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Estudos de Psicanálise

versão impressa ISSN 0100-3437

Estud. psicanal.  no.51 Belo Horizonte enero/jun. 2019

 

TEORIA E CLÍNICA PSICANALÍTICA

 

Escuta não oracular: um aporte a partir de Wilfred Bion

 

Non-oracular listening: a contribution from Wilfred Bion

 

 

Julio Cesar Walz

I Universidade La Salle
II Instituto Wilfred Bion

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

O objetivo do artigo é chamar a atenção para o conflito emocional entre a reversibilidade e a irreversibilidade do tempo e como a luta dessas emoções dentro de nós pode dificultar uma escuta e um encontro clínico ou terapêutico. Para tanto, usarei a ideia de ‘hipótese definitória da grade’, de Wilfred Bion, como elemento inicial para essa reflexão.

Palavras-chave: Wilfred Bion, Grade, Hipótese Definitória, Escuta Analítica, Distúrbio Oracular.


ABSTRACT

The aim of the article is to draw attention to the emotional conflict between the reversibility and the irreversibility of time and how the struggle of these emotions within us can hinder a truly clinical or therapeutic listening. For this purpose, I will use the idea of Wilfred Bion's Definite Grid Hypothesis as the starting point of this study.

Keywords: Wilfred Bion, Grid, Definitory Hypothesis, Analytical Listening, Oracular Disorder.


 

Iniciando a conversa…

Vamos supor uma fala:

Doutor, eu não consigo namorar ou arrumar um namorado. Não consigo transar. E pior, não consigo ter prazer no relacionamento sexual. Eu sou uma pessoa infeliz. E depois de muito pensar, acho que sei por quê. É que, quando eu era criança, meu pai abusou sexualmente de mim.

Temos nessa fala a construção mental de um destino e o esclarecimento de uma origem, ambos bem conectados e estabelecidos na linha do tempo. E todas as consequências vividas e atuais são justificadas e plenamente atreladas a uma causa ou origem. Falas dessa natureza são muito mobilizadoras num duplo sentido, tanto para quem fala quanto para quem escuta.

A primeira fala, e normalmente a mais perceptível, se refere à angústia pela realidade descrita, no caso, o drama terrível que uma criança enfrentou nas mãos de um adulto abusador. Quem ouve histórias assim logo produz uma série de pensamentos/interpretações/reações para preencher a angústia pelo desamparo sentido e vivido. Por exemplo: “Tem que prender um homem deste”. “Coitada dessa criança”. “A pessoa (que sofreu o abuso) tem razão, mas está com o afeto separado do conteúdo”. Ou ainda, “ela não está enxergando ou está escondendo seu desejo, e isso faz com que se sinta culpada”. E por aí seguimos pensando em conteúdos mais inconscientes ou mais regressivos ou primitivos da atividade mental de quem apresenta essa história sem saída. Mas certamente continuaremos ansiosos, nós, os ouvintes/testemunhas dessa construção narrativa, cujo conteúdo é absolutamente certeiro e convincente.

A segunda fala, menos percebida, ocorre pelo tipo de narrativa que nos é oferecida. Nesse formato, ocorre uma junção entre passado, presente e futuro num formato ou circuito sem saída. Quer dizer, somos informados, através de um anúncio, o destino e a sua permanente confirmação. Ou seja, estamos diante de uma “hipótese definitória” ou “oráculo” que utiliza, aqui, os fatos da vida real para dar sentido e sustentação à sua maneira de viver e sentir a vida.

Shakespeare, conforme Guedes e Walz (2013), revela o mesmo tipo de anúncio e a mesma busca de confirmação na figura do rei Ricardo III. Este foi um homem que viveu para tentar demonstrar e insistir, por vários e intrincados caminhos, que lhe era impossível amar ou ser amado. E por várias e definitivas razões, das quais estava absolutamente convencido, tentava – e conseguia – convencer os outros. Era um homem cheio de razão. E os fundamentos do seu estar cheio de razão era ser feio, coxo, corcunda, etc. Quer dizer, cultivava os atributos que justificavam completamente seu ressentimento e com os quais a maioria das pessoas costuma concordar.

 

Édipo e o poder do oráculo

A mesma cena oracular (junção do passado com o futuro) encontramos num dos mitos cotidianos da literatura psicanalítica, o complexo de Édipo. Vale destacar que, quando escutamos a palavra “Édipo”, nos remetemos à questão sexual, interpretação consagrada na história, que seria o desejo dos filhos por seus genitores opostos e a rivalidade entre eles.

Mas cabe lembrar que, em sua origem, Édipo fora arrancado dos braços da mãe por Laio e entregue a um pastor para que fosse abandonado à morte. Laio fez isso para que não se cumprisse a profecia do Oráculo, a qual dizia que seu filho iria matá-lo quando crescesse. Não esqueçamos que Laio fora procurar a palavra do oráculo, às escondidas, como uma consulta para saber acerca das razões da sua infertilidade.

Podemos fazer inúmeras conjecturas psicanalíticas acerca dessa cena. Por exemplo, distinguir aí uma luta entre os sexos, em que predominaram a rivalidade e a inveja de Laio em relação à mulher, pela capacidade que ela tem de gerar uma vida. É possível realizar outras conjecturas, mas o resultado, com certeza, é aquilo que Arnaldo Rascovsky (1970) denominou de filicídio, ou tentativa de, e as consequências de um parricídio.

Mas a questão intrigante é a seguinte:

Por que o oráculo tem força de convencimento?

Quer dizer que, na prática, como Laio, um pai, pôde acreditar que seu filho (um bebê) iria realmente matá-lo no futuro? Ou seja, como é possível acreditar no oráculo?

Por que uma pessoa necessita ancorar-se nele, suspender, não necessariamente um juízo de realidade, mas um juízo crítico ou a capacidade de pensar com o presente?

Por que o oráculo tem essa capacidade e força, inclusive de convencer que de fato ele é real, imutável tanto em sua origem como nas consequências anunciadas, levando a pessoa a cumpri-lo justamente por fugir dele ou negando-o?

Tentando seguir sugestões de Bion para aclarar essas questões, começaria exemplificando a partir do próprio mito do Édipo. Usando uma linguagem religiosa, diria que a crença no oráculo se sustenta porque ele representa o sagrado, numa evidente oposição ao que se pode chamar de profano, representado por Édipo. E uma leitura que se pode fazer nessa contraposição ou diferença está na questão da temporalidade. O oráculo sempre propõe a ilusão da reversibilidade do tempo. Ou seja, a ilusão da ressurreição e a imortalidade do ocorrido. O passado pode ser desfeito e rearranjado (estado mental onipotente). Já Édipo traz o tempo profano, que é irreversível e revela o tempo finito humano. Eles, Laio e Édipo, são experiências emocionais que se chocam cotidianamente em nossa mente. Laio, no caso, acredita no oráculo pelo fascínio da oferta da imortalidade e pelo sentimento de urgência que sua suposta infertilidade (uma falha ou denúncia de uma humanidade/temporalidade) lhe causava, o que significa ser o único da espécie, sem descendência que viesse a tomar o seu lugar. E a aceitação da oferta produz o que se pode chamar de uma ética dramática. Nessa ética, a história real, digamos assim, não anda porque foi substituída por um drama cuja característica central está na sustentação emocional do encontro sempre contínuo entre passado, presente e futuro, com uma argumentação em cujo centro está a ideia de que pode ser mudado (o passado).

Arnaldo Chuster (2002, p. 43) afirma:

[...] na área dramática, as consequências são assassinato, incesto, suicídio, autoagressão, cegueira, exílio, dispersão, ataque à linguagem, incapacidade de aprender com a experiência, ausência de autoconhecimento, recusa ao princípio da Incerteza.

 

Wilfred Bion e a questão do tempo

Bion tem uma proposição muito enigmática ao falar sobre a atitude mental do analista em relação à experiência emocional do tempo. Ele destaca que o analista deve tentar, o máximo possível, estar numa atitude de “[...] sem memória, sem desejo e sem necessidade de compreensão” (BION, 1970, p. 41).

Se olharmos essa frase fora do contexto do pensamento de Bion, diríamos, com a maior naturalidade: esse homem (Bion) está louco. Trata-se de uma completa ausência/distância/neutralidade de uma pessoa diante da outra que nem a mais drástica interpretação acerca da neutralidade proporcionaria.

Mas essa proposição nos oferece uma compreensão muito interessante. Se entendermos a memória como o passado e o desejo como o futuro, a junção contínua entre o passado e o futuro cria, conforme Bion, o leito sensorial. No leito sensorial (a causalidade, a vida real, ou a sexualidade), surge a necessidade inadiável de produzir um filho. Algo que salve e dê um destino e um sentido sensorial. Ou a necessidade de imortalidade e eternidade. Ou, dizendo de outra forma, a junção entre a memória e desejo (passado e futuro) é a proposição permanente do oráculo em nossa vida mental. Nesse procedimento de junção entre o passado e o futuro, anulamos o presente ou restringimos nossa capacidade de observação do elemento variável e ficamos fascinados pela teoria causal. A esse formato de experiência emocional Bion denominou de vínculos – (menos): - K, - L, - H.

No caso da narrativa inicial, para a pessoa afirmar que não consegue ter prazer no relacionamento, ela já deve ter tido alguma relação. Para ter uma relação, ela já deve ter se envolvido afetivamente com alguém. Mas como estamos diante da lógica da ética dramática, o vivido não pode ser experimentado, conforme Bion (1991), pois contrariar o oráculo seria a maior de todas as insanidades. Dessa forma, o aprendizado com a experiência emocional de si mesmo não se constrói. A vida não anda apesar de a pessoa ter a sensação de que sim, anda. E mais, fica amarrada pelo excesso de memória, que propõe um futuro já definido e uma consequente necessidade de interpretação para uma mudança do passado. Ou, no dizer de Bion (1991, p. 22): “[...] as ideias do passado e sobre o futuro, embora sejam ideias fracas, emocionalmente são fortes”.

Mesmo a nostalgia e a antecipação têm que ser trazidas para o presente; é no presente que temos aqueles desejos, é no presente que temos aquelas lembranças, é no presente que vivemos. Assim, enquanto estamos pensando no passado e no futuro, estamos cegos e surdos para o que está se passando no momento presente. Acho que Freud tinha algo dessa natureza em mente quando se referiu à ‘atenção flutuante’ (BION, 1991, p. 132).

E surgem estas questões:

O que fazer diante do oráculo?

O que fazer com o destino, ou o determinismo, ou o elemento invariável, força psíquica tão acessível em nossas emoções?

 

A cesura

A resposta, em contraposição à ética dramática, seria a ética trágica. Bion propôs uma frase de Freud, usada em Inibições, sintomas e ansiedade, de onde retirou o termo “cesura”. Há muito mais continuidade entre a vida intrauterina e a primeira infância do que a impressionante ‘cesura’ do nascimento permite acreditar (FREUD, [1926] 1991, p. 162).

O que seria a cesura e quais as implicações desse conceito em relação à ética dramática?

Na coluna 1 da Grade, encontramos a ideia da hipótese definitória ou do oráculo que, conforme Bion, seria uma das consequências de ação da relação entre Laio (reversibilidade) e Édipo (irreversibilidade) em nossa mente. E se olharmos bem, parece natural/normal que Laio tente ser sempre o vitorioso ou que optemos consciente e inconscientemente por ele. Quer dizer, que a relação de causalidade entre os fenômenos ou entre teoria e prática seja direta e linear na linha do tempo em nossas emoções.

A cesura é uma tentativa de oferecer uma interpretação da história emocional para além do determinismo, inclusive o psíquico. E um dos exemplos que ele usa é o da geometria euclidiana e seus cinco postulados. O mais famoso é o das duas paralelas que jamais podem se encontrar. Ninguém sonhava em contestá-lo. Mas chegou um dia em que alguns matemáticos mostraram que era possível construir outras geometrias, as não euclidianas, que se revelaram muito ricas e criaram o conceito de certos ‘espaços’ num outro estilo, o que permitiu a teoria da relatividade, de Einstein. Sem a colocação de uma cesura ou um hiato entre causa e efeito no pensamento, jamais teria sido possível esta descoberta: tolerar a suspensão do passado para que o presente possa emergir em sua novidade.

Usando uma metáfora de Bion (1974, p. 46), até numa contestação ao iluminismo:

Ao invés de tentar trazer uma luz brilhante, inteligente, compreensível para incidir sobre problemas obscuros, sugiro empregarmos uma diminuição da luz.

A cesura sempre existe. Existe quando nascemos, na diferenciação sexual, quando a criança sai de casa ou o dentro e o fora, eu e o outro. A noção de cesura nos faz ver que a origem, o momento de início é indecidível. Por exemplo, na física quântica, nós temos um princípio chamado de ‘princípio da incerteza’ (CHUSTER; WALZ, 2003), estabelecido por Werner Eizenberger. Esse princípio propõe que é impossível saber a posição e a velocidade do elétron ao mesmo tempo. Isso ocorre no vínculo com o paciente também. Muitas vezes é impossível saber a origem do material clínico na consulta, se esta é dele ou minha, assim como inúmeras vezes não sabemos diferenciar o dentro e o fora, o que é real e o que imaginamos.

Se soubermos/aceitarmos que existe um espaço vazio e tolerarmos a cesura, talvez algo novo surja,1 inclusive em nossa percepção. Para isso, necessitamos lançar mão da capacidade negativa, que é a capacidade de tolerar os mistérios, as incertezas, as meias verdades, sem a tentativa ansiosa ou o dever/obrigação de chegar ao fato para obter uma compreensão.

Há sempre um desconhecido, uma variável por vir, que é fonte de especulação e distúrbio. Há algo constante e algo que está mudando. Como na transferência. Há um transferido e algo a ser descoberto e construído na dupla que se inicia. Ou seja, caso o modelo do Universo em Expansão esteja correto ou possamos usá-lo, devemos entender que a mente é uma expansão ou que ela tem esse princípio. É nesse elemento variável que é possível a saída ou escape do oráculo enquanto destino a ser cumprido. Cito três frases do Bion como exemplo de suas observações:

Há um ponto em que a mudança quantitativa se transforma em mudança qualitativa. Mas isso pressupõe passagem de ‘tempo’, que é um conceito, embora tendamos a nos esquecer disso e acreditar que há ‘algo’ como o tempo (BION, 1974, p. 22).

Mas o ponto significativo não é o filho e o pai, ou o adulto humano e Deus, mas o relacionamento entre os dois – o vínculo. É no vínculo que algo permanece constante e algo estará mudando. A área utilizável para a psicanálise inspecionar é como um universo em expansão (BION, 1974, p. 34).

Não creio que a vida real tenha quaisquer divisões como de religião, ou estética, ou ciência, como não há uma linha divisória entre o hemisfério norte e o sul. Essa linha conta algo sobre a mente humana (BION, 1974, p. 50).

Isso é o que podemos denominar de um pensar estético ou um modelo espectral de observação. Ou, no dizer de Bion (1974, p. 41): como podemos nos tornar fortes o bastante para tolerar isso? – uma finalidade bem mais modesta do que tentar acrescentar algo novo à psicanálise.

Freud supõe (Dois princípios do funcionamento mental) que se fosse possível não haver pensamento, o indivíduo passaria do impulso diretamente para a ação, sem que existisse o pensamento intermediário. Ao se confrontar com o desconhecido, o ser humano o destruiria. Posto numa formulação verbal de imagem visual, é como se fosse ‘aqui está algo que não compreendo – vou matar’ (ética dramática). Mas uns poucos poderiam dizer ‘eis aqui algo que não compreendo – devo descobrir’ (ética trágica) (BION, 1974, p. 60).

 

Perspectivas

Uma escuta não oracular pressupõe a aceitação emocional da irreversibilidade do tempo, quer dizer, que possamos reconhecer se nossa “hipótese definitória” está sustentando ou não uma emoção ilusória de que controlamos ou podemos controlar a vida, ou seja, alicerçados na onipotência do pensamento.2 Para isso, nosso melhor instrumento é a construção da capacidade negativa ou da tolerância do hiato entre o “eu” e o “outro”, justamente para que possamos ir ao encontro e receber a realidade e descobrir algo novo, num novo circuito de interações.

Ao mesmo tempo, sair do circuito sensorial do sem saída, para que o paciente não tenha em nós mais um alicerce para juntar passado, presente e futuro numa mortificação do viver e sem saída emocional.

 

Referências

BION, W. R. Atenção e interpretação. 2. ed. Rio de Janeiro: Imago, 2006.         [ Links ]

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BION, W. R. Conferências brasileiras 1. Rio de Janeiro: Imago, 1974.         [ Links ]

BION, W. R. O aprender com a experiência. Rio de Janeiro: Imago, 1991.         [ Links ]

CHUSTER, A. A grade edípica: anotações teórico-clínicas sobre configurações edípicas à luz dos princípios ético-estéticos de observação. SBPPA, Porto Alegre, v. 4, n. 1, p. 37-65, out. 2002.         [ Links ]

CHUSTER, A. Transferência ou cesura. In: CHUSTER, A. et al. W. R. Bion, novas leituras: a psicanálise, dos princípios ético-estéticos à clínica, v. II. Rio de Janeiro: Companhia de Freud, 2003. p. 137-150.         [ Links ]

CHUSTER, A.; WALZ, J. C. O princípio da incerteza. In: CHUSTER, A. et al. W. R. Bion, novas leituras: a psicanálise, dos princípios ético-estéticos à Clínica, v. II. Rio de Janeiro: Companhia de Freud, 2003. p. 43-47.         [ Links ]

FREUD, S. Inibições, sintomas e ansiedade (1926 [1925]). In: ______. Um estudo autobiográfico, inibições, sintomas e ansiedade, análise leiga e outros trabalhos (1925-1926). Direção geral da tradução de Jayme Salomão. Rio de Janeiro: Imago, 1991. P. 95-180. (Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud, 20).         [ Links ]

GUEDES, P. S. R.; WALZ, J. C. O sentimento de culpa. 3. ed. Porto Alegre: Ed. do Autor, 2013.         [ Links ]

RASCOVSKI, A. La matanza de los hijos. Buenos Aires: Kargieman, 1970.         [ Links ]

 

 

Endereço para correspondência
E-mail: juliowalz@hotmail.com

Recebido em: 28/05/2019
Aprovado em: 05/06/2019

 

 

SOBRE O AUTOR

Julio Cesar Walz
Graduado em psicologia pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS).
Especialista em teoria psicanalítica pela Universidade do Vale dos Sinos (UNISINOS).
Membro Fundador do Instituto Wilfred Bion (Porto Alegre).
Mestre em psicologia social e institucional pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Doutor em medicina: ciências médicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Pós-doutor em ciências médicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Atualmente é professor titular do curso de psicologia e do mestrado em saúde e desenvolvimento humano da Universidade La Salle (UNILASALLE-CANOAS) e pesquisador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Medicina (INCT-M) junto Laboratório de Psiquiatria Molecular do Hospital de Clínicas de Porto Alegre.
Coordenador do Grupo de Estudos e Pesquisa Interdisciplinar em Comportamento Obeso (GEPICO).

 

 

1 Essa ideia pode nos ajudar a revisitar o clássico conceito de transferência, e podemos dizer que transferência também é um sentimento de surpresa, o novo que se cria na dupla, e não apenas ocorre com o transferido (CHUSTER, 2003).
2 Conferir também: GUEDES, P. S.; WALZ, J. C. O sentimento de culpa. 3.ed. Porto Alegre:Edição do Autor. 2012. Nesse livro, procuramos mostrar que o sentimento inconsciente de culpa é a expressão maior de nosso estado mental onipotente.

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