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Tempo psicanalitico

versão impressa ISSN 0101-4838versão On-line ISSN 2316-6576

Tempo psicanal. vol.54 no.2 Rio de Janeiro jul./dez. 2022

 

ARTIGOS

 

Desigualdades, desamparo e solidariedade na clínica on-line1

 

Inequalities, helplessness and solidarity in the online clinic

 

Desigualdades, desamparo y solidaridad en la clínica on-line (remota)

 

 

Ana Cleide Guedes Moreira*

Universidade Federal do Pará - UFPA - Brasil

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

Este trabalho objetiva contribuir para o debate sobre a clínica on-line, que se tornou mundial com a pandemia de covid-19, sustentando a hipótese de que o processo de luto que tem produzido o crescimento da demanda por psicanálise no Brasil seria, há um só tempo, singular e coletivo. Seguindo um percurso que passa pelo testemunho, pelas teorias de Freud e Guattari, pela experiência e a prática psicanalíticas, bordejando as fronteiras da ciência política e da antropologia, e buscando aprender com a arte e os artistas, tenta investir pela clínica uma nova maneira de habitar campo social.

Palavras-chave: Psicanálise, política, transversalidade, solidariedade, multidões, minorias.


ABSTRACT

This work aims to contribute to the debate on the online clinic, which has become worldwide after the pandemic of SARS-CoV-2, supporting the hypothesis that the grieving process that has produced the growth in demand for psychoanalysis in Brazil would be, at the same time, singular and collective. Following a path that passes through the testimony, by Freud and Guattari's theories, by psychoanalytic experience and practice, bordering the frontiers of political science and anthropology, and seeking to learn from art and artists, seeks to invest in the clinic in a new way of inhabiting the social field.

Keywords: Psychoanalysis, politics, transversality, solidarity, crowds, minorities.


RESUMEN

Este trabajo objetiva contribuir para el debate sobre la clínica on-line, que se tornó mundial con la pandemia de covid-19, sustentando la hipótesis de que el proceso de luto ha producido el crecimiento serio de la demanda por psicoanálisis en Brasil, hay un sólo tiempo, singular y colectivo. Siguiendo un camino que pasa por el testigo, por las teorías de Freud y Guattari, por la experiencia y la práctica psicoanalíticas, desplazándose por las fronteras de la ciencia política y de la antropología, y buscando aprender con el arte y los artistas, busca invertir por la clínica una nueva manera de habitar el campo social.

Palabras clave: Psicoanálisis, política, transversalidad, solidaridad, multitud, minorías.


 

 

Este trabalho é dedicado a Zélia Amador de Deus, guerreira dos povos da diáspora africana.

"De novo com a coluna ereta, que tal?
Juntar os cacos, ir à luta
Manter o rumo e a cadência
esconjurar a ignorância, que tal?
Desmantelar a força bruta
Então, que tal puxar um samba?
Puxar um samba legal
Puxar um samba porreta
Depois de tanta mutreta
Depois de tanta cascata
Depois de tanta derrota
Depois de tanta demência
E uma dor filha da puta, que tal?
Puxar um samba"
Chico Buarque, 2022.

 

Nada melhor para começar este trabalho que seguir o poeta mor da música popular brasileira, Chico Buarque, que conhece, como poucos, esta nação dilacerada, a quem ama apesar de tudo, pois alcança tocar-lhe a alma e dizer de seu mal estar e esperança, em canções que se tornam hino de resistência, fazendo levantar os corpos e mentes da maioria, na direção da luta, da liberdade de expressar seu desejo e enfrentar as minorias de tiranetes e seus vassalos, varrendo para a lata do lixo da história os que ousam mentir, enganar, manipular, oprimir, torturar, matar, roubar, e dominar. Enquanto o vagalhão da luta de classes parece atingir seu ápice no esmagamento da cidadania, neste ano de 2022, o poeta resgata nossa dignidade e nos lança de novo com a coluna ereta, desde o fundo poço, para as ruas: que tal um samba? Depois de tanta derrota, tanta demência, e uma dor filha da puta, que tal puxar um samba, cantar um hino, juntar os cacos, ir à luta, manter o rumo e a cadência, esconjurar a ignorância, o ódio ao saber, - também dito cinismo, e, finalmente, desmantelar a força bruta?

 

Chamam-nos minorias, mas somos multidões!

Possa o coro dos descontentes repetir o estribilho: chamam-nos minorias, mas somos multidões! Puxar um samba, que tal? Aprender com o poeta a zerar o jogo, coração pegando fogo e cabeça fria, puxar um coro na multidão, nas ruas.

Como as multidões nos estádios brasileiros que tem lavado nossa alma com o grito uníssono dos descontentes. Depois de muita bola fora da meta, torcidas organizadas, nas grandes cidades, remetem ao tiranete escatológico os sacos de dejetos que atingem imaginariamente seu côco murcho e seco. E salve-nos a poesia de outro grande, Caetano Veloso, que aos 80 anos, sem perder a ternura, antes mais terno do que nunca, o avô musical do balbucio do neto querido, recém-chegado.

 

Com estes poetas que tal um samba?

Neste congresso-dispositivo de resistência, como acredito poder nomear este coletivo, puxar um samba para espantar o tempo feio é transversalizar no campo do pensamento, do saber científico e filosófico, da cultura e da arte, unindo esforços para construir pontes, claudicando entre os escombros, num país devastado pela guerra híbrida contemporânea.

Lembremos, com Elis Regina, que "pra variar estamos em guerra. Você nem imagina a loucura, o ser humano está na maior fissura, por quê?" (1980).

Em seu discurso de posse como presidente da Colômbia, Gustavo Petro, fez notar às multidões de cidadãos e cidadãs, nativos e estrangeiros, presentes na Praça Simon Bolivar, que "basta de 60 anos de violência e luta armada". Mas ressaltou, comovido, que já são "dois séculos de guerra na Colômbia, de guerra perene, guerra perpétua", e assumiu seu compromisso de construir a paz. Ele que decidiu depor as armas e trilhar o caminho da democracia se fez acompanhar agora de Francia Elena Márquez Mina, ativista ambiental e dos direitos humanos afro-colombiana, que se tornou a primeira mulher negra a ocupar o cargo de vice-presidenta dos colombianos.

Francia esteve entre nós antes de sua posse, e afirmou em entrevista à Folha de São Paulo que acredita que "Lula é o único presidente que levou em consideração os direitos da população negra no Brasil. Um país em que mais de 50% das pessoas são negras tem que pensar em políticas de governo a favor dessa população". Para ela, uma vitória do petista daria força a 'onda vermelha' no continente sul-americano, que pela primeira vez na história tem a maioria dos países com governos de esquerda.

 

Chamam-nos minorias, mas somos multidões!

Para remediar o estrago, como diz o poeta, é preciso atravessar o luto em direção a luta, pois que perdemos para a pandemia e o pandemônio quase 700 mil brasileiros. Depois de criar casca e perder a ternura a nação ferida precisa que nos debrucemos, clínicos que somos, pensadores, mas também cuidadores, sobre o intenso mal-estar e sofrimento psíquico crescente, já considerado pandêmico.

Para inventar novas conceitos e teorias psicanalíticas, que permitam circunscrever o contexto e dar a direção das análises, dos que nos demandam sair do sufoco, da angústia, do sentimento de desamparo (Henschel, Moreira, Vieira, 2021c), da melancolização (Henschel & Alves, 2021a, 2021b), que grassam por toda parte, precisamos, em primeiro lugar, tomar como princípio a advertência freudiana que afirma que toda psicologia é sempre psicologia social, pois existe sempre o outro, seja como modelo, objeto, auxiliar, ou adversário (Freud, 1921, p. 14). Assim como reconhecer com Felix Guattari que toda subjetividade é de grupo, ou seja, coletiva (1981).

Sabemos que a luta pela vida, como a luta pela democracia e a justiça social são coletivas e aqui sustentamos que o luto também é, a um só tempo, singular e coletivo. E passar do luto a luta, como um processo necessário a sobrevivência psíquica, não pode ser uma tarefa solitária. Só se faz em conjunto, e isso requer condições históricas, não apenas subjetivas. Que isso já nos permita situar em torno do eixo da desculpabilização, uma das direções da terapêutica a seguir, termo tão caro a Guattari (1981), que aprendeu com a obra de Freud e o ensino de Lacan a importância da introjeção das injunções da cultura que constituem o supereu.

Então proponho que nos debrucemos sobre o contexto histórico que precede o enorme crescimento de demanda por psicanálise que participamos hoje. Trata-se de resgatar a memória em busca da verdade do que testemunhamos e sofremos nos últimos anos. Emergir do vagalhão golpista que, desde 2013, cercou a população brasileira, a cultura, as instituições, as universidades, a imprensa, as mídias sociais, as igrejas e religiões, os coletivos e grupos, com ventos furiosos de mentiras, mutretas, cascatas, mistificação, espionagem internacional, vazamentos seletivos, lawfare e prisão política do maior líder nacional, Lula, e a deposição, sem crime de responsabilidade, da primeira mulher presidenta do país, Dilma Rousseff. Também desde 2013, nas ruas do país, multidões de minorias, mulheres, estudantes, professores, trabalhadores, indígenas, sem teto, sem terra, os Lgbtqia+, negras e negros, coletivos periféricos, artistas, músicos, produtores culturais, e tantos outros setores organizados, agenciando coletivos de enunciação, marchavam em protestos pacíficos, que desde a Constituição Cidadã, de 1988, a república democrática garantia circular nos territórios, livremente. E então nos debruçar sobre os efeitos traumáticos dos acontecimentos que se sucederam ferozmente, quando em todas as cidades foram reprimidos, acossados e acuados com gás lacrimogênio e de pimenta, cassetetes, balas de borracha, cães e cavalos montados por semelhantes, que acabaram por desmobilizar a resistência e o levante refluiu, até que veio a pandemia de covid-19, que confinou, isolou e distanciou, fazendo cessar o movimento nas ruas, embora não todo. Os agenciamentos coletivos de enunciação migraram vigorosamente para o mundo virtual, assim como a clínica psicanalítica, que se tornou on-line.

As imensas desigualdades sociais emergiram depressa, em sua face mais cruel, trazendo o crescimento da fome, da dor e da morte. Mas também pautou o debate nacional e por todo lado foram surgindo movimentos de solidariedade, velhos e novos coletivos tomaram a si a tarefa de coletar recursos para os mais vulneráveis e redistribuí-los, produzindo-se na cidadania algo novo, um desejo que circulou com incrível velocidade sem que se tenha clareza ainda de como esse processo se deu. Lembro aqui Guattari (1981) quando dizia que o desejo não precisa de porta-vozes, ele se porta muito bem no meio das massas. E sem que o tiranete escatológico e sádico, junto com seus vassalos oportunistas, pudessem prosseguir com sua política genocida, eis que as multidões de minorias se dedicaram a salvar-se e a salvar os outros, no que podiam, da catástrofe que se abateu sobre o país.

Se hoje o Sars-Cov-2 e suas variantes, mata 200 brasileiros por dia, não chega a causar comoção nacional, embora se compare a queda de um Boeing por dia em solo nacional. E por que não causa comoção não se sabe ao certo, mas sabe-se que continuam morrendo 2 crianças por dia, desde o início da pandemia, segundo o Observa Infância, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz, 2022). Sabe-se que seguem morrendo os que não se vacinaram com as quatro doses recomendadas e disponíveis no SUS. E que continuam morrendo os mais vulneráveis, os idosos, os que são portadores de comorbidades, os que não tem acesso a saúde, e tantos outros que acatam a supressão do uso de máscaras, sem dar valor aos estudos científicos que seguem indicando a necessidade de evitar a disseminação do vírus, não apenas para evitar a produção de novas variantes, mas também porque, como agora se sabe, 3 ou 4 infecções repetidas de covid-19 afeta grandemente o sistema imunológico e a saúde integral da pessoa. Além do fato clínico que a covid-longa (2022), já muito estudada pela ciência inglesa e norte-americana, ainda não está suficientemente esclarecida nem dispõe de terapêutica eficaz, em numerosos casos, além de causar prolongado sofrimento e altos custos para a saúde pública.

E neste agosto de 2022, segue o projeto genocida posto em curso pelo regime, que se somou aos 4 genocídios em curso desde a ocupação desta terra brasilis, como é bem sabido de todos, embora invisibilizado e naturalizado. O primeiro começou sobre os povos originários, já dura cinco séculos e recrudesceu nos últimos 4 anos. O segundo iniciou com a diáspora africana e data de quase 4 séculos, incidindo fortemente, hoje, sobre a juventude negra periférica. O terceiro, sobre as mulheres - depois do curto período democrático que permitiu legislar o crime de feminicídio e construir redes de assistência jurídica, policial, social e de saúde, reduzindo a vulnerabilidade institucional - agigantou-se com a pandemia, face ao confinamento e isolamento mas também diante do crescimento da venda de armas, e por aqui já se ostenta a vergonhosa marca de quinto país do mundo que mais mata suas mães, esposas e filhas, as três posições femininas na família brasileira, para dizer do ponto de vista das relações de parentesco (Strauss, 2021). E lembremos, a quinta tragédia nacional, derivada de LGBT fobia e transfobia, sabidamente excruciante, que faz do Brasil o país que mais mata a população LGBTQI++, como já foi dito ontem neste congresso.

Freud, no célebre Mal-Estar na Cultura, de 1930, já afirmara que a oposição entre uma minoria gozando as vantagens da cultura e uma maioria destituída dessas vantagens foi levada ao extremo na época primeira da civilização. Tendo anunciado em Totem e Tabu (1912-1913) sua concepção da passagem do estado de natureza para a atual civilidade - que nomeou seu 'mito científico' -, como um processo em que a maioria se revoltou contra a minoria, afirmou que "o homem civilizado trocou um tanto de felicidade por um tanto de segurança", afirmação que continua atualíssima, lembrando que na família primitiva somente o chefe gozava dessa liberdade instintual; os outros viviam uma submissão escrava (Freud, 1930, p. 82).

Tudo se passa como se a submissão escrava tivesse sido o objetivo a alcançar nas últimas eleições presidenciais, em 2018, a qualquer custo, subindo um vagalhão totalitário (Chauí, 2022, Arendt, 2013) que inundou o país, produzindo o caos que estamos vivendo. A tática de matar o líder e aprisionar seus seguidores é uma antiga injunção bélica praticada por todos os impérios conhecidos, ocidentais e orientais, no percurso de ocupação de territórios de povos originários, para exploração, colonização e dominação. Falta pouco para a conclusão desse processo neste rico território que chamamos Brasil, na falta de um nome autóctone. Mas por todo lado seguem tombando lideranças à bala. Marielle, presente!

A inserção de Freud no importante debate sobre propriedade privada, que permanece aceso em seu terceiro século, merece consideração acurada. Parte de sua concepção de agressividade como traço indestrutível do humano, para sustentar que um pressuposto psicológico segundo o qual a supressão da propriedade privada, pelo comunismo, resolveria o problema desse pendor humano, é, antes de mais nada, uma ilusão juvenil. Segundo Freud a agressividade não teria sido criada pela propriedade privada, no que não parece haver refutação possível (Freud, 1930, p. 82). Mas hoje a privatização do patrimônio estatal brasileiro, suas empresas petrolíferas, suas terras, rios e águas, minérios, seu solo e seus subterrâneos, não está se dando pelas mãos dos comunistas, mas por aquelas sujas de sangue indígena, camponês, caipira, ribeirinho, caboclo, quilombola. Mãos brancas de racistas, supremacistas, financistas, ruralistas, minorias que se pensam elites. Com Freud aprendemos sobre o narcisismo das pequenas diferenças (Freud, 1930, p. 81), e sabe-se então que a cor da pele não torna alguém melhor do que outro ou não nos faz mais humanos que nossos semelhantes. Aqui cabe lembrar a frase cunhada e sustentada pela Coalizão Negra por Direitos: "Enquanto houver racismo, não haverá democracia". E narrar que a reivindicação de acesso à psicanálise pelo movimento negro tem produzido efeitos nas instituições psicanalíticas brasileiras, e ações afirmativas de inclusão social vem tendo seu lugar. Como nas inscrições deste congresso também tiveram, no que sua organização está de parabéns.

Por fim, quero enfatizar o desejo de solidariedade que emergiu na pandemia sob pandemônio (Moreira, 2022), como Guattari também o fez naqueles tempos ditatoriais que vivemos na Latinoamerica, quando esteve entre nós, em Belém do Pará, ao percorrer o país em busca de contribuir com os agenciamentos coletivos de enunciação. Proponho que sopremos as brasas e avivemos a chama pulsional que nasceu na catástrofe pandêmica. Que tal um samba? Puxar um samba legal. Para espantar o tempo feio.

Por sua atenção, obrigada.

 

 

Referências

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Endereço para correspondência
Ana Cleide Guedes Moreira
E-mail: acleide@uol.com.br

 

 

*Graduada em Psicologia pela Universidade Federal do Pará (1982), fez mestrado (1992) e doutorado (2000) em Psicologia Clínica na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e Pós-Doutorado em Psicologia Clínica (2010) na Universidade Paris 7. Professora Associada 4 da Universidade Federal do Pará, aposentada. Fundou a Pós-Graduação em Psicologia, Mestrado e Doutorado, onde leciona como Professora Colaboradora, e dirige o Laboratório de Psicanálise e Psicopatologia Fundamental. Membro fundador e pesquisadora da Associação Universitária de Pesquisa em Psicopatologia Fundamental. Psicanalista e fundadora do Círculo Psicanalítico do Pará. Pesquisadora do Grupo de Estudos e Pesquisas Eneida de Moraes sobre Mulher e Relações de Gênero – GEPEM. Membro do Grupo de Trabalho da ANPEPP Psicopatologia e Psicanálise. Pesquisadora visitante do Laboratório Interdisciplinar de Pesquisa e Intervenção Social PUC-Rio/Universidade Veiga de Almeida. Pesquisadora Visitante do Laboratório de Psicopatologia Fundamental em Estudos de Subjetividade e Emergência Humanitária da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Chercheur associé à l' Université Paris 7 Denis-Diderot. Docente do Programa de Atenção ao Paciente Crítico, Residência Multiprofissional, Complexo Hospitalar UFPA-EBSERH, Unidade João de Barros Barreto, onde fundou o Serviço de Psicologia Clínica. Coordenadora do Projeto Clínica Psicológica Virtual PPGP-UFPA.
1Trabalho apresentado em Multidão de Minorias: I Congresso Internacional de Transversalidades entre Filosofias, Psicanálises, Clínicas e Práticas Sociais. Mesa Psicanálise e Transversalidade, Júnia de Vilhena, Ana Cleide Moreira, Joana Novaes.

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