SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.35 número54Nem Caos, nem Cosmos: "Conhecimento" e "Metaconsciência" (sobre a possibilidade de uma mente humana)Duras, o deslumbramento da língua índice de autoresíndice de assuntospesquisa de artigos
Home Pagelista alfabética de periódicos  

Ide

versão impressa ISSN 0101-3106

Ide (São Paulo) vol.35 no.54 São Paulo jul. 2012

 

EM PAUTA - CAOS

 

Notas sobre campo e campo psicanalítico

 

Notes on field and psychoanalytic field

 

 

Fabio Herrmann*; Leda Herrmann**,I

I Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo
Colíder do Grupo de pesquisa CETEC, CNPq/Universidade Federal de Uberlândia

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

Trata-se de artigo inédito, escrito em 2001, a partir de notas para a conferência "Campo Psicanalítico" proferida pelo autor, no mesmo ano, na SBPSP. Trata de dois conceitos metodológicos da Teoria dos Campos: a) Campo, definido como inconsciente operacional enquanto efeito reconhecível ou o caminho e as operações que o desvelam, e sempre tomado no plural; b) Campo Psicanalítico, o campo das rupturas de campo. O autor revisita seu trabalho com o conceito de inconsciente, entendido como campo de suporte de sentidos que se manifestam ao homem e no mundo em representações – campo que abriga regras que o método psicanalítico revela, desvela e produz por sua ação inerente de ruptura de sentidos, ou, nos termos do autor, por ruptura de campo. Usa, também, fragmentos da discussão que compõe o prefácio do livro que estava em vias de publicar naquele ano, Introdução à teoria dos campos.

Palavras-chave: Teoria dos campos, Campo, Campo psicanalítico, Fabio Herrmann.


ABSTRACT

This paper, yet unpublished, was written in 2001 following some notes for a lecture given at SBPSP that same year. It deals with two concepts from Multiple Fields Theory: a) Field, considered as an operational unconscious showing its path and the operations that uncovered it, and always used in its plural form; b) Psychoanalytic Field, the field of the field ruptures. The paper also returns the author’s work on the concept of unconscious, which is understood as the field that bears the senses presented to man and in the world – field that contains rules that the psychoanalytic method reveals, uncovers and produces through its inner action of senses rupture, or in the authors words, throughout field rupture. The paper also refers to some aspects of the Prologue of the author’s book that was about to be issued, Introduction to Multiple Fields Theory.

Keywords: Multiple fields theory, Field, Psychoanalytic field, Fabio Herrmann.


 

 

Campo Psicanalítico: onde tudo só vale pela ruptura possível
Leda Herrmann

Este artigo é datado e inédito. Foi escrito a partir de notas preparadas para a conferência "Campo Psicanalítico", proferida em reunião científica da SBPSP, no início de 2001. Nunca foi publicado, mas circulou entre alunos e colegas que frequentavam cursos ministrados por Fabio no Instituto de Psicanálise e na PUCSP.

2001 foi um ano significativo para a obra de Fabio Herrmann. Três de seus livros eram relançados em novo selo, a editora Casa do Psicólogo, e um inédito vinha a público1. Consolidava-se, também nesse ano, a divulgação mais ampla de seu pensamento nos meios acadêmico e psicanalítico. Aos poucos ganhava reconhecimento o trabalho a que se dedicara de desvelamento do método psicanalítico freudiano, como a forma de penetrar os fundamentos da Psicanálise, para restituir-lhe valor heurístico. Era esse valor que Fabio explorava na construção, a que se dedicou, do que chamou de psicanálises possíveis.

A discussão aqui empreendida de um dos conceitos metodológicos que criou, o de campo psicanalítico, retoma, também, todo seu trabalho com o conceito de inconsciente (Herrmann, 2001a, Parte IV), entendido como campo de suporte de sentidos que se manifestam ao homem e no mundo em representações – campo que abriga regras que o método psicanalítico revela, desvela e produz por sua ação inerente de ruptura de sentidos, ou, nos termos de Fabio, por ruptura de campo. O momento lógico de caos que a ruptura provoca é experimentado no fenômeno de vórtice, ou rodopio da perda de uma representação, enquanto outra não a substitui, pois ainda pertence ao reino das representações possíveis, domínio do inconsciente. Assim, chega, logo nas primeiras páginas do artigo, a considerações sobre a técnica de livre associação, invertendo uma proposição clássica e afirmando que "não é a interrupção do fluxo associativo que merece explicação, mas o próprio fato de este fluxo às vezes existir" (Herrmann, 2001a, p. 4). Encontra na livre associação não uma condição para a análise, mas "a manifestação do vórtice basal de longa duração que acompanha o processo analítico" (Herrmann, 2001a, p. 4).

A atenção clínica a esse vórtice basal, no qual ocorre o processo analítico na vigência do processo interpretativo, levou Fabio à formulação do conceito metodológico motivo do artigo, o de campo psicanalítico como o campo das rupturas de campo, onde tudo só vale pela ruptura possível. Usando a ironia característica desse autor, podemos considerá-lo o capo di tutti i capi, aquele que sob o império da ruptura pode ser pensado como o campo do caos momentâneo.

Notas sobre campo e campo psicanalítico2
Fabio Herrmann

O convite da Comissão Científica, transmitido pelo Dr. Félix Gimenez, foi para expor minhas ideias sobre campo e campo psicanalítico3, incluindo algumas observações a respeito da controvérsia associação livre versus experiência emocional.

Campo nada mais é que o inconsciente operacional. É inútil falar de algo sem mencionar a forma pela qual o conhecemos. Livre associação e experiência emocional, por exemplo, são caminhos para vir a saber do inconsciente. Entende-se por campo, portanto, o inconsciente enquanto efeito reconhecível, os caminhos para a ele chegar, operações que o desvendam, diferentes suportes – no indivíduo, como na sociedade. Campo sempre se pensa no plural. Dos muitos campos que interessam à Psicanálise – e há outros que realmente não nos interessam –, o conjunto dos inconscientes da obra freudiana ocupa uma parte; entretanto, há grande quantidade de campos interessantes não tratados por Freud, nem pelas escolas que se seguiram. Certos campos dizem respeito a um indivíduo, embora só na relação os conheçamos, outros podem ser próprios da psique humana de um lugar ou de uma época.

Ao falar em Campo Psicanalítico, temos em mente o campo das rupturas de campo, ou seja, o campo transferencial onde a análise se dá, marcado pela operação fundamental do analista: a interpretação. A interpretação psicanalítica rompe a estrutura de qualquer campo sobre o qual opere, pondo a descoberto suas regras inconscientes de organização. O Campo Psicanalítico pode ser definido como aquele em que todos os campos ocorrentes só valem por poderem ser rompidos, mostrando, assim, como vinham determinando o funcionamento psíquico.

A fim de introduzir a discussão proposta, gostaria de oferecer aos colegas alguns fragmentos da Introdução à teoria dos campos4, livro em vias de publicação, retirados sobretudo do prefácio. Algumas ideias aí contidas podem inspirar questões e debates.

Campo Psicanalítico e livre associação

O processo de descoberta da determinação psíquica em geral, responsável pelos atos falhos e esquecimentos, mas também pelos atos que resultam e pelas lembranças, bem como pela lógica emocional da psique, exige, em princípio, que se exponham os inconscientes relativos5 a todas as representações. E é nesse ponto onde entra o método psicanalítico, com toda sua pujança. Ele promove um estado constante de crise da consciência, que redunda num fluxo de ruptura de campo potencial. Por termos acreditado ser o inconsciente uma agência à parte, com existência autônoma e substancial, deixamos de perceber que a irrupção do inconsciente, através da chamada livre associação, não era um efeito natural da psique devido a sua interferência episódica – coisa que também ocorre –, mas que sua dimensão mais significativa e útil decorre simplesmente do Campo Psicanalítico, isto é, do método psicanalítico encarnado no fundo do processo de análise. A reificação do inconsciente levou, por conseguinte, a um eclipse do método.

Claro está que o analista pode atrapalhar a livre associação, impondo sentidos antes que surjam, mas é improvável que a possa induzir a pedido. A livre associação – que de livre não tem nada – é, na verdade, um sintoma do Campo Psicanalítico, uma espécie de vórtice mínimo que sucede quase continuamente. Ou seja, é a dimensão de fenômeno da matriz metodológica que norteia nosso trabalho, é determinado pelo método, não pela boa vontade do paciente. Precisamos, pois, inverter a proposição clássica: não é a interrupção do fluxo associativo que merece explicação, mas o próprio fato de este fluxo às vezes existir. A propósito de um sonho, certa paciente manifestou uma série de ideias que mais pareciam um comentário geral sobre a vida. Quando lhe perguntei o porquê, respondeu-me de forma exemplar: "sei lá, falei só por falar". A que, sendo ela uma colega, pude contestar sem complicações: "claro, falar por falar é aquilo a que Freud chamava de livre associação, verdade?"

Numa palavra: a livre associação é manifestação do vórtice basal de longa duração que acompanha o processo analítico. Não é uma condição para a análise, mas um dos seus efeitos. Conta como crédito ao método psicanalítico que seja um fenômeno tão usual, em certos pacientes, que equivocadamente a tenhamos confundido com o cumprimento de uma norma contratual. Na realidade, creio que, se encontrasse um paciente capaz de produzir associações livres apenas porque o quer, literalmente não saberia o que fazer. É possível que lhe pedisse: resista, resista!

O campo de um trauma histórico e a posição do analista

Durante o século XX, pode-se dizer que o mundo acabou. Tangenciamos a completa aniquilação nuclear, beiramos o nada instrumentado pela cultura tecnológica. E, se esta aniquilação não se deu – razão de ainda estarmos nós aqui a escrever e psicanalisar –, houve um trauma, ao que tudo indica. É eticamente impensável qualquer jogo em que o fim da humanidade entre como aposta, sejam quais forem as probabilidades, e a proximidade do impensável cobra sempre um alto preço do psiquismo. O primeiro sinal sugestivo de um trauma cultural em larga escala terá sido, quem sabe, o próprio esquecimento da quase destruição do homem, ao longo da Guerra Fria. Já ninguém fala nisso, há anos. Em lugar do impensável silenciado, ou reprimido, repetimo-lo por partes. Voltamos constantemente a discutir a 2a Guerra, mas deixando de lado a catástrofe atômica; espantamo-nos com a ascensão dos totalitarismos, mas sem questionar em igual medida a ideologia oposta, o capitalismo metastático; não cessamos de debater o holocausto do povo judeu, representante parcial ou deslocado daquele do povo humano, impronunciável este último. Certos fenômenos globais, ou seja, os que envolvem a Terra inteira, mimetizam o único ato radicalmente global da história: a destruição da humanidade. Uma bomba relógio demográfica foi posta em marcha; em lugar da dizimação ativa, é o simples desestímulo ao controle populacional na periferia da riqueza que há de nos conduzir sem falta a alguma forma de extermínio seletivo. E assim por diante. Seria preciso ainda investigar cuidadosamente a ficção – por um triz não verdadeira – de estarmos vivendo o dia seguinte ao do juízo final.

O planeta não foi destruído, enfim. Porém, no século XX, um mundo acabou, o mundo da substância social, dos projetos deliberados pelo povo e da racionalidade discursiva. Uma nova forma de representação, por imagem, substituiu o pensamento tradicional. A realidade mostrou-se escancaradamente fabricada e o homem, impotente para a determinar de maneira racional. O real humano tem-se declarado psíquico, no sentido psicanalítico do termo inconsciente. Ideia tremenda, embora não necessariamente desanimadora. Onde há psiquismo inconsciente, onde a razão tradicional se move às palpadelas, a interpretação é convocada e sabe esclarecer6.

Somente nos damos conta dos hábitos culturais que nos são alheios. Impregnados pela cultura, dificilmente conseguimos a distância bastante para apreciar sua estranheza. Em seu trajeto pelo mundo, munido do método psicanalítico, o analista, porém, dispõe de alguns recursos singulares. Sendo nosso método interpretativo a ruptura de campo, ele consegue pôr-se no avesso de si mesmo e também de sua cultura, embora com certo esforço. E pode praticar uma antropologia interna da sociedade em que vive, pelo menos tanto quanto uma psicologia individual – o analista: antropólogo da psicologia. Esta abertura proporcionada pelo método permite-lhe aproximar-se da psique do real, apreciar sua estranheza a uma distância antropológica e elucidar seus inconscientes. Privilégio singular, mas singular condenação a uma espécie de exílio interior.

Quem é pois o analista, hoje? Não mais o que aceita a existência do inconsciente, do sistema tradicionalmente descrito como impulsos instintivos e mecanismos. Ser da surpresa, o novo analista é antes aquele que desconfia do inconsciente. Ou seja, desconfia do inconsciente que se supõe conhecido, enquanto desconfia que haja inconscientes manifestando-se quando, onde e como não se espera. O inconsciente é o que faz o sentido, por isso ele não faz sentido. Se fosse melodia o psiquismo, o inconsciente seria uma dissonância. Ou melhor, se o psiquismo fosse fala, o inconsciente seria sua música, uma estrutura de outra ordem, intraduzível em palavras, porém determinante do valor de cada uma.

Assim, o novo analista desconfia a todo momento de que o lugar mesmo em que se encontra seja de fato um campo – uma organização de regras inconscientes em ação. De leve, desconfia estar cercado. Tenta romper o campo para entrever as regras que o determinam e entra assim no que chamamos de vórtice representacional. Porém, nunca está seguro, a não ser de sua suspeita. Um filósofo prático da dúvida sem sistema, da crença em rodopio. Analista é o homem que suspeita do inconsciente…

Clínica psicanalítica e seu método

E quanto à nossa clínica?

O grande modelo freudiano foi a decifração das civilizações passadas e das escritas perdidas. Em tempos recentes, temos de hábito traduzido o que nos dizem os pacientes como metáforas de nossos sistemas teóricos sobre o psiquismo.

Logo, impõe-se uma pequena história. Em meados do século XVII, Athanasius Kircher, padre jesuíta, era provavelmente a mais notória autoridade na interpretação de hieróglifos egípcios. Foi-lhe encomendada a leitura dos signos que cobrem o obelisco elevado na Piazza della Minerva, atrás do Panteon, em Roma. Sim, o mesmo lugar a que se refere Freud em sua famosa analogia de O mal-estar na civilização – solo psicanalítico, portanto. O monumento, que até hoje lá está, foi erguido por ordens do papa Alexandre VII, a partir de um desenho de Bernini; trata-se de simpático elefantinho que carrega às costas um obelisco egípcio, do 6o século a. C. A interpretação que propôs o sábio para o conteúdo de um dos cartuchos de nomeação lá gravado foi, por exemplo, a seguinte: "A proteção de Osíris contra a violência de Typho deve ser buscada através de ritos apropriados e cerimônias sacrificiais, apelando para os gênios tutelares do mundo tríplice, a fim de assegurar o gozo da prosperidade costumeiramente oferecida pelo Nilo, contra a violência de seu inimigo Typho". Esta tradução data de 1666. Contudo, os anos passaram sem pedir licença, como é seu péssimo costume. Napoleão invadiu o Egito, foi achada a pedra de Roseta, Champollion a traduziu, descobriu-se que os hieróglifos não eram simples ideogramas, cada qual representando uma ideia, mas também uma escrita fonética. Hoje, a tradução do mesmo cartucho é a seguinte: PSAMTIK. Um nome próprio, o nome de certo faraó.

Quando fixamos nossas teorias heurísticas e especulativas sob forma de doutrinas, criando correntes psicanalíticas, a interpretação na clínica transforma-se de imediato em tradução imaginária. O material parece abrir-se em ideogramas metafóricos – tal elemento simboliza o ódio contra o pensamento, tal outro, o amor ao analista. Juntando-os, traduzindo-os em conjunto, chegamos às usuais e detalhadas sentenças interpretativas, compostas de associações do analista (Herrmann, 2003, cap. 6). Ou seja, a algo parecido à violência de Typho etc. Todavia, quando nos restringimos, por fidelidade ao método psicanalítico, à operação de ruptura do campo que habitamos com nosso paciente, surge geralmente Psamtik, menos espetacular, mas portador da força da verdade. Aqui pode estar contida alguma sugestão para a clínica de hoje.

Dito de outra maneira. A interpretação proposta pelo padre Kircher fundava-se na semelhança, ou com mais rigor na afinidade, entre as formas dos hieróglifos egípcios e a representação usual de certas figuras mitológicas na iconografia pós-renascentista de então. Typho, por exemplo, pertence à mitologia grega, embora aqui substitua provavelmente Set, o irmão mau de Osíris; gênios tutelares são romanos; mesmo Osíris, com ser legitimamente egípcio, transpira a tradição dos gregos, que foram os primeiros a popularizar as velhas histórias do Egito – dos 3 faraós de nome Psamtik, por exemplo, pouco mais se sabe que o registrado por Heródoto. De nossa parte, nós, analistas, somos também adictos à mitologia. Mais precisamente a duas mitologias. Uma é a greco-romana, tal como a do padre: Édipo, Narciso etc. A outra mitologia é a própria teoria psicanalítica, ao ser entendida não como um conjunto de proposições a testar e a desenvolver criticamente, mas como fonte de inspiração de metáforas interpretativas – em parecença bastante com o uso semipoético de que o padre lança mão para padecer dos mesmos riscos. Arbitrariedade e presunção, para começo de conversa.

Oh! Não duvido de que sua interpretação metafórica seja muito mais inspiradora que o prosaico Psamtik revelado pela tradução posterior. Todavia, o tipo e o grau de verdade contidos numa interpretação são ditados pelo método que a produziu. O método empregado para a tradução dos hieróglifos, ou o método da interpretação psicanalítica, no nosso caso.

Gostaria de ter algo mais inspirador para dizer. Mas só tenho aquilo que posso ler em qualquer livro de Psicanálise, embora não o encontre escrito em nenhum. Que o fundo de todo o sentido psicanalítico é somente nosso método – ou, do contrário, uma presunçosa arbitrariedade. E que, quando se chega ao fim de uma tradução do psiquismo, a verdade que surge é sempre o próprio método, revestido a cada vez da figura psíquica por ele descoberta. Essa ideia é a essência de cada frase que tenho escrito em meus livros até hoje. Mas, se interpretação é ruptura, então Psamtik – nome daquilo que a tradução imaginária dos signos psíquicos tem sepultado –, representa aqui mais que o inconsciente, figura o próprio método psicanalítico.

Abril de 2001

 

Referências

Herrmann, F. (1980). O momento da psicanálise. Revista Brasileira de Psicanálise, 14(2), 149-166.         [ Links ]

Herrmann, F. (1994). Mal-estar na cultura e a psicanálise no fim do século. In L. C. U. Junqueira Filho (Coord.), Perturbador mundo novo: história, psicanálise e sociedade contemporânea 1492, 1900, 1992 (pp. 305-222). São Paulo: Escuta.         [ Links ]

Herrmann, F. (2001a). Andaimes do real: o método da psicanálise (3ª ed.). São Paulo: Casa do Psicólogo. (Trabalho original publicado em 1979).         [ Links ]

Herrmann, F. (2001b). Andaimes do real: psicanálise do quotidiano (3ª ed.). São Paulo: Casa do Psicólogo. (Trabalho original publicado em 1985).         [ Links ]

Herrmann, F. (2001c). O divã a passeio: à procura da psicanálise onde não parece estar (2ª ed.). São Paulo: Casa do Psicólogo. (Trabalho original publicado em 1992).         [ Links ]

Herrmann. F. (2003). A arte da interpretação. In F. Herrmann, Clínica psicanalítica: a arte da interpretação (3ª ed., pp. 81-96). São Paulo: Casa do Psicólogo. (Trabalho original publicado em 1991).         [ Links ]

Herrmann, F. (2004). Introdução à teoria dos campos (2ª ed.). São Paulo: Casa do Psicólogo. (Trabalho original publicado em 2001).         [ Links ]

 

 

Endereço para correspondência
Leda Herrmann
Rua Girassol, 34/102
05433-000 – São Paulo – SP
tel.: 11 3088-8123
E-mail: herrmannfl@globo.com

Recebido: 16/04/2012
Aceito: 11/05/2012

 

 

* Fabio Herrmann (1944-2006) era médico e psicanalista. Membro da SBPSP, presidiu-a no biênio 1985-1986. Foi presidente da FEPAL de 1986 a 1988 e professor de pós-graduação da PUCSP. Autor da Teoria dos Campos, com extensa obra publicada, fundou o CETEC (Centro de Estudos da Teoria dos Campos), que presidiu até sua morte. As notas de rodapé foram preparadas por Leda Herrmann para esta publicação.
** Membro da SBPSP. Presidente do CETEC. Doutora em Psicologia Clínica pela PUCSP. Colíder do Grupo de pesquisa CETEC, CNPq/UFU. Autora de Andaimes do real: a construção de um pensamento (Casa do Psicólogo, 2007).
1 Trata-se dos livros em nova edição: Andaimes do real: o método da psicanálise, Andaimes do real: psicanálise do quotidiano, O divã a passeio: à procura da psicanálise onde não parece estar e do lançamento de Introdução à teoria dos campos.
2 Conferência proferida em reunião científica da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo em abril de 2001.
3 Estes temas são tratados na primeira parte do livro Andaimes do real: o método da psicanálise (Herrmann, 2001a), especificamente nos capítulos 10, "Campo Psicanalítico: inconsciente e transferência" e 13, "Campo Psicanalítico".
4 Este livro teve sua primeira edição em 2001, pela Casa do Psicólogo. A 2ª edição é de 2004, pela mesma casa editorial.
5 A questão do inconsciente toma toda a quarta parte de Andaimes do real: o método da psicanálise (Herrmann, 2001a), intitulada "Há o inconsciente". O conceito de inconsciente relativo (no singular e no plural) é apresentado no capítulo de introdução desse livro, sendo também tratado ao longo de sua primeira parte.
6 Reflexões sobre a perda de substância do mundo humano, como resultado dessa "nova forma de representação por imagem", que substitui o pensamento tradicional e mostra-se como uma psique do real, aparecem na obra de Fabio desde 1980 (Herrmann, 1980; 1994, 2001b, cap. 1 e parte quinta).