação, dúvida ou certeza, possui uma temporalidade não cronológica, funciona no processo primário e é capaz de influenciar e ser influenciado pelo pré-consciente.

Para Freud, a consciência não é a essência do psiquismo. É apenas uma de suas qualidades que pode se somar a outras. Trata-se da percepção mais imediata, breve e passageira.

[...] estar consciente é somente um termo descritivo que se refere a uma percepção o mais imediata e segura possível (FREUD, [1923] 2006, p. 28).

É característica do estado de consciência ser “breve e passageiro”. O sistema consciente é o primeiro a ser atingido a partir do mundo externo. Ele é a superfície que recebe as percepções.

Já o pré-consciente é a própria ideia em estado latente, fora da consciência, mas capaz de se tornar consciente. É inconsciente no sentido descritivo, mas não dinâmico.

Contudo existem ideias ou processos psíquicos que sofrem a ação de forças opositoras à sua conscientização e provocam o recalque delas, mantendo-as no inconsciente. Para Freud (1923), foi o recalcado que possibilitou o “modelo para compreensão do inconsciente”. O inconsciente possui autonomia e é pouco suscetível de ser influenciado, mas o tratamento analítico funda-se na influência do Cs sobre o Ics e prova que essa tarefa, apesar de difícil, não é impossível. Uma modificação espontânea no Ics oriunda do Cs é um processo difícil e lento.

Na segunda tópica, o termo “inconsciente” é sobretudo usado na sua forma adjetiva – ele qualifica o Id, o Eu e o Supereu. Mas, segundo Laplanche (2016), as características reconhecidas na primeira tópica como sendo do inconsciente, passam a ser atribuídas ao Id, contudo tanto o Eu quanto o Supereu têm uma parte inconsciente.

Por outro lado, persiste a diferença entre o inconsciente e o pré-consciente (e o Eu e o Supereu são em parte inconscientes e em parte pré-conscientes).

 

Lacan e o inconsciente

Seguindo Freud, no início de seu ensino, Lacan defende a tese do inconsciente estruturado como linguagem, ligado ao que faz mancar, claudicar desestabilizar as certezas do sujeito apontando para uma outra cena que se faz presente pelo tropeço.

[...] No sonho, no ato falho, no chiste – o que é que chama atenção primeiro? É o modo de tropeço pelo qual eles aparecem.

Tropeço, desfalecimento, rachadura. Numa frase pronunciada, escrita, alguma coisa se estatela. Freud fica siderado por esses fenômenos, e é neles que vai procurar o inconsciente. Ali alguma coisa quer se realizar – algo que aparece como intencional, certamente, mas de uma estranha temporalidade (LACAN, [1964] 1985, p. 29-30).

Esses fenômenos aqui apontados como intencionais não se relacionam a uma decisão de um Eu consciente, senhor de si. Aqui não se trata antes de um sujeito rebelde que denuncia desejos e intenções inconfessáveis que, ao se fazerem presentes, provocam assombramento, sideração. Como nos diz Lacan ([1964] 1985, p. 30), na manifestação do inconsciente freudiano algo é “reachado”, mas escapa novamente “instaurando uma dimensão de perda”. Algo vacila.

Além disso, o autor relaciona o inconsciente ao Outro, às suas falas sobre o sujeito tido como “efeito de linguagem”. Momento importante da constituição do ser falante, em que é essencial uma alienação aos significantes que lhe são destinados por aqueles que lhe dedicam cuidados.

Com o sujeito, portanto, não se fala. Isso fala dele, e é aí que ele se apreende, e tão mais forçosamente quanto, antes de [...] de desaparecer como o sujeito sob o significante em que se transforma, ele não é absolutamente nada (LACAN, [1960/1964] 1998, p. 849).

Nesse momento, para Lacan ([1960/1964] 1998, p. 856), “[...] o inconsciente só tem sentido no campo do Outro”. A essa operação se segue a separação, na qual o sujeito se depara com a falta e o desejo do Outro, operação imprescindível para a percepção de si como faltoso e consequentemente, desejante.

Sabemos que o ensino de Lacan avança e, posteriormente, como nos lembra Soler (2012, p. 13), “[...] o inconsciente, sempre até então situado como simbólico, é ... real”. Com isso, o inconsciente estruturado como linguagem passa a ser “saber sem sujeito”, no qual os significantes, antes de serem decifrados, não representam o sujeito, mas “afetam seu gozo como acontecimento de corpo” (SOLER, 2012, p. 35). A referência agora se volta para alíngua, saber inconquistável que supera o sujeito, anterior à linguagem.

Retomando a afirmação de Lacan em Joyce, do inconsciente como ‘um saber falado’, Soler (2012, p. 27) nos diz que

[...] esse saber falado é com toda certeza aquele de alíngua, pois no que se refere ao saber elaborado, ele antes se assegura pelo escrito e dispensa sem maiores problemas a fala.

Afirmação interessante e muito atual nos tempos de escassez de palavras e abundância de atuações em que vivemos.

Podemos dizer que, se, por um lado, o inconsciente freudiano está ligado às formações do inconsciente, por outro lado, o inconsciente lacaniano, é o Isso, puro reservatório pulsional, ligado à falta a ser.

 

Concluindo

Como nos adverte Kehl (2014), saímos de uma sociedade capitalista de produção do final do século XIX e início do século XX, na qual predominava a renúncia ao prazer, o sacrifício e o trabalho para gozar mais tarde na velhice (sujeito reprimido), para uma sociedade capitalista de consumo do século XX/XXI cujo mandato é: Consuma hoje! Você merece! Você tem direito! (sujeito do gozo).

Assim, na contemporaneidade, vivemos sob um imperativo de gozo que se dirige a todos, mas é acessível a alguns apenas. Nossa cultura acredita que podemos viver sem nenhuma dor – nega que somos seres faltantes e, como diz Kehl (2014), ela “não produz modos de sofrer”.

Sob a égide do discurso do capitalista, o ser substitui o ter (sou porque tenho) e o sujeito é levado a um gozo sem barra: bebida, comida, sexo, drogas, compras (gadgets) para tamponar o furo, o mal-estar de ser faltante. A própria ciência nos faz essa injunção de gozo: Tome um antidepressivo e fique bem! (Aqui o bem-estar está ligado ao livrar-se da subjetividade).

Assim, nós, psicanalistas, temos falado muito de uma clínica do real, clínica na qual abundam actings out e passagens ao ato, drogadição, que apontam para escassez do simbólico, falência da lei e muita angústia. Clínica que não abandonou o trabalho com o inconsciente, mas que, no percurso de uma análise, avança de um trabalho com a linguagem para o trabalho com alíngua, na passagem do sentido ao gozo.

O analisante nos chega falando de suas dores, dores de alma, dores do corpo e, através da linguagem, num primeiro momento, busca um sentido para elas. É a escuta atenta do analista, para além das palavras, que promoverá o confronto do sujeito com sua falta, sem que ele caia no desamparo e na angústia. Isso poderá levar à conquista de um gozo possível.

Afinal, não podemos tudo, mas podemos alguma coisa.

Mas... 118 anos de psicanálise!

O ser humano ainda fala deseja e goza?

Sonha?

Faz sintomas?

Faz chistes e atos falhos?

É atravessado por um impulso irrefreável que o leva a actings out ou a passagens ao ato?

Ele se angustia frente o irrepresentável da vida?

Sente uma insuportável dor de viver?

Então, me desculpem nossos detratores, ainda podemos e devemos falar, teorizar e trabalhar com o inconsciente, mesmo que ele não tenha uma localização no cérebro.

A psicanálise, apesar da opinião de alguns, ainda tem muito a dizer sobre o ser falante!

 

Referências

FREUD, S. O eu e o id (1923). In: ______. Escritos sobre a psicologia do inconsciente (1923-1938). Coordenação-geral da tradução Luiz Alberto Hanns. Rio de Janeiro: Imago, 2007. p. 13-92. (Obras psicológicas de Sigmund Freud, 3).         [ Links ]

FREUD, S. O inconsciente (1915). In: ______. Escritos sobre a psicologia do inconsciente (1915-1920). Coordenação-geral da tradução Luiz Alberto Hanns. Rio de Janeiro: Imago, 2006. p. 13-74. (Obras psicológicas de Sigmund Freud, 2).         [ Links ]

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KEHL, R. Café filosófico: Drogas. 12 out. 2014. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=e6RbsUqtUS8>. Acesso em: 10 nov. 2018.         [ Links ]

LACAN, J. O seminário, livro 11: os quatro conceitos fundamentais da psicanálise (1964). Texto estabelecido por Jacques-Alain Miller. Tradução de M. D. Magno. Rio de Janeiro: Zahar, 1985. (Campo Freudiano no Brasil).         [ Links ]

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LAPLANCHE, J.; PONTALIS, J.-B. Vocabulário da psicanálise. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2016.         [ Links ]

SOLER, C. Lacan, o inconsciente reinventado. Rio de Janeiro: Companhia de Freud, 2012.         [ Links ]

 

 

Endereço para correspondência
E-mail: carolinabellico@gmail.com

Recebido em: 17/12/2018
Aprovado em: 20/12/2018

 

 

SOBRE A AUTORA

Maria Carolina Bellico Fonseca
Psicóloga.
Psicanalista.
Mestre em Psicologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Membro do Círculo Psicanalítico de Minas Gerais (CPMG).
Coordenadora do Seminário de Metapsicologia do curso de formação do CPMG.
Conferencista e supervisora.

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