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Ide

versão impressa ISSN 0101-3106

Ide (São Paulo) vol.34 no.52 São Paulo ago. 2011

 

ARTIGOS

 

E finalmente Freud aprendeu a falar português

 

Finally Freud speaks Portuguese

 

 

Mariangela Kamnitzer Bracco*

Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo - SBPSP

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

Durante muitos anos dispúnhamos apenas de traduções precárias das obras de Freud em português. Entretanto, recentemente fomos brindados com a publicação de dois notáveis trabalhos de tradução diretamente do alemão, realizados por Luiz Alberto Hanns e Paulo César de Souza, pelas editoras Imago e Companhia das Letras. Trata-se de um grande acontecimento para os leitores de Freud, que agora poderão apreciar a clareza de seu pensamento e a elegância de seu estilo. A autora deste artigo faz uma retrospectiva histórica, acompanhando os caminhos que os textos de Freud tomaram de Viena até o Brasil. Também descreve em linhas gerais os aspectos que caracterizam as novas traduções em andamento.

Palavras-chave: História da tradução, Tradução de Freud, Luiz Alberto Hanns, Paulo César de Souza, Marilene Carone.


ABSTRACT

For a long time we had to make do with poor translations of Freud's work into Portuguese. However, this has now changed as we have recently had the pleasure of being presented with two excellent translations made directly from German, by Luiz Alberto Hanns and Paulo César de Souza, published by Imago and Companhia das Letras. This is a major event for all Freud´s readers that can now benefit from the clarity of his thought and the elegance of his style. The author of this article makes a historical retrospective following the Freud's writings from Viena to Brazil. She also describes briefly the characteristics of the new translations which are still in the making.

Keywords: History of translation, Freud's translation, Luiz Alberto Hanns, Paulo César de Souza, Marilene Carone.


 

 

Sinestesias

Os autores escrevem as suas respectivas literaturas nacionais,
mas a literatura mundial é obra dos tradutores.

José Saramago

 

As obras de Freud, em seu conjunto, foram sempre enaltecidas pelas suas qualidades literárias. Ao ler Fräulein Else (1924/2009) de Arthur Schnitzler, escritor muito apreciado por Freud, lembrei- me imediatamente dos seus casos clínicos de histeria, de suas respectivas Fräulein1, particularmente de Dora. Literatura e psicanálise me pareceram intrinsecamente implicadas - afinal, não havia Freud escrito um texto que podia ser lido como novela? Ou era Schnitzler quem havia escrito uma novela que poderia ser lida como uma descrição clínica? A leitura de um belo texto de Pedro Heliodoro de Moraes Branco Tavares orientou-me na minha perplexidade. Em "Else e Dora" esse autor discorre sobre as correlações e divergências entre as duas obras, iluminando o estilo de Freud e resgatando, para mim, o cientista que eu havia temporariamente confundido com um escritor.

É importante lembrar que o próprio Freud manifestava desconforto diante de sua forma de investigação e produção de conhecimento. Inicia a discussão do caso Elisabeth von R., dos Estudos sobre a histeria (1895/1991), dizendo:

Eu nem sempre fui um psicoterapeuta. Na verdade, fui preparado assim como outros neuropatologistas para empregar diagnósticos locais e eletroprognósticos. Portanto, causa-me ainda estranheza verificar que os relatos de casos que escrevo possam ser lidos como novelas e que, como se poderia dizer, careçam de cunho científico. Tenho de consolar-me com a reflexão de que é a natureza do assunto que é evidentemente responsável por isso, e não qualquer preferência minha. Diagnóstico local e as reações elétricas não levam a nada no estudo da histeria, enquanto uma exposição pormenorizada dos processos psíquicos, tal como estamos habituados a encontrar nas obras de escritores e poetas, me permite chegar, com o emprego de algumas fórmulas psicológicas, a alguma compreensão sobre o curso dessa doença2.

Até recentemente, os aspectos humanísticos e literários de Freud só podiam ser apreciados por aqueles que liam no original ou em uma boa tradução. Acompanhemos a trajetória do texto freudiano de Viena até o Brasil. Nessa retrospectiva histórica abordarei brevemente o percurso inicial: Viena, Madri e Rio de Janeiro.

"Os escritos reunidos" de Freud, Die Gesammelten Schriften, que foram publicados entre 1924 e 1928 pela Editora Psicanalítica Internacional em Viena, foram traduzidos para o espanhol por Luis López-Ballesteros e do espanhol foram vertidos para o português por um grupo de médicos do Rio de Janeiro. A Editora Delta, que trouxe ao público em 1958 as Obras completas de Sigmund Freud, incluiu também nessa coleção alguns textos que já havia publicado na década de 1930, na forma de livros avulsos traduzidos diretamente do alemão pelo psiquiatra Odilon Gallotti. Entretanto, essa coleção foi preterida em favor da Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud e foi praticamente relegada ao esquecimento. Retomemos então o segundo trajeto: Viena, Londres e Rio de Janeiro.

Freud chegou à Inglaterra bastante doente, amparado pelo carinho de familiares, amigos e discípulos. Entre as diversas agruras vividas nos últimos anos na Áustria, estava o fechamento de sua editora e o confisco de seus livros pelos nazistas. Em Londres foi fundada a Imago Publishing Company, que garantiu a sobrevivência dos escritos de Freud em sua língua original por meio da edição do Gesammelte Werke (Obras Completas), entre os anos de 1940 e 1952. Assim como Freud, vários psicanalistas, intelectuais, artistas e cientistas judeus tiveram de abandonar a Europa Central. Londres passou a ser o centro do movimento psicanalítico.

Com a Segunda Guerra Mundial firmou-se a ascensão dos Estados Unidos como grande potência econômica, industrial e militar. Assim, para preservar o acervo freudiano nesse novo mundo que se configurava, era necessária uma tradução consistente e convincente de Freud em língua inglesa. Coube a James Strachey, nos árduos anos do pós-guerra, enfrentar esse grande desafio.

A Standard edition of the complete psychological works of Sigmund Freud, publicada entre 1953 e 1974 na Inglaterra, constituiu, segundo Paulo César de Souza (1998/2010), "um dos mais formidáveis empreendimentos intelectuais de nossa época". Os méritos de Strachey são vários: reuniu todos os textos de Freud existentes em inglês e fez cuidadosa revisão deles, visando a uma coerência terminológica e de estilo; traduziu textos inéditos em língua inglesa, inclusive alguns que não estavam presentes na própria edição alemã, e fez um rico aparato editorial por meio de introduções e notas explicativas. A edição standard inglesa adquiriu tanto prestígio a ponto de Anna Freud dizer que se tratava de um caso extraordinário, em que a versão fazia concorrência ao original. Como edição exemplar, a standard inglesa serviu como referência a outras, entre elas, a standard brasileira, que foi publicada em 1974 pela Imago Editora.

Entretanto, já na década de 1970 surgiram algumas críticas ao trabalho de Strachey, intensificadas na década seguinte pelo psicanalista Bruno Bettelheim e seu pequeno livro Freud e a alma humana (1982/1994). Ali ele apontou o viés cientificista da tradução de Stratchey, que desvirtuou o pensamento e o estilo de Freud. Tal "erro" correspondeu à necessidade histórica do momento de fazer a psicanálise ser aceita e reconhecida internacionalmente, em especial junto ao meio médico norte-americano.

A edição standard brasileira, por sua vez, para a qual as observações de Bettelheim eram extensivas, recebeu críticas adicionais de Marilene Carone (1989):

Mesmo admitindo as limitações do trabalho de Strachey, ainda assim uma tradução correta do texto inglês talvez pudesse trazer ao estudioso brasileiro uma ideia razoável do essencial do texto freudiano. Mas, com a edição brasileira não estamos sequer diante de uma tradução razoavelmente correta do inglês. É muito, muito pior.

Mais adiante diz:

Com ela, temos a melancólica oportunidade de ver um escritor do porte de Freud falando como um personagem de filme dublado de televisão, cometendo erros crassos de português, usando uma linguagem retorcida e pedante, assumindo incoerências teóricas e, às vezes, fazendo afirmações inteiramente sem pé nem cabeça.

A Imago Editora lançou em 1987 uma nova edição da standard brasileira que, na verdade, não passou de uma republicação da antiga edição com algumas correções e retoques. Paulo César de Souza (1990), que junto a Marilene Carone também nos alertou sobre a precariedade da standard brasileira, vaticinou: "Essas pequenas cirurgias podem apenas prolongar por algum tempo a vida dessa edição, até que um dia ela seja substituída por algo realmente novo e bom".

A psicanalista Marilene Carone, além de ter escrito três ótimos ensaios críticos sobre as Obras Completas da Imago Editora, iniciou no Brasil o trabalho de retradução de Freud. Verteu, diretamente do alemão para o português, os textos "A negação", "Luto e melancolia" e "Conferências introdutórias à psicanálise". Infelizmente, sua morte prematura privou-nos de ter Freud traduzido de maneira competente mais cedo. Vale lembrar que na Argentina, entre 1978 e 1982, foi publicada pela Amorrortu Editores uma cuidadosa versão em espanhol, realizada por José Luis Etcheverry. Mas, felizmente, apesar da ausência de Marilene Carone, as coisas caminharam por aqui...

A década de 1990 foi um período rico de debates e reflexões sobre o vocabulário freudiano e sobre as diretrizes que deviam nortear a nova tradução de Freud para o português. Dois livros publicados nessa década trataram dessas questões: o Dicionário comentado do alemão de Freud, de Luiz Alberto Hanns, pela Imago Editora em 1996, e As palavras de Freud: o vocabulário freudiano e suas versões, de Paulo César de Souza, pela Editora Ática em 1988.

Após esse período de "gestação", os bons dias chegaram. Finalmente podemos ler Freud bem traduzido, diretamente do alemão!

Desde 2004 vêm sendo publicadas pela Imago Editora3 as traduções coordenadas por Luiz Alberto Hanns e, desde o ano passado, quando as obras de Freud caíram em domínio público, somos brindados com as versões de Paulo César de Souza pela Companhia das Letras4. A L&PM Editores5 publicou duas obras de Freud traduzidas do alemão por Renato Zwick, em forma de livro de bolso. Cada livro apresenta um pequeno ensaio "biobibliográfico" de Freud feito pelos psicanalistas Paulo Endo e Edson Sousa, cada um deles com um prefácio específico. Sim, Freud está à venda nas bancas para o grande público!

As duas grandes traduções em andamento apresentam características bem distintas, que vão para além de algumas diferenças terminológicas elaboradas pelos qualificados tradutores e que, certamente, gerarão debates.

Luiz Alberto Hanns é psicólogo e psicanalista. Tem como principal preocupação reproduzir o pensamento de Freud, priorizando o conteúdo e não a forma. Assim, ao traduzir do alemão, faz algumas intervenções no texto para que este se adapte ao contexto sintático-semântico da língua portuguesa e seja completamente compreensível, sem soar estranho aos nossos ouvidos. Busca, diria brincando, uma tradução sem sotaque! Como exemplo de intervenção posso citar a divisão das longas frases, frequentes na língua alemã, em frases mais curtas no português. Os critérios que norteiam o trabalho de Hanns e sua equipe foram brilhantemente expostos na apresentação do volume 1.

O pensamento de Freud também se torna bastante claro e contextualizado, em função de essa edição apresentar o aparato editorial da Standard Edition, sobre o qual a Imago Editora certamente deve ter os direitos de publicação. As notas de psicanalistas, de diferentes orientações teóricas, permitem que o leitor entenda o desdobramento que conceitos específicos tiveram em outras escolas de psicanálise. Naturalmente, o autor do Dicionário comentado do alemão de Freud não poderia deixar de fazer excelentes comentários e notas a respeito das palavras alemãs. Discute sua polissemia, "captando-as" quando saem da linguagem comum para se tornar conceitos psicanalíticos, expondo então a transposição para o português.

Já Paulo César de Souza é historiador e experiente tradutor, tendo sido agraciado com dois Prêmios Jabuti pela excelência de suas versões de Nietzsche e Brecht. Sua tradução de Freud é clean, arrisco-me a dizer. Busca reproduzir a Gesammelte Werke (Obras Completas) em sua naturalidade, dispensando esclarecimentos adicionais, limitando-se a comentários próprios sobre questões de tradução e semântica. Aliás, para aqueles que desejam conhecer a fundamentação teórica na qual Paulo César baseia sua escolha terminológica, é indispensável a leitura de seu livro As palavras de Freud, republicado em 2010 pela Companhia das Letras. Paulo César afirma, reiteradas vezes, que sua aproximação com Freud se deu "pela via da linguagem e da literatura". E, dessa maneira, empreende uma tradução mais próxima do original, realizando menos intervenções. Ele transpõe, por exemplo, as longas frases alemãs, sem subdivisões, para o português. O cuidado com que escolhe as palavras também revela sua fidelidade ao original. Procura, achando às vezes somente no fundo do baú, a exata palavra em português que recobre o sentido da palavra alemã usada por Freud. Vou ilustrar com um exemplo. Nas respectivas traduções de Marilene Carone, Luiz Alberto Hanns e Paulo César de Souza, a última frase, do quinto parágrafo, de Luto e melancolia inicia-se assim:

Mas de fato, uma vez CONCLUÍDO o trabalho de luto ... (Marilene Carone)
De qualquer modo, o que se constata é que, após COMPLETAR o trabalho de luto ... (Luiz Alberto Hanns)
Mas o fato é que, após a CONSUMAÇÃO do trabalho de luto ... (Paulo César de Souza)

Em alemão, Freud utilizou o substantivo Vollendung para descrever esse momento final do processo de luto. Vollendung deriva do verbo vollenden, que significa terminar alguma coisa de forma plena (voll quer dizer "cheio", "completo", e enden, "finalizar"). Assim, por exemplo, segundo os Evangelhos, Cristo teria dito como últimas palavras: Consumatum est. Em alemão essa frase foi traduzida por Es ist alles vollendet. E, em português, por "Está tudo consumado". Com esta frase Cristo comunicava que fez tudo o que tinha de ser feito, que tinha cumprido a sua missão, e que estava pronto para a morte.

As soluções encontradas por Marilene Carone e Hanns, usando os verbos concluir e completar foram boas, entretanto Paulo César, ao utilizar a palavra consumação, exprimiu exatamente o que Freud quis dizer em alemão. Tratava-se de um processo que chegava ao seu final de forma completa e se extinguia, como um fogo que se apaga. No entanto, pode-se fazer a objeção de que "consumação" é palavra pouco usual em português ou, que remete à ideia de "consumação mínima". Mas Paulo César é homem das "letras", é rigoroso, nem sempre poupa o leitor com soluções mais fáceis. Sua tradução respeita ao máximo o texto em alemão e enriquece a língua portuguesa.

Espero não ter privilegiado com minhas observações uma ou outra tradução. Ambas são trabalhos admiráveis, cada qual com suas características próprias. Talvez Hanns tenha visto mais as árvores, enquanto Paulo César de Souza viu mais a floresta...

 

Referências

Bettelheim, B. (1994). Freud e a alma humana (5a ed.). São Paulo: Cultrix. (Trabalho original publicado em 1982).         [ Links ]

Carone, M. (1989). Freud em português: uma tradução selvagem. In P. C. de Souza (Org.), Sigmund Freud & o gabinete do Dr. Lacan (p. 161). São Paulo: Brasiliense. (2a edição, 1990).         [ Links ]

Freud, S. (2009). Luto e melancolia. In S. Freud, Sigmund Freud Obras Completas (P. C. de Souza, trad., Vol. 12). São Paulo: Companhia das Letras. (Trabalho original publicado em 1917).         [ Links ]

Freud, S. (2004). Luto e melancolia. In S. Freud, Obras psicológicas de Sigmund Freud (L. A. Hanns (Coord.), Vol. 1). Rio de Janeiro: Imago.         [ Links ]

Freud, S. (1992). Luto e melancolia (M. Carone, trad.). Novos Estudos Cebrap, 32, 128-142. (Trabalho original publicado em 1917).         [ Links ]

Freud, S. (1991). Studien über Hysterie. Frankfurt: S. Fischer Verlag, 1991. (Trabalho original publicado em 1895).         [ Links ]

Freud, S. (1968a). Trauer und Melancholie. In S. Freud, Gesammelte Werke, X. Frankfurt: S. Fischer Verlag. (Trabalho original publicado em 1917).         [ Links ]

Freud, S. (1968b).Bruchstück einer Hysterie – Analyse. Frankfurt: S. Fischer Verlag. (Trabalho original publicado em 1905).

Schnitzler, A. (1990). Fräulein Else. München: Grin Verlag. (Trabalho original publicado em 1924).         [ Links ]

Souza, P. C. de. (2010). As palavras de Freud: o vocabulário freudiano e suas versões. São Paulo: Companhia das Letras. (Trabalho original publicado em 1988).         [ Links ]

Souza, P. C. de. (Org.) (1990). Sigmund Freud e o gabinete do Dr. Lacan (2a ed.). São Paulo: Brasiliense.         [ Links ]

Tavares, P. H. de M. B. (2007). Else e Dora. In P. H. de M. B. Tavares, Freud e Schnitzler – sonho sujeito ao olhar. São Paulo: Annablume.

 

 

Endereço para correspondência
Mariangela Kamnitzer Bracco
Alameda Rio Negro, 911/610
06454-000 – Barueri - SP
tel.: 4193-5846
E-mail: mkb@bracco.com.br

Recebido: 18/04/2011
Aceito: 11/05/2011

 

 

* Membro filiado da SBPSP e professora de alemão.
1 Fräulein quer dizer senhorita em alemão, e, como no português, essa forma de tratamento está hoje em desuso.
2 Tradução livre da autora.
3 A Imago Editora publicou os três primeiros volumes que correspondemà primeira fase da tradução das Obras psicológicas de Sigmund Freud. "Os escritos sobre a psicologia do inconsciente", como foram chamados de forma genérica esses três volumes iniciais, abordam a teoria freudiana sobre a formação do inconsciente e seu papel nas patologias. Luiz Alberto Hanns optou por uma organização temática dos textos de Freud, assim como foi feito na Studienaufgabe (Edição de estudos), publicada pela Editora Fischer entre 1969 e 1975 na Alemanha.
4 A Companhia das Letras (Editora Schwarcz), por sua vez, já publicou 4 dos 20 volumes previstos para compor suas Obras Completas de Sigmund Freud. São os tomos 10, 12, 14 e 18, que apresentam os textos em ordem cronológica. Assim, o volume 10 correspondeà produção de Freud durante o período de 1911 a 1913, o volume 12, ao período de 1914 a 1916, e os volumes seguintes, 14 e 18, aos períodos que vão de 1917 a 1920 e de 1930 a 1936, respectivamente.
5 A L&PM Editores publicou O mal-estar na cultura e o Futuro de uma ilusão, ambos traduzidos por Renato Zwick.