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Ide

Print version ISSN 0101-3106

Ide (São Paulo) vol.31 no.146 São Paulo June 2008

 

ENTREVISTA

 

ide: Psicanálise e cultura: uma história a ser contada...*

 

ide: Psychoanalysis and culture: an history to tell...

 

 

Jassanan Amoroso Dias Pastore**; Any Trajber Waisbich; Dione M. Pazzetto Ares; Camila Pedral Sampaio; Marcella M. de Souza e Silva; Maria Aparecida A. Cabral; Silvia M. Deroualle; Stela Ida Grunberg; Vera L. Adamo; Vera Montagna***

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

Na tentativa de resgatarmos e reafirmarmos os fundamentos da diretriz editorial da ide, que, desde sua fundação, gira em torno do diálogo entre psicanálise e cultura, lançamos mão do artigo “Lida o psicanalista com problemas sociais?”, de Deodato Curvo de Azambuja, publicado originalmente na ide número 1, em 1975, e retomamos, numa entrevista para a ide 46, que tem como tema justamente a Cultura, o contato com esse autor em torno do artigo por ele redigido. Nele, evidenciamos, com extrema clareza, o lugar da cultura na teoria e na prática clínicas por meio de um pensamento desenvolvido a partir da reportagem “A cidade tem medo de si mesma”, do O Estado de S.Paulo, e as idéias acerca da necessidade e do valor social da psicanálise, já há mais de trinta anos. Abordamos e refletimos sobre as idéias de “estado de exceção”, de Giorgio Agamben, e de “cidades-pânico”, do filósofo e urbanista Paul Virilio, em que a exclusão, a “forclusão” mesma, tornaram-se modos de vida nas megalópoles.

Palavras-chave: Banalidade do mal, Cidade-pânico, Estado de exceção, História ide, Psicanálise e cultura.


ABSTRACT

With an intention to rescue and to establish the landmarks of ide editorial guidelines, which have been revolving around the dialogue between psychoanalysis and culture since the journal was first issued, we used as a resource the article “Does a psychoanalist deal with social problems?”, by Deodato Curvo de Azambuja, originally printed in ide number 1, in 1975, and at the same time we retrieved our contact with that author, in an interview for ide 46 about that article having as subject the Culture itself. There we make clearly evident the place that the culture occupies both in theory and in clinical practice, by means of thoughts which developed out of the news report “The city is afraid of itself”, published in O Estado de S. Paulo, together with ideas about the need and social value of psychoanalysis, which were already being discussed more than 30 years ago. We address and elaborate on the ideas of State of exception, of Giorgio Agamben, and “panic-cities”, of the philosopher and urbanist Paul Virilio, in which exclusion, the very “foreclusion”, have become ways of life in the megalopolis.

Keywords: The banality of evil, Panic-city, State of exception, ide history, Psychoanalysis and culture.


 

 

Homenagem a todos aqueles que por aqui passaram.
Evandro Carlos Jardim.1

Parafraseando Evandro Carlos Jardim, artista plástico &– a quem somos gratos pela ilustração deste número da ide/Cultura &–, esta escritura é uma espécie de homenagem a todos aqueles que pela ide passaram: editores, colaboradores e leitores.

Como se sabe, a revista ide, que tem em seu subtítulo a expressão “psicanálise e cultura”, nasceu do desejo de afirmação deste importante entramado entre a psicanálise e o campo cultural. Recentemente, na tentativa de resgatarmos os fundamentos da diretriz editorial da ide, lançamos mão do artigo “Lida o psicanalista com problemas sociais?”, de Deodato Curvo de Azambuja, publicado originalmente na ide número 1, em 1975, no momento de sua fundação, quando o referido autor teve o privilégio de ser um de seus coordenadores editoriais, a convite do editor Chaim José Hamer. Retomando o artigo, foi possível evidenciar, com extrema clareza, o pensamento desse psicanalista engajado, que, já naquela época, enfatizava o lugar da cultura na teoria psicanalítica e até mesmo em sua conexão &– uma conexão então desconcertante &– com a prática clínica. Ali, a partir da reportagem “A cidade tem medo de si mesma”, publicada no O Estado de S. Paulo (6/11/1975) sobre uma pesquisa do Instituto Gallup, o autor desenvolve suas idéias acerca da necessidade e do valor social da psicanálise. O fato de o artigo ter sido escrito mais de trinta anos atrás nos levou a considerá-lo um texto revolucionário. Com o intuito de sublinhar esse caráter, retomamos, numa entrevista para a ide 46, que tem como tema justamente a Cultura, o contato com seu autor, em torno desse artigo.

Aqui gostaríamos de refletir, a partir daquele contato, sobre a história desta revista que, desde sua fundação, revelou uma vocação determinante para o trabalho nas fronteiras da psicanálise com temas e áreas relativos ao campo cultural.

 

Os primórdios...

Fundada em 1975, a ide já tem uma longa história a ser contada... Ela surgiu com a intenção de se criar uma publicação que pudesse colocar os analistas em diálogo com outras áreas do conhecimento, com outros modos de pensar, para que diferentes visões pudessem ser acrescentadas e enriquecer o pensamento e o debate no campo psicanalítico.

Na Entrevista para a ide 46/Cultura (2008), indagamos Deodato sobre a necessidade a que a revista veio atender nos primórdios de sua criação, e ele nos respondeu que a idéia foi a de criar algo que fosse além das fronteiras da instituição e que pudesse dialogar não apenas com os psicanalistas da Sociedade, como também com os de outras instituições e com os pensadores de diversas áreas do conhecimento. Muitos colegas, na época, e ainda hoje, talvez assustados, perguntavam se não estaríamos nos perdendo, se não deveríamos nos concentrar na psicanálise como ciência, enfatizando o foco na clínica. Mas, destacou ele, as leituras dos textos culturais e antropológicos de Freud, por meio de um grupo de estudos, dado que esses textos não eram abordados pelos cursos do Instituto, emprestaram aos fundadores da ide2 uma força inteiramente nova ao trabalho clínico, aquele mesmo que era dito científico. Desta forma, o grupo pioneiro não achou que fazia sentido a crítica de estarem se desviando da ciência e avançaram!

Aliás, essa força propulsora está no raiar do nome da revista. Ele surgiu em uma das muitas reuniões de sábado à tarde, em que o grupo fundador fazia uma espécie de brainstorming, com todos dando suas idéias. Foi quando Chaim Hamer sugeriu o nome: “ ide”! Todos concordaram no ato: “É esse!!! Tem que ser esse!!! ”O Tenório, lembro-me bem, com sua verve conhecida, interpretou o sentimento geral: “É algo que aponta para o futuro! Abre-se para o futuro!”. E saímos todos felizes da vida, acreditando no futuro. Valeu a pena, pelo desenvolvimento incrível alcançado pela ide”, conta-nos Deodato.

 

Psicanálise e cultura

Assim, enfatizando a necessária interseção entre psicanálise e cultura, Deodato nos fala, de modo categórico, que a psicanálise sempre esteve ligada à cultura, apesar de ter nascido do atendimento de pacientes.

Sobre essa questão, Renato Mezan (1985) oferece uma importante contribuição. Ele considera que a psicanálise possui três fontes principais: a análise de pacientes, a auto-análise de Freud e a análise dos fenômenos culturais. Esta última, segundo Mezan, correspondeu, na obra de Freud, à necessidade de conquistar para suas descobertas certa universalidade que as afastasse da exclusividade do campo das neuroses e doenças mentais. Então, ressalta-se, a intrincação com os fenômenos da cultura não é incidental nem acidental em Freud, mas é parte mesma do esforço de elucidação que caracteriza a psicanálise. A esse respeito, Deodato comenta:

Mas vocês querem coisa mais cultural do que a medicina? Quem lê o livro Nascimento da clínica, de Michel Foucault, percebe que a Medicina se constituiu em uma estrutura poderosa do tecido social. E a psicanálise veio em grande medida para reforçar esse mesmo tecido social, só que de um modo imprevisível para os médicos, que por isso tiveram &– e em grande parte continuam tendo &– muitas resistências em relação ao papel da psicanálise dentro do corpo social. Talvez em função disso a psicanálise tenha escorregado também em direção a outrasáreas do conhecimento, como a arte, por exemplo.

Nesta articulação entre as questões culturais que a ide veio atender, tanto na clínica como na instituição, é importante distinguir, de um lado, a psicanálise como processo individual e, de outro, como um dos elementos de construção da cultura &– esferas macro e microscópica. E, Deodato, acrescenta:

De um ponto de vista filosófico talvez não seja possível fazer tal dissociação, pois aí o social, o cultural e o individual se interpenetram. Muitos psicanalistas não gostam de pensar nessa interpenetração, gostam de se concentrar apenas na clínica. Não penso que isso seja nem certo nem errado. Existem muitos argumentos de peso para que nos concentremos na clínica.

Mas a questão é justamente o quanto a cultura atravessa a intimidade da clínica, e isso não podemos mais deixar de considerar hoje! Foi o que ressaltou Fábio Herrmann (2001), em sua proposição acerca da Clínica Extensa, com a qual procura ultrapassar as limitações encontradas, já desde Freud, na utilização da idéia de “psicanálise aplicada”. Diz o autor:

“Por clínica extensa” não pretendo referir-me tão-só à extensão a outros domínios, como também à recuperação daquilo que constitui o nosso patrimônio original, em parte abandonado, com o tempo. Como a atenção analítica é sempre clínica, a psicanálise da cultura e da sociedade, a correlação de mão dupla com a literatura e as artes, a própria integração com o reino das ciências, tudo isso é clínica extensa (p. 24).

Clínica extensa seria, assim, a utilização do método psicanalítico na extensão de sua possibilidade, para além daquilo que permite a ortodoxia clínica padrão. Bem se vê que longe estamos da mera aplicação de um conhecimento obtido numa área sobre outra área que nada teria a ver com a fonte daquele conhecimento.

O que se procura afirmar com a idéia, assim como com o campo da psicanálise chamada por Jean Laplanche (1987) de “extramuros”, é que a investigação psicanalítica da cultura não só é legítima como também parte integrante da própria psicanálise, razão que leva muitos psicanalistas a considerar inadmissível falar em “psicanálise aplicada” para designar esse tipo de abordagem.

Contudo, apesar de todos os esforços que grande parte dos psicanalistas têm feito &– tão fundamental, a nosso ver &–, com vistas a uma articulação entre psicanálise e cultura, ao acompanharmos essa discussão entre psicanalistas e pensadores, na atualidade, faz-se ainda necessário evidenciar um intrincamento entre a vida social e a dimensão subjetiva e convocar o pensamento psicanalítico nessa direção. É nesse sentido que prosseguiremos nossos argumentos.

 

A psicanálise nas tramas da cidade

O que nos interessou ao retomar o artigo de Deodato Azambuja (1975) foi a atualidade dos comentários feitos ao longo do texto. A pesquisa do Gallup, cujos resultados foram publicados naquela reportagem, tratou do medo que sentem as pessoas residentes nas duas maiores cidades brasileiras, São Paulo e Rio de Janeiro. Salientava-se ali, no entanto, além do medo, o desamparo e a solidão provocados pela vida contemporânea e também a indiferença com que a violência vinha, já naquela época, sendo encarada, o que levou o psicanalista a referir-se a certa “trivialidade” com que nos posicionamos diante de acontecimentos inegavelmente violentos que, mais do que nunca, estamos hoje enfrentando.

Como se sabe, essa “trivialidade” foi abordada por Hannah Arendt (1983) através do conceito da “banalidade do mal”, levando à possibilidade de a alienação, na qual a consciência estaria excluída, tornar-se uma ideologia de vida no mundo contemporâneo, o que acarretaria quase que um extermínio da memória. A psicanálise, em nosso entender, seria exatamente uma reação contra isso. A banalidade do mal foi identificada por Arendt como uma reação de “não-pensamento” perante o mal, entendido como radical, reação pela qual acontecimentos absolutamente intoleráveis se tornaram burocratizados e cotidianizados.

Como antídoto a essa posição desafetada, encontramos a reflexão de Márcio Giovannetti:

O psicanalista contemporâneo só sobrevive se está em sintonia com a perplexidade e com a inquietação estruturantes de nosso tempo. O que nos remete à nossa clínica, isso é importante frisar. Em outras palavras, não há clínica psicanalítica sem inquietações (2006, p. 41).

Inquietam-nos, ao enfocar a vida contemporânea, os sentimentos de desamparo e solidão vividos pelos indivíduos na sua relação com a cidade. Pensamos que essa solidão poderia corresponder a um sentimento de não-lugar, na sociedade e no mundo, que levaria à exclusão na sua mais perversa radicalidade. O indivíduo, ao participar da “multidão” &– apontada por Walter Benjamin (1987) como característica da modernidade e fonte de pânico e do sentimento de unheimilich (Freud, 1919/1974) &–, de uma comunidade até mesmo familiar depara-se freqüentemente com uma “vivência de choque” &– perda da experiência autêntica, próxima do trauma &–, que impossibilita a ocorrência de relações de identidade e semelhança, provocando um sentimento de desconfiança, que o arrasta para o isolamento. A repetição traumática, segundo Ferenczi (1931/1992), tem efeito psíquico esmagador e desestruturador pois rompe insistentemente a continuidade do processo identificatório por meio do qual o indivíduo se reconhece. Isto nos permite entrever um dos mecanismos da traumatogênese:

Em primeiro lugar, pela paralisia completa de toda a espontaneidade, logo de todo o trabalho de pensamento, inclusive estados semelhantes aos estados de choque, ou mesmo de coma, no domínio físico, e, depois, a instauração de uma situação nova &– deslocada &– de equilíbrio. (...) a criança, que se sente abadonada, perde por assim dizer, todo o prazer de viver, ou, como se deveria dizer com Freud, volta a agressão contra a sua própria pessoa (Ferenczi, 1931, p. 79).

O sofrimento provocado pela repetição do trauma é tão intenso que surge a necessidade de um “dispositivo de urgência”, para fazer face à catástrofe, e a criança recorre “aos estados de exceção”, suspensão de toda espécie de atividade psíquica, para reencontrar o equilíbrio reinante antes do trauma..

Neste registro, o “estado de exceção” como regra que acomete as “democracias” contemporâneas, conexão essa tratada pelo filósofo italiano Giorgio Agamben (2004), que considera o campo de concentração seu paradigma por excelência, na medida em que lá vale tudo, pois é uma zona de indeterminação entre regra e exceção, lícito e ilícito, proteção e desproteção, humano e inumano, pode ser sugerido como um estado de exceção vivido no interior da alma. A máxima “vigência sem significado” &– fórmula por meio da qual Gershom Scholem caracteriza o relacionamento com a lei descrita por Kafka no romance Processo: “ Nada da revelação” &–, parece definir o bando no qual estamos mergulhados:

Qual é, de fato, a estrutura do bando soberano, senão aquela de uma lei que vigora, mas não significa? Por toda a parte sobre a Terra os homens vivem hoje sob o bando de uma lei e de uma tradição que se mantém unicamente como “ponto zero” do seu conteúdo, incluindo-os em uma pura relação de abandono (Agamben, 2002, p. 59).

Em sua idéia de “cidades-pânico”, o filósofo e urbanista francês Paul Virilio (2004) trata da desproteção do indivíduo nas metrópoles contemporâneas e chega a radicalizar, ao propor que essas grandes cidades testemunham, melhor do que qualquer teoria sobre o caos urbano, que a maior catástrofe do século XX é a cidade &– esfera dos desastres do progresso (p. 90). Sobre ela abatem-se as guerras e o terrorismo religioso, político, capitalista, com todo seu arsenal técnico-bélico. Ele nos lembra assim que o desenvolvimento da técnica não caminhou a favor do aprofundamento da democracia, nem mesmo da expansão do espaço público e dos direitos do homem. Pelo contrário, a técnica, em seu desenvolvimento, nos trouxe, segundo Virilio, o medo e o pânico do convívio nas cidades. Uma insegurança social quase total, que faz com que os indivíduos se enclausurem em condomínios, a pretexto de se manterem vivos! O pânico, ao demandar um tempo de urgência, não abriga a pausa para o pensamento e a construção de sentido, de maneira que a exclusão, a “forclusão” mesma, tornam-se modos de vida nas megalópoles (p. 95). A contraparte dessas posições será fatalmente o desamparo, a perda dos espaços coletivos e da possibilidade de comunidade com outros humanos, em sua diferença e diversidade.

Historicamente falando, as idéias existentes para os antigos de que “a liberdade era um conceito essencilamente político, pois só na pólis alguém poderia ser livre e a liberdade era a definição mesma de cidadania” (Marilena Chaui, 1992/1999, p. 349), e de que a comunidade política servia ao cidadão como solo de enraizamento, justiça e liberdade, não fazem mais parte da concepção contemporânea da vida em comum, ou seja, da vida na cidade, na sociedade, na cultura.

Não é possível para nós, analistas, nos aprisionarmos também em nossos claustros privados, os consultórios “hiperprotegidos” das transformações e dilemas contemporâneos. A inquietação que nos toca é a que nos convoca a sair da posição de fechamento a que somos levados pela sedução do mundo contemporâneo, no sentido de não ficarmos encerrados e encarcerados nos primados da primitividade psíquica. Interessa-nos também pensar o sujeito humano no mundo, produzindo como que uma morada para os conflitos em torno da possível cidadania, da sujeição de cada um e de todos às guerras urbanas que determinam a procura de territórios, mas também sua ampliação, no que se refere ao convívio e à diferença.

Por isso importa reafirmar a continuidade da linha editorial da revista ide, que explora essas fronteiras do conhecimento, nas quais se trançam psicanálise e política, e antropologia, e filosofia, passagens que fazem circular idéias por entre territórios, enfim, campos em que a psicanálise se enfrenta com as coisas do mundo, o que, ao nosso ver, implica em levar adiante e ampliar uma proposta formulada, em Mal-estar na civilização (1930/1974), por Freud que atento às transformações sociais do seu tempo, já nos alertava que os sintomas são históricos e mudam com o tempo.

 

Referências

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Agamben, G. (2004). Estado de exceção. São Paulo: Boi Tempo.        [ Links ]

Arendt, H. (1983). Eichmann em Jerusalém: Um relato sobre a banalidade do mal. (S. O. Heinrich, trad). São Paulo: Diagrama e Texto.        [ Links ]

Azambuja, D. C. de (1975). Lida o psicanalista com problemas sociais? ide, 1(1), p. 37-41.        [ Links ]

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Virilio, P. (2005). City of panic. Oxford: Berg. (Trabalho original publicado em 2004).        [ Links ]

 

 

Endereço para correspondência
Jassanan Amoroso Dias Pastore
Rua Capote Valente, 432/82 &– Pinheiros
05409-001 &– São Paulo &– SP
Tel.: 11 3081-4349
E-mail: jassanan@uol.com.br

Recebido: 21/01/2008
Aceito: 28/01/2008

 

 

* Texto apresentado no I Simpósio Latino-Americano de Psicanálise, Cultura e Comunidade: A psicanálise nas tramas da cidade, FEPAL/SBPSP, 11 e 12 abril de 2008.
** Editora ide: psicanálise e cultura.
*** Corpo editorial ide: psicanálise e cultura.
1 Frase escrita sobre a imagem “Tamanduateí, contra-luz, 1980. Água-forte e água-tinta. 30 x 35 cm.”, cedida pelo artista para ilustrar a seção Entrevista deste número da ide/Cultura.
2 Editor e coordenador geral: Chaim José Hamer. Coordenadores: Arlindo J. A. da Cunha, Deodato Curvo de Azambuja. Colaboradores permanentes: Beatriz Piccoli, Cyro Lavieri, Luiz R. Salgado Candiota, Luiz Tenório de Oliveira Lima, M. Lúcia Pacheco e Silva, Myrna Pia Favilli, Paulo Duarte Guimarães Fi., Roseli Azambuja, Sonia Curvo de Azambuja.