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Estudos de Psicanálise

versão impressa ISSN 0100-3437

Estud. psicanal.  no.53 Belo Horizonte jan./jun. 2020

 

XXI FÓRUM INTERNACIONAL DE PSICANÁLISE - ENCONTRO PSICANALÍTICO: CONFLITO E MUDANÇA

 

Liberdade e associação livre em um mundo coisificado: humanização como a arte do encontro psicanalítico1

 

Freedom and free association in an objectified world: humanization as the art of the psychoanalytic encounter

 

 

Ricardo Azevedo Barreto

I Círculo Psicanalítico de Sergipe

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

Este artigo objetiva discutir a coisificação do ser humano em um contexto de grandes mudanças no mundo contemporâneo com efeitos para as experiências de liberdade e associação livre nos encontros psicanalíticos. Considerando que a psicanálise necessita alcançar as transformações atuais para fortalecer sua presença, a humanização será apresentada como a arte do que é criado no campo da subjetivação em encontros psicanalíticos autênticos em um mundo objetificado.

Palavras-chave: Liberdade, Associação livre, Psicanálise, Arte, Humanização.


ABSTRACT

This paper aims to discuss the objectification of the human being in a context of big changes in the contemporary world with effects on experiences of freedom and free association in psychoanalytic encounters. Being considered that psychoanalysis needs to reach the changes from the present to strengthen its presence, humanization will be presented as the art of what is created in the field of subjectivation in authentic psychoanalytic encounters in an objectified world.

Keywords: Freedom, Free association, Psychoanalysis, Art, Humanization.


 

O mundo tem passado por grandes mudanças no campo das subjetividades e das expressões da cultura humana em nosso tempo. Entre elas, observamos uma tendência à objetificação – ou coisificação – dos sujeitos que encontramos no discurso das experiências pessoais e dos relacionamentos humanos nos mais diferentes contextos da existência, como no amor, no trabalho e nas produções culturais.

Bauman (2004) fala sobre a fragilidade dos laços humanos e o amor líquido. Fragilidade, fluidez e transitoriedade marcam os laços sociais. A confiança está abalada. Há a descartabilidade dos seres humanos. A comunicação eletrônica rápida em nosso mundo da internet, a rede mundial e a fluidez do mercado de trabalho também marcam nosso contexto, entre outros aspectos discutidos pelo autor.

Percebemos que as experiências pessoais e os relacionamentos humanos mudaram ao longo do tempo, simultaneamente às transformações globais – políticas, econômicas, sociais, psicológicas, biológicas, físicas e tecnológicas, entre outras – no que tange à vida humana.

Segundo Lopes et al. (2016), vivemos em um momento de novas tecnologias e conexões virtuais, anulando distâncias físicas e produzindo novos contextos, o que muda os laços afetivos, sociais e culturais, constituindo um desafio para a psicanálise dar conta do sujeito falante na atualidade.

Observamos que um ponto crucial de fragilidade dos seres humanos na atualidade é sua objetificação. Nós a compreendemos como despersonalização, a perda de atributos pessoais humanos, ou dessubjetivação. Perder sua subjetividade é extremamente desumano. É uma destituição que busca silenciar o sujeito falante, extraindo-lhe a liberdade.

A coisificação do ser humano é horrível. As condições básicas para uma vida que possibilita as expressões criativas das pessoas têm sido extirpadas. Atualmente, as pessoas são frequentemente vistas como objetos. Essa é uma problemática complexa na virada do milênio (BARRETO, 2018).

Ritzer (1993) discute sobre a "mcdonaldização" da sociedade, possibilitando muitas reflexões sobre a vida social. A busca de eficiência, cálculo, controle, previsibilidade e racionalização descrita pelo autor pode ser pensada no cenário mundial.

Se o modelo fast food dominar as construções socioculturais da humanidade e se espalhar cada vez mais pelo mundo, como podemos falar sobre os seres humanos e a prática da psicanálise? Humanos como sujeitos (mais especificamente, como sujeitos no sentido psicanalítico) e, por conseguinte, diferentes de um objeto ou uma coisa, uma mercadoria (lógica das sociedades de consumo) ou um fetiche (objeto do funcionamento perverso).

A descartabilidade é um aspecto saliente em diferentes contextos da existência. Amor, trabalho e criação são mutilados pela cultura do descartável em muitos níveis no contexto atual de relacionamentos fragilizados, tecnologias hipermodernas e massificações que não incomumente objetificam o ser humano, por exemplo, quando uma mãe substituta de uma criança é um iphone ou o médico de um paciente é uma máquina, destituída de subjetividade, ou a descaracterização de pessoas acontece por meio de perfis insólitos e notícias falsas.

Obviamente, existem muitas forças estruturais, situacionais, objetivas e subjetivas que precisam ser analisadas para compreendermos a objetificação dos seres humanos na atualidade. Não pretendemos enxergá-las em uma reflexão supostamente globalizante, mas levantar alguns pontos de um debate interminável, por exemplo: quais são as possibilidades de liberdade humana em nossa época? É possível que os sujeitos falantes se expressem livremente ao ser atendidos nos encontros psicanalíticos?

 

Liberdade dos sujeitos e de suas associações em encontros psicanalíticos de nossa época

Os seres humanos têm mudado em demasia nas últimas décadas e continuarão a se transformar dramaticamente no decorrer do novo milênio. Tomaremos como ponto de análise a coisificação crescente da humanidade, enquanto o mundo passa por mudanças, como no campo da tecnologia.

Schwab (2017) fala da quarta revolução industrial emergente. Menciona que ela está modificando o modo que nós vivemos, nos relacionamos com os outros e trabalhamos, articulando tecnologias digitais, biológicas e físicas, o que provocará muitas transformações no mundo e nas pessoas.

Sabemos que o trabalho psicanalítico é bem diferente da produção industrial. Podemos pensar no trabalho artístico, singular no tempo, no espaço e nas características que o constituem. É um modo de se relacionar com o outro em uma posição de estrangeiro em relação às tendências predominantes no mundo. Não é uma prática que segue os caminhos da humanidade. Como, então, lidar com os rumos da industrialização e das tecnologias novas que são inventadas em uma velocidade espantosa?

Percebemos muitos efeitos das transformações da existência humana na atualidade, como cidadãos e psicanalistas. Entre outros aspectos, as transformações do humano e dos laços sociais com as aquisições tecnológicas, a massificação crescente da sociedade de consumo e a busca da melhor imagem, narcisicamente confundida com o ser humano, assim como o excesso de estímulos e informações, nos afastaram há muito tempo de uma posição conhecida.

Considerando mais especificamente a liberdade dos sujeitos e de suas associações, podemos refletir sobre alguns dos efeitos das mudanças na existência humana, sobretudo quando observamos uma tendência à objetificação das pessoas e do mundo na atualidade. Não é simples tal questão.

O conceito de liberdade não é unânime em diferentes campos do conhecimento e na própria psicanálise. Nas contribuições de Freud, existem múltiplos sentidos, o que gera uma problemática no que se refere às possibilidades de liberdade humana.

De acordo com Freud ([1930] 1996), no mundo civilizado há renúncia da expressão livre dos impulsos em troca de segurança, gerando mal-estar. Isso significa que, para Freud, os sujeitos não são completamente livres.

Entretanto, a psicanálise não abandona em sua prática a constituição possível de experiências de liberdade ao reconhecer e trabalhar com o inconsciente do paciente.

Reis (2015) menciona que a psicanálise, desde suas origens, dá subsídios à emancipação do sujeito. Esse autor também comenta que a psicanálise está aberta à singularidade de um sujeito que deseja, diferindo de práticas que almejam a adequação do sujeito.

Di Matteo (2014) analisa as implicações da liberdade com base no inconsciente e pensa sobre os limites e as possibilidades da liberdade humana na atualidade, entre outros aspectos. O autor menciona a pretensa liberdade contemporânea que leva o sujeito a buscar mais os medicamentos do que a experiência psicanalítica. Ele comenta também que existe algo que não escolhemos, mas isso não nos exime de nossa responsabilidade humana.

A liberdade é uma questão importante para o ser humano. As possibilidades de sua construção no presente são um enigma parcialmente decifrado. Todavia, tentamos criar tais possibilidades como psicanalistas em nossa prática ou através de nossa participação na comunidade, principalmente porque as vemos como restritas em um mundo repleto de experiências amedrontadoras em diferentes contextos.

Em um mundo com a objetificação do ser humano e muitas mudanças, qual liberdade resta àqueles que chegam aos encontros psicanalíticos na atualidade e passam pela jornada analítica? Sem uma concepção e uma prática de liberdade, como podemos falar de psicanálise?

Observamos frequentemente na atualidade a impotência de pessoas na criação de um lugar psicossocial de existência autêntica. As pessoas estão sem experiências existenciais significativas, devido à fragilidade do contato consigo mesmas e os outros, havendo uma falta de sentido ou propósito para a vida e estão fascinadas pelos dispositivos virtuais. Elas não conseguem falar de si próprias em vários momentos. Podem ter rótulos psiquiátricos e psicológicos ou evitar qualquer tratamento de saúde mental, porque não querem se ver enquadradas, dirigindo-se, em algumas ocasiões, às últimas consequências. Todavia, quanto mais buscam a liberdade, mais ela se dissipa.

Compreendemos que os sujeitos livres não podem ser reduzidos à condição de uma coisa ou um objeto. Um sujeito livre é um sujeito criativo, que pode experienciar espontaneidade na análise, mesmo com resistências ou repressões, principalmente por causa de motivações inconscientes. Como, então, quem busca a psicanálise pode criar associações livres nos encontros psicanalíticos de nossa época?

Em sua concepção de liberdade, Freud ([1912a] 1996) determina como regra fundamental da psicanálise dizer tudo que vem à mente sem crítica. Essa noção é encontrada em diferentes textos de Freud, mas não nos direcionaremos a eles em uma perspectiva histórica nem reconstruiremos todos os passos da invenção técnica de Freud.

Hall e Lindzey (1984) falam da técnica da associação livre de Freud. Eles explicam que, após passar pelo uso da hipnose e do método catártico, o pai da psicanálise desenvolveu sua técnica da associação livre, que consiste em pedir aos pacientes para relatarem tudo que está vindo à mente, sem as restrições de lógica, organização ou expressão significativa, até aquilo que pareça ridículo ou impróprio.

Etchegoyen (1987) alerta que o paciente não dirá tudo o que pensa, mesmo no último encontro de um longo trabalho analítico em função das resistências e repressões, sendo o não cumprimento da associação livre uma dimensão do trabalho analítico.

Através da associação livre e de outros pilares da abordagem psicanalítica, podemos escutar os efeitos do inconsciente do paciente. Um conceito central de nossa escuta – que está fortemente ligado ao da associação livre – é a atenção flutuante.

A atenção flutuante consiste em suspender tanto quanto possível o que a atenção habitual dá foco. Desse modo, os psicanalistas não privilegiam algum elemento discursivo do paciente. O psicanalista deixa que sua atividade inconsciente funcione tão livremente quanto possível, o que seria uma recomendação técnica freudiana (FREUD, [1912b] 1996; LAPLANCHE; PONTALIS, 1992).

Pensamos que o percurso freudiano enfatiza o lugar da liberdade dos pacientes e suas associações na abordagem psicanalítica. A regra ou recomendação da associação livre tem muitos efeitos nos encontros psicanalíticos.

Contudo, como uma consequência das mudanças da existência humana na atualidade, observamos cada vez mais a dificuldade de associação livre em alguns pacientes. Concluímos que é prematura sua contraindicação à psicanálise.

Podemos, então, começar a trabalhar nos passos em direção à capacidade de associação livre e considerar o uso de outras possibilidades da abordagem psicanalítica em alguns casos específicos, continuando a respeitar a liberdade do sujeito.

Se pensarmos sobre a liberdade dos sujeitos e como ela pode ser criada nos encontros psicanalíticos, talvez possamos lidar com os desafios contemporâneos e o que é previsto como o futuro da humanidade por alguns autores.

Estudos na área das afecções psicossomáticas podem também nos ajudar a pensar sobre as mudanças no processo de simbolização dos sujeitos no mundo atual, o que revela desafios na construção de práticas no campo da psicanálise.

 

Considerações finais

Dinheiro, poder, produção, imagem e consumo caracterizam a constituição dos laços sociais há muito tempo. As ciências psicológicas precisam estar conscientes dessas armadilhas na cultura vigente para, então, escapar delas. No caso da psicanálise, sua prática se localiza contrária às tendências atuais no mundo.

Uma reflexão sobre o lugar da psicanálise em um mundo coisificado é central. Por meio de uma perspectiva de futuro não preestabelecido, a psicanálise pode se apresentar como uma possibilidade de existência de sujeitos não coisificados. É importante que os psicanalistas reflitam sobre a cultura através da abordagem psicanalítica na atualidade e no futuro (BARRETO, 2017).

Um grande desafio, que é a construção do futuro da psicanálise, precisa ser considerado:

Em que direção os psicanalistas têm seguido?

Aonde eles irão?

Como garantirão uma escuta psicanalítica ética?

Qual é a possibilidade de liberdade dos sujeitos e de suas associações?

Por um lado, o risco de desaparecimento da psicanálise e das instituições psicanalíticas deve ser levado em consideração; por outro lado, deve ser considerado que os psicanalistas podem continuar a construir a história da psicanálise, reconhecendo sua fragilidade e sua força na contemporaneidade.

Dessa forma, o futuro da abordagem psicanalítica pode ser pensado como inovador e frutífero. Contudo, a psicanálise necessita enfrentar os conflitos e as mudanças atuais para fortalecer a presença de suas perspectivas teóricas e clínicas variadas.

Nesse contexto, experiências de humanização são pensadas como a arte do que é criado no campo da subjetivação em encontros psicanalíticos autênticos em um mundo coisificado. Se os sujeitos e os laços sociais sofrem em função da objetificação dos dias atuais, resgatar as condições humanas que nós perdemos com a dessubjetivação crescente é um de nossos problemas sociais e uma questão nas práticas psicanalíticas do tipo padrão ou reinventadas.

Rossi (2009) fala, baseado na visão freudiana, que a arte pode ser considerada na perspectiva da criação, considerando a capacidade que nem todos têm de criar grande mistério. Esse autor menciona que a arte da psicanálise consiste na capacidade de dividir espaços mentais privados para ampliar potenciais e produzir novos sentidos e mais criatividade, por conseguinte, participando da construção da subjetividade humana.

Lembramos o modo como Freud pensa – baseado em Leonardo da Vinci – na arte em relação à psicanálise. Assim como a escultura, a abordagem psicanalítica remove o excesso para a estátua adormecida surgir do mármore (ETCHEGOYEN, 1987).

Compreendendo a psicanálise como uma abordagem expressiva dos sujeitos e de suas possibilidades de liberdade, mencionaremos duas experiências pessoais que ocorreram fora do setting padrão: uma delas no cuidado em saúde humanizado em hospital geral, articulando psicanálise e artes, e outra na interface da perspectiva analítica com a odontologia. Em ambas as experiências, trabalhamos com grupos.

No hospital, trabalhamos com grupos de pacientes e acompanhantes que se expressavam por meio da arte, como a pintura, após o acolhimento deles com música. O foco era a hospitalização ( BARRETO et al., 2015). Na odontologia, aconteceu através de nossa pesquisa de doutorado, com metodologia qualitativa com contornos específicos, em uma atividade com um grupo de odontólogos em reflexão sobre suas práticas profissionais e seus relacionamentos (BARRETO, 2010).

Embora consideremos a associação livre uma técnica freudiana extremamente importante, em ambos os exemplos, não adotamos a associação livre. Entretanto, foi preservada a liberdade de expressão dos sujeitos através de nossa escuta.

Sousa (2018) comenta sobre a restrição do uso da associação livre em um enquadre analítico modificado de acordo com alguns autores. Ele também menciona que esses autores parecem questionar a associação livre como uma regra fixa na prática analítica, o que, conforme ele explica, não é a essência do que Freud deixou como um legado.

Sabemos que a psicanálise standard trabalha através da associação livre de quem está em análise, assim como com as técnicas e o setting padrões. Contudo, em alguns momentos, analistas oferecem sua escuta em outros contextos e condições, transformando a técnica padrão por muitas razões, sem que a liberdade possível dos sujeitos seja esquecida. Em um mundo com muitas mudanças, ambas as perspectivas precisam ter mais interlocução sem estranhamento.

Ademais, a liberdade não é central para os psicanalistas não serem engolidos pela coisificação do mundo no momento histórico em que vivemos? Portanto, a questão da liberdade, profundamente relacionada à dignidade da vida humana, é de significância máxima na psicanálise e em outros campos do conhecimento e deve ser uma questão de debate em andamento.

Assim como um médico pode ser visto como um medicamento (BALINT, 2007), o psicanalista pode ser pensado como um remédio para os pacientes de modo que a experiência psicanalítica única se torne mais potente com efeitos para as subjetividades e a vida coletiva (BARRETO, 2019). Contudo, é extremamente importante para as práticas da psicanálise contemporânea enfrentar o mal-estar da coisificação do mundo social em que nós vivemos, trabalhando em benefício dos sujeitos e de sua liberdade.

 

Referências

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Endereço para correspondência
E-mail: riazebarreto@gmail.com

Recebido em: 30/04/2020
Aprovado em: 20/05/2020

 

 

SOBRE O AUTOR

Ricardo Azevedo Barreto
Psicólogo graduado pela Universidade de São Paulo (USP).
Tem mestrado e doutorado em psicologia escolar e do desenvolvimento humano pela USP.
Especialista em psicologia hospitalar pelo CEPSIC da Divisão de Psicologia do Instituto Central do Hospital das Clínicas da FMUSP.
Teve experiência de treinamento no Butler Hospital (RI-USA).
Psicanalista do Círculo Psicanalítico de Sergipe. Foi presidente do Círculo Brasileiro de Psicanálise (2014-2017).
Foi membro do Conselho Administrativo do Hospital São Lucas em Sergipe.
Foi professor titular da Universidade Tiradentes (UNIT) por muitos anos.
É um dos editores da revista Estudos de Psicanálise do Círculo Brasileiro de Psicanálise (CBP).
É um dos editores regionais para a América do Sul da revista International Forum of Psychoanalysis (IFP).
Desenvolve trabalhos na área de humanização da assistência, articulando psicologia, psicanálise, artes e humanização.

 

 

1 Trabalho apresentado no XXI INTERNATIONAL FORUM OF PSYCHOANALYSIS, PSYCHOANALYTIC ENCOUNTER - CONFLICT AND CHANGE - ISCTE, Instituto Universitário de Lisboa. Lisboa, 5-8 fev. 2020.

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