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versión impresa ISSN 0101-3106

Ide (São Paulo) vol.40 no.64 São Paulo jul./dic. 2017

 

EM PAUTA | INTERPRETAÇÕES DA CULTURA

 

Associações estéticas como representação do mundo mental sem palavras1

 

Aesthetic associations as a representation of the mental world without words

 

 

Cleuza Mara Lourenço Perrini

Membro fundador e efetivo do GPC e membro efetivo da SBPSP

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

São as descontinuidades da vida que tentamos transpor, ou reconciliar, ou integrar, pela lembrança e, mais além, pelo mito e pela arte. Através desse processo dinâmico em ação, as associações estéticas passam a ser uma reconstrução da representação nos seus primórdios subjetivos como objeto nodal de interesse e não de uma mera reprodução. Se as associações estéticas, vividas no encontro analítico intersubjetivo, podem re-velar o íntimo interior, a criação não é um mero acontecido. Passa a ser uma experiência estética que pode ser entendida como uma primeira inscrição psíquica, transformando premências opressivas em criativas.

Palavras-chave: Associações estéticas. Ressignificação. Primitivo. Íntimo.


SUMMARY

They are the discontinuities of life that we try to transpose, or reconcile, or integrate, by remembrance and, further, by myth and art. Through this dynamic process in action, aesthetic associations become a reconstruction of representation in its subjective beginnings as a nodal object of interest and not a mere reproduction. If aesthetic associations, experienced in the intersubjective analytic encounter, can reveal the innermost, creation is not a mere occurrence. It becomes an aesthetic experience that can be understood as a first psychic inscription transforming oppressive pressures into creative transformations.

Keywords: Aesthetic associations. Resignification. Primitive. Intimate.


 

 

O mundo somente pode ser suportado se for transformado em um fenômeno estético. Uma filosofia que não pretende explicar o mundo, somente se pode originar da experiência estética do mundo.
(Schopenhauer, 2011, citado por Safranski, p. 398)

A obra de arte resulta de um comportamento amoroso para com sua própria intimidade.
(Lou Andreas-Salomé, 2000, citado por Ferreira, p. 196)

Onde crio sou verdadeiro.
(Rilke, 2000, citado por Ferreira, p. 174)

Não é possível pensar sem imagens. No grego a palavra ideia vem do verbo ver. Portanto ideia é uma imagem mental, e não por acaso, a palavra imaginação vem do mesmo radical de "luz", e como aponta Aristóteles a imaginação é um movimento produzido pela sensação em ato. E uma vez que a visão é o sentido por excelência, a imaginação (em grego phantasia) tirou seu nome de luz, pois sem luz é impossível ver-se.
(Menezes, 2014, citado por Moreschi, p. 14)

Para alimentar a discussão, creio que vale a pena lembrar a afirmação de Otto Rank segundo a qual a arte é o sonho da humanidade.
(Citada por Antonio Candido em 1948 e 1988)

Ela nos diz que, como os sonhos, a arte representa a realidade, sendo uma forma de conhecê-la, de comunicá-la, mas também cria uma realidade que ela mesma torna passível de expressão.
(Noseck, 2014, p. 6)

Imagens são palavras que nos faltaram.
(Barros, 2013, p. 241)

A arte não reproduz o visível. Torna-o visível.
(Paul Klee, 2012, p. 6)

As manifestações estéticas são formas de expressão para tornar o mundo suportável? Elas são uma forma de aproximação amorosa à própria intimidade psíquica? Uma forma de contato com o eu verdadeiro? Um objeto intermediário para o pensar? Uma transformação do mundo mental sem palavras em imagem, poema ou música, para nominá-la e, como os sonhos, representar e/ ou criar a realidade psíquica? Envolvida por essas aproximações do pensar sobre a estética, partilho uma breve observação sobre um material clínico:

Chegou como uma concha e deitou-se espreguiçando como quem abre possibilidades. Conta que tudo continuava igual e que estava cansada de seu desânimo e da demora para melhorar.

A descrição por si só dessa experiência, vivida no início de uma sessão de análise, apresenta a apreensão de uma imagem estética: uma concha fechada. Poderia ser a confusão (con-fusão) reinante de que o "sentir-se cansada" seria sinônimo de apatia e não de um sentimento pertinente, portanto uma "pérola" da mente, que estava se tornando presente? Assim, a "concha fechada" poderia ser uma busca de contenção que até então serviu para proteger de sentimentos e emoções assustadoras, passíveis de elaboração no encontro analítico que se iniciava?

 

Associações estéticas como matéria-prima da mente

A meu ver, o que nos prende tão poderosamente à obra de arte só pode ser a intenção do artista, até onde ele consegue expressá-la em sua obra e fazer-nos compreendê-la. Entendo que isto não pode ser apenas uma questão de compreensão intelectual; o que ele visa é despertar em nós a mesma atitude emocional, a mesma constelação mental que nele produziu o ímpeto de criar. Mas por que a intenção do artista não poderia ser comunicada e compreendida em palavras, como qualquer outro fato da vida mental? Talvez, no que concerne às grandes obras de arte, isso nunca seja possível sem a aplicação da psicanálise. (Freud, 1914. pp. 217-218)

Enquanto aguardo César me observo pensando sobre seu frequente atraso, assunto presente nas últimas sessões. Noto ainda que meu sentimento é de desânimo perante essa sua grande dificuldade e percebo-me triste quando penso que "não vai ter jeito"!

Ele chega quase no final da sessão, me faz o pagamento, deita-se e, após um breve silêncio, diz:

César: Acho que não vou mais chegar atrasado. Troquei a reunião (que acontecia sempre no horário anterior a esta sessão) para outro dia!

Nesse momento sou invadida por uma piada antiga em que o presidente Costa e Silva, ao ser questionado por seu auxiliar sobre marcar uma reunião para a sexta-feira e este lhe perguntar se sexta se escrevia com s ou x, disse: "Mude para quinta!".

Penso na piada: o presidente troca o dia da reunião para não admitir, junto ao seu assessor, a sua "burrice", como o povo o coloca nessa anedota. Penso ainda no esforço de César em trocar a reunião, como solução mágica, para não tratar de sua "burrice". É falta de inteligência ou o seu incômodo contém um desagrado em função de "desconhecer" as motivações que o têm impedido de chegar na hora da sessão?

Após essa lembrança, o silêncio que se seguiu provocava em mim uma urgência, como se ele estivesse desagradado, esperando que eu o parabenizasse pela inciativa e cuidado. Após mais um tempo de silêncio pesado, digo:

A: Você "acha"? "Acha" que não vai mais chegar atrasado? Você põe dúvida quanto à eficácia dessa decisão... pode ser que essa dúvida nos sinalize algo importante.

A partir desse momento, contrariando meu sentir inicial, a sessão, mesmo com o pouco tempo que tínhamos, torna-se intensa e participativa. Fala que se esforça muito na vida, mas sem resultados. Como sinto que o esforço dele não é para si, mas para os outros, e que isso o faz sentir-se incompetente, comunico isso a ele, que concorda, dizendo logo a seguir: "Sou um burro mesmo! E ainda tenho que contar com os outros, funcionários, clientes, família... Estou me esforçando, mas... sempre sem resultados...".

Como ele me passava que seu atraso era por culpa dos outros (seus subordinados "exigiam" sua presença, mesmo com a reunião terminada) e a incompreensão era minha, percebendo sua dificuldade em sentir que o trabalho para aproximação dessas questões era nosso, sugeri a ele que o "nosso" tempo juntos era para proveito nosso, porque nós dois necessitávamos desse tempo, e ele completou dizendo que se sentia cobrado pelos seus atrasos e que ele é que precisaria se submeter ao meu tempo, ao meu limite e às minhas regras.

Fez-se um silêncio opressor, quando fui tomada por uma música:

Você vai me seguir aonde quer que eu vá
Você vai me servir, você vai se curvar
Você vai resistir, mas vai se acostumar
Você vai me agredir, você vai me adorar
Você vai me sorrir, você vai se enfeitar
E vem me seduzir
Me possuir, me infernizar.

O silêncio desconfortável permanecia e, ainda envolta pela força da música (e de sua letra), na dúvida de que essa poderia retratar o que estava vivendo com César, ele fala com voz desagradada: "E não sou eu que tenho que me submeter? [pondo ênfase nas palavras] As pessoas precisam de mim... [entre reflexivo e, sobretudo, irônico]".

Sentindo a não cordialidade reinante e intuindo que algo dolorido, desconhecido e indigesto se apresentava, sou novamente tomada pela música em sua continuidade:

Você vai me trair, você vem me beijar
Você vai me cegar e eu vou consentir
Você vai conseguir enfim me apunhalar
Você vai me velar, chorar, vai me cobrir e me ninar

Com compaixão, diante de tamanha impotência e subserviência que vamos entrando em contato, gradativamente falo que ele sentia estar nas minhas mãos, como dependente da empresa e das demais pessoas. A partir da associação estética musical por mim experimentada, digo-lhe que ele sugeria acreditar que teria que se submeter, curvar-se e me seguir. Ele disse, então, (surpreso!) que se assustava com precisar dos outros, de mim, de seus funcionários, e que tinha medo de contar comigo... Após breve, profundo e reflexivo silêncio, ele pergunta, no término da sessão: "Há quem fale... que uma mão lava a outra"! Completo dizendo que o caminho que estávamos trilhando estava sendo regido por nós dois, sem comandante ou comandado, com a nossa mútua anuência, sem servidão. Na despedida, ele meio que sussurra (reflexivamente): "é... mas não entendo ainda esse nós... que você fala".

 

"A arte não revela a realidade, a arte a inventa" (gullar, 2015)

As primeiras experiências da vida são sensoriais e estéticas (Likierman, 1994), presentes desde o nascimento. E essas são acrescidas e investidas posteriormente de significados pessoais próprios, caso contrário, ficariam empobrecidas, limitadas exclusivamente ao sensorial.

"A primeira experiência estética se baseia na sensação, laço este reforçado linguisticamente, pois a palavra 'estética'2 deriva da palavra grega que significa 'sensação'"3 (Likierman, 1994, p. 281).

As experiências estéticas manifestas nas relações, bem como no encontro psicanalítico, não são explicativas e não têm compromisso com desenvolvimento ou maturidade psicológica. Elas iluminam as primeiras vivências infantis, criando uma vida de fantasia - símbolos com representação - e favorecendo sua ressignificação. Sendo assim, permitem criar uma vida mental interna.

A atenção flutuante nas imagens, na música ou na poesia que apreendemos, pode configurar um pensamento em seu cerne, calcado nos objetos internos? Ela revela o verso e o reverso, a coisa em si? Quais são os objetos internos com possibilidades de transformação, que criam e recriam o eu verdadeiro?

A experiência de ter sido "tomada" pela música de Chico Buarque e Ruy Guerra e essa ter feito aproximações à experiência emocional em trânsito, fizeram-me ir em busca da letra e da história da música. Os dois autores a escreveram em 1976, e o que encontrei me causou algumas reflexões. O presidente Geisel, nessa ocasião, procurou fazer a abertura política prometida de forma lenta, segura e gradual (2009, Homem). A censura era férrea, mas a revista Veja, em junho daquele ano, livra-se dela. No entanto, bombas continuavam ainda atingindo organizações como a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). O MDB vence as eleições e a inflação corrói os salários. Nesse clima, Chico lança o disco "Meus Caros Amigos" e faz diversas canções para o cinema. O disco representa um momento em que ele, com muitos amigos exilados, escreve, entre outras, "Você vai me seguir", e se alia a Ruy Guerra. Ele, ainda no Brasil, sofria ameaças constantes de ser banido do seu país por discordar da política vigente de censura à livre expressão de pensamento. Assim, refleti que César me evocava contratransferencialmente uma vivência árida em presença/ausência não compartilhada, e sentida como ameaçadora e impositiva, sem discriminação de identidade própria, anunciando emoções não nominadas de abandono e desamparo, revestidas que estavam de autossuficiência.

Se as associações estéticas, vividas no encontro analítico intersubjetivo, podem revelar o interior da pessoa, a criação não é um mero acontecido. Schiller sugere que se "necessita de uma metáfora, denotando dessa forma a relação essencial entre imagem poética e o pensamento" (citado por Pontalis & Mango, 2013, p.71). Assim, essas associações passam a ser uma experiência que pode ser entendida como uma primeira inscrição psíquica, e "se caracterizar por um funcionamento mental, ainda que rudimentar, mas com possibilidades de expansão e refinamento" (Rapeli, 2006, p. 48).

A representação estética pode ser a expressão da percepção do extraordinário disfarçado de cotidiano. A atenção livre sobre ela nos surpreende por estar em instantes fugazes, rápidos e intensos - porque verdadeiros -, e por serem fenômenos em trânsito que podemos nos habilitar a viver. Esse encontro é a arte em si mesma na medida em que promove o relacionamento. Relacionamento primeiramente conosco, o que nos equipa a nos relacionar com o outro. A expressão estética associativa favorece a integração de vivências antitéticas, tais como: ausência e presença; vida e morte; corpo e mente; corte e continuidade. Esta união, discriminada na vivência psicanalítica, possibilita uma cesura criativa.

Quando César termina a sessão dizendo que não entendia "ainda" sobre o significado de "nós", de "fazer junto", après-coup penso que ele ficava corroído pelo seu passado de censura interna, em que um algoz o martirizava, obrigando-o a seguir o caminho da subserviência no atendimento às necessidades dos outros. O meu sentimento inicial de "não vai ter jeito" encerrava sua descrença em si mesmo, agora transformada em "não alcanço ainda esse nós...", como uma esperança de passagem da experiência de exilado e perseguido para uma reverie partilhada.

Nesse viés, uma passagem da vida de Chico Buarque ilustra essa vivência intra e interpsíquica de associação estética vivida com César, como algo que se conecta como expressão dessas emoções primitivas, mesmo que aparentemente parecesse não ser:

Chico passara a tarde conversando com o amigo Paulo Pontes, cuja doença o preocupava. Saiu da visita transtornado e louco para tocar violão. Na mesma noite compôs "Olhos nos olhos"4. Ele usa esse episódio para ilustrar que nem sempre as canções se relacionam a vivências imediatas, posto que a letra da canção nada tem a ver com a tristeza que lhe provocara a situação do amigo. (Homem, 2009, p. 150)

Correlacionando, penso que César, sem condições de poder ligar o vivido com seus funcionários à experiência ali comigo, me toca e eu posso traduzir esse pesadelo através da letra de uma música. Depois, esta pôde ser "sonhada a dois na sessão": a emoção de medo, perseguição e submissão que toda parceria invocava nele. Vivenciamos, assim, o que foi descrito por Perrini como a realização de três trabalhos mentais:

Primeiro apreender o sonho diurno que ocorre muitas vezes, como um lampejo, um espanto, um poema, uma imagem, uma música, uma história constituída; segundo elaborar uma forma de dar expressão verbal ao sonho diurno, trabalho individual do analista; e terceiro trabalharmos juntos o sonho que, a partir da experiência emocional apreendida e despertada pelo sonho diurno e pela comunicação do trabalho do sonho, vai sendo sonhado a dois, na sessão. (2017, p. 6)

Se a "phantasia inconsciente" (Segal, 1966) é a expressão mental dos instintos, e para cada instinto existe uma fantasia de um objeto apropriado correspondente - e que eles, por definição, buscam esses objetos -, a associação estética pode ser uma forma de expressão que, acompanhada da experiência real, em constante interação, tem como finalidade esse encontro: o de estabelecer relações de objeto (Fairbairn, 1949), seu verdadeiro objetivo.

As associações estéticas e a psicanálise estão compromissadas com o particular exercício de viver. Assim, o espanto se instala pelo interesse em cada instante da vida, com "multiplicidades simbólicas e muitas vertentes. E sabemos que os momentos de integração psíquica são, por sua natureza, multidimensionais" (Rapeli, 2006, p. 52).

A expressão estética amplia e sintetiza a transformação desses significados e a psicanálise expressa a sua transformação metapsicológica. No cenário "meta-psico-lógico", "as contradições existem para serem sofridas e não para serem desfeitas: só mergulhando na dor psíquica é que encontraremos a bússola que nos norteará na apreensão da configuração emocional presente" (Junqueira, 2014, p. 27). Junqueira destaca a "meta-psico-logia" como o coração da psicanálise e que só pode "ser apreendida mediante uma abordagem polivalente que Bion denominou "interpretação-construção" (Junqueira, 2014, p. 26). Atribui à "meta-psico-logia" um "conjunto dos esforços econômicos empreendidos pelo psiquismo para representar a experiência emocional através de uma artimanha estética, causadora de espanto e/ou admiração" (Junqueira, 2014, p. 21). Temos uma conjunção entre estética e psicanálise (economia psíquica), na extração de percepções condensadas, que possibilita o encontro em uníssono conosco.

A expressão estética pode vir a ser a reintegração de partes cindidas e projetadas, sem intenção, apenas busca, tendo compromisso unicamente com a forma e não com o conteúdo. Não é, portanto, explicativa. E muito mais do que relacionar estados de mente, permite criar uma vida interna, uma vida de fantasia com símbolos, matéria-prima para as representações mentais, expressas pela criação artística. Sendo representante da própria vivência humana, de ser humano vivo, separado do desenvolvimento psicológico. E, sendo assim, a experiência estética precede a posição depressiva, tornando-se fator crucial que a possibilita (1994, Likierman).

Penso que César começa a ser capaz, através da associação estética expressa na música produzida em mim, de formar novas representações ou ideias. Estas se presentificam no seu aceite em suportar dúvidas, saindo das certezas do "você vai me seguir", para a vivência da partilha. O "estar ao seu lado" permite novas parcerias, além de assimilar que "se encontrar comigo" durante 50 minutos pode transformar o "controle e a submissão" em um encontro criativo, no qual nós dois podemos caminhar juntos.

São as descontinuidades da vida que tentamos transpor, reconciliar e inscrever psiquicamente, pelo mito e pela arte. Através desse processo dinâmico em ação, as associações estéticas passam a ser uma ressignificação das representações nos seus primórdios, possibilitando converter emoções opressivas em criativas.

 

REFERÊNCIAS

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Nosek, L. (2014). O tal do complexo de Édipo. Trabalho apresentado no Fórum teórico: Édipo, em 15 de maio de 2014 na SBPSP.         [ Links ]

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Endereço para correspondência:
CLEUZA MARA LOURENÇO PERRINI
Rua da Paz, 195/211
80060-160 – Curitiba – PR
tel.: 41 3336-0201
cleuzaperrini@gmail.com

Recebido 03.04.2017
Aceito 21.08.2017

 

 

1 Trabalho apresentado no XXV Congresso Brasileiro de Psicanálise: Sonho/ Ato: A representação e seus limites, em São Paulo (outubro de 2015).
2 Sensação:
αίσθηση - (aísthisi). Sentido: αίσθη.
3 Estética:
ισθητική - (aísthitiki).
4 Quando você me deixou, meu bem/ Me disse pra ser feliz e passar bem/ Quis morrer de ciúme, quase enlouqueci/ Mas depois, como era de costume, obedeci/ Quando você me quiser rever/ Já vai me encontrar refeita, pode crer/ Olhos nos olhos, quero ver o que você faz/ Ao sentir que sem você eu passo bem demais/ E que venho até remoçando/ Me pego cantando/ Sem mais nem por que/ E tantas águas rolaram/ Quantos homens me amaram/ Bem mais e melhor que você/ Quando talvez precisar de mim/ Cê sabe que a casa é sempre sua, venha sim/ Olhos nos olhos, quero ver o que você diz/ Quero ver como suporta me ver tão feliz ("Olhos nos olhos", Chico Buarque).

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