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versión impresa ISSN 0101-3106

Ide (São Paulo) vol.41 no.67-68 São Paulo enero/dic. 2019

 

EM PAUTA LIBERDADE, DESTINO

 

O amplo sentido da palavra liberdade

 

The comprehensive meaning of the word freedom

 

 

Eduardo Goldenstein

Pesquisador do Núcleo Configurações Contemporâneas da Clínica Psicológica do PPEG em Psicologia Clínica PUC-SP. Médico homeopata. Mestre e doutor em Psicologia Clínica - PUC-SP

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

Como pensar, como definir a liberdade? Essas são as questões propostas neste artigo. Liberdade tem sido uma preocupação antiga dos seres humanos, tanto que Rollo May (1987) considera que o primeiro ato de liberdade do homem se dá no momento em que ele vive no Jardim do Éden em completa harmonia com a Natureza, mas sem autoconsciência, adquire a consciência e é expulso do Paraíso, jamais podendo voltar. Considere-se ainda que, ao longo da história humana, centenas de milhares de pessoas morreram de bom grado em nome do que consideraram uma preciosa liberdade, num ato de amor pela mesma, e podemos dessa forma entender a importância do tema. As referências teóricas do artigo são Erich Fromm e Rollo May.

Palavras-chave: Liberdade. Conceito. Diversidade. Sentido.


SUMMARY

How to think about freedom? How to define freedom? These are the issues raised in this article. Freedom has been an ancient concern of human beings so much that Rollo May (1987) consider that the first man's act of freedom occurred when he who lives in the Garden of Eden harmoniously with Nature but without self-consciousness, acquires consciousness and is banished from Paradise to never come back. Considering that throughout human history hundreds of thousands of people died willingly and in an act of love for what they considered a precious freedom, we can thus understand the importance of this subject. The theoretical references of this article are Erich Fromm and Rollo May.

Keywords: Freedom. Concept. Diversity. Meaning.


 

 

Ela é tão livre que um dia será presa. "Presa por quê?"
"Por excesso de liberdade." "Mas essa liberdade é inocente?"
"É." "Até mesmo ingênua." "Então por que a prisão?"
"Porque a liberdade ofende." 
(Clarice Lispector, 1978, p. 66)

Introdução

Falar da liberdade é falar da diversidade. Isso porque a liberdade pode ser vivida de inúmeras maneiras e formas conforme seja ela experimentada pelo indivíduo a ou por um indivíduo b, em um momento a ou em um momento b, em um contexto a ou em um contexto b. Liberdade é mais do que uma simples palavra, é toda uma expectativa de vida, uma forma de se viver e de se pensar, uma maneira específica de se lidar com as dificuldades, conflitos e crises que a vida nos traz a todo momento. É disso que se pretende falar e discutir neste artigo. 

Em seu livro de 1987 Liberdade e destino, Rollo May, uma das estrelas da psicologia existencial, se diz surpreendido com o fato de que, ao longo da história humana, centenas de milhares de pessoas tenham morrido de bom grado em nome do que consideraram uma preciosa liberdade. Segundo ele, esse amor pela liberdade é encontrado não apenas em pessoas veneradas, como Giordano Bruno, que morreu na fogueira por sua liberdade de convicção, e Galileu, que sussurrou para si mesmo, diante da Inquisição, que a Terra gira em torno do Sol, mas também em inúmeras outras pessoas cujos nomes passaram incólumes. Isto o faz pensar que a liberdade deve possuir algum significado profundo, alguma relação básica com a "essência" do ser humano, para ser o alvo de tanta devoção. Mesmo nos dias atuais, muitas pessoas ainda pressupõem, continua May, que elas e seus conterrâneos devem estar sempre prontos a morrer pela liberdade, em nome do que chamamos patriotismo. Não sem razão, desde os mais longínquos tempos, a liberdade vem sendo considerada um bem mais precioso do que a própria vida. Um fato atual pode ser lembrado e incorporado a esse pensamento: Salvador Allende, presidente do Chile entre 1970 e 1973, morreu assassinado em 11 de setembro de 1973 dentro do Palacio de La Moneda, em nome da liberdade do Chile e de seus habitantes. Rousseau, de acordo com May, se dizia impressionado com o fato de que as pessoas pudessem suportar fome, fogo, a espada e a morte e mesmo que sacrificassem prazeres, repouso, riqueza, poder e a própria vida em nome da liberdade.

Erich Fromm, por sua vez, em seu livro Psicanálise da sociedade contemporânea, de 1976, se vale da Bíblia para considerar que o primeiro ato de liberdade do homem se dá no momento em que ele que vive no Jardim do Éden em completa harmonia com a Natureza, mas, sem autoconsciência, desobedece ao comando e concomitantemente adquire a consciência de si mesmo, de sua separação, de seu desamparo e é expulso do Paraíso, jamais podendo lá retornar. Sua única possibilidade é então emergir totalmente em sua pátria natural, encontrando assim uma nova pátria, criada por ele ao tornar o mundo humano e ele próprio se tornar humano.

Liberdade sempre foi buscada e enaltecida em movimentos sociais e revoluções de peso. "Liberté, Egalité, Fraternité"(Liberdade, Igualdade, Fraternidade), gritaram os franceses durante a Grande Revolução Francesa de 1789. Duzentos anos depois desse grito, essas palavras permanecem nos nossos ouvidos, assim como na Constituição francesa de 1946 e 1958. "Liberdade! Liberdade! Abre as asas sobre nós!", evoca o Hino à Proclamação da República do Brasil de 1890, que tem letra de Medeiros de Albuquerque e música de Leopoldo Miguez. "Libertas quæ sera tamen" (Liberdade ainda que tardia), bradaram os inconfidentes no fim do século xviii e que desde o século xix adorna a bandeira do Estado de Minas Gerais. Trata-se de dístico retirado da primeira Écloga de Virgílio.

 

Pensar o sentido de liberdade

O que vem a ser liberdade? O que significa ser livre?

Liberdade certamente é uma palavra com muitos significados e interpretações e que deve ser sempre entendida dentro da subjetividade de cada indivíduo que a vive e dela fala. De certa forma, liberdade não deixa de ser relativa e utópica.

May (1987) fala de uma excepcionalidade da liberdade. Essa excepcionalidade decorre do fato de que, ao contrário de todas as outras realidades da experiência humana que se tornam o que são por sua natureza, a essência da liberdade é justamente o fato de sua natureza não ser oferecida. O coração bate porque é da sua natureza bater. Os olhos veem porque é da sua natureza ver. Já a função da liberdade é mudar sua natureza, tornar-se algo diferente do que é em qualquer momento determinado. Liberdade, continua May, é a possibilidade de se retirar, de se excluir, negar e mesmo neutralizar o próprio crescimento. A liberdade é a mãe de todos os valores. "Pois o amor só pode assumir uma forma concreta na liberdade... um homem precisa ser livre para amar, pois o amor é ao mesmo tempo a descoberta inesperada de outra pessoa e uma disposição para fazer qualquer coisa para ela" (Jacques Ellul, citado por May, 1987, p. 18)

A liberdade, diz Fromm (1998), é a capacidade de obedecer a voz da razão e do conhecimento se opondo à voz das paixões irracionais. É a emancipação que libera o homem, colocando-o no caminho capaz de ativar suas faculdades racionais e de compreender não só o mundo objetivamente, mas também seu papel neste mundo.

Liberdade é sempre uma vivência pessoal, intransferível, cujo sentido varia no tempo e no espaço: a liberdade que hoje é sentida de uma certa forma pode, num curto tempo, mudar completamente seu sentido e significado.

A sensação de liberdade está sempre vinculada ao contexto social, político, econômico e cultural. Em 1960, na Argentina, e após longos anos de perseguição, foi capturado pelo serviço secreto de Israel o tenente-coronel da Alemanha nazista Otto Adolf Eichmann, um dos principais organizadores do Holocausto e responsável pela logística das deportações em massa dos judeus para os guetos e campos de extermínio das zonas ocupadas pelos alemães no Leste Europeu durante a Segunda Guerra Mundial. Ao ser preso, declarou se sentir livre a partir daquele momento, já que seu medo de ser capturado ali chegava ao fim. Adolescentes, sedentos de liberdade, muitas vezes responsabilizam seus pais pelo excesso de liberdade e da falta do não.

Liberdade pressupõe limites claros, mas passíveis de críticas construtivas. A própria liberdade pode ser reavaliada e readequada a qualquer tempo e momento. Achamos que nascemos livres se dessa forma lidamos mal com os limites. Ao nascer, não escolhemos onde, quando e como iremos nascer. E muito menos quem serão nossos pais.

Liberdades tais como a de pensar, de agir, ousar, se insurgir, viver a própria vida e ainda liberdades tais como de imprensa, de ir e vir, de viver o presente e pensar o futuro, de aceitação ou rejeição sofrem restrições até por conta daquilo que chamamos processo civilizatório. Para conseguirmos viver, precisamos necessariamente fazer concessões à nossa própria liberdade, temos de nos submeter a regras e leis que muitas vezes nos tiram parte da nossa própria liberdade. A liberdade que queremos tem de se adaptar à liberdade que podemos e, mais ainda, à liberdade que devemos. 

Liberdade, diz May, "está repleta de paradoxos, por seu caráter singular" (1978, p. 89). Paradoxo, segundo ele, descreve o relacionamento entre duas coisas opostas que estão posicionadas uma contra a outra e parecem se destruir mutuamente, mas não podem existir uma sem a outra. A vida, exemplifica ele, é mais viva e atraente quando estamos conscientes da morte, ao mesmo tempo que a morte só possui significado porque há vida. Existe um paradoxo, afirma May, entre liberdade e destino: a liberdade extrai sua vitalidade, sua autenticidade, da justaposição com o destino, e este, como a morte, é importante para nós porque ameaça permanentemente nossa liberdade. Mas, independentemente do quanto de liberdade temos, novas possibilidades nos chamam em sonhos, aspirações, esperanças e ações, pressionando-nos a reconhecer, encontrar, enfrentar, assumir ou se rebelar contra nosso destino. Como explica May (1987), acontecimentos tais como nascimento, morte, amor, ansiedade e culpa não são problemas a serem resolvidos, mas, sim, paradoxos a serem confrontados e reconhecidos. 

Liberdade inclui responsabilidade civil, criminal, com o meio ambiente, com os outros. Nossa liberdade não pode coibir a liberdade do outro.

Em nome da liberdade se vive, se mata, se constrói e se destrói.

Liberdade significa luta. Liberdade significa garra. Liberdade significa resiliência.

Liberdade se relaciona com o próprio sentido de vida, com a própria razão do existir. 

Liberdade pode ser ameaça, mas pode ser também respeito e direito. Respeito pela liberdade do outro, direito pela nossa própria liberdade. Respeito pela civilização. 

Liberdade se relaciona com direito: direito (liberdade) de se expressar, de opinar, de discordar, de não aceitar, de lutar pelos nossos direitos e pelo direito dos outros, de lutar por um mundo mais justo, menos ameaçador, menos agressivo.

Liberdade muitas vezes nos escapa das mãos. Liberdade nem sempre e agradável e muitas vezes nos leva a desilusão. Escravos libertados pelas leis do ventre livre e abolição da escravatura nem sempre usufruíram com prazer dessa alegria: não foram devidamente preparados para o mundo da liberdade. 

A moda nos tira a liberdade. As obrigações, idem. O dizer não é muitas vezes complicado. 

Nem sempre temos a liberdade de interromper o nosso próprio pensamento. Em noites de insônia, nossa liberdade de deter certos pensamentos é absolutamente inexistente. Não controlamos certas raivas e rancores. 

Não temos capacidade de nos libertar de certas dores e culpas. Temos dificuldade de perdoar. Temos dificuldade de nos libertar dos preconceitos e até de coisas que não gostamos em nós mesmos. 

 

A liberdade vista por diferentes religiões

Para os budistas, temos livre-arbítrio, mas não temos liberdade. Somos todos, dizem eles, reféns de impulsos e processos externos, ou seja, não somos livres. Sabemos que acordar cedo e comer menos doce é bom, mas não o fazemos. Sabemos que fumar faz mal, mas é difícil parar. E por aí vai.

Para os judeus, a liberdade é percebida como a ausência de escravidão - assim como a escravidão pode ser definida como a ausência de liberdade. Mas na realidade a simples ausência de escravidão não cria uma condição de liberdade, já que a escravidão, dizem os ensinamentos judaicos, é uma condição na qual a pessoa é para sempre forçada a agir de acordo com a vontade do outro, e a liberdade é a capacidade do ser humano de agir e se expressar. Dessa forma, para que o homem possa agir de forma independente, ele precisa querer expressar sua singularidade. De acordo, então, com o judaísmo, aquele que não tem o desejo da autoexpressão e da realização independente - seja porque seu espírito foi alquebrado ou jamais se desenvolveu - não pode ser considerado um homem livre. Em conclusão, ele não é livre, apesar de não estar mais sendo fisicamente escravizado, mas um  escravo abandonado - um escravo sem amo.

Já para os muçulmanos, a liberdade é um bem inalienável do homem. Para eles, a liberdade natural do homem é o seu livre-arbítrio, sendo que a liberdade só se desenvolve e alcança sua maturidade quando o homem exercita seu livre-arbítrio com sabedoria e responsabilidade. Em outras palavras, um homem só se torna realmente livre quando aprende a exercer seu livre-arbítrio de maneira que isso se torne uma fonte de bem-estar para ele (nesta existência e no além).

Para os muçulmanos alguém que exerça seu livre-arbítrio de maneira irresponsável, causando a sua ruína (nesta existência e na outra), é um escravo de suas próprias ações. O Islã não situa a liberdade "no fazer o que se quiser", mas, sim, "no aprender a fazer o que trará as melhores conseqüências".

Segundo o Catecismo da Igreja Católica (cic), a liberdade é o poder, baseado na razão e na vontade, de agir ou não agir, portanto de praticar atos deliberados. De acordo com esse catecismo, a liberdade torna o homem responsável por seus atos (cic, 1731,1734). Liberdade é um dom de Deus que as pessoas recebem para decidir o que desejam para suas vidas, lembrando sempre que não existe liberdade sem responsabilidade. Ser livre, dizem os católicos, é compreender que toda ação tem uma consequência que pode ter conotação positiva ou negativa, de acordo com a escolha feita. 

Lutero, pai da reforma protestante, é o autor da obra Liberdade do cristão, cujo propósito era conclamar no que consiste a liberdade que Cristo conquistou para si e deu para os outros. De acordo com ele, um cristão é um livre senhor de todas as coisas e não está sujeito a ninguém, mas, ao mesmo tempo, paradoxalmente, é um servo sujeito a prestação de serviços gratuitos em todas as coisas e é submisso a todos de forma positiva ou negativa, de acordo com a escolha feita. 

Com isso Lutero quer dizer que o cristão é livre de tudo pela fé, porém sujeito a todos, pelo amor. Através da liberdade dada pela fé, o homem se torna escravo para servir ao outro com boas ações. Essas boas ações, entretanto, não implicam na salvação, mas, sim, num ato gratuito de proceder com o próximo. 

 

Frases que definem liberdade

Sêneca dizia que é livre quem deixou de ser escravo de si mesmo.

Eurípedes pensava que escravo é aquele que não pode dizer o que pensa.

Rousseau considerava que o homem nasceu livre e por toda parte vive acorrentado.

Gandhi, por sua vez, afirmava que prisão não são as grades, que liberdade não é a rua; que existem homens presos na rua e livres na prisão... que (tudo) é uma questão de consciência.

Freud dizia que a maioria das pessoas não quer realmente a liberdade, pois liberdade envolve responsabilidade, e a maioria das pessoas tem medo de responsabilidade.

Para Descartes, a liberdade é motivada pela decisão do próprio indivíduo, mas muitas vezes essa vontade depende de outros fatores, como dinheiro ou bens materiais.

Goethe afirmava que a liberdade deve ser procurada nos sentimentos, já que esses sentimentos são a essência viva da alma.

Para Sartre, ser livre não significa poder fazer tudo o que se quer, mas, sim, querer o que se pode. Na condição de indivíduos livres, temos de tomar decisões durante toda a vida, já que não existem valores ou regras eternas a partir das quais podemos nos guiar. Dessa forma, nossas escolhas acabam por interferir na nossa própria liberdade.

Einstein se recusava a crer na liberdade e no seu conceito filosófico. O famoso físico não se considerava livre, e se dizia constrangido tanto por conta de pressões estranhas a ele, quanto por convicções íntimas.

Orwell considerava que o significado da liberdade estava sobretudo no poder dizer aos outros o que eles não querem ouvir. 

Saint Exupéry afirmava haver somente uma liberdade: a do pensamento.

Simone de Beauvoir recomendava para estarmos atentos para o que nos defina, que nada nos sujeite, que a liberdade seja a nossa própria substância. 

E foi Nietzsche quem escreveu que as pessoas não eram livres, ainda procuravam a liberdade e que esta procura deixavam-nas insone e excessivamente inquietas.

Rollo May define liberdade como a capacidade do homem de assumir seu próprio desenvolvimento, bem como sua capacidade de se moldar a si mesmo.

Dostoiévski dizia que a falta de liberdade não consiste jamais em estar segregado, e, sim, em estar em promiscuidade, pois, segundo ele, o pior suplício não é ser segregado, mas não se poder estar sozinho. 

Já Tolstoi afirmava que não é a liberdade, não é a busca pela liberdade, mas, sim, pela verdade. A liberdade, dizia ele, não é um fim, mas, sim, uma consequência 

Karl Jaspers dizia que a existência só era real como liberdade. A liberdade, dizia ele, é o ser da existência e que só era ele mesmo quando exercia sua liberdade, já que ser livre significava ser ele mesmo. 

 

Considerações finais

Liberdade sonhada, desejada, temida, amada, respeitada, desrespeitada, rejeitada, ultrajada, temida, conquistada, imposta, liberdade que dá medo, liberdade de pensar, liberdade de agir, liberdade de ir e vir, liberdade de respirar, liberdade política, liberdade de contestar, liberdade de ver e não ver, liberdade de lutar por um destino e uma vida melhor. Liberdade, uma palavra de sentido amplo.

Acordei hoje com tal nostalgia de ser feliz. Eu nunca fui livre na minha vida inteira. Por dentro eu sempre me persegui. Eu me tornei intolerável para mim mesmo. Vivo numa dualidade dilacerante. Eu tenho uma aparente liberdade, mas estou presa dentro de mim mesmo (Clarice Lispector, 1978, p. 66).

"Liberdade abre as asas sobre nós!" (Hino à Proclamação da República do Brasil - letra de Medeiros e Albuquerque e música de Leopoldo Miguez). 

 

REFERÊNCIAS

Boss, M. (1975). Angústia, culpa e libertação. São Paulo: Livraria Duas Cidades.         [ Links ]

Freud, S. (2016). O mal-estar na civilização. São Paulo: Penguim & Companhia das Letras. (Trabalho original publicado em 1930).         [ Links ]

Fromm, E. (1976). Psicanálise da sociedade contemporânea. Rio de Janeiro: Zahar Editores.         [ Links ]

______. (1998). El humanismo como utopia real. Barcelona: Paidós Ibérica. (Trabalho original publicado em 1992).         [ Links ]

Gill, T. (2010). Sem medo: crescer numa sociedade com aversão ao risco. Cascais, Portugal: Principia.         [ Links ] 

Lispector, C. (1978). Um sopro de vida: (Pulsações) (8ª ed.). São Paulo: Nova Fronteira.         [ Links ]

May, R. (1977). Psicologia e dilema humano. Rio de Janeiro: Zahar Editores. (Trabalho original publicado em 1967).         [ Links ]

______. (1987). Liberdade e destino. Rio de Janeiro: Rocco.         [ Links ]

 

 

Endereço para correspondência:
EDUARDO GOLDENSTEIN 
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Recebido 29.05.2019
Aceito 29.06.2019

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