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Estudos de Psicanálise

versão impressa ISSN 0100-3437versão On-line ISSN 2175-3482

Estud. psicanal.  no.55 Belo Horizonte jan./jun. 2021

 

PSICANÁLISE ON-LINE E PANDEMIA

 

O brincar e a "nova realidade" - reflexões sobre a criatividade, suas origens e a localização da experiência cultural em tempos pandêmicos1

 

Playing and "new reality" – reflections on creativity, its origins and the location of cultural experience in pandemic times

 

 

Márcia Alves da Rocha

I Círculo Brasileiro de Psicanálise – Seção Rio de Janeiro
II Grupo Brasileiro de Pesquisas Sándor Ferenczi

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

A proposta do texto é refletir sobre o brincar, considerando prioritariamente as postulações de Donald Winnicott a respeito da origem da criatividade e a localização da experiência cultural. Navegando entre a teoria e a clínica psicanalítica, o ensaio também considera a função especular frente aos desamparos – individuais e coletivos – vivenciados pelas crianças, adolescentes e famílias diante do desconcertante horizonte pandêmico.

Palavras-chave: Criatividade e suas origens, Espaço potencial, Função especular, Localização da experiência cultural, Pandemia.


ABSTRACT

The purpose of this paper is to reflect on playing, considering primarily Donald Winnicott's postulations regarding the creativity and its origins as well the location of cultural experience. Considering both theory and clinic psychoanalytic, the essay also considers the mirror role of mother in face of the common distress and individual experience encountered by children, teenagers and their families, due to the disconcerting pandemic horizon.

Keywords: Creativity and its origins, Potential space, Mirror-role of mother, Location of cultural experience, Pandemic.


 

What we call the beginning is often the end.
And to make an end is to make a beginning.
The end is where we start from.

T. S. Eliot

 

Introdução

Para Winnicott, a experiência cultural começa com o brincar e conduz a tudo aquilo que compõe a herança humana: das artes aos mitos históricos, passando pela progressão do pensamento filosófico e pelas instituições sociais. O autor complementa seu pensamento propondo que a experiência cultural não se localiza na realidade psíquica do indivíduo, pois se trata de uma realidade compartilhada. Tampouco podemos localizá-la em termos unicamente das relações exteriores. Em sua hipótese, a localização da experiência cultural começa no espaço potencial entre a criança e sua mãe – melhor dizendo, seu cuidador primário –, quando a experiência vivenciada proporciona à criança a confiança de que sua mãe não deixará de estar ali, se ela repentinamente necessitar de sua presença e seus cuidados.

Em um ambiente onde é cuidado de forma suficientemente boa, o bebê é capaz de ter um desenvolvimento que resulta das sensações de continuidade de existência, do sentimento de si, ou seja, de sua autonomia, nos diz Winnicott. Nos primeiros estados de desenvolvimento da personalidade, a palavra-chave é "integração". É a integração que conduz o bebê ao estado de unidade, ao pronome pessoal "eu".

Diante dessa proposição, o autor sugere que o cuidador inicial do bebê (didaticamente nomeado como "mãe", na maioria de seus textos) tem função de espelho para a criança, devolvendo-lhe, através do olhar, o próprio self do bebê. Em outras palavras, quando o bebê olha para o rosto da mãe, ele pode ver a si próprio, ou seja, ele vê, através da expressão dela, como ele próprio se sente. Isso equivale a dizer que, se é visto de uma forma que o faça sentir que existe, ele se sente à vontade para continuar olhando. (PHILIPS, 2006).

A partir dessas postulações do pensamento winnicottiano, este ensaio reflete sobre o brincar e a "nova realidade" que se apresentou repentinamente ao mundo, em decorrência da pandemia de covid-19. Navegando entre a teoria e a clínica psicanalítica, o texto também reverbera acerca da função especular e os desamparos – individuais e coletivos – vivenciados pelas crianças, adolescentes e sua família, diante dos impactos da pandemia. Para tanto, compartilho pequenos fragmentos clínicos, balizando as considerações propostas.

 

A presença do horror

Optei por compartilhar fragmentos de três histórias que chegaram em minha clínica em tempos pandêmicos, de vida predominantemente on-line para a classe média brasileira, com o privilégio do acesso à internet e oportunidades concretas de praticar o distanciamento social. Os fragmentos referem-se a Joca, de 7 anos; Ana Clara, de 6 anos; e Gustavo, de 17 anos.

Quando os pais de Joca me procuraram, estavam bastante angustiados. Joca havia parado de fantasiar e de brincar, me disseram eles. Viam nele o comportamento de um miniadulto, uma sobriedade e maturidade não condizentes com uma criança de 7 anos. A família estava em isolamento social, as atividades escolares de Joca eram on-line e tanto seu pai quanto sua mãe estavam trabalhando em home office. Mas os afazeres domésticos e a intensa jornada de trabalho dificultavam a qualidade do tempo que dispunham para ficar e brincar com o filho.

Assim como Joca, Ana Clara não frequentava mais a escola presencialmente. Diferentemente de Joca, Ana Clara não havia se adaptado às dinâmicas on-line propostas pela escola. Se Joca, de alguma forma, se expressava parando de brincar e se comportando como um adulto, Ana Clara encontrou um outro caminho para comunicar suas angústias: ficava muito agitada, parecia um "furacãozinho" em casa, me disse sua mãe no nosso primeiro contato.

Gustavo, no auge de sua adolescência, cursava o último ano do ensino médio quando a escola interrompeu as aulas presenciais e tudo entrou em stand by. A pandemia assolou seus pais de medo e os convocou a grandes responsabilidades profissionais. Ambos eram da área de saúde e trabalhavam em hospitais que recebiam pacientes com o novo coronavírus. Gustavo, assim como uma infinidade de alunos em último ano escolar, tinha grandes expectativas para seu último ano, mas nenhuma delas pôde ser vivenciada na solidão de seu quarto, nas aulas remotas e nos encontros apenas virtuais – e eventuais – com os amigos. Num de nossos contatos me disse: "Márcia, não estou vivendo, estou sobrevivendo".

Joca, Ana Clara e Gustavo representam três fragmentos muito distintos, mas que escolhi compartilhar por ilustrarem as minhas reflexões acerca de uma frase de André Green ao comentar as postulações winnicottianas sobre O brincar e a realidade.

Nos disse Green (2013, p. 24):

Eu acho que é na presença do horror que compreendemos a necessidade do brincar para tornar esse horror suportável.

Trazendo a reflexão de Green para a realidade dos tempos pandêmicos, penso o quanto nos deparamos com imensuráveis horrores: a perda de entes queridos, as impossibilidades das despedidas, o medo de um vírus invisível e um negacionismo infelizmente não tão invisível assim. Precisamos nos deparar com os horrores das centenas de milhares de mortes no nosso país e de uma vacina que tarda em chegar para todos. Horrores que nos assolam coletiva e individualmente.

A respeito do negacionismo, vale aqui abrir um parêntese. Considerando o cenário brasileiro, Kupermann (2021) propõe que há três tipos de negacionismos em jogo: o ilusório, o hipócrita e o pragmático. No negacionismo ilusório, frente ao desamparo traumático, o sujeito regride a um estado de onipotência, ao passo que o negacionismo hipócrita evidencia a crença de invulnerabilidade seletiva, que justifica valores distintos para a vida.

Para Kupermann (2021), é o negacionismo hipócrita o responsável pelo falso problema de que deveríamos escolher entre salvar vidas ou salvar a economia. Já o negacionismo pragmático estaria refletido em grande parcela dos segmentos mais empobrecidos, que precisa sair para trabalhar e tem acesso restrito a medidas básicas de saneamento, entre outros fatores.

 

O brincar e a experiência cultural

Diante do cenário pandêmico, pensando a respeito da frase de André Green – sobre a importância do brincar para a elaboração do horror –, me pergunto: qual a dimensão desse horror em nossas crianças e adolescentes, que brincar lhes é possível diante das bruscas mudanças em sua rotina e do desamparo espelhado nos semblantes de seus pais?

Questionando-se sobre por que as crianças brincam, Winnicott concluiu que a brincadeira tem a função de dominar as angústias. É através do brincar que a criança adquire experiências. E é através das intervenções de brincadeiras feitas por outras crianças e adultos que elas vão, passo a passo, conquistando seu desenvolvimento maturacional.

Winnicott se interessou pelo brincar desde 1942, no texto Por que as crianças brincam, publicado no livro A criança e o seu mundo. O autor nos diz que a angústia é sempre um fator na brincadeira infantil e, frequentemente, um fator dominante. Para ele, a brincadeira fornece uma organização para a iniciação das relações emocionais, propiciando o desenvolvimento de contatos sociais. Assim, por um lado, as brincadeiras servem de elo entre a relação do indivíduo com a realidade interior, por outro lado, também são o elo da relação do indivíduo com a realidade compartilhada, externa.

Da mesma forma que Freud entende o sonhar como um caminho para conhecermos o inconsciente, Winnicott considera o brincar como uma espécie de portão de entrada ao inconsciente. Nos diz ele:

O inconsciente reprimido deve se manter oculto, mas o resto do inconsciente é algo com que cada indivíduo quer travar conhecimento e as brincadeiras, tal como os sonhos, servem de função de autorrevelação e de comunicação com o nível profundo. (WINNICOTT, 2008, p. 165).

Abram (2000) nos dá conta de que em 1968 Winnicott acrescentou observações ao texto Por que as crianças brincam. Entre os acréscimos efetuados, vale destacar a postulação do autor de que o brincar é essencialmente criativo e lida com o limite precário entre o que é subjetivo e aquilo que pode ser objetivamente percebido, ou seja, o brincar se dá no espaço potencial localizado entre o bebê e a figura materna. A essa época, Winnicott já associava mais claramente o brincar dentro do contexto das relações objetais.

Apesar de a importância do brincar estar refletida em toda a sua obra, foi na consolidação de ensaios reunidos no livro O brincar e a realidade (publicado em inglês no ano de sua morte, 1971), que Winnicott concentrou seus pensamentos sobre o tema. As teorias winnicottianas reúnem elementos de várias fontes, relacionadas com a sua vasta experiência clínica no atendimento de crianças. De acordo com Green (2013), o pensamento de Winnicott forma uma rede que o torna a mente mais criativa da psicanálise, depois de Freud.

Tecendo comentários acerca do livro Natureza humana, publicado postumamente, a partir de textos que Winnicott vinha aprimorando através dos anos, Green (2003, p. 66) pondera:

Há algo extremamente sugestivo na teorização de Winnicott sobre o estágio intermediário entre o narcisismo primário e as relações objetais. O estágio intermediário é apresentado como se referindo a uma substância que consiste ao mesmo tempo em um aspecto da mãe e em um aspecto do bebê.

Para Winnicott, o brincar está localizado entre a realidade interna e a realidade externa, assim como outros fenômenos transicionais. E se for verdade que os fenômenos transicionais refletem a base do simbolismo, é possível propor que tais fenômenos assinalam uma espécie de terceira área de existência. Sugerindo que essa terceira área equivale à vida cultural do indivíduo, afirma que as outras duas áreas são: o reflexo da realidade psíquica interna, na qual o indivíduo alucina, cria ou imagina; e a realidade externa, onde o mundo é gradualmente conhecido como "não eu".

Assim, partindo da hipótese de que a experiência cultural é uma continuidade direta do brincar, Winnicott a localiza no espaço potencial entre o indivíduo e o seu ambiente – originalmente, o objeto – ou seja, entre as realidades interna e externa. Em sua proposição, a capacidade de usar o espaço potencial representa algo definitivo no desenvolvimento humano e está relacionada à habilidade de viver com criatividade e sentir-se real. O autor vai nos dizer ainda que o brincar facilita o crescimento e, portanto, a saúde. É o brincar que nos conduz aos relacionamentos grupais, nos diz ele. Complementa seu pensamento propondo que o brincar é sempre uma experiência criativa, uma experiência na continuidade espaço-tempo, uma forma básica de viver.

A participação da criatividade nos estágios maturacionais tem fundamental importância no pensamento winnicottiano. Para ele, a criatividade é responsável pela emergência do sentimento de que a vida vale a pena ser vivida. Mas para que o indivíduo possa agir criativamente, o ambiente precisa respeitar sua espontaneidade. Surge daí o sentimento de ser, quando o indivíduo pode experimentar a procura e o encontro com o objeto, a partir de seu ato criativo.

Em 1968 Winnicott deixa clara a sua oposição à abordagem ortodoxa da metapsicologia, afirmando que a experiência cultural não tinha sido privilegiada pelos psicanalistas. Para ele, a experiência cultural surge de uma extensão direta do brincar dos bebês desde a idade do nascimento ou, talvez, antes. A fantasia, portanto, tem papel fundamental em suas postulações.

Concebida por Freud como expressão de uma patologia na qual se exprime a dificuldade do indivíduo de aceitar a frustração pelo princípio de realidade, a fantasia é, para Winnicott, atributo fundamental da espécie humana, expressão de sua capacidade de elaboração imaginária de suas experiências, alicerce de sua criatividade e mediação necessária nas suas relações com o mundo dos objetos. (PLASTINO, 2014, p. 146).

Ao nos dizer que o brinquedo e o brincar, bem como os fenômenos transicionais, formam a base para a experiência cultural, Winnicott afirma que é somente no brincar que o indivíduo pode ser criativo para, então, encontrar o seu self . Mas, para olhar criativamente e ver o mundo, o indivíduo precisa antes de tudo ter internalizada a experiência de ser olhado. " O precursor do espelho é o rosto da mãe", nos diz Winnicott (1975, p. 153).

 

Espelho, espelho meu

Se, para Lacan, a criança vai se alienar no desejo da mãe – sentido através do reflexo do olhar materno – para Winnicott, a função especular tem uma outra dimensão. Ao olhar a mãe, o bebê não vê as expectativas e o desejo dela, mas sim o reconhecimento de sua própria singularidade. O indivíduo precisa ser visto para se sentir vivo. É sendo visto que surge a possibilidade de aperceber o mundo, para em seguida, criativamente, poder percebê-lo como algo externo a si.

Quando olho, sou visto, logo, existo. Posso agora me permitir olhar e ver. Olho agora criativamente e sofro a minha apercepção e também percebo. Na verdade, protejo-me de não ver o que ali não está para ser visto (a menos que esteja cansado). (WINNICOTT, 1975, p. 157).

"Apercepção" é o termo empregado por Winnicott para dar conta da experiência subjetiva de estar fundido à mãe. Assim, a apercepção refere-se à possibilidade de ver a si mesmo ao ser visto pela mãe. O termo "percepção" por sua vez, é uma consequência da apercepção e dos processos de maturação, demonstrando a capacidade de ver o objeto, de diferenciação entre o "eu" e o "não eu". Se a percepção surgir prematuramente, em decorrência de uma incapacidade do ambiente de oferecer uma resposta ao rosto do bebê, isso impacta criativamente a sua percepção do mundo e o seu sentimento de self.

O bebê, se pudesse falar, diria que, ao ser visto, se sente existindo. Winnicott propõe, então, a pergunta: o que a criança vê ao olhar o rosto da mãe? A criança vê a si própria, refletida no humor da mãe e em suas próprias defesas arcaicas, responde. Isso torna a mãe uma espécie de juiz da verdade para a criança. Green (1978, p. 19) dá especial destaque à importância do ponto de passagem entre a projeção e a percepção que essa postulação reflete.

Se extrapolarmos essa dimensão para o horizonte pandêmico, para o desamparo coletivo vivenciado diante de uma realidade externa aterrorizadora, podemos pensar no tipo de visão especular que tem chegado à nossa atual geração de crianças e adolescentes. Partindo das postulações winnicottianas, me pergunto: diante de tamanho desamparo, que espaço potencial é possível ser criado e vivenciado pelos pais e, por conseguinte, por seus filhos?

 

Considerações finais

Refletindo sobre os pacientes cujos fragmentos citei anteriormente, penso que Joca respondeu às angústias ambientais com silêncio, na solidão de seu quarto e sem tocar em seus brinquedos, enquanto Ana Clara reagiu com uma ansiedade extrema, acionando todos os brinquedos simultaneamente, mais parecendo aos pais que não brincava efetivamente com nenhum. Já Gustavo, viu por água abaixo as expectativas de um ano de intensas despedidas, encontros sociais com os amigos e namoros. Precisou se despedir das brincadeiras juvenis sem de fato brincá-las, encerrou sua vida escolar sem experimentar todos os beijos na boca que supôs que daria, sem a festa de formatura sonhada e planejada com os amigos.

A respeito da experiência cultural, Winnicott diz ter feito uso desse termo para dar conta de uma ampliação da ideia do fenômeno transicional e do brincar, com especial ênfase na experiência vivida pelo indivíduo.

Ao fazer uso da palavra "cultura" em sua postulação, o autor nos diz que tentou dar conta da tradição herdada que faz parte do patrimônio comum da humanidade, referindo-se ao legado transmitido de uma geração a outra, seus elementos simbólicos e emocionais.

Qual experiência cultural será o legado da geração que vivenciou in loco os atravessamentos da pandemia de covid-19, os atravessamentos da "vida covidiana"? (Tomo aqui emprestado o termo cunhado no livro Psicanálise e vida covidiana, organizado por Staal e Levine, 2021).

Não sabemos quais traços mnêmicos ficarão nessa geração. Isso só o tempo poderá nos responder. Algumas memórias – sejam elas representáveis, somatizadas ou agidas – serão de ordem individual, mas arrisco dizer que uma boa parcela delas será de ordem coletiva, iminências do desemparo vivenciado coletivamente.

Isso, sem dúvida, aumenta a nossa responsabilidade enquanto psicanalistas. Foi preciso que nos adaptássemos rapidamente. Transformamos nossos consultórios, do dia para a noite, em clínica on-line. E isso abrangeu nossa clínica com crianças e adolescentes. Mas a nossa função especular talvez se tenha feito ainda mais necessária diante da emergência do desamparo coletivo.

Thomas Ogden (2010) fala que os analisandos nos procuram para buscar ajuda para sonhar seus sonhos não sonhados e para terminarem de sonhar seus pesadelos ou sonhos interrompidos. Somando esse pensamento de Ogden às reflexões aqui abordadas sobre o brincar, tomo a liberdade de acrescentar ao seu pensamento a ideia de que as crianças e os adolescentes que chegam em nossa clínica – presencial ou on-line – anseiam também para que as ajudemos a brincar suas brincadeiras ainda não brincadas, suas brincadeiras interrompidas.

 

Referências

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Endereço para correspondência
E-mail: marcia_a_rocha@hotmail.com

Recebido em: 10/06/2021
Aprovado em: 25/06/2021

 

 

SOBRE A AUTORA

Márcia Alves da Rocha
Psicanalista e membro efetivo do Círculo Brasileiro de Psicanálise – Seção Rio de Janeiro (CBP-RJ).
Bacharel em comunicação social.
MBA pela Fundação Getúlio Vargas e pós-graduada em gestão e recursos humanos pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ).
Professora do curso de Formação Psicanalítica do Centro de Estudos Antonio Franco Ribeiro da Silva do CBP-RJ.
Integrante do Grupo de Trabalho sobre Neo e Transexualidades (GTNTrans) do CBP-RJ.
Integrante do Núcleo de Estudos Psicanalíticos da Infância (NEPsI) do CBP-RJ.
Coautora do livro Transexualidades: reflexões psicanalíticas sobre gênero e Édipo.
Membro do Grupo Brasileiro de Pesquisas Sándor Ferenczi (GBPSF).

 

 

1 Trabalho apresentado na VI JORNADA DO NÚCLEO DE ESTUDOS PSICANALÍTICOS DA INFÂNCIA (NEPsI) Efeitos do on-line na criança e no adolescente, do CBP-RJ, em 28-29 maio 2021, por meio da plataforma Zoom.

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