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versão impressa ISSN 0102-7395

Reverso vol.37 no.69 Belo Horizonte jun. 2015

 

ARTIGO

 

Entre o Eu e o corpo... um estranho: reflexões sobre as transexualidades

 

Between the i and the body… a stranger: reflections on transexualities

 

 

Ocilene Fernandes Barreto;I Paulo Roberto CeccarelliI, II, III, IV

I Universidade Federal do Pará
IICírculo Psicanalítico de Minas Gerais
IIICentro de Atenção à Saúde Mental
IVSociété de Psychanalyse Freudienne

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

Os autores discutem como as transexualidades, o descompasso entre anatomia e o sentimento de identidade remetem não apenas ao estranho familiar mas também às identificações. O gênero é uma construção cultural que serve de suporte identitário ao sujeito em constituição, e o Eu recorre a um expediente mítico particular para dar ordenamento às suas moções pulsionais: uma infantil tentativa de atenuar o desamparo psíquico. Para além da desarticulação entre o sujeito do inconsciente e o ordenamento biológico, os transexuais recordam o vigor do sexual e de suas vicissitudes, o que inclui o polimorfismo sexual do sujeito, além da imposição do constante e inquietante questionamento: “Quem sou Eu?”

Palavras-chave: Identificação, Gênero, Pulsão, Transexualidades.


ABSTRACT

The authors discuss how transexualities, the gap between anatomy and the sense of identity, refer not only to the familiar strange, but the identification process. Gender is a cultural construct that serves as identity support to the subject in the his or her constitution; and the I refers to a mythical particular expedient to give order to drive motions: a childish attempt to mitigate the psychic helplessness. In addition to the lack of connection between the subject of the unconscious and the biological system, transsexuals recall the force of sex and its vicissitudes, including sexual polymorphism of the subject, and the imposition of constant and disturbing question: “Who am I?”

Keywords: Identification, Gender, Drive, Transexualities.


 

 

Durante o evento A sexualidade, seus caminhos e a “cura gay”, no qual se discutiram direitos e preconceitos contra as variadas formas de expressão da sexualidade, uma das componentes da mesa se apresentou da seguinte forma: “Nasci homem, fui gay” – oportunidade para fazer um trocadilho infame e irônico sobre a cura gay – “Sou transmulher, ainda sem a readequação cirúrgica, e também sou lésbica”.

O sentimento de estranheza se deu não por sua sexualidade ou por seus possíveis investimentos objetais, mas pela pluralidade de predicados utilizados para dar sentido e atribuir identidades ao Eu: homem, gay, transmulher e lésbica. Afinal, a que construção desejante esse sujeito responde?

Se o sentimento de estranheza (Das Unheimliche) se produz “[...] quando os complexos infantis que haviam sido recalcados revivem uma vez mais por meio de alguma impressão” (FREUD, 1919, p. 266), o que ouvimos no evento suscita o retorno de moções pulsionais recalcadas ligadas à bissexualidade constitucional, evocados também os atributos de gênero socialmente construídos: o que presenciamos foi um discurso que não encontra respaldo nos universais identitários ligados à chamada “orientação sexual” e às questões de gênero.

Para a psicanálise, o Eu em construção lança mão de representações psíquicas para dar ordenamento e sentido às moções pulsionais. Recurso útil, embora frágil, que apenas atenua nosso desamparo psíquico constituinte, a angústia maior do ser humano: o desamparo (Hilflosigkeit):

O desamparo do homem, porém, permanece e, junto com ele seu anseio pelo pai e pelos deuses [...] Foi assim que se criou um cabedal de ideias, nascidas da necessidade que tem o homem de tornar tolerável seu desamparo, e constituído com o material das lembranças do desamparo de sua própria infância e da infância da raça humana (FREUD, [1927] 1996, p. 27).

O Eu recorre ao um expediente mítico, o mito individual do neurótico, para lidar com o pathos, então “[...] o universal do desamparo se singulariza na história individual de cada um [...]” (CECCARELLI, 2010, p. 128). Essas construções fantasmáticas servirão para apaziguar nosso desamparo psíquico e dar conta do excesso pulsional (FREUD, [1914] 2004).

Tal como o sujeito, a cultura também lançará mão de conteúdos míticos para atenuar o desamparo e o pathos através do laço social. Não obstante o sofrimento psíquico devido à renúncia pulsional exigida pela cultura, o fracasso do laço social nessa operação desmascara o mal-estar na cultura e corrobora a evidência de que somos “insocorríveis” (CECCARELLI, 2009).

O que chamamos de transexualidades sempre existiu nos grupamentos humanos. Na contemporaneidade, a visibilidade dessa manifestação da sexualidade vem ganhando cada vez mais espaço (CECCARELLI, 2013). O descompasso entre anatomia e o sentimento de identidade sexual nesses sujeitos se apresenta como uma equação psíquica, pois recorda não apenas o estranho familiar mas também a identificação, impondo ao Eu um questionamento constante e inquietante: “Quem sou Eu?”.

Inicialmente, as transexualidades parecem fazer alusão à fantasiosa idealização da experiência sexual de homem e de mulher na mesma pessoa, como no mito de Tirésias. Ainda efebo, Tirésias caminhava no monte Citerão, quando se deparou com duas serpentes que se acoplavam. Ao separá-las, ele mata a fêmea e, então, assume a forma de uma mulher (BRANDÃO, 1987a). Após sete anos como mulher, Tirésias retorna ao monte e, de forma idêntica, reencontra outras serpentes copulando. Desta vez, para separá-las, mata o macho, recuperando seu sexo masculino. Isso tornará Tirésias célebre no Olimpo: aquele que tem a experiência dos dois sexos.

Por ocasião de uma querela entre Zeus e Hera a respeito de “quem teria maior prazer num ato de amor (o homem ou a mulher?)”, Tirésias é convocado justamente por ter tido a experiência de ambos o sexos (BRANDÃO, 1987a, p. 176). Ao responder que a mulher é quem tem mais prazer, ele acaba por revelar o segredo de Hera, a superioridade do homem à mulher; afinal, numa escala de um a dez de prazer, a mulher teria nove, e o homem apenas um. Quando ele revela a capacidade do homem de dar mais prazer à mulher do que a mulher ao homem, Hera o castiga com a cegueira, mas Zeus, envaidecido e grato, lhe concede o dom da adivinhação, da predição do futuro.

Todavia, esse conteúdo mítico não tem efeito no real do corpo, pois até entre os transexuais que realizam a readequação cirúrgica não há a alteração genética, e o indivíduo permanece cromossomicamente imutável. Não obstante, o gênero é uma construção cultural e como tal serve de suporte identitário ao sujeito em constituição: “[...] o ideal do Eu é marcado pelos ideais coletivos” (FREUD, [1914] 2004, p. 117).

Logo, à revelia do sexo biológico e do belo mito de Tirésias, aquele que tem a experiência dos dois sexos no mesmo corpo, a constituição do Eu se dá através dos referenciais identificatórios, dos quais faz parte o lugar que a criança ocupa no desejo de quem lhe dá vida psíquica. Nesse sentido, pode-se dizer que o sofrimento psíquico do(a) transexual está sobretudo na sua percepção do corpo, pois ele/ela não nega a sua anatomia, que está em oposição às referências socialmente construídas, do masculino e do feminino.

O Eu, o nosso capital identitário, ratifica as construções identificatórias de gênero, sociais e psíquicas. O Eu é “[...] sobretudo um Eu corporal, mas ele não é somente ente de superfície: é, também, ele mesmo, a projeção de uma superfície [...]” (FREUD, [1923] 2006, p. 38), uma superfície constituída a partir dos investimentos narcísicos parentais, investimentos que se dão muito antes do nascimento. A história do “corpo” é perpassada pelos desejos dos pais investidos no bebê.

Para Piera Aulagnier:

O Eu (Je) não pode nem habitar nem investir num corpo desapossado da história do seu vivido. Uma primeira versão construída e aguardada na psique maternal, acolhe este corpo para unir-se a ele. Faz sempre parte deste “Eu (Je) antecipado”, ao qual se dirige o discurso maternal, a imagem do corpo da criança que se esperava [...] (AULAGNIER, 2005, p. 21).

As construções identitárias do Eu independem da biologia. Trata-se de uma corporeidade narcísica organizada por inscrições fantasmáticas e seus respectivos arranjos pulsionais, também atravessada pelo processo de tratamento da linguagem (LINDENMEYER, 2012).

Não obstante, o Outro que acolhe e investe o recém-nascido (FREUD, [1914] 2004), também outorga uma dimensão fantasmática e um status psíquico particular, possível graças ao desamparo e à ameaça de castração. Portanto, o Eu baliza suas fronteiras narcísicas na alteridade e, quando diz “Eu”, o sujeito está traduzindo uma operação fantasmática:

O sujeito constitui-se a partir do Outro pela mediação de um outro sujeito, não encontrando pois em sua interioridade, biológica e psicológica, qualquer possibilidade para seu engendramento [...] no registro do sentido o sujeito é inserido, desde sempre em uma estrutura que logicamente o precede, em um contexto interpretativo que o marca de forma indelével (BIRMAN, 1993, p. 133).

Se nas chamadas “orientações sexuais” (heterossexualidades, homossexualidades, bissexualidades) o que está em jogo são as dinâmicas pulsionais que sustentam as escolhas objetais, nas transexualidades trata-se das primeiras referências identificatórias responsáveis pela construção do sentimento de identidade sexual: eu sou homem, eu sou mulher.

A questão não é a esperada confluência entre as correntes sensuais e sexuais do pequeno perverso polimorfo na qual pode acontecer que “[...] quando amam, não desejam, e quando desejam, não podem amar [...]” (FREUD, [1912] 1996, p. 188).

As transexualidades afetam as construções identitárias do Eu, cujas tributações que se impõem não incidem sobre a pulsão e seus destinos, mas no próprio Eu. O conflito e o sofrimento não são apenas pelo desencontro entre o objeto a e a impossibilidade de realização do desejo, mas pelo descompasso entre a corporeidade narcísica e as identidades biológicas e de gênero. Não à toa, rememoro a fala do membro da banca ao se apresentar, que revela a incompatibilidade entre o estatuto do corpo e a sua realidade anatômica: o retorno do enigma, implícito em todos nós, mas explícito nos(nas) transexuais “Quem sou Eu?”.

Este foi o desafio lançado a Édipo pela Esfinge: um monstro enviado por Hera para punir Tebas pela pederastia cometida por Laio contra Crisipo (BRANDÃO, 1987b, p. 259). Colocada à entrada da cidade, no monte Fíquion, ela devorava todos os que não decifrassem seu enigma. Até então nenhum homem o conseguira, pois ninguém sobrevivia ao desafio: “[...] qual o ser que anda de manhã com quatro patas, ao meio-dia com duas e, à tarde, com três e que, contrariamente à lei geral, é mais fraco quando tem mais pernas?”.

Embora haja discordância de alguns editores sobre como Édipo respondeu à Esfinge (uns sugerem que Édipo nada disse e apenas tocou sua testa aludindo à resposta certa, gesto suficiente para o monstro se atirar ou desequilibrar-se de raiva e cair do penhasco), preferimos repetir as palavras usadas na versão de Sófocles (KURY, 1990): “É o homem, porque, quando pequeno engatinha sobre os quatro membros; quando adulto, usa as duas pernas; e, na velhice, caminha apoiado a um bastão”.

No mito de Édipo, a Esfinge não perguntava pelo nome dela, mas pelo nome dele, o enigma era quem ele era? (BRANDÃO, 1987b, p. 260). O enigma, no fundo, é a sexualidade. A cada um cabe o direito de responder tal como Édipo ao enigma de sua própria sexualidade, cujos caminhos constitutivos ligados sobretudo à sexualidade pré-genital, escapam a qualquer apreensão direta.

Biologicamente nasce-se macho ou fêmea. Entretanto, o tornar-se mulher ou homem diz respeito às vicissitudes pulsionais e aos aportes constitutivos do sujeito. A trajetória desse enredo e de suas respectivas tramas psíquicas refletem os percalços identitários, articulando impreterivelmente o candidato a sujeito e o Outro:

[...] no psiquismo não há nada pelo que o sujeito possa situar-se como ser de macho ou ser de fêmea [...] aquilo que se deve fazer, como homem ou mulher, o ser humano terá sempre que aprender, peça por peça, do Outro (LACAN, [1964] 1985, p. 194).

Ou seja, os caminhos pulsionais e as escolhas de objeto são pontos de chegada sem nenhuma predeterminação natural.

Os transexuais reivindicam direitos e cidadania, não apenas o nome social ou a readequação cirúrgica, oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de 2008, mas também a despatologização das identidades ‘trans’, conquistas que são ganhos sociais indiscutíveis e recursos contra seu sofrimento psíquico. As mudanças na “visão” que se tinha desses sujeitos abriram novos caminhos, promovendo políticas públicas de saúde e inserção social de sujeitos ‘trans’.

Mudou também o modo de designar esses sujeitos: falar de transexualidade, ou transexualidades, no plural, em vez de transexualismo retrata um avanço importante. O sufixo “ismo”, em transexualismo, sugere, como foi o caso para homossexualismo, uma conotação patológica. Já em transexualidade, como em homossexualidade, o sufixo “dade” significa “modo de ser”.

Entretanto, esse é apenas um aspecto da reflexão acerca das identidades trans; afinal, a sexualidade estimula e provoca outras indagações. Poderíamos, inclusive, refletir, mas isso será o tema de outro trabalho, sobre nossa própria sociedade: estaria a heteronormatividade em crise diante das novas leituras do sexual?

Ao que tudo indica, a resposta é ‘sim’. Nas últimas décadas temos assistido à emergência das teorias críticas e dos estudos de gênero (BERTINI, 2009; BUTLER, 1990, 1993, 2004, 2009; FRAISSE, 1996; LAQUEUR, 1992). A desconstrução, no sentido de Derrida, do sistema hegemônico do sexo, do gênero e das sexualidades, tem nos levado reavaliar os discursos relativos às posições dos homens e das mulheres nas relações sociais.

Seja como for, aqui não se esgotam as inquietações despertadas pela dinâmica psíquica das identidades trans; ao contrário, muito além de discutir sobre patologizar ou normatizar as diversas manifestações da sexualidade humana, claramente está presente o vigor do sexual e de suas vicissitudes, corroborando não apenas o sujeito e seu polimorfismo sexual, mas também a desarticulação entre o sujeito do inconsciente e o ordenamento biológico.

Quando procuramos entender, de forma mais detida, as dinâmicas pulsionais que sustentam as múltiplas expressões da sexualidade humana, somos levados a concluir que os discursos sobre a sexualidade são criações tributárias do momento sócio-histórico da cultura na qual emergem – e que nunca refletem a verdade do sujeito (CECCARELLI; SALLES, 2010). Os processos identificatórios que nos constituem são inseparáveis da organização simbólica da cultura e testemunham as inúmeras possibilidades de subjetivação capazes de “humanizar” o bebê, desfazendo, assim, a ideia de uma natureza intrínseca e reguladora.

A partir do momento em que a dinâmica psíquica transexual passou a ser ouvida sem ser teorizada como um desvio em relação às manifestações sexuais socialmente valorizadas, as transexualidades passaram a ser entendidas como uma vicissitude pulsional que, em sintonia com o mundo interno do sujeito, reapropria e reinventa a polimorfia da sexualidade infantil em uma relação de objeto.

Talvez o transexual, inquilino no próprio corpo, mantenha o estranho familiar à custa de grave sofrimento psíquico e, nesse sentido o complexo de Édipo, embora universal e atemporal, cujas tramas são o epicentro da sexuação humana, precisa ser historicizado, inserido em um respectivo intervalo sócio-histórico, no qual há uma cosmologia imaginária que organiza a circulação de afetos e define a singularidade das normas e sanções sociais.

 

Referências

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Endereço para correspondência:
Rua Rio Grande do Norte, 355/501 - Funcionários
30130-131 - Belo Horizonte - MG
E-mails: paulocbh@terra.com.br paulocbh@pq.cnpq.br

Recebido em: 09/02/2015
Aprovado em: 16/02/2015

 

 

Sobre os Autores

Ocilene Fernandes Barreto
Psicóloga. Mestre no Programa de Pós-Graduação em Psicologia da universidade Federal do Pará.
Bolsista CAPES.
Pesquisadora do Laboratório de Psicanálise e Psicopatologia Fundamental/UFPA.

Paulo Roberto Ceccarelli
Psicólogo. Psicanalista.
Sócio do Círculo Psicanalítico de Minas Gerais.
Diretor científico do Centro de Atenção à Saúde Mental (CESAME) <www.cesamebh.com.br>.
Doutor em Psicopatologia Fundamental e Psicanálise pela Universidade de Paris 7 - Diderot.
Chercheur associé da Universidade de Paris 7 - Diderot.
Membro da Associação Universitária de Pesquisa em Psicopatologia Fundamental.
Membro da Comissão de Direitos Humanos do Conselho Regional de Psicologia da 4ª Região Minas Gerais/CRP-04.
Membro da Société de Psychanalyse Freudienne, Paris.
Membro fundador da Rede Internacional de Psicopatologia Transcultural.
Pesquisador Associado do LIPIS (PUC-RJ).
Pós-doutor por Paris 7 - Diderot.
Professor da PUC Minas.
Professor e orientador de pesquisa no Mestrado Profissional de Promoção de Saúde e Prevenção da Violência da Faculdade de Medicina da UFMG.
Professor e orientador de pesquisa no Programa de Pós-Graduação em Psicologia/UFPA.
Membro do Projeto Antártico Brasileiro.
Pesquisador do CNPq.

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