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versão impressa ISSN 0102-7395

Reverso vol.37 no.70 Belo Horizonte jun. 2015

 

ARTIGO

 

O triunfo da religião e a incerta sobrevivência da psicanálise

 

The triumph of religion and the uncertain survival of psychoanalysis

 

 

Gilda Vaz Rodrigues

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

Este artigo aborda o tema da religião na perspectiva tomada por Lacan nas conferências realizadas na Universidade Católica de Bruxelas e intituladas O triunfo da religião, precedida por Discurso aos católicos. Nessas conferências, de uma forma premonitória, anuncia o triunfo da religião. Procuramos examinar o sentido dessa afirmação buscando seu fundamento na teoria psicanalítica dos discursos e na estrutura do sujeito do inconsciente.

Palavras-chave: Religião, Psicanálise, Estrutura, Discursos, Poesia.


ABSTRACT

This article approaches the theme of religion in Lacan’s perspective in his conferences made in Catholic University of Brussels, entitled "The Triumph of Religion" and "Speech to Catholics". In those conferences, Lacan, in an premonitory way, announces the triumph of religion. We have looked for the meaning of this assertion, searching for its foundations in the psychoanalytical theory of discourse and in the structure of the subject of the unconscious.

Keywords: Religion, Psychoanalysis, Structure, Discourse, Poetry.


 

 

Freud e Lacan se diziam ateus. Freud, judeu. Lacan, de origem católica, se dizia “filho de padre”, por ter sido educado pelos irmãos maristas. Os dois não se omitem de examinar o campo das “verdades” religiosas, separando o interesse investigativo da crença.

Embora Freud e Lacan tenham o ateísmo como ponta de lança da psicanálise, há uma diferença entre os dois. Freud considera a religião uma ilusão: “[...] as ideias religiosas são ilusões insuscetíveis de provas” (FREUD, [1927] 1974, p. 44). Lacan a considera um campo indestrutível do humano, onde persistem as “verdades eternas”, ou seja, de estrutura.

É aí que situamos aquilo que retorna como repetição, que resiste e insiste, levando-nos a dizer: a religião é de estrutura. Talvez por isso Lacan tenha afirmado que a religião triunfará e, com isso, conquistou a simpatia dos católicos que assistiam aos seus seminários.

Nas conferências que fez na Universidade Católica de Bruxelas, intituladas posteriormente Discurso aos católicos e O triunfo da religião, Lacan parte da epístola de São Paulo aos romanos a respeito do tema da lei que constitui o pecado. A articulação da lei com o pecado é a base do conflito entre a liberdade e a graça, entre a lei e o desejo (LACAN, [1959-1960] 1988, p. 210).

 

A que lei ele se refere?

Trata-se da lei simbólica, definida por Freud como castração, que deixa como rastro um saber, como letra morta, levando a uma busca por um pai fundador. Trata-se, porém, de um saber sempre insuficiente para dar conta de conectar o sujeito com o real de seu ser. Essa busca por um ponto de origem que responda à verdade do sujeito conduziu Freud à construção de um mito numa obra excepcional, que é Totem e tabu (1913).

Se nesse texto Freud cria o mito do pai primevo para dar conta de um ponto de origem da verdade do sujeito, ou seja, de um real impossível de se escrever, que está na origem da estrutura, numa outra obra não menos excepcional, Moisés e o monoteísmo (1939), ele centra sua investigação na busca da verdade do sujeito e de como essa verdade entrou na economia psíquica do homem.

A pesquisa de Freud nos leva a um mesmo ponto original: o recalque. Trata-se de um ponto de sustentação, um elemento suporte da estrutura, um saber que nunca será sabido e que diz respeito a um ponto de falta que o sujeito desconhece em si mesmo por ser da ordem de uma marca fundadora, apagada pelo recalque.

Se, por um lado, a paternidade outorga a cada ser um ponto de referência simbólica, o que constitui o poder de nomeação do pai, por outro lado, o lugar do pai é sempre um significante, um efeito discursivo.

Entretanto, o que se constata no neurótico é a busca de uma identidade entre o ser e o significante que o nomeia, fazendo com que aquilo que é apenas um significante adquira um valor de significado e crença.

O trabalho de Freud de construção do mito decorre da impossibilidade que o recalque primário instaura: algo que nunca teve ou nunca terá acesso à palavra. Esse é um campo fértil para a religião. É aí que ela se instala como um laço de amor ao pai, que se repete num infinito apelo. A falta de um sentido absoluto para aquilo que nos sustenta na vida está no fundamento da própria estrutura dos seres falantes, o real.

Talvez por isso Lacan tenha assinalado numa das citadas conferências em Bruxelas, que a religião triunfará:

[...] se a psicanálise não triunfar sobre a religião, é porque a religião é inquebrantável. A psicanálise não triunfará: sobreviverá ou não (LACAN, 2005, p. 65).

E acrescenta:

Não triunfará apenas sobre a psicanálise, triunfará sobre muitas outras coisas. É inclusive impossível imaginar quão poderosa é a religião (LACAN, 2005, p. 65)

Embora religião e igreja sejam distintas, é difícil para o discurso religioso sobreviver fora da igreja.

Diante da falência de ideais e utopias, que antes sustentavam a entrada das novas gerações na vida adulta, no mercado e na vida política, a religião está pronta para acolher e oferecer sentidos para apaziguar os corações desesperançosos, impedindo-os de perceber o que não funciona, o real. Por exemplo, o estado islâmico está aí acenando como saída definitiva, radical e mortífera para muitos jovens.

O real é o lugar onde Deus está, ainda que morto, e é nesse lugar que se instaura a fé que move montanhas e pode não apenas “salvar”, mas ser um instrumento de destruição da vida. O real é o que não funciona nesse mundo, e podemos chamá-lo de i-mundo.

O real é o impossível de ser simbolizado e jamais será apreendido em sua totalidade deixando sempre um resto que permanece à deriva. É interessante destacar que o termo “deriva” é o nome indicado por Lacan para o conceito freudiano de pulsão de morte, pulsão silenciosa, além da representação, além do princípio do prazer, pura dispersão, e, paradoxalmente, fonte de toda criação. A dimensão criacionista da pulsão de morte é a proposição de Lacan no seu Seminário, livro 7: A ética da psicanálise, para que a repetição traga o novo e recomece o ciclo da vida trazendo a cada volta o grão da diferença.

Para que isso ocorra, o vazio estrutural, decorrente da falta de sentido, deverá permanecer como um operador de novas formas.

Na contramão da psicanálise está a religião como produtora de sentido:

Ora, a religião, sobretudo a verdadeira, tem recursos de que sequer se suspeita. Por ora, basta ver como ela fervilha. É absolutamente fabuloso.

[...] E, no que se refere ao sentido, eles conhecem um bocado. São capazes de dar um sentido realmente a qualquer coisa. Um sentido à vida humana, por exemplo. São formados nisso. Desde o começo, tudo o que é religião consiste em dar um sentido às coisas que outrora eram as coisas naturais. [...] e a religião vai dar um sentido às coisas mais curiosas, aquelas pelas quais os próprios cientistas começam a sentir uma ponta de angústia. A religião vai encontrar para isso sentidos truculentos (LACAN, 2005, p. 65-66).

A psicanálise não é contra a religião, e sim está na contramão, numa outra direção, mas na mesma estrada: a da vida. Lacan se refere ao surgimento da psicanálise como um lampejo de verdade, um pequeno vislumbre, um novo saber que vai se ocupar daquilo que não funciona, do imundo, das esquisitices.

[...] Durante um pequeno instante, pôde-se perceber que se tratava apenas da intrusão do real. O analista permanece aí, como um sintoma (LACAN, 2005, p. 67).

Cabe a cada analista sustentar-se como sintoma, na medida em que “[...] o sintoma é o que há de mais real” (LACAN, 2005, p. 66). O risco é esse sintoma ser recalcado pelo sentido religioso no qual a psicanálise corre o risco de ser mergulhada.

Parodiando uma conhecida frase de Nietzsche, “Nossos ateus são muito religiosos”, nossos psicanalistas também correm o risco de fazer da psicanálise uma religião, cada grupo com sua paróquia. Cabe a cada analista, um a um, sustentar aberta a brecha que aciona o lampejo que num momento privilegiado se revelou como alguma coisa inteiramente nova: o inconsciente freudiano.

Se a religião é inquebrantável, como se refere Lacan em O triunfo da religião, que lugar ela teria, ainda que na contramão da psicanálise, no nível da estrutura do sujeito que a psicanálise conceitua? Lacan achava que a religião cristã triunfaria e arrastaria milhões de pessoas. Por que a religião cristã?

O Deus cristão não é só simbólico. O Deus para o cristianismo é uma trindade. A religião cristã porta em sua estrutura a figura topológica da cruz, três aros, que também se encontram no fundamento da estrutura do sujeito do inconsciente: R.S.I. Talvez por isso Lacan se referia à religião cristã como a verdadeira.

O registro do imaginário se retém enraizado no corpo. No Seminário R.S.I. Lacan (1974-1975) destaca duas formas: a esfera e a cruz, e sublinha que todos nós estamos presos nessas duas formas. Destaca a cruz celta, que é um símbolo que combina uma cruz com um anel em torno da intersecção. O mundo cristão céltico é povoado dessas cruzes, que se espalham pelas ilhas britânicas.

Nossa relação com nosso corpo é, por estrutura, imperfeita. Não sabemos tudo o que se passa no nível do corpo. A noção de inconsciente antes de Freud apoiava-se nessa ignorância sobre o corpo. O inconsciente freudiano é da ordem dos significantes incluindo o que escapa ao significante: o real da estrutura.

O real, porém, não é o nada. Existem formas que nos tocam, existem sinos que ressoam e transmitem um saber que está além dos nossos conhecimentos. Um saber que afeta o corpo.

Com o advento do discurso do analista, somos levados a um novo laço social, que tem um valor histórico a se delimitar. A voz dos outros discursos é mais forte, os missionários da verdade estão sempre aí e o tempo todo pode calar o discurso do analista:

Verdade que a minha voz é fraca para sustentá-lo, mas talvez assim seja melhor, pois se mais forte fosse, talvez menos chance tivesse de subsistir, quero dizer que me parece difícil, pela história toda, que os laços sociais até agora prevalentes não calem qualquer voz que sustente um outro discurso emergente. É o que sempre se viu até hoje e isso, porque não é por não haver mais inquisição que se deva crer que os laços sociais que defini, o discurso do mestre, o discurso universitário, mesmo o discurso histérico-diabólico, não sufocariam o que posso ter de voz. Dito isto, eu nisso tudo sou sujeito. Estou nesse negócio, dessa maneira, porque me pus a ex-sistir enquanto analista. Isso não quer absolutamente dizer que eu me acredite numa missão de verdade. Houve gente pancada assim, no passado. Nada de missão da verdade, porque a verdade, insisto nisso, não pode ser dita, pode só ser semi-dita. Alegremo-nos, pois, que minha voz seja baixa (LACAN, 1974-1975, aula de 08/04/1975).

A citação de Lacan parece ressoar da voz de Freud em Futuro de uma ilusão: “A voz do intelecto é suave, mas não descansa enquanto não consegue uma audiência [...]” (FREUD, [1927] 1974, p. 67).

O termo “intelecto”, conforme a tradução da editora Imago, pode ser pensado a partir do inconsciente submetido ao trabalho psicanalítico (Arbeit). Trabalho que, em Lacan, encontra na topologia do vaso que toma forma pelas mãos do oleiro criando as bordas para fazer surgir o vazio interior, uma correspondência com a topologia do templo, que acolhe as mais diversas versões do pai.

Enquanto a religião opera com a produção de sentido, a psicanálise, na contramão, vai lavando com a água da linguagem o campo do gozo, o gozo no sentido, evocando a homofonia que a língua francesa oferece entre jouissance e jouir-sens.

A psicanálise opera por redução. Por isso, no dizer do próprio Freud, na última entrevista que deu ao jornalista George Sylvester Viereck em 1926, alguns anos antes de morrer:

A psicanálise torna a vida mais simples. Adquirimos uma nova síntese depois da análise. A psicanálise reordena um emaranhado de impulsos dispersos, procura enrolá-los em torno do seu carretel. Ou, modificando a metáfora, ela fornece o fio que conduz a pessoa para fora do labirinto do seu inconsciente (FREUD)

Nem todos conseguem isso, segundo as palavras de Freud no final do cap. VII de seu Mal-estar na civilização:

E, bem podemos suspirar aliviados ante o pensamento de que, apesar de tudo, a alguns é concedido salvar, sem esforço, do torvelinho de seus próprios sentimentos as mais profundas verdades, em cuja direção o resto de nós tem de encontrar o caminho por meio de uma incerteza atormentadora e com um intranquilo tatear” (FREUD, [1930] 1974, p. 157).

A indicação de Freud vai ao encontro da estrutura do sujeito dividido em um campo fálico, que acolhe a religião, no sentido que a etimologia nos permite entender: re-ligio, religar ao significante do Nome-do-Pai, fundador de cada subjetividade, e um campo, não-todo fálico, um resto de nós com o qual aprendemos a nos virar numa análise. Como?

A indicação de Freud é clara:

Não existe uma regra de ouro que se aplique a todos: todo homem tem de descobrir por si mesmo de que modo específico ele pode ser salvo. [...] Nisso, sua constituição psíquica desempenhará papel decisivo, independente das circunstâncias externas” (FREUD, [1930] 1974, p. 103)

Se a religião monoteísta teria um lugar reservado na estrutura do sujeito, enquanto atravessado pela lei simbólica, o conceito freudiano de pulsão se caracteriza pela variabilidade de seu objeto e encontraria na poesia uma forma de expressão que atenderia essa propriedade.

Lacan se inspirou no utilitarismo, e especialmente em John Stuart Mill, em muitas de suas formulações. Encontro uma referência que me surpreendeu:

A poesia não pode substituir a religião monoteísta, mas pode servir aos propósitos de uma versão secular de politeísmo.

A substituição da religião pela poesia como fonte de ideais, um movimento que teve início com os românticos, parece-me ter sido proveitosamente descrita como um retorno ao politeísmo [...] (RORTY, 2009. p. 59)

Não vou me estender sobre esse ponto, mas acho que vale a indicação para se pensar numa forma de escrita além da estrutura fálica.

Lacan, ao formular o campo do gozo como uma “escolha forçada”, aponta para a poesia como forma de elevar o gozo à dimensão de um dizer que ressoa, uma forma de transmissão além do campo fálico.

Uma parte de mim é todo mundo;
Outra parte é ninguém: fundo sem fundo.
Uma parte de mim é multidão;
Outra parte estranheza e solidão.
Uma parte de mim pesa, pondera;
Outra parte delira.
Uma parte de mim almoça e janta;
Outra parte se espanta.
Uma parte de mim é permanente;
Outra parte se sabe de repente.
Uma parte de mim é só vertigem;
Outra parte, linguagem.
Traduzir-se uma parte na outra parte;
– que é uma questão de vida ou morte –
Será arte?
(FERREIRA GULLAR. Traduzir-se.)

Os efeitos metafóricos e metonímicos das intervenções do analista aproximam a psicanálise da poesia.

[...] é na medida em que uma interpretação precisa apaga um sintoma que a verdade se especifica por ser poética (VEGH, 2001, p. 68).

Trata-se de um saber fazer com as palavras, reorganizando o inconsciente não só em torno da lógica do fantasma de cada um, mas também indo além, em direção ao sem-sentido que abre a dimensão do humano. Trata-se de uma posição subjetiva, que se funda sobre o esvaziamento da consistência do ser do Outro, ou seja, de um vazio operador que se escreve como letra de gozo. Liberado das fixações e do sofrimento neurótico, descobre-se que o inconsciente pode ser estruturado como a poesia e esta, por estar difusa no mundo, é possível ser extraída do chão do cotidiano, o que propicia bons encontros (bonne heure), que em francês faz homofonia com bonheur, felicidade.

Só existe isto: a felicidade do acaso!

E a psicanálise?

Sobreviverá ou não. [...] Tivemos, com a psicanálise um pequeno instante como esse, um lampejo de verdade. Não é absolutamente obrigatório que dure (LACAN, 2005, p. 68).

Cabe aos psicanalistas fazê-la durar.

 

Referências

FREUD, S. O futuro de uma ilusão (1927). In: ______. O futuro de uma ilusão, o mal-estar na civilização e outros trabalhos (1927-1931). Direção-geral da tradução de Jayme Salomão. Rio de Janeiro: Imago, 1974. p. 15-80. (Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud, 21).         [ Links ]

FREUD, S. O mal-estar na civilização (1930 [1929]). In: ______. O futuro de uma ilusão, o mal-estar na civilização e outros trabalhos (1927-1931). Direção-geral da tradução de Jayme Salomão. Rio de Janeiro: Imago, 1974. p. 81-171. (Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud, 21).         [ Links ]

LACAN, J. “O triunfo da religião” precedido de “Discurso aos católicos”. Tradução de Andre Teles. Revisão técnica de Ram Mandil. Rio de Janeiro: Zahar, 2005.         [ Links ]

LACAN, J. O seminário, livro 22: R. S. I. (1974-1975). Texto estabelecido por Jacques-Alain Miller. Inédito.         [ Links ]

LACAN, J. O seminário, livro 7: a ética da psicanálise (1959-1960). Texto estabelecido por Jacques-Alain Miller. Tradução de Antonio Quinet. Rio de Janeiro: Zahar, 1988. (Campo Freudiano no Brasil).         [ Links ]

RORTY, R. A filosofia como política cultural. São Paulo. Martins Fontes, 2009.         [ Links ]

VAZ RODRIGUES, G. Cortes e suturas na operação psicanalítica + uma leitura do seminário R.S.I., de Jacques Lacan. Belo Horizonte: Ophicina de Arte & Prosa. 2013.         [ Links ]

VEGH, I. As intervenções do analista. Tradução de Paloma Vidal. Rio de Janeiro: Companhia de Freud, 2001.         [ Links ]

VIERECK, G. S. O valor da vida: uma entrevista rara de Freud. Tradução de Paulo César de Souza. Disponível em: <http://www.freudpage.info/entrevista_freud-1.html>. Acesso em: 15 ago. 2015.         [ Links ]

 

 

Endereço para correspondência:
Rua Fernandes Tourinho, 999/707 - Lourdes.
30112-000 Belo Horizonte - MG
E-mail: gildavaz@terra.com.br

Recebido em: 27/07/2015
Aprovado em: 02/08/2015

 

 

Sobre a Autora

Gilda Vaz Rodrigues
Psicanalista.
Dedica-se à transmissão da psicanálise em seu seminário O ensino de Jacques Lacan, desde 1990, em Belo Horizonte.
É autora de artigos publicados em livros e revistas de psicanálise, dos quais participa como co-organizadora e coautora, entre os quais se destacam:
Fascínio e servidão (Autêntica-BH);
A escrita do analista (Autêntica-BH);
Destinos da sexualidade, (Casa do Psicólogo-SP);
Entre cartas e recortes, a psicanálise no cotidiano (Autêntica-BH);
Ideias de Lacan (Iluminuras-SP);
Escola de Lacan (Papirus-SP).
É autora destes livros publicados pela Ophicina de Arte e Prosa - BH:
Percursos na transmissão da psicanálise, primeiro livro da coleção Obras Incompletas;
A psicanálise pelo avesso - uma leitura do seminário “O avesso da psicanálise” de Jacques Lacan;
Cortes e suturas na operação psicanalítica - uma leitura do seminário R.S.I de Jacques Lacan;
Quatro atos
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