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Ide

Print version ISSN 0101-3106

Ide (São Paulo) vol.42 no.69 São Paulo Jan./June 2020

 

EM PAUTA | O VALOR DA VIDA

 

Inquietações

 

Concern

 

 

Vera R. F. Montagna

Psicanalista, membro efetivo da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo (SBPSP), membro da Divisão de Documentação e Pesquisa Histórica da SBPSP. Pratica a atividade artística da pintura e dedica-se ao estudo de estética e história da arte. E-mail: veramontagna4@gmail.com

Correspondência

 

 


RESUMO

O artigo é uma busca de compreensão da dor, da violência, tomando como ponto de partida acontecimentos recentes da vida nacional. Para desenvolver sua reflexão, a autora vale-se de algumas leituras seminais, como A maquinação do mundo, de José Miguel Wisnik.

Palavras-chave: Drummond. Mineração. Violência. Degradação. Simone Weill. Meltzer. Objetos internos. Processos simbólicos.


SUMMARY

The article is a search to understand pain, violence, in the various tragic social forms, in the excesses caused by undue globalization. To develop the reflection, the author seeks support in some seminal readings, such as A maquinação do mundo, by José Miguel Wisnik.

keywords: Drummond. Mining. Violence. Degradation. Simone Weill. Meltzer. Internal objects. Symbolic processes.


 

 

E se os olhos reaprendessem a chorar seria um segundo dilúvio.

(Drummond de Andrade)

São muitos os caminhos que podem guiar nossas reflexões sobre o valor da vida. Um deles, creio, é o da leitura, entendida aqui como "a iniciadora cujas chaves mágicas [que] abrem no fundo de nós mesmos aporta de moradas onde não saberíamos penetrar" (Proust, 1905/2003, p. 35). E é preciso que a obra contenha essa condição, ou seja, há de nos conduzir, repentinamente, para além do que estamos habituados a olhar, a perceber, para propiciar um diálogo.

Por essa via, tomarei como eixo da presente exposição reverberações de duas leituras de natureza e abordagem distintas, em publicações de dois anos atrás. A primeira delas é A maquinação do mundo (2018), de José Miguel Wisnik, contemplando um mergulho na vasta obra poética de Carlos Drummond de Andrade, voltada para a sua relação com a mineração; e a outra é o artigo "El Salvador", de João Moreira Salles, divulgado na revista Piauí em dezembro de 2018, texto em que o autor discute acontecimentos violentos, ocorridos num passado recente e que assolaram a vida nacional. A leitura desses textos, de complexa problemática, realizada num breve intervalo entre uma e outra, abriram-me um vasto campo de preocupações e indagações. Cada qual a seu modo escancara em suas agudas reflexões o quanto, contraditoriamente, há de mesquinho e desumano no homem e o quanto oscila o sentimento de humanidade do ser humano. Vamos a elas.

Em A maquinação do mundo, de José Miguel Wisnik, leitura que iniciei em 25 de janeiro de 2019, o ensaísta processa um fundo exame da produção (poesia, crônica, debate em jornais) de Drummond de Andrade, buscando estabelecer relações entre o poeta itabirano, autor d''A máquina do mundo',1 com as circunstâncias que envolvem a geografia física e humana da sua cidade natal e a história da mineração de ferro. E, pela análise interpretativa, evidencia o quanto se entrelaçam as "marcas do passado" do poeta e o Brasil contemporâneo.

É preciso destacar que comecei a leitura dessa obra de Wisnik dois dias antes da tragédia ocorrida na barragem de Brumadi-nho (mg). Esse evento de dimensão humana catastrófica, como sabemos, provocou o escoamento descomunal de lama, que atingiu parte da área administrativa da companhia mineradora e parte da comunidade da Vila Ferteco, comprometendo a área, a jusante da barragem e a bacia do rio Paraopeba em Minas Gerais. A referida barragem do córrego do Feijão, que deveria servir para a contenção de rejeitos de minério de ferro, construída pela Feterco em 1976, foi adquirida pela mineradora Vale S.A. em 2001, antiga Companhia Vale do Rio Doce, implantada em 1942 em solo itabirano para explorar minério de ferro.

Tumultuada pela notícia, para mim tudo era impactante nas imagens que chegavam pela mídia eletrônica, que expunham a potência destrutiva que o rompimento da barragem produzira, arrastando pela força da lama tudo o que estava pela frente, soterrando casas, atingindo inúmeras pessoas, de trabalhadores e moradores do local a visitantes, ceifando vidas e trazendo uma dor lancinante às famílias diretamente atingidas: um luto de envergadura nacional.

Mais e mais, naqueles dias, testemunhamos os sobreviventes arrasados com a moagem provocada por aquela força mortífera. Muitos impossibilitados de enterrar seus familiares e amigos; muitos abruptamente desenraizados de seus lares, de seus entes queridos, de seu solo. Vidas humanas, animais, vilarejos, bacias hidrográficas criminosamente atingidos, com danos irreversíveis para a população, para o ecossistema da região e para o país. Esse chão fisicamente abalado anda de mãos dadas com outros impactos brutais, como também com aqueles invisíveis, escondidos em nossa vida diária, aquelas "miúdas arrelias do cotidiano", que Mia Couto (2006) reconhece. Seguindo suas palavras certeiras, "esse silencioso pilão que vai esmoendo a esperança grão a grão", muitas vezes quase naturalizados, a saber: massacres em favelas e escolas, assassinatos, mortes por balas perdidas, pela fome, pelo frio, pela indigência de recursos, pelo descaso de governantes, que seguem multiplicadas em cenas dantescas cotidianas que nos enchem de tristeza e revolta.

Diante do estado de perplexidade, de indignação, diga-se, diante da dor das famílias, do caos e do assombro que tomou a todos os habitantes do local de surpresa, o que pensar? Difícil conter os diferentes sentimentos que afloram: de revolta, de indignação, de compaixão, horror, entre tantos outros. Percebo-me frágil, desamparada, atônita, impotente frente à devastação e às muitas dimensões dessas brutalidades que, sabemos, poderiam ser evitadas.

Como amplamente noticiado, a tragédia de Brumadinho foi o maior acidente de trabalho, envolvendo milhares de mortes e um dos maiores desastres ambientais do Brasil, depois do rompimento da outra barragem, ocorrido num passado recente (2015), no subdistrito de Bento Rodrigues, Mariana (mg). Nos dois exemplos fica evidente o descaso provocado pela gananciosa e desmedida extração do solo. Basta então lembrar que até 2018 somente a Mina Córrego do Feijão, por exemplo, produzia anualmente 8,5 milhões de toneladas de minério de ferro, equivalente a 2% da produção de minério de ferro da Vale.

A literatura é o sonho acordado das civilizações.

(Antonio Candido)

Volto à leitura de A maquinação do mundo, nela me apego como quem procura nas palavras do poeta e na análise de Wis-nik vislumbrar uma compreensão mais profunda para tocar o espanto e colocar em palavras a minha perplexidade - uma solidariedade frente à dor e ao desamparo de tantas, tantas famílias anônimas atingidas por mais uma hecatombe nacional. Procuro na expressão poética de Drummond uma forma de resistir.

Assim, observo que esse poeta maior, alinhado com o seu tempo, resiste, medita e sobrevive ao fim do mundo pré-tecnológico. Prenuncia o desastre, luta com os seus versos, denuncia com suas crônicas. Contraditoriamente, traduz a perplexidade de Drummond pelo viés da poesia, ao ver e acompanhar de perto a criação, a implantação da Companhia Vale do Rio Doce e a intervenção histórica, feroz, sobre as jazidas de ferro do pico do Cauê, "bem ali no lugar afetivo" onde nasceu e cresceu, Itabira do Mato Dentro. A análise seminal de José Miguel Wisnik vai mostrando a presença "do impacto da máquina mineradora na transformação radical da geologia e da ecologia sociocultural desse território material e afetivo" (2018, p. 18). E mais, como esse conjunto vai se apresentando na construção da obra poética de Drummond. E assim o crítico sintetiza: "Itabira de Drummond é o mundo, um mundo em que o mundo vai engolindo o mundo, movido pela geoeconomia e pela tecnociência" (Idem, ibidem, p. 19).

No testemunho de Wisnik,

Chegar a esse lugar é sentir, de fato, o impacto da geologia e da história, acopladas. Algo de alucinado se passou e se passa, naquele sítio, implicando uma torção desmedida entre a paisagem e a máquina mineradora, com quantidades monstruosas de ferro envolvidas. Há no ar a sensação de que um crime não nomeado, ligado à fatalidade de um "destino mineral", foi cometido a céu aberto. (Idem, ibidem, p. 29)

A descrição do pico do Cauê em Itabira, compacto, com seu alto teor de ferro concentrado, assoma a paisagem natal drum-mondiana como sua "primeira visão de mundo", inscrita na memória afetiva. Na análise aguda do músico e ensaísta Wisnik, a paisagem física e as marcas da construção humana fundem-se magistralmente na alma do poeta com o "sino Elias". E se a frente da casa do poeta dava para o pico, o fundo, "a dez passos do sobrado", dava para a Matriz do Rosário, com seu poderoso sino e seu relógio cujas horas ressoava "grave/ como a consciência" e cujo som é "para ser ouvido no longilonge/ do tempo da vida", "som profundo no ar/[...] que liga o passado/ ao futuro, ao mais que o tempo,/ e no entardecer escuro/ abre um clarão" (Idem, ibidem, p. 30). Por esse intermédio, Wisnik atenta para o poder encantatório da combinação fusional de sino e relógio, referência que também pode ser confirmada numa crônica de Drummond de 1970: "Horas especiais saíam dele, nítidas, severas, ordenando o trabalho de cada um, a reza de cada um. No silêncio absoluto, quando as pessoas e os animais pareciam mortos, tinha-se a consciência da vida, porque o relógio avisava e repetia o aviso" (Idem, ibidem, p. 31).

"Sons de sino que, não deixam de ser, afinal, a emanação aérea do ferro" (Idem, ibidem, p. 31), comenta o ensaísta José Miguel, "rente ao corpo do poeta", "associado à casa da infância remota", "inscrito na memória mais recôndita".

Drummond testemunha o desmanche do pico do Cauê, desfeito em pó e lascas de ferro que são transportadas pelo mundo, mudando brutalmente toda paisagem e sugando o solo, inicialmente à custa do árduo trabalho braçal, sem nenhuma contrapartida que beneficiasse a pequena população local.

Na leitura densa e pontual, Wisnik destaca, ainda, o pionei-rismo da obra de Drummond tocando "numa ferida que está aberta hoje" nas áreas onde a exploração mineral e ambiental foi devastadora.

Esses sinais gritam na catástrofe de Mariana [de Brumadinho] gemem abafados em tantos lugares do território de Minas Gerais, alguns deles sujeitos a uma nova tragédia comparável, entranham-se como pó corrosivo nas estátuas de Aleijadinho em Congonhas do Campo, escondem-se por trás da serra do Curral, postada hoje como um cenário de biombos minerais no horizonte de Belo Horizonte. (Idem, ibidem, pp. 19-20)

Frente ao "efeito traumático da visão concreta da intervenção mineradora sobre o Cauê, em Itabira", o autor reitera que Drummond foi combativo, não ficou calado. Através de sua extraordinária linguagem de ofício, o poema, tenta nomear o inominável do terror.

 

Outras ressonâncias

No esforço de buscar algum sentido particular, algum alargamento ou possibilidade de compreensão para experiências brutais que a vida nos impõe, retomei outras leituras que me ajudaram a prosseguir. Um lampejo resultante, por exemplo, da leitura do artigo de João Moreira Salles, "El Salvador" (2018), me levou a outras associações mais longínquas, como alguns escritos de Simone Weill, uma entrevista publicada na revista Ide com Hanna Segal (2000) e "O problema da violência", de Meltzer e Williams (1995). Cada qual a seu modo, todas iam se combinando e me auxiliavam a dar forma, ainda que provisória, a outros significados possíveis.

Em "El Salvador: a respeito da força e do frágil", o autor aproxima acontecimentos recentes de grande repercussão nacional, ocorridos em 2018, àquelas que invadiam e abalavam em muitas direções a vida do país. O primeiro deles, o assassinato brutal da vereadora carioca Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, em março de 2018. O outro foi o incêndio do Museu Nacional do Rio de Janeiro, instalado no parque da Quinta da Boa Vista, em setembro de 2018. Este último, destruindo quase a totalidade de seu vasto acervo histórico, antropológico e científico de mais de 20 milhões de itens: coleções de insetos, borboletas, pássaros, exemplares únicos da nossa flora e fauna, de mineralogia, de achados arqueológicos, documentos, estudos, trabalhos acumulados em mais de 200 anos reduzidos a cinzas em poucas horas.

João Moreira Salles expande a sua reflexão sobre a força e o frágil, seguindo o pensamento da filósofa Simone Weill, do filósofo Paul Ricoeur, do professor Alan Jacobs, entre outros. Salles destaca que para Weill, prestar atenção ao frágil, ao pequeno, sinaliza um tipo de cuidado, de respeito e de responsabilidade. A ausência desse tipo de atenção pode acarretar o descuido, entendido pela filósofa como a primeira forma de violência e, em sua forma extrema, resultaria na selvageria. Salles resume com acuidade: "A selvageria tem um cortejo de avatares: descaso, grosseria, estupidez, cinismo, truculência, ferocidade. Simone Weill diria que cada uma dessas manifestações reduz o seu objeto à coisa. A força é sempre violenta. É o que subjuga" (2018, p. 11).

Fazendo um paralelo comum ao cenário brasileiro, João Salles analisa uma das faces da violência, tendo como suporte uma foto veiculada na mídia. Essa foto estampa um agrupamento de três homens adultos sorridentes, que comemoram no alto de uma caminhonete. Um deles está segurando uma placa de rua vandalizada, partida ao meio, e que homenageia uma mulher, uma inocente mulher assassinada. O outro homem, ao lado deste, faz uma selfie empunhando um celular; já o terceiro ergue o braço com um punho cerrado. Dadas as circunstâncias e o contexto que circunscreve a foto, pode-se dizer, estamos diante de uma explícita expressão de deboche e triunfalismo perante um acontecimento trágico. E nesse tipo de cenário a banalização da dor e do sofrimento alheio se evidencia. Há algo de perverso, de degradado nessa situação, em que o ser humano passa a ser tratado com cinismo, truculência, reduzido à coisa. Vale dizer que muitas vezes se trata de culturas que se confrontam e onde se estabelece um tipo de relação predador e presa. Resulta daí a impossibilidade de diálogo, dando lugar à violência da força, isto é, a força como modo de submeter ou como tentativa de anular diferentes modos de existir. Essa forma de coação se aplica tanto entre indivíduos e suas culturas, como também nas relações dos indivíduos com a natureza, por exemplo. É nessa direção que Ecléa Bosi estabelece um esclarecimento significativo ao afirmar:

Quando duas culturas se defrontam, não como predador e presa, mas como diferentes formas de existir, uma é para a outra como uma revelação. Mas essa experiência raramente acontece fora dos polos submissão-domínio. A cultura dominada perde os meios materiais de expressar sua originalidade (2004, pp. 175-176)

Por sua visão aguda do homem, Simone Weill nos ajuda a refletir nuances das manifestações de violência nas situações em que o valor da vida se torna banalizado. Entendo que, nas situações em que a natureza, a cultura, a singularidade de cada pessoa deixam de ser percebidas com empatia, com reciprocidade amorosa e responsabilidade, perdemos a possibilidade de "zelar pelo frágil".

Um dos grandes desafios do ser humano é o desenvolvimento da capacidade de pensar suas experiências emocionais. As emoções e seus conflitos procuram abrigo para serem metabolizadas pela mente, na perspectiva da configuração de significados até então inexistentes, abrindo caminho para a representação simbólica. Assim poderão elas ser utilizadas não apenas nas relações sociais, mas, fundamentalmente, nas relações humanas íntimas. Vivemos tempos de sobrecarga e desassossego, de possibilidades e impossibilidades, que vão "do enigma do capital ao enigma do ser" (Wisnik, p. 228). Se formos capazes de ir processando, se pudermos respeitar e compreender o nosso mundo psíquico e suas complexidades e as muitas faces do mundo sem que vivemos, talvez catástrofes psíquicas possam ser evitadas. De forma exemplar, a poesia de Drummond traz aberturas para penetrarmos algumas tramas do nosso tempo. Auxilia a pensar o que parece impensável. São muitas inquietações e muitos caminhos para prosseguir. Como enfrentar as situações de medo, incertezas, de abatimento que nos invadem de forma violenta, inesperada, sem perdermos o valor da vida, sem nos anestesiarmos? Como processar tais emoções, suportar as turbulências que elas provocam e evitar que sejam liberadas em estado bruto, como vulcões em erupção ou como lama mortífera?

o passado é lição para meditar e não para reproduzir.

(Mário de Andrade)

Passados 20 anos do século xxi, com transformações afirmativas da ciência e da tecnologia para a vida humana, trazendo avanços e benefícios, deparamo-nos cada vez mais, também, com graves problemas que afetam a sobrevivência do homem. Diante dos sérios problemas sociais e assuntos públicos que a realidade impõe, nós, psicanalistas, também somos atingidos. O nosso próprio ofício implica em prestar atenção ao único, ao que é singular de cada pessoa e de sermos capazes de desenvolver nossa capacidade de pensar, de esperar na escuridão. Somos convocados a pensar o valor da vida e as inquietações decorrentes das situações que nos causam perplexidade e indignação. "Nós que vemos o outro nas garras da aflição, nós somos obrigados primeiro e acima de tudo a prestar atenção", nos alerta Salles, seguindo o pensamento de Simone Weill.

Entre mudanças e permanências tão cruéis, uma vez mais Carlos Drummond de Andrade nos indaga e sacode pela palavra poética, como se lê nos versos de "A flor e a náusea" (A rosa do povo, 1945):

Em cada um de nós [...]
Uma flor nasceu na rua!
Passem de lon ge, bondes, ônibus, rio de aço do tráfego.
Uma flor ainda desbotada
ilude a polícia, rompe o asfalto.
Façam completo silêncio, paralisem os negócios,
garanto que uma flor nasceu.
Sua cor não se percebe
Suas pétalas não se abrem
Seu nome não está nos livros
É feia. Mas é realmente uma flor.

 

Referências

Andrade, C. D. (2012). "A flor e a náusea". In A rosa do povo. Poesia 1930-62 (J. C. Guimarães, edição crítica, pp. 310-312). São Paulo: Cosac & Naify. (Trabalho original publicado em 1945)        [ Links ]

Andrade, M. (2003). Prefácio interessantíssimo. In Pauliceia desvairada (Caixa Modernista, J. Schwartz, org.). São Paulo; Belo Horizonte: Edusp/ Imprensa Oficial do Estado de São Paulo/ Editora UFMG. (Trabalho original publicado em 1922)        [ Links ]

Bosi, E. (2004). O tempo vivo da memória: ensaio de psicologia social. Cotia/SP: Ateliê Editorial.         [ Links ]

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Salles, J. M. (2018, dezembro). El Salvador: A respeito da força e da fragilidade. Revista Piauí, 147.         [ Links ]

Segal, H. (2000) O necessário envolvimento do psicanalista no mundo (entrevista com Hanna Segal). Revista Ide, 32,34-38.         [ Links ]

Wisnik, J. M. (2018). A maquinação do mundo: Drummond e a mineração. São Paulo: Companhia das Letras.         [ Links ]

 

 

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Recebido 23.08.2020
Aceito 31.08.2020

 

 

1 Poema publicado em Claro enigma,1951.

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