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Ide

Print version ISSN 0101-3106

Ide (São Paulo) vol.41 no.67-68 São Paulo Jan./Dec. 2019

 

EM PAUTA LIBERDADE, DESTINO

 

Humor e destino1

 

Humor and destiny

 

 

Luiz Moreno Guimarães Reino

Doutor pelo IP-USP e membro filiado ao Instituto Durval Marcondes da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo (SBPSP)

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

Este texto é uma investigação psicanalítica sobre o humor de cadafalso. Parte da pergunta: por que Freud privilegiou essa forma de humor? Revisita, então, os exemplos e as elaborações metapsicológicas sobre o tema. E, feito o percurso, propõe uma definição: o humor de forca é o resgate do poder da palavra às vésperas de seu desaparecimento; nele ocorre a desmontagem do destino através da afirmação do princípio do prazer.

Palavras-chave: Humor de cadafalso. Humor. Destino. Teoria freudiana.


SUMMARY

This text is a psychoanalytic investigation of the gallows humor. Starting from the question: why did Freud favor this form of humor? It revisits, then, the examples and the metapsychological elaborations on the subject. And, having pursued the course, it proposes a definition: the gallows humor is the rescue of the power of the word on the eve of its disappearance; there is in it the disassembly of destiny through the affirmation of the pleasure principle.

Keywords: Gallows humor. Humor. Destiny. Freudian theory.


 

 

Distraídos venceremos.
(Paulo Leminski)

Um dos aspectos mais impressionantes da análise freudiana do humor é a brutalidade dos seus exemplos. Há neles um humor sem disfarces, chocante, bárbaro, que se destaca ainda mais pelo contraste: constrói-se uma teoria sutil e delicada a partir de um material ríspido e vulgar. O próprio autor o considerava assim: "um exemplo bem cru", "o caso mais grosseiro do humor" (Freud, 1927/2014b, p. 323). Apesar disso, ou talvez por isso, escolheu-o a dedo. Daí derivou a questão que serviu de fio condutor para estas anotações um tanto fragmentárias.

Por que Freud, que colecionava anedotas espirituosas desde a juventude, portanto possuía uma gama bastante extensa, optou precisamente pelo humor de cadafalso? Em meio a vários outros, tão mais engraçados, por que distinguir esse?

Há algo intrigante nessa escolha freudiana, que decidi explorar.

 

Humor de forca

Os exemplos de humor evocados e analisados por Freud, em geral, remetem-se à mesma cena: um criminoso - sentenciado de morte e diante do momento de sua execução - elabora um dito humorístico. Não são os únicos exemplos, mas são os mais numerosos e os principais. A parte dedicada ao humor (capítulo 7, item 7) do livro O chiste e sua relação com o inconsciente, de 1905, apresenta um punhado deles em seguida. Um é o do bandido que, sendo levado à forca em uma segunda-feira, exclama: "Opa! Começa bem a semana!" (exemplo que reaparece no início do artigo "O humor", de 1927). Outro é o do criminoso que, a caminho do fim, pede um cachecol para se prevenir de um possível resfriado. E nessa direção continua, trazendo outros mais, com o mesmo formato. Esse tipo de humor se chama Galgenhumor (gallows humor, em inglês), e pode ser traduzido como humor de forca ou de cadafalso. Uma piada-matriz, que sintetiza a ideia principal, ainda que perca a graça dos detalhes, resume-se assim: um criminoso, antes de seu acabamento, diz: "Amanhã será outro dia"2.

Epitáfios comportam bem uma variante menos grosseira desse tipo de humor. Millôr Fernandes sugeriu que gravassem no seu: "Não contem mais comigo" (2009, p. 72). E Paulo Leminski compôs uns versinhos para constar numa lápide: "Aqui jaz um grande poeta./ Nada deixou escrito./ Este silêncio, acredito,/ são suas obras completas" (2013, p. 289).

Mas o humor de cadafalso não é apenas uma piada construída a partir de uma situação imaginada. Ele de fato ocorre nessas terríveis ocasiões. Eis alguns casos3. Antes de receber a injeção letal, em 2007, Vincent Gutierrez perguntou: "Onde está o meu dublê de ação quando preciso de um?". Em 2011, na mesma condição e insinuando uma improvável interrupção, disse David Matthews: "Suspeito que o telefone do governador esteja quebrado. Ele ainda não ligou". Segundos antes de morrer na cadeira elétrica, em 1966, James D. French soube misturar chiste e humor, a partir do seu sobrenome: "Bem, rapazes: que tal uma manchete para o jornal de amanhã? French Fries!". Ante uma morte similar, George Appel, em 1928, fez uma piada usando a mesma técnica: "Ora, senhores, vocês estão prestes a ver… a baked Appel!".

 

A grandeza de alma em face do destino

Sobre a piada do bandido que é levado à forca em plena segunda-feira, Freud observou que a fala jocosa é ao mesmo tempo "certeira […] [e] absurdamente fora de lugar, já que para ele não haverá outros acontecimentos nessa semana" (1905/2016, p. 324). Acerca da piada do criminoso que pede um cachecol para evitar o resfriado, Freud escreveu que se tratava de "um cuidado que seria bastante razoável em outras circunstâncias, mas que se torna inteiramente desnecessário e irrelevante em face do destino que esse pescoço tem pela frente" (1905/2016, p. 325 - grifo nosso). Em ambas, é a reação imprevista que se destaca. Do mesmo modo, é surpreendente que um rapaz, ao lado da injeção letal, evoque a remota figura do dublê de ação, como se este fosse surgir do nada para substituí-lo. É no mínimo inusitado que outro criminoso se refira ao telefone do governador, que com uma chamada poderia salvá-lo. É igualmente inesperado que um homem, preso na cadeira elétrica, consiga fazer um chiste envolvendo seu nome e sua próxima e monstruosa morte. Para esses casos também vale a afirmação: "É preciso reconhecer que se esconde algo como uma grandeza de alma nessa blague, nesse apegar-se à sua natureza habitual e afastar-se do que deveria abalar essa natureza e levá-la ao desespero" (Freud, 1905/2016, p. 325 - grifo nosso).

De maneira elementar, o humor de cadafalso parece enfatizar um não encaixe entre a situação do executado e o seu dito. Isso, porém, não significa que o criminoso ignore a condição em que se encontra, ao contrário, ele a entendeu e se pôs acima dela. Pois bem, juntando as expressões de Freud, é essa grandeza de alma em face do destino que nos interessa.

Note-se, de início, que cada exemplo aponta para uma técnica distinta: um cuidado desnecessário e irrelevante, a lembrança de uma figura remota e improvável, um chiste com o próprio nome, entre outras. O que leva a perguntar: por que então são todos casos de humor? Afinal, o que é o humor?

 

O chiste, o cômico e o humor

Desde jovem, Freud colecionava ditos espirituosos. Prova disso é a correspondência com o amigo Eduard Silberstein. Na carta de

6 de dezembro de 1874, por exemplo, aos 18 anos de idade, em um exercício de memorização, ele transcreveu o catálogo elaborado por Lichtenberg de objetos excêntricos para um leilão fantástico. Nele se destacam dois itens: a famosa faca sem lâmina, a que falta o cabo; e, menos conhecida, a garrafa d'água feita de gelo. A lista toda é magnífica, repleta de apetrechos que se mostram muito úteis para as inutilidades do dia a dia, como o relógio de sol a ser fixado em uma carruagem ou a colher dupla de criança para gêmeos. Se nos fosse permitido sugerir um objeto para esse precioso catálogo, indicaríamos a água em pó (cujo preparo é simples: basta misturar com um pouco de água e está pronta). Em 1905, ditos como esses, colhidos ao longo da vida, seriam reunidos e analisados em O chiste e sua relação com o inconsciente.

Um dos principais intuitos do livro é diferenciar o chiste, o cômico e o humor, o que é feito em sua última página. Nesta encontramos que o prazer do chiste provém do gasto de inibição economizado, o prazer do cômico, do gasto de representação (de investimento) economizado, e o do humor, do gasto emocional economizado. Vejamos um exemplo de cada. Quando Garfield diz que diet is "die" with a "t", temos o chiste, visto que ressurge na palavra diet (dieta) a morte que ela visa evitar, e o pensamento inibido pode se manifestar de forma condensada. Quando uma criança, aprendendo a escrever, acompanha os movimentos da caneta com a língua, temos o cômico, já que reconhecemos um gasto supérfluo, que não teríamos se estivéssemos na mesma situação. Agora, quando perguntam a um condenado prestes a ser executado o que tem a dizer para os que ficam, e ele responde, "não recomendo meu advogado", temos o humor, pois fomos poupados da expressão do sentimento de desespero.

 

A estrutura da piada

Se os sentimentos são caminhos, o humor é mudança de itinerário sem aviso prévio. Aquele que assume a postura humorística calcula um desvio. Primeiro, ele narra uma situação que induz à expressão de algum afeto, e convida o ouvinte a acompanhá-lo nisso. Os dois irão se zangar, queixar-se, horrorizar-se etc. De súbito, o humorista trai a disposição que ele mesmo criou. Em vez de exprimir a emoção, faz um chiste, um gracejo etc. E o riso surge no exato momento em que os dois se desobrigam de uma expectativa.

Os humoristas contemporâneos sintetizaram essa ideia em uma fórmula. Toda piada é produzida por setup + punchline, sendo o setup o contexto, e o punchline, a quebra.

"Esses dias eu vi uma placa que falava assim: 'Trago a pessoa amada em 48 horas'. Dois dias se passaram, minha mãe mudou lá para casa." Essa piada, do humorista Diogo Portugal, pode ser divida em dois tempos. O setup, que cria o contexto emocional: "Esses dias eu vi uma placa que falava assim: 'Trago a pessoa amada em 48 horas'. Dois dias se passaram…" - a esperança de um encontro amoroso. E o punchline, que frauda a comoção proposta: "minha mãe mudou lá para casa" - o advento de um objeto inesperado e demasiado verdadeiro.

As variantes do humor, portanto, dependem do sentimento instaurado; e boa parte do trabalho do humorista é criar novas variantes, isto é, desviar-se humoristicamente de emoções até então indesviáveis. De tal forma que não se mede o humor pela intensidade do riso, até porque nele não se explode em gargalhadas, seu efeito manifesto é menos intenso que o do cômico ou o do chiste, é mais um sorriso do que um riso. Mede-se, isto sim, o seu poder pelo grau de liberdade introduzido na vivência sentimental.

 

O falso humor de cadafalso

O humor é, em suma, a desobrigação da expressão de um afeto. Destaca-se que essa é uma definição negativa - ela nos diz a direção que o humor não toma. E não poderia deixar de ser assim. Toda vez que o humor aponta uma orientação precisa, perde a sua potência; pois ele é o próprio desvio e não o enaltecimento de um caminho a ser percorrido. Humor é colocar um sapato apertado para depois retirá-lo; não é andar para um determinado lugar, mas descalçar os pés.

Um exemplo de excessivo direcionamento que impede o humor: Peter Kürten, assassino cuja crueldade lhe conferiu o título de Vampiro de Dusseldorf, executado numa guilhotina em 1931, disse antes de morrer: "Digam-me: depois que minha cabeça for decepada, eu ainda serei capaz de ouvir, ao menos por um momento, o som do meu próprio sangue jorrando no resto do meu pescoço? Seria um prazer no fim de todos os prazeres". Sua fala não tem humor, contudo - retirando o aspecto macabro, se é que isso é possível -, há algo interessante. Um último prazer no fim de todos os prazeres poderia ser a fórmula do humor de cadafalso. No entanto não é.

O desvio realizado pelo humor de forca não é a exaltação final e a todo custo do prazer individual, que pode inclusive tomar a si mesmo como objeto. E, sim, a emergência fugaz de um prazer compartilhado, presente na capacidade da fala de alterar o posicionamento do falante diante da situação. O humor de cadafalso não afirma o prazer (a direção), mas o princípio do prazer (o desvio).

 

Vórtice da teoria

"Eu me recuso a participar de um clube que me aceite como sócio." A essência do humor está destilada nessa frase de Groucho Marx, dado o seu aspecto meta-humorístico: a recusa a participar do clube sentimental é o humor.

O trabalho propriamente analítico se encerra aqui, no momento em que se encontra o objeto depurado. Ocorre que, toda vez que a análise se realiza, abre-se um espaço de vórtice da teoria. A partir da investigação do humor, Freud vislumbra um rearranjo inusitado das instâncias psíquicas. É uma leve mudança. Todavia é também o índice de que a psicanálise esteve em ação. Para compreendê-la, ao nosso modo, é necessária uma breve passagem pela metapsicologia, que começa com: "ainda temos muito a aprender sobre a natureza do Supereu" (Freud, 1927/2014b, p. 330).

 

Destino como última figura do Supereu

Diz a teoria que o Supereu se forma com a introjeção da instância parental no Eu. Uma vez realizada a operação, inicia-se um progressivo deslocamento de suas figuras. Esse deslocamento são variações nas "projeções do Supereu" (1926/2014b, p. 82), isto é, novas versões que assumem o lugar da autoridade parental, tais como heróis, professores, modelos, e das quais o Eu teme o porvir da castração. A lista pode ser bastante variada e extensa, chamemo-la de série intermediária, porque Freud destacou com ênfase que a última figura do Supereu é o Destino. A dissolução do complexo de Édipo tem como destino o Supereu, e este tem como destino o próprio Destino.

Três aspectos marcam esse deslocamento. Primeiro, o "progressivo afastamento em relação aos genitores" (Freud, 1924/2011, pp. 197-198) encaminha o Supereu em direção a uma forma impessoal. Segundo, a evolução da angústia:

Com a impessoalização da instância parental, da qual se temia a castração, o perigo se torna mais indeterminado. A angústia da castração evolui para angústia de consciência, angústia social. Agora já não é tão fácil dizer o que a angústia teme. (Freud, 1926/2014a, p. 82)

Terceiro, o deslocamento das projeções aumenta o grau de severidade com que o Eu é julgado - há o incremento da disjunção pulsional. O Destino, como derradeira figura do Supereu, é o ápice desses três aspectos.

 

Humor como desmontagem do destino

Mas, ao incorporar o objeto depurado, a metapsicologia se altera: desvia-se de si mesma, no caso.

Há uma cena fantasmática que permanece como pano de fundo de todo dito humorístico. Uma criança enredada em seus afetos intensos e dolorosos se depara com um adulto que lhe entrega um sorriso, como se dissesse "take it easy".

O humor é a inesperada entrada em cena de um pai bondoso. Daí Freud relacioná-lo a uma identificação ao pai, mas com uma importante ressalva: é até certo ponto. Ou seja, trata-se de uma modalidade identificatória que não é maciça, uma proximidade e ao mesmo tempo uma distância. "Veja tal como eu estou vendo as coisas", convida esse pai-humor, "elas não são tão ruins como a ti parece; é possível até tirar delas um prazerzinho". A pequena mudança metapsicológica é precisamente esta: no humor, o Supereu consola e protege o Eu. E o faz encenando a sua procedência da instância parental.

O deslocamento humorístico é oposto ao deslocamento das figuras do Supereu. Este parte da instância parental em direção à despersonificação e à fatalidade; aquele, ao contrário, inicia-se em uma das versões intermediárias do Supereu, ou mesmo na sua figura final, e busca alcançar a instância parental. A cena fantasmática do humor apresenta o atestado de origem do Supereu; e, ao fazer isso, "A complicação torna-se simplicidade, o fado, liberdade" (Benjamin, 1921/2013, p. 56).

 

 

No fim era o verbo

O humor é "a única reação que se adéqua ao inevitável", define Jung (citado por Mcguire, 1907/1993, p. 130), em uma carta a Freud. O humorista não desconhece nem despreza o inelutável; ele não é um tolo individual e, sim, como escreve Jean Paul Richter (1991), aquele que evidencia a tolice do humano.

O inevitável (a iminência da morte) e o irrepresentável (a morte própria) compõem o setup do humor de cadafalso, que se instaura às vésperas da dissolução final do particular no universal. E, nesse aperto ontológico, o punchline opera o resgate do poder da palavra, apresenta a forma humana de articular o particular e o universal. Ali onde o Eu em geral gritaria por sua autoconservação, o humor afirma o princípio do prazer. "Todo abismo é navegável a barquinhos de papel" (Rosa, 1995/2009, p. 72). É uma situação limiar, sem dúvida; embora talvez revele que a cada instante o homem deve decidir entre deixar-se levar pelo instaurado (tornando-se sua mera extensão) ou desviar-se dele (fazendo renascer o desejo).

 

REFERÊNCIAS

Benjamin, W. (2013). Destino e caráter. In ________. O anjo da história. Belo Horizonte: Autêntica. (Trabalho original publicado em 1921).         [ Links ]

Boehlich, W. (Org.). (1995). As cartas de Sigmund Freud para Eduard Silberstein. Rio de Janeiro: Imago.         [ Links ]

Fernandes, M. (2009). A bíblia do caos. Porto Alegre: L&PM.         [ Links ]

Freud, S. (2016). O chiste e sua relação com o inconsciente. In _____. Obras completas (P. C. de Souza, trad., vol. 7). São Paulo: Companhia das Letras. (Trabalho original publicado em 1905).         [ Links ]

______. (2011). O problema econômico do masoquismo. In ______. Obras completas (P. C. de Souza, trad., vol. 16). São Paulo: Companhia das Letras. (Trabalho original publicado em 1924).         [ Links ]

______. (2014a). Inibição, sintoma e angústia. In ______. Obras completas (P. C. de Souza, trad., vol. 16). São Paulo: Companhia das Letras. (Trabalho original publicado em 1926).         [ Links ]

______. (2014b). O humor. In ______. Obras completas (P. C. de Souza, trad., vol. 17). São Paulo: Companhia das Letras. (Trabalho original publicado em 1927).         [ Links ]

Leminski, P. (2013). Toda poesia. São Paulo: Companhia das Letras.         [ Links ]

Mcguire, W. (Org.). (1993). Correspondência completa de Sigmund Freud e Carl G. Jung. Rio de Janeiro: Imago.         [ Links ]

Richter, J. P. (1991). Introducción a la estética. Madri: Verbum.         [ Links ]

Rosa, J. G. (2009). Desenredo. In: ______. Tutameia. Terceiras estórias. Rio de Janeiro: Ediouro. (Trabalho original publicado em 19265).         [ Links ]

 

 

Endereço para correspondência:
LUIZ MORENO GUIMARÃES REINO
Avenida Paulista, 807/714
01311-915 - São Paulo-SP
tel.: 11 97159.6180
luizmorenog@gmail.com

Recebido 28.03.2019
Aceito 06.04.2019

 

 

1 Reescrita de um segmento da tese de doutorado, Destino e daímon na psica nálise, defendida em 2018 no Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (IP-USP). Trabalho que recebeu apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).
2 É comum considerar o humor de cadafalso como uma subespécie do humor negro; comum e errado: pelo simples fato de que o humor de forca prescinde do aspecto ofensivo, necessário ao humor negro.
3 Murder pedia (http://murderpedia.org/), The encyclopedia of murderers (2017).

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