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Ide

versão impressa ISSN 0101-3106

Ide (São Paulo) vol.34 no.52 São Paulo ago. 2011

 

EM PAUTA - AMORES

 

Cartas de amor próprio e outros amores...1*

 

Letters of self-love and other loves…

 

 

Leda Herrmann (2011)2, I, II ; Fabio Herrmann (1982)3 ; Ana Marli Schor (1982)4

I Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo (SBPSP)
II Centro de Estudos da Teoria dos Campos (CETEC)

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

Artigo originalmente publicado em 1982, quando do lançamento da tradução em português de um excerto da correspondência de Freud, organizado por seu filho Ernst em 1960. Mais que uma resenha, o texto de dupla autoria seguia a pista de deslindar que amores escorriam da pena de Freud. Trabalhando as cartas pelo avesso alcança resultado de certo modo surpreendente, pois coloca o leitor diante de um jovem cujas pretensões a tenacidade e a vida viriam transformar em realizações. Por isso o título "Cartas de amor próprio e outros amores…" e o convite para que percorram a obra legada por Freud aqueles que desejarem conhecer o íntimo de sua vida.

Palavras-chave: Sigmund Freud, Psicanálise, Método psicanalítico, Quotidiano.


ABSTRACT

This article was originally published in 1982, when the translation into Portuguese of excerpts of Freud's correspondence was launched, which had first been organized by Freud's son Ernst. More than a literary review, this two-authored text pursues certain clues in his letters, in an attempt to delineate which loves trickled from Freud's pen. Working through the letters from their inner side, a surprising result is reached that puts the reader in face of a young man whose tenacious and vivacious intensions were still to be transformed into realizations. Thus the title "Letters of self-love and other loves…" and the invitation opened to study Freud's legacy for those who want to know the intimacy of his life.

Keywords: Sigmund Freud, Psychoanalysis, Psychoanalytic method, Everyday life.


 

 

Uma introdução de 2011 (Leda Herrmann)

No dia 15 de agosto de 1982 foi publicado no antigo Suplemento Cultura do jornal O Estado de S. Paulo o artigo "Cartas de amor próprio e outros amores…", que vinha encabeçado por uma chamada: "As cartas deixadas por Sigmund Freud, reunidas e organizadas por seu filho Ernst, desvendam a vida quotidiana do fundador da psicanálise e revelam alguns aspectos de suas relações com os amigos. Por Fabio Herrmann e Ana Marli Schor". Naquele ano, saíra publicada pela Editora Nova Fronteira a tradução da edição em inglês, de 1960, de um excerto da correspondência de Freud. Organizada por seu filho Ernst Freud, reunia as cartas que, na sua comunicação no prefácio, eram "de natureza mais pessoal na esperança de que aqueles que só conhecem Sigmund Freud por sua obra recebam aqui um retrato do homem, do ser humano perceptivo, ponderado e lutador". Alguns anos antes, uma publicação de Tusquets Editor, de Barcelona, reunia em um livrinho de capa dourada uma seleção das cartas de Freud a Marta Bernays do período anterior ao casamento com o título Cartas a la novia. As fotos de Marta aos catorze anos na capa e do casal de namorados, na página 6, datada de novembro de 1895, aguçavam a bisbilhotice e a curiosidade do leitor, já devidamente despertada pelo título. Seria o lado romântico de Freud que o pequeno livro revelaria? Essas duas publicações levaram Fabio a engajar-se na tarefa de deslindar que amores escorriam da pena de Freud. Convidou a colega Ana Marli Schor a ajudá-lo na tarefa e o resultado surpreende, pois trabalhando as cartas pelo avesso nos põem diante de um jovem cujas pretensões a tenacidade e a vida viriam transformar em realizações.

 

O Cartas de amor próprio... (Fabio Herrmann, 1982)

Pela Editora Nova Fronteira, saiu mais uma coleção de cartas de Freud, esta organizada pelo filho, Ernst Freud, com o título aliciante de Correspondência de amor e outras cartas – o "original", em inglês, chamava-se sobriamente Letters of Sigmund Freud. Na capa, sob uma caneta antiga, vermelha, cruzada horizontalmente a sublinhar o nome de Freud, também em vermelho – evocação talvez do suposto erotismo do missivista –, figura o próprio mestre de Viena e de meio mundo, braços estreitamente cruzados, o indefectível charuto na mão esquerda e um olhar perscrutador que, de perfil, parece mirar a posteridade. O bigode basto camufla, entretanto, um leve sorriso, entre tolerante e irônico ou um pouco autocomplacente, que se dirige, é cabível supor, também a nós, à posteridade. Quem posa para uma foto, posa para quem? Usando a mesma forma de decifração que Freud aplicou ao Moisés de Miguelângelo, poderíamos dizer que Freud abraça a si mesmo diante do futuro, que seus olhos divisam e sua boca veladamente comenta: "esses, que me admirarão, sabem o que admiram?"

Mas que caminho estamos seguindo neste artigo? Estará mesmo, no retrato da capa e nos retratos que as cartas oferecem, toda a grandeza enigmática que neles queremos ver? Sim e não. Há milhares de fotografias parecidas, pomposas e perscrutadoras, que são apenas do bisavô de alguém, pessoa respeitável e pranteada, que em nada se notabilizou, todavia. Apenas teve filhos e deixou-se fotografar. Já o autor de Interpretação dos Sonhos não está aqui simplesmente contido neste ar inspirador; embora talvez fosse preciso, para criar a Psicanálise, algo daquilo que permitiu a Freud assumir tal pose fotográfica: autoapreciação, confiança e desconfiança imensas na sua capacidade, uma pitada de ironia condescendente (para com os descendentes e contemporâneos, mais acre com estes últimos) e o desejo de abraçar a própria grandeza, premissas tanto da construção duma grande obra como da foto mais tradicional. Em resumo, existe algo em comum entre as peculiaridades miúdas da vida dos grandes artífices do saber e suas obras, pois estão entrelaçadas e há a mesma mente expressa em ambas; mas o caminho que inicia esse artigo tem o valor quase exclusivo duma caricatura.

E a caricatura não é de Freud, claro está, e sim do curioso interesse voyeur que sua vida tem despertado. Desde que as cartas de Freud começaram a ser publicadas até a moda recente de estudar psicanálise a partir de pequenos lapsos, de expressões recorrentes nos relatos freudianos, de reanálise de suas análises, ou mesmo da passagem do fonema sch para sig5, o mistério das teorias psicanalíticas tem atraído fascinados leitores para tudo o que se refira à vida do fundador de nossa disciplina. O fascínio explica-se: são teorias tão estranhas quanto as mais esdrúxulas hipóteses da física moderna e, no entanto, dizem respeito à vida quotidiana dos homens comuns. Acima de tudo, porém, a divulgação das teorias psicanalíticas não só costuma desfigurá-las, como também omite exibir o procedimento que as criou, o método psicanalítico. Parecem criaturas saídas do nada, arbitrariedades que podem ser aceitas ou rejeitadas em bloco, por pessoas ilustradas medianamente, que jamais ousariam opinar sobre os pormenores mais ínfimos da teoria da relatividade. Ou, se não saíram do nada, saíram então duma mente extraordinária, doentia ou genial, o que vem dar quase no mesmo. É assim que, por falta de conhecimento do método psicanalítico – que não vem a ser o mesmo que técnica psicoterápica chamada psicanálise –, acaba-se por atribuir aos psicanalistas, a Freud sobretudo, uma espécie de desvio da humanidade comum, responsável pela estranheza da teoria.

A versão "culta" desse fenômeno consiste numa escrutinação minuciosa da "ideologia" de Freud – seja lá o que isto possa significar –, de seus preconceitos, do quadro histórico em que viveu. Seriam a época vitoriana (ou franzjosephiana), o anti-antissentimento ou um suposto, mas provavelmente falso, conservadorismo, os verdadeiros inventores da Psicanálise? Em tal caso, podemos em sã consciência pô-la de lado como ultrapassada. Do lado intelectual, há também um outro estilo de crítica que, na paródia, leva da psicanálise de botequim à de saloon de faroeste. Trata-se dos intelectuais que, temendo ver seus campos de trabalho invadidos, "interpretados", pela Psicanálise, decidem sacar primeiro, "interpretando" o imaginário intérprete. Contudo, há, como já foi dito, uma versão muito mais curiosa do mesmo processo. Na França, principalmente, popularizou-se uma forma de introduzir-se na Psicanálise pela chaminé, que consiste em "psicanalisar" os textos teóricos, tratando a teoria como se fora material clínico, lendo nas entrelinhas o que nas linhas já estava bem claro. Lêem-se então as cartas de Freud mais que seus escritos clínicos e técnicos, e estes são lidos com atenção flutuante – o que não à toa redunda numa leitura superficial ou afunda em esquisitices. Finalmente, o jeito mais popular desse fenômeno de deslocamento do método para a pessoa é também o mais desculpável: crê-se que Freud era um pouquinho doido.

Todavia, não é nada disso que nos mostram suas cartas. Nelas, vemos um jovem sedento de cultura e também dos sinais externos de cultura, ambicioso no bom e no mau sentido (se só há dois), correspondente inveterado, já exprimindo lá pelos 17 anos a esperança brincalhona de que suas cartas haveriam de ser valiosas. Vemos um noivo que, sob o endereçamento a "Meu adorado amor", descreve minuciosamente seus dias, idéias e esperanças de sucesso – afinal era preciso juntar dinheiro (os famosos 3.000 florins anuais) e posição para casar –, ou que, debaixo dum "Minha doce princesa", mostra-se bastante cioso de sua auto-imagem, ferida no episódio do vagão de terceira classe, quando ansiava por manter aberta uma janela contra a opinião unânime da "malta" que o hostilizava aos gritos de "judeu sujo"6. Cartas de amor ou de amor próprio? Vemos, por fim, um escritor de primeira água, irônico, preciso nas descrições, imaginativo7; um conselheiro bastante sensato, quando solicitado; um homem quase tirânico com suas amizades e duríssimo na direção do Movimento Psicanalítico, que fundara, como mostram outras cartas – nem todas representadas nesta coletânea. Ora, este Freud que se ocupava delicadamente com os problemas pessoais dos discípulos chegados – e que buscava atraí-los, não se deve esquecer –, ao tempo em que escrevia sobre os grandes temas da guerra e do destino da civilização, este homem cuja vida privada foi marcadamente sóbria, se julgada por critérios de hoje, não sugere muito o louco visionário e menos ainda o maníaco sexual que a lenda criou. Doido? Mas quem não será um pouco, quando comparado ao modelo de normalidade que nos fornece a história convencional das grandes personalidades: seres sem fantasias miúdas, sem ambições outras que a Verdade, modestos, firmes, tolerantes e sempre muito sábios, mesmo para subir e descer do bonde.

Enfim, a procura da estranheza da Psicanálise na de seu fundador mostra-se simultaneamente improfícua e justa. Freud representa mais que o primeiro psicanalista e o fundador duma ciência. Isso ele é, mas representa para todos – leigos, comentadores e até teóricos da Psicanálise – uma espécie de homo psicanaliticus, um tipo sublimado da humanidade analisada (ele não o foi, salvo na decantada auto-análise epistolar com Fliess). Ou melhor, Freud é, para nós, o Inconsciente. Donde a justiça. Se ele abriu, para todos, os meandros das fantasias inconscientes, é justo, num certo sentido, que se lhe retribua o favor cavocando as suas – que apesar de tudo estavam bem guardadas, como diz ele referindo-se a Goethe, "mestre da autobiografia e da camuflagem" 8. Freud mostrou-nos estranhos a nós mesmos, habitados por um desejo que desconhecemos, mas que nos dirige cada passo e nos atrai para temíveis profundidades. Porém, o produto desse desejo no quotidiano não é outra coisa senão a própria realidade comum, e é sob a aparência mais comum de realidade que se mostra a estranheza, quando desviamos nossos olhos rotinizados do espetáculo que se convencionou ser o mundo – do comum brota a estranheza (ou vice-versa, seria ainda melhor), não de situações extravagantes. Portanto é justo que a vida de Freud, como a nossa, apresente a mesma superfície rotineira que ele procurou desvendar, guardando seu mistério oculto e à mostra. Porque o mistério que tanto fascina na Psicanálise é o de como, da prodigiosa malha do inconsciente, constrói-se a superfície plácida da aparência quotidiana. Por isso, ante a obsessão, que ele nos deixou, de encontrar em sua vida as raízes da diferença entre vida diária e desejo inconsciente, Freud responde com uma existência regrada e com este ar de quem sorri ironicamente, mas com brandura, dos leitores futuros que pretenderão interrogá-lo, como à esfinge, sem saber que é a si mesmos que interrogam – meio bichos, meio anjos; homens, mas o que é isto? Fundando a descendência dos intérpretes do inconsciente, Freud abraça uma grandeza convencional, a da fama, e uma outra grandeza, verdadeira, ponto de partida para a ampliação das dúvidas acerca de todas as afirmações; sendo a primeira destas dúvidas, a que ironiza grandeza e imortalidade. E disso sorri, brandamente irônico, o olhar perscrutador, um cancerígeno prazer na mão esquerda.

Suas cartas devem ser lidas; são acima de tudo deliciosamente bem escritas. Porém, aquele que deseja conhecer o íntimo da vida de Freud fará melhor se acompanhá-la dos vinte e quatro volumes da edição standard de suas obras psicológicas. Afinal é a obra dum grande autor e as teorias dum cientista que lhe iluminam a vida, ao menos no que a nós concerne.

 

... e outros amores... (Ana Marli Schor, 1982)

"Suponha simplesmente, querida menina, que o sucesso correspondesse precisamente ao mérito do indivíduo: o amor não se exporia a perder um pouco da sua pureza? Eu não teria certeza se seria a mim que você amava ou ao meu prestígio, e se me sobreviesse um infortúnio, minha namorada poderia dizer: Não te amo mais, teu desmerecimento ficou provado." (A Marta Bernays, 18 /08/1882, à noite).

Pretensioso esse jovem de 26 anos, preocupado com as conseqüências de sua entrada no mundo dos "grandes", sem ter ainda feito nenhuma descoberta científica que justificasse a fama e o prestígio. Mas que há de excepcional no ardor, na pretensão e nessa segura insegurança sobre o futuro, num rapaz dessa idade?

Freud, por outro lado, já se preocupava com os esforços que dispenderia para garantir a sua sobrevivência (dinheiro mesmo!), enquanto se empenhava em achar a forma de ficar famoso. Dinheiro, como a indagar se teria um lugar entre esses "grandes", ao mesmo tempo em que sugere um certo ressentimento por ter que se "gastar" na busca. (Diálogo com Nothnagel – carta a Marta, 5/10/1882).

Na seqüência, suas cartas a Fliess marcam o encontro de um ouvinte, ou melhor, um olhar que o reconhece, uma testemunha do nascimento do ser psicanalítico.

O Freud adulto, todavia apesar do reconhecimento público, de uma obra original que já era suficiente para assegurar uma poltrona na sala dos "grandes", continuava inseguro e tenso na sua relação com a fama. Já não se tratava de garantir que a noiva continuaria gostando dele, nem de batalhar pelo dinheiro e pela legitimação. Precisava afirmar e reafirmar que a obra era dele, que o pai era ele mesmo e mais ninguém.

Georg Groddeck, por exemplo, quando do lançamento de seu "O Livro do Id", em 1923, recebeu uma carta de Freud onde, ao lado dos elogios, parece haver uma enfática afirmação: a psicanálise é minha.

"Primeiro, meus parabéns por ter sido finalmente publicado o Id. Gosto muito do livrinho. Creio que é muito importante mostrar às pessoas os prolegômenos da psicanálise, à qual elas tendem a fechar os olhos. A obra, ademais, expõe o ponto de vista teoricamente importante que abordei no meu livro "O ego e o id', a sair". (A Georg Groddeck, Viena 25/03/1923)

Já Fritz Wittels, autor de uma biografia de Freud, de que este não gostou em vários aspectos, recebeu a confissão do biografado da dificuldade em aceitar novas idéias no corpo da sua teoria.

"Por outra parte, de bom grado admito que a sua penetrante observação adivinhou muito corretamente em mim traços que de mim próprio são bem conhecidos: por exemplo, que tenho o impulso de seguir meu próprio caminho, muitas vezes sinuoso, e que não consigo fazer uso de idéias que me são sugeridas quando não estou preparado para elas." (Viena 18/12/1923)

Freud defendia a Psicanálise como a uma família – onde a preocupação maior é com a uniformidade –, era preciso separar o diverso e, talvez, o espúrio; a "menina" Psicanálise agora precisava ser protegida, como a infância o foi num certo momento histórico, já que se tratava de afirmar sua identidade e particularidade.

Toda sua luta pelo reconhecimento e defesa da Psicanálise aparece em cartas a Abraham e Eitington, por exemplo, seus fiéis aliados.

Finalmente, a questão da decadência física e da morte tornase dolorosamente presente. Como um "grande" pode ser atingido por essa fatalidade? Freud sente-se ferido por não ser poupado desse limite.

"Caríssima Lou,

Admirei sua arte mais do que nunca desta vez; aqui está uma pessoa que, em vez de trabalhar duro até a velhice (veja o exemplo ao seu lado) e então morrer sem preliminares, contrai uma doença horrível na idade madura, tem que ser tratada e operada, dissipa seu dinheirinho ganho com sacrifício, gera e desfruta descontentamento e, em seguida, se arrasta por aí indefinidamente como um inválido ... não posso acostumar-me à vida sob sentença." (A Lou Andreas – Salomé – 13/05/1924)

Ocorre, porém, que depois dessa carta, escrita por ocasião da primeira cirurgia a que foi submetido, ainda foi poupado por mais 15 anos, período em que a sua produção continua, como que a mostrar sua força e sua quase completa falta de resignação em relação ao fim.

Ou seja, o realmente grande Freud é um mortal com todas as fantasias miúdas e gigantescas de qualquer pessoa. Sabendo disso, podemos nos deixar embalar pelas palavras de amor de seu filho no prefácio deste livro: "Com estas cartas se pretende mostrar a extensão de sua natureza, a paixão e a coerência não apenas do jovem enamorado, mas do homem maduro em sua perpétua busca da verdade científica". (Londres, abril de 1960 – Ernst L. Freud)

A.M.S.

 

Referências

Freud, S. (1982). Correspondência de amor e outras cartas 1873- 1939. Org. Ernst L. Freud. Trad. Agenor Soares dos Santos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira.         [ Links ]

Freud, S. (s.d.). Cartas a la novia. Trad. Joaquín Merino Pérez. Barcelona: Tusquets Editor.         [ Links ]

Freud, S. (1973). The Goethe Prize. In S. Freud, The standard edition of the complete psychological works of Sigmund Freud (J. Strachey, trad., Vol. XXI, pp. 203-214). London: The Hogarth Press. (Trabalho original publicado em 1930).         [ Links ]

Haik-Trivious, H. (Outono de 1981). La semence freudienne: une difficulté legitime. Confrontation, 6, Paris.         [ Links ]

 

 

Endereço para correspondência
Leda Affonso Figueiredo Herrmann
Rua Agrário de Sousa, 106
01445-010 - São Paulo – SP
tel.: 11 3088-8123
E-mail: herrmannfl@globo.com

Ana Marli Schor
Rua das Begônias, 199
05676-000 – São Paulo – SP
tel.: 11 5584-7694
E-mail: marlischor@yahoo.com.br

Recebido: 18/04/2011
Aceito: 04/05/2011

 

 

* Artigo original reproduzido como publicado, sem alterações. (N. E.)
1 A versão original deste artigo foi publicada no Suplemento Cultura, nº 114, de O Estado de S. Paulo, em 15 de agosto de 1982, pp. 10-11.
2 Psicanalista. Membro da SBPSP. Presidente do CETEC (Centro de Estudos da Teoria dos Campos). Colíder do Grupo de Pesquisa CETEC (UFUCNPq).
3 (1944-2006). Foi psicanalista, membro e presidente da SBPSP e da FEPAL, professor do programa de Pós-Graduação da PUC-SP, criador da Teoria dos Campos e fundador do CETEC.
4 Psicanalista pelo Instituto Sedes Sapientiae.
5 De Schlamo para Sigmund, translação a que se empresta uma importância diagnóstica do sentido geral da obra freudiana (Haik-Trivouss, outono de 81).
6 Carta 32 a Marta Bernays, de 16/12/83 (Freud, 1982, p. 100-104).
7 Leia-se, por exemplo, a machadiana descrição da morte de Weiss na carta 25 a Marta Bernays, 16/09/1883 (Freud, 1982, p. 79-86).
8 No discurso proferido, ao ser agraciado com o prêmio Goethe de literatura (Freud, 1930).