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versão impressa ISSN 0101-3106

Ide (São Paulo) vol.40 no.64 São Paulo jul./dez. 2017

 

EM PAUTA | INTERPRETAÇÕES DA CULTURA

 

Escassez de sonhos em uma sociedade de excessos

 

Escacity of dreams in a society of excess

 

 

Maria Bernadete Amêndola Contart de Assis

Psicóloga, psicanalista, membro efetivo com funções didáticas da SBPRP e membro associado da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo (SBPSP). Mestre e doutora em psicologia escolar pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

O presente artigo é uma reflexão sobre o modo de vida contemporâneo, sob o vértice do binômio excesso/escassez. O excesso apresenta-se na prevalência da imagem sobre a narrativa, do ruído sobre o silêncio, da exposição sobre a intimidade. Vivem-se sensações de aceleração, de agitação, de imediatismo, de falta de tempo, que sinalizam uma espécie de avalanche de influxos na mente, com potencial para provocar rupturas, como nas situações traumáticas. Essas marcas da contemporaneidade trazem em si a escassez das condições para elaboração da experiência vivida, uma vez que para isso se requer tempo, tolerância, introspecção, intimidade, que são recursos necessários para a tessitura de sonhos e constituição da subjetividade.

Palavras-chave: Modo de vida contemporâneo. Imediatismo. Elaboração. Subjetividade.


SUMMARY

This article is a reflection on the contemporary way of life, under the binomial of excess/scarcity. The excess is presented in the predominance of the image over the narrative, the noise over the silence, the exhibition over the intimacy. In this scenery, there are experiences of acceleration, agitation, immediacy, lack of time, that sign a sort of overcharge into the mind, with the potential to cause disruptions, as in traumatic situations. These contemporary characteristics bring with them the scarcity of conditions to working through the lived experiences that require time, tolerance, introspection, intimacy. These are necessary resources to the weaving of dreams and the constitution of subjectivity.

Keywords: Contemporary way of life. Immediacy. Working through. Subjectivity.


 

 

Conta-se que um grupo de executivos precisava entrar na floresta para prospectar áreas visando um grande empreendimento imobiliário. Para isso pediram auxílio a um índio, que conhecia bem o terreno. Depois de um período de caminhada, sem dar explicações, o índio parou e sentou-se sob uma árvore. Os executivos esperaram por um tempo, mas como o índio não se levantava e eles tinham tarefas, prazos e horários a cumprir, resolveram apressá-lo: "Precisamos retomar a caminhada!", ao que o índio respondeu: "Preciso esperar minha alma chegar!"1.

Nessa história, o índio nos lembra de que o tempo da alma, ou o tempo dos sonhos, é diferente do tempo das tarefas a se-rem cumpridas, de prazos e horários que fazem parte do cotidiano. "O índio mostra ao homem branco que há uma alma a ser respeitada, uma alma que caminha em um tempo próprio, que não combina com o ritmo frenético da pós-modernidade" (Assis, 2009, p. 67). O trabalho de elaboração mental das experiências vividas, ao contrário de rapidez e eficiência, requer redução de movimentos, recolhimento, silêncio, espera, tolerância... A escultura O pensador, de Rodin, pode ser vista como expressão clássica disso. Nela, a postura sentada sugere a inibição de movimentos físicos, necessária à atitude reflexiva; a curvatura da figura sinaliza a interiorização, o movimento em direção a si mesmo; a sustentação da cabeça pelo braço indica onde se localiza o trabalho no processo de pensar. Tal configuração está presente também no setting psicanalítico. O paciente é convidado a deitar-se no divã, propiciando o movimento em direção a si mesmo. O ambiente, silencioso para os ruídos externos, favorece a escuta interior, convida à intimidade. A opacidade do sensório, como nos ensina Bion (1970/2006), é caminho que nos leva à alma.

Aquilo que se relaciona a uma "base" de experiência sensorial não serve para os fenômenos da vida mental, que são amorfos, intocáveis, invisíveis, inodoros, insípidos. Esses elementos psiquicamente reais (no sentido de pertencerem à realidade psíquica) são os elementos com os quais o analista tem que trabalhar. (Bion, 1970/2006, p. 80)

Assim, para o contato com o universo da interioridade, somos convidados a fechar os olhos para ver melhor; fazer silêncio para apurar a escuta.

Ora, se o trabalho de elaboração mental requer introspecção, a agitação em que estamos mergulhados no mundo de hoje não favorece os sonhos. De fato, no cenário contemporâneo, a velocidade da vida ganha proporções não imaginadas até pouco tempo atrás. Categorias básicas como tempo e espaço sofreram alterações significativas, especialmente a partir da Revolução da Informática. O tempo, considerado em sua dimensão subjetiva, ganhou aceleração. Há um sentimento de urgência presente no ar: o fazer deve ser rápido, instantâneo, como o que se aprende com os novos instrumentos tecnológicos, em que, a um simples toque, muito se faz acontecer. Acostuma-se facilmente ao acesso rápido e eficiente. Pressa, escassez de tempo, sensação de estar sempre atrasado para o cumprimento de tarefas, sentimento de impossibilidade de acompanhar o ritmo das inovações, tudo isso é parte do cotidiano. Diante de tal aceleração, o imediatismo se impõe; o tempo de espera para o acontecimento aproxima-se do zero. Vale lembrar que imediatismo significa "sem mediação", ou seja, no imediatismo observa-se uma tentativa alucinada de encurtamento ou eliminação do processo que medeia o desejo e a realização: rejeita-se o que requer tempo e tolerância. Professores dão seus depoimentos de que os alunos estão cada vez mais impacientes com atividades que exigem tempo, empenho e dedicação, como a leitura.

Da mesma forma, o espaço - outra categoria básica do real - sofreu mudanças consideráveis. Uma pessoa que está do outro lado do mundo parece incrivelmente perto: é possível vê-la em seu ambiente, pode-se falar com ela, participar do que está acontecendo naquele momento em sua vida. As fronteiras são transpostas com facilidade, porque já não é preciso o deslocamento para o encontro. A tecnologia cria comunicações tão instantâneas que se tem a impressão de que estamos todos uns ao alcance dos outros, a qualquer tempo e em qualquer espaço. O espaço virtual é um território animadíssimo: há bancos, lojas, museus, teatros, cinema; há pontos de encontros e de desencontros; exposição de sucessos e fracassos, alegrias e dores; pode-se "ir" a qualquer lugar do mundo, em alguns poucos toques. O espaço ganhou novas e inusitadas dimensões.

Tais novidades têm potencial para gerar uma espécie de sobrecarga de influxos no aparelho psíquico, à semelhança de situações traumáticas descritas por Freud (1920/1976) em Além do princípio do prazer. Nesse texto, Freud caracteriza a situação traumática como aquela em que a mente é invadida por uma quantidade de estímulos que supera a capacidade de processamento. Quando submetido a uma quantidade de estímulos que não é capaz de processar, o tecido mental se rompe, provocando transbordamentos, em uma espécie de "derrame mental", que inundam a mente de fragmentos dispersos. "Um acontecimento como um trauma externo está destinado a provocar um distúrbio em grande escala no funcionamento da energia do organismo e a colocar em movimento todas as medidas defensivas possíveis" (Freud, 1920/1976, p. 45). Interessa-nos aqui a ideia de que o influxo de grande quantidade de energia provoca a movimentação de medidas defensivas, à semelhança de processos de cicatrização presentes no organismo físico, cuja função é reconstituir o tecido que sofreu rupturas. Na mente, entre as "medidas defensivas possíveis" estão os sonhos, que no caso de situações traumáticas têm a função de prover a mente de elementos de ligação, de constituição de sentido, em um trabalho intenso de elaboração. A partir dessa ideia, pode-se pensar que se há excessos de estimulação no modo de vida contemporâneo, necessitamos cada vez mais de ativar processos de elaboração (sonhos) para evitar "derrames" de falta de sentido ou sentimentos de vazio.

Como se sabe, mais recentemente na história do desenvolvimento da teoria psicanalítica, Bion (1962/1980) ampliou a compreensão do processo de sonhar, entendendo-o como um modo de funcionamento mental, presente também na vida de vigília (dream work). A partir dessa teoria, Ogden (2010) usa a metáfora de terrores noturnos, pesadelos e sonhos, que ocorrem durante o sono, para falar sobre três estados mentais de vigília, sob o vértice da maior ou menor condição de continência da experiência emocional vivida. O terror noturno é a situação em que a pessoa acorda aterrorizada, em geral aos gritos, sem qualquer narrativa, tendo apenas a vivência de pavor. Já no pesadelo, a pessoa constrói uma cena onírica que vai se tornando cada vez mais assustadora e acorda no ponto em que a angústia atingiu um "excesso", que leva ao rompimento da rede de representações. Nesse caso, o sonhar foi interrompido pela falta de elementos oníricos capazes de dar continência aos estímulos presentes. No caso de sonhos não há interrupção, os processos de elaboração inconscientes permanecem atuantes e a mente oferece continência para os estímulos a serem sonhados/processados.

Sonhar é um processo constante que ocorre tanto no sonho como na vida de vigília inconsciente. Se uma pessoa é incapaz de transformar impressões sensórias brutas em elementos inconscientes da experiência que possam ser ligados, ela é incapaz de gerar pensamentos-sonho inconscientes e, consequentemente, não pode sonhar (seja durante o sono ou na vida de vigília inconsciente). (Ogden, 2010, p. 19)

Nos estados de vigília correspondentes a terrores noturnos, a mente se apresenta sem recursos para a construção de senti-do da experiência emocional vivida, faltam elementos oníricos que construam ligações, representações e narrativas. A vivência é de desespero ou de ausência de sentido do viver. Já nos estados mentais correspondentes ao pesadelo, o processamento da experiência (elaboração onírica de vigília, dream work) caminha até determinado ponto e aí sofre uma espécie de colapso, interrompendo a fluidez do processo de pensar/sonhar. Esse estado mental sinaliza que há recursos de processamento, mas eles são insuficientes para dar continência à experiência que se apresenta para ser processada. Nesse caso, evidencia-se a necessidade da busca de enriquecimento de acervo onírico pessoal, seja por intermédio de uma análise, seja por meio de recursos disponibilizados pela cultura, como poesia, literatura, música, cinema, artes plásticas, que provê a mente de elementos que servem como continentes, que ofertam contorno para a vivência oceânica da experiência emocional vivida no cotidiano. Por fim, nos estados mentais correspondentes aos sonhos, estão presentes condições de elaboração dos influxos que chegam à mente, provenientes das camadas internas mais profundas e da senso-percepção. Nesse estado amplia-se a capacidade de estar vivo, psiquicamente presente, tecendo a rede de sentido que oferece sustentação à existência. Quando há possibilidade de contato com a experiência, o sujeito apresenta-se "acordado" para a vida. Como diz Ogden: "Voltar à vida emocionalmente é, a meu ver, sinônimo de tornar-se cada vez mais capaz de sonhar a própria experiência, que é sonhar-se existindo" (2010, p. 24), tal é a relevância do processo de "sonhar" as experiências vividas para a constituição da interioridade e da subjetividade.

Os caminhos de gestação e concepção da mente humana lembram tessituras artesanais, que se fazem ao longo do tempo, em processos contínuos, por vezes lentos e delicados. Tais caminhos são do campo da representação, de estabelecimento de ligações, da construção de símbolos e da atribuição de significados, trata-se de reunir o que está disperso e integrar o que está fragmentado. Ora, elaboração mental de experiências emocionais exige espera, tolerância à falta, convívio com a incerteza, contato com dor mental: um processo que não acontece em um toque, como dita o ritmo acelerado do mundo contemporâneo. "Mal nos damos conta dela, a banal velocidade da vida, até que algum mau encontro venha revelar sua face mortífera. Mortífera não apenas contra a vida do corpo, em casos extremos, mas também contra a delicadeza inegociável da vida psíquica" (Kehl, 2009, p. 17).

Diante de tais ideias sobre o funcionamento mental, pode-se conjecturar sobre os riscos inerentes à escassez de elementos oníricos, especialmente em tempos de excessos. É aí que se en-contra o paradoxo da contemporaneidade: excesso de estímulos e escassez de recursos para sonhá-los.

O que há de peculiar entre nós, hoje, é que a superação das repetições - ou seja, as transformações da conservação - é muito rápida e talvez independente da nossa vontade e desejo e sem que possamos pensar essa passagem. São transformações produzidas por movimentos próprios da ciência e da técnica, movimentos que ganham a forma de produto, levam a percepção e o pensamento a uma transformação desigual porque mais lenta. Ou melhor, não podemos dizer com certeza o que se conserva hoje. Esse descompasso de tempos torna difícil a construção de representações coerentes dos fenômenos criados pela tecnociência. (Novaes, 2009, pp. 19-20)

De fato, em algumas versões das chamadas "redes sociais", as imagens prevalecem sobre a narrativa e convidam a ver, mais do que a refletir. Assiste-se a uma espécie de consumo de fotos e vídeos, que se sucedem diante dos olhos em forma de discursos prontos e acabados, sem qualquer insaturação que convide à construção de sentido. A criança que está constantemente estimulada por imagens em um tablet reduz oportunidades de desenvolver a imaginação. O excesso encontra-se nestes lugares: o elemento saturado promove amontoados, justaposições sem encaixes, que "incham" a mente e podem provocar os transbordamentos prejudiciais à tessitura das representações. Para contrastar e esclarecer, penso na arte contemporânea - provocativa - que incita indagação e movimenta o pensar. Ao criar inquietude, a arte abre o campo para a busca de novos sentidos e vínculos inusitados entre elementos diversos.

Da mesma forma, o ruído excessivo oprime o silêncio reflexivo. Se não há pausa, se não há falta, não há campo para constituição de interioridade. Com o ruído externo prevalente e ininterrupto, a escuta de si mesmo fica escassa. A exterioridade atraente provoca o sensório e restringe a experiência da falta, da "não coisa" ou do lugar vago "onde o objeto estava", o que constitui a origem do pensar (Bion, 1965/2004), ou seja, o ponto de partida do movimento do espírito. Lembro-me dos filmes de Bergman, em que se veem sucessão de silêncios, de rostos demoradamente focalizados, a buscar a interioridade de cada um. Os diálogos extensos e profundos convidam o espectador a entrar na intimidade dos personagens, criando um campo propício para experiências emocionais significativas que se tornam alimentos para a alma, incitando o sonhar e, assim, constituindo subjetividade.

Ainda sobre a ideia do binômio excesso/escassez no mundo contemporâneo, é interessante acrescentar que em tempos de frenesi de uso de aparelhos tecnológicos, assiste-se ao excesso de exposição e escassez de intimidade. A intimidade é produto de envolvimento profundo com o mistério e o desconhecido que cada outro nos propõe. Como afirma Derrida (2004), a chegada do outro é da ordem do incalculável e do imprevisível. O campo emocional que se cria no encontro é de indagação: quem é você? Quem sou eu diante de você? O prefixo "in", que se encontra na palavra "intimidade", sugere movimento de entrada, de penetração. Trata-se do oposto da ex-posição, que direciona o olhar para fora, que satura a visão e inibe a poiesis.

Olhar para dentro de uma outra pessoa parece requerer que se penetre nos seus olhos, considerando seu lugar no panorama total da pessoa. Este panorama inclui não apenas a arquitetura da vestimenta mas também a geologia do corpo sob as vestimentas, a estrutura e o movimento. Sobre este panorama geográfico impõe-se a música do ser que fala, a canção e a dança, muito à mostra, e muito que murmura à distância também. (Meltzer & Williams, 1994, p. 60)

O que move o pensar/sonhar é a insaturação.A exposição permanente, em que tudo é registrado, conhecido e compartilhado, não cria campo em que subjetividades se encontram, desafiam-se e se criam. Tal situação pode levar a tipos de relações interpessoais, que tomam a forma de relações de consumo em lugar de relações de construção de sentido. A subjetividade sofre um processo de esmagamento. A adição de medicamentos é exemplo disso. Cria-se a ilusão de que os problemas podem ser resolvidos sem a participação direta do sujeito, sem o tecer laborioso de pensamentos que o enfrentamento dos conflitos exige. A busca é pela medicação "salvadora", que inclua as máximas contemporâneas, de rapidez e eficácia. O sujeito torna-se, assim, consumidor de soluções e não produtor de sentido. Fica excluída a relação Eu-Outro do processo de restaurações das rupturas.

A propósito, lembro-me também de um trecho de Bauman (2004), em Amor líquido: sobre a fragilidade dos laços humanos.

E assim é numa cultura consumista como a nossa, que favorece o produto pronto para uso imediato, o prazer passageiro, a satisfação instantânea, resultados que não exijam esforços prolongados, receitas testadas, garantias de seguro total e devolução do dinheiro. A promessa de aprender a arte de amar é a oferta (falsa, enganosa, mas que se deseja ardentemente que seja verdadeira) de construir a "experiência amorosa" à semelhança de outras mercadorias, que fascinam e seduzem exibindo todas essas características e prometem desejo sem ansiedade, esforço sem suor e resultados sem esforço. (Bauman, 2004, pp. 21-22)

É exatamente diante de tais ameaças ao espaço de sonho e, assim, à constituição da subjetividade, que a psicanálise se fortalece. Ela é acompanhada por outras áreas do saber: as artes, a educação, as letras. Tais áreas são loci privilegiados de resistência às ameaças à constituição da interioridade. Profissionais dessas áreas são detentores de saberes preciosos a serem usados na construção de recursos para a luta contra as mais diferentes formas de ataque ao pensamento, à literatura, à poesia, ao conhecimento e à arte. Somos uma espécie de guardiães da subjetividade. Somos especialistas em intimidade, conversa, escuta, silêncio, envolvimento, hospitalidade ao outro que se nos apresenta. Esses são elementos escassos em nossos dias. É o modelo artesanal que rege o ofício do analista: o cuidado com cada um em especial, a valorização da singularidade, a tessitura pacienciosa de cada esgarçamento de relações, o bordado delicado de cada condição de sonhar, o contato íntimo com cada subjetividade que nos procura. A psicanálise se apresenta como voz importante em meio ao risco, próprio de uma sociedade de excessos, de que a agitação a que somos convidados a participar nos roube a condição sonhante que nos humaniza.

 

REFERÊNCIAS

Assis, M. B. A. C. (2009). O tempo da alma. In S. Pripas (Org.). Cronos ensandecido: sobre a agitação no mundo contemporâneo (pp. 67-84). São Paulo: EduFSCar.         [ Links ]

Bauman, Z. (2004). Amor líquido: sobre a fragilidade dos laços humanos. Rio de Janeiro: Zahar.         [ Links ]

Bion, W. R. (1980). Aprendiendo de la experiencia. Buenos Aires: Paidos. (Trabalho original publicado em 1962).         [ Links ]

______. (2004). Transformações: do aprendizado ao crescimento. Rio de Janeiro: Imago. (Trabalho original publicado em 1965).         [ Links ]

______. (2006). Atenção e interpretação. Rio de Janeiro: Imago. (Trabalho original publicado em 1970).         [ Links ]

Derrida, J. (2004). De que amanhã se trata: diálogo/Jacques Derrida e Elizabeth Roudinesco. Rio de Janeiro: Zahar.         [ Links ]

Freud, S. (1976). Além do princípio do prazer. Rio de Janeiro: Imago. (Trabalho original publicado em 1920).         [ Links ]

Kehl, M. R. (2009). O tempo e o cão: a atualidade das depressões. São Paulo: Boitempo.         [ Links ]

Meltzer, D. & Williams, M. H. (1995). A apreensão do belo: o papel do conflito estético no desenvolvimento da violência e na arte. Rio de Janeiro: Imago.         [ Links ]

Novaes, A. (2009). Entre dois mundos. In A. Novaes (Org.). A condição humana: as aventuras do homem em tempos de mutações. São Paulo: Agir.         [ Links ]

Ogden, T. H. (2010). Esta arte da psicanálise: sonhando sonhos não sonhados e gritos interrompidos. Porto Alegre: Artmed.         [ Links ]

 

 

Endereço para correspondência:
MARIA BERNADETE AMÊNDOLA CONTART DE ASSIS
Rua Professor Alonso Ferraz, 717
14025-530 - Ribeirão Preto - SP
tel.: 16 39111297
bernadete.amendola@gmail.com

Recebido 11.08.2017
Aceito 12.09.2017

 

 

1 Essa história foi contada também em Assis (2009).

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