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Reverso

Print version ISSN 0102-7395

Reverso vol.34 no.64 Belo Horizonte Dec. 2012

 

ARTIGO

 

É possível relacionar a incidência do ateísmo com a decadência da função paterna em que a sociedade contemporânea vive?

 

Is possible to relate the incidence of atheism with the decline of the paternal role that contemporary society lives?

 

 

Fabrícia Silveira de Abreu

Unimed-bh

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

O presente artigo tem como proposta levantar alguns dados sobre o ateísmo, refletindo sobre o pos-sível aumento de sua incidência na sociedade contemporânea, e verificar a correlação desse aumen-to com a decadência da função paterna na atualidade. Além disso, visa situar o que dizem alguns autores sobre as experiências religiosas, o que a psicanálise tem a dizer sobre a relação entre estas experiências e a função paterna e como a sociedade tem sentido o declínio desta função.

Palavras-chave: Ateísmo, Psicanálise, Função paterna, Decadência.


Abstract

In this article the author raises questions on atheism, considering its possible amplification in contemporary society, in order to verify the correlation of such increase with the decline of the father function nowadays. It also seeks to situate what some authors say about religious experiences, what psychoanalysis has to say about such experiences and the paternal function and how society has felt the decline of this function.

Keywords: Atheism, Psychoanalysis, Paternal function, Decay.


 

 

1. Ateísmo

O ateísmo, em sentido amplo, - segundo o site de pesquisas Wikipedia, que é um site popular, de fácil acesso e por isso escolhido -, seria rejeição ou ausência da crença na existência de divindades e outros seres sobrenaturais. É um termo de origem grega atheos que significa “sem Deus”, sendo o ateísmo o contrário de teísmo, que é a crença na existência de pelo menos uma divindade. Vale ressaltar que o termo ateísmo era aplicado com conotação negativa, por rejeitar os deuses adorados pela sociedade. Os primeiros grupos a se nomearem como ateus surgiu no século XVIII.

Atualmente algumas pesquisas que são expostas na mídia e veiculadas diariamente apontam para um aumento do ateísmo, apesar de colocarem também o aumento do número de adeptos a algumas religiões.

No livro Entre Necessidade e Desejo: diálogos da psicologia com a religião foi possível encontrar uma referência concreta para a incidência do ateísmo. Paiva (2001) cita que “de 1900 a 1970 os agnósticos multiplicaram-se 181 vezes, os ateus 720 vezes, e os crentes das religiões históricas apenas cerca de 3 vezes (em números absolutos, os agnósticos passaram, nesses 70 anos, de 3 milhões para 543 milhões, os ateus, de 225 mil para 165 milhões)” (PAIVA, 2001, p.77). O autor comenta ainda que a religião não é necessariamente uma necessidade da condição humana, tanto é que as pessoas continuam sobrevivendo, mesmo sem crer, mostrando assim que a religião não é uma necessidade genética.

A fim de levantar questões sobre a possibilidade de correlação entre a incidência do ateísmo e a decadência da função paterna, é preciso antes conceituar o que seriam as experiências religiosas e o que leva o indivíduo a crer na existência de Deus ou de seres sobrenaturais.

 

2. Experiências religiosas: necessidade? Desejo?

Para Amatuzzi (2001),

a experiência religiosa é algo vivido como um encontro pessoal com outra dimensão da realidade de onde decorre a compreensão mais radical de todas as coisas, e que é, em geral, referida a um polo transcendente do sentido, denominado Deus. Essa experiência pode se dar a propósito de acontecimentos ordinários, mas vistos sob nova luz, ou de acontecimentos extraordinários vividos como símbolos que permitem um salto para outra dimensão. Pode se dar num momento preciso e bem situado no tempo e no espaço, mas também gradativamente sem que seja possível uma datação precisa” (AMATUZZI, 2001, p.29).

Safra (2001) comenta em seu artigo "Reflexões a partir de 'Esboço de teoria do desenvolvimento religioso'", de Amatuzzi, que ao longo da vida o indivíduo por ter experienciado e vivido muitas situações, pode se sentir mais seguro e superar mais conflitos, como o que é bom ou o que é mau, o que é certo ou errado, por exemplo. A partir disso, as questões e situações se relativizam. Experiências arcaicas podem ser revistas e transformadas por ele, devido às novas formas de viver. É a partir disso que a pessoa pode realizar uma formulação pessoal das religiões. Será nesse momento que o sujeito se sente “livre” para crer no que quer? Ou mesmo se descrer em Deus? Ou então assumir uma postura ateísta?

Freud (1996) em O Futuro de uma Ilusão tentou demonstrar que as ideias religiosas surgem de uma necessidade que se originou das realizações da civilização e essas ideias existem para que o ser humano possa se defender da força da natureza, que é muito maior que a dele mesmo. Freud comenta ainda que o indivíduo ao nascer já recebe de presente essas ideias e ele acredita que por si só o homem não conseguiria descobri-las. Essas ideias são herança das gerações anteriores e o homem passa a assumi-las como tal. Freud faz até uma analogia com a geometria e a tabuada, em que é aprendida e repassada aos demais e aponta que o sistema religioso ignora o desenvolvimento histórico dessas ideias nas civilizações diferentes.

Ainda em O Futuro de uma Ilusão, Freud diz que o indivíduo ao perceber que sempre precisará de seres superiores para se garantir contra perigos, empresta para o pai poderes e cria para si deuses que ele próprio teme e a partir disso passa a confiar no pai. Por isso é que Freud comenta que o “o anseio por um pai constitui um motivo idêntico à sua necessidade de proteção contra as consequências de sua debilidade humana. É a defesa contra o desamparo infantil que empresta suas feições características à reação do adulto ao desamparo que ele tem de reconhecer – reação que é, exatamente, a formação da religião” (FREUD, 1996, p.33)

Freud (1996) relata que as doutrinas religiosas são ilusões e não suscetíveis de prova, porém ele não percebe a ilusão como algo errôneo ou desprovido de verdade, somente percebeu precipuamente que o que é característico das ilusões é o fato de derivarem dos desejos humanos. Diz também que maior ilusão ainda seria acreditar que se pode encontrar em algum outro lugar aquilo que a ciência não pode dar ao homem.

Freud (1996) não nega a importância da religião e dos serviços realizados para a civilização, mas ao mesmo tempo mostra que à civilização ela não traz felicidade e satisfação, pelo contrário, veem-se pessoas insatisfeitas e infelizes querendo se libertar dela. Com base nisso ele mostra que a religião não conseguiu garantir sua influência sobre a massa humana, devido aos progressos da ciência. Ele afirma que

"quanto maior é o número de homens a quem os tesouros do conhecimento se tornam acessíveis, mais difundido é o afastamento da crença religiosa, a princípio somente de seus ornamentos obsoletos e objetáveis, mas, depois, também de seus postulados fundamentais" (FREUD, 1996, p.47).

 

3. A função do pai

Freud em Totem e Tabu faz estudos sobre tribos primitivas e evidencia o horror ao incesto, o máximo de rigor para se evitar relações sexuais incestuosas. Para tal, Freud explica o totemismo, que seria a base de todas as obrigações sociais. O totem seria uma sanção máxima de nunca matar ou destruir seu totem e evitar comer sua carne, sendo que o totem geralmente é um animal e que mantém uma relação delicada com a tribo, com o clã. A proibição ao incesto, evidenciada pelo totem, é ressaltada por uma severa obrigatoriedade. E o totem se torna um tabu, por ser sagrado, misterioso, proibido, não se sabe as origens do tabu, são desconhecidas, mas devem ser praticadas sem questionamentos. Violar algumas normas sociais pode ser perigoso para a civilização, por isso o totem e o tabu devem ser bastante rigorosos. O tabu seria uma Instituição Social.

A psicanálise revelou que o animal totêmico é, na realidade, um substituto do pai e isto entra em acordo com o fato contraditório de que, embora a morte do animal seja em regra proibida, sua matança, no entanto, é uma ocasião festiva – com o fato de que ele é morto e, entretanto, pranteado. A atitude emocional ambivalente, que até hoje caracteriza o complexo-pai em nossos filhos e com tanta frequência persiste na vida adulta, parece estender-se ao animal totêmico em sua capacidade de substituto do pai” (FREUD, 1996, p.145).

No artigo de Lopes (2010) é feito um estudo do lugar do pai na história. Ele divide esse lugar do pai na História em seis tipos:

- pater familias: na sociedade romana era o pai o responsável por erguer a criança, era ele que fazia a criança ser seu filho ou não, mesmo que esse filho não fosse seu biologicamente. Esse mesmo pai tinha o direito de vender ou matar seu filho. Ele decidia se lhe caberia ou não a paternidade. A paternidade como consequência de seu desejo único.

- pai moral: no século II depois de Cristo, o pai existia pela função do matrimônio, isso devido à necessidade de se estabelecer uma ordem após a queda do imperialismo romano. Em 530 ficou proibido no Direito Romano a adoção de bastardos, esses não mais teriam direito a um pai, somente se seus pais se casassem. O foco era o casamento legal.

- pai real/royal: no fim da Idade Média, com dificuldade de preservar a moral do matrimônio e com a ascensão dos bastardos a cargos elevados, a Igreja se incomodava e colocava fim e excluía todos os bastardos com intenção de não se transformarem em nobres. Nesse entorno, o pai se tornava o genitor, que sustentava a família, que educava e conservava as tradições. O pai era considerado o rei no lar.

- pai guilhotinado: na Idade Moderna o pai começou a ser questionado na falta de suas funções, suas prerrogativas começaram a ser ameaçadas. O século XVIII foi o ápice da paternidade e também o símbolo de sua decadência, devido a Luis XVI ter sido executado na guilhotina. Ele foi considerado o pai da nação.

- pai em concorrência: o pai já poderia ser substituído em algumas funções, segundo as religiões cristãs, por Deus, santos e padres.

- pai substituído: os séculos XIX e XX veem o desmantelamento contínuo do patriarcado, o pai é substituído pelo Estado e suas funções começam a ser dividas com as mães.

Pode-se dizer então que é a partir do século XVIII que o patriarcado, o pai como figura máxima, começou a se declinar e a dividir espaços de sua função. Contudo, quando nesse artigo é falado de decadência da função paterna, fala-se da função que o pai representa, e não do pai em si, como homem, corpo, apesar de ter sido necessário localizar esse pai, como homem, datado ao longo da história com tamanha importância.

Nesta proposta de estudo pretende-se falar da função paterna, função essa chamada de Nome-do-Pai por Lacan, significante sobre o qual Friche (2010) diz “que de um só golpe propicia o arranjo da estrutura subjetiva nos três registros, seja ele instaurado, desmentido ou foracluído. Este significante é determinante” (FRICHE, 2010, p.86).

Myssior (2010), a partir de seus estudos lacanianos, ensina mais didaticamente como essa função é processada:

"O Nome-do-Pai, que não é a pessoa do pai, mas a importância dada pela mãe à sua palavra, a esse corte fundante que é transmitido ao filho através da circulação dos desejos. O fato que pai e mãe não sejam redutíveis à qualidade de genitores, mas determinados pelo lugar que ocupam em função do sistema simbólico que o princípio do pai designa, faz do pai um significante, cuja ancoragem propicia o sistema de linguagem. É na linguagem que o sujeito se apreende em relação à parentalidade como função, advento que prepara a estrutura..." (MYSSIOR, 2010, p.108).

A função paterna, tão necessária para a instauração do simbólico, vive sua grande crise, evidenciada por novas apresentações sintomáticas.

 

4. Sociedade contemporânea e a decadência da função paterna

A sociedade atual é marcada pelo individualismo e pela valorização de experiências individuais, onde o indivíduo é a referência, é o centro social. E isso por si só tem sido inquestionável. Cada um na “sua”, no seu tempo, com seus afazeres e “não me tirem de mim mesmo, por favor, obrigado”! Só tem valor o que é visto pelo sujeito e vivido por ele, caso contrário, não há tanto crédito assim. Colocam-se “em segundo plano as referências das autoridades e dos antepassados. Não vale mais a institucionalização da regra e da norma ditada pelo outro, mas somente a experiência individual” (GIOVANETTI, 2001, p.92). O totem e o tabu começam a perder seu valor e a ficar desacreditados.

Giovanetti (2001) reescreve um comentário feito por Lipovetsky que diz que a sociedade pós-moderna é marcada por uma tendência geral de diminuir as relações de autoridade e as dirigidas. Diz ainda que se assiste hoje à destruição de referências de antepassados, contudo ele acredita que algo é colocado no lugar dessa referência, senão o caos se instalaria. Daí se percebe o aumento do privado, de escolhas próprias, da independência das pessoas e de seu modo de viver. No lugar de autoridade dirigida, entra a valorização do indivíduo e tudo o que proporciona seu próprio bem-estar. A era do eu no centro, do eu como a única verdade.

Ao ser uno, o homem se torna só, sozinho no mundo e com isso se instala a era do vazio, do não sentido, o que pode gerar uma crise identitária. Contudo, há também os benefícios dessa era da independência, como ser sujeito e responsável por si mesmo e por suas coisas, ser dono do seu próprio destino. Mas até que ponto é saudável essa independência e essa crença no individualismo? Afinal de contas, o homem não é um homem social e vive em grupo?

Leal (2010) cita Lacan em A Família (1987) quando afirma que com a decadência da função da paterna, a sociedade tende a uma crise psicológica. Relata ainda que com a queda do pai e da família tradicional, a imagem paterna se torna frágil e desvalorizada, o que coloca em risco o ordenamento psíquico do sujeito.

Neuroses atuais, antes de fornecerem aos sujeitos modalidades de funcionamentos organizados, se encontram cada vez mais instáveis, no limite, na borda, ganhando expressão numa infinidade de distúrbios sociais e psíquicos, tais como as patologias narcísicas, as toxicomanias, a anorexia, a bulimia, a depressão, os suicídios, os transtornos psicossomáticos, as psicopatias, a delinquência, o transtorno de ansiedade e de pânico, dentre outros” (LEAL, 2010, p.84).

Vergote (2001) revela que atualmente não se busca mais aquele Deus monoteísta bíblico, nem deuses das religiões politeístas. Essas pessoas são, de alguma maneira, religiosas, mas sem ter crença em Deus e sim realizam alguma experiência de um divino na natureza, nas questões místicas e cósmicas, na própria ciência e até mesmo na arte. Caberia dizer que essa experiência com o divino poderia também se dar na crença em seu próprio eu, acreditar em si mesmo como divindade?

 

5. Considerações finais

A figura paterna é marcada ao longo da história, desde seus primórdios. Inicialmente se apresentava lotada de poder e atualmente percebemos seu declínio de forma assustadora, assim como as grandes Instituições, também chamadas de totens e tabus, que fundaram a civilização.

O homem crê cada dia mais na ciência, na tecnologia e em si próprio, desmistificando seres superiores e dogmas ortodoxos, principalmente os de ordem religiosa. Só tem valor o que é comprovado cientificamente e o que é possível mensurar. E de preferência que esses conhecimentos venham de forma rápida até ele.

O ateísmo aumenta diariamente e a função paterna vem decaindo devido aos progressos da ciência e da crença do homem em si mesmo. Será que é por isso que tem aumentado o número de pessoas que não acreditam mais em deuses? Será possível afirmar que exista mesmo uma correlação entre os dois fatos?


Talvez não se faça necessária uma explicação, uma afirmação para essa questão, talvez sejam necessárias mais pesquisas, mais desenvolvimentos a fim de se comprovar ou não esse levantamento. Mas, ao mesmo tempo, responder a essa questão contribuirá com o quê? Será que existe realmente explicação universal para o que é particular e único? Afinal, a crença e a descrença, seja em Deus, ou na função do Pai, dizem de algo, de uma experiência individual, singular, que talvez não caiba realmente respostas fechadas e conclusivas, assim como a teoria psicanalítica nos ensina a apreender.

 

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RECEBIDO EM: 27/06/2012
APROVADO EM: 20/09/2012

 

 

Sobre a Autora

Fabrícia Silveira de Abreu
Psicóloga graduada pela PUC-Minas. Pós-graduada em Psicologia do Esporte pela Faculdade Pitágoras. Psicóloga da Unimed-BH. Aluna do Fórum de Psicanálise do Círculo Psicanalítico de Minas Gerais.