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Print version ISSN 0102-7395

Reverso vol.40 no.75 Belo Horizonte Jan./June 2018

 

TEORIA E CLÍNICA PSICANALÍTICA

 

Incerteza e esperança: a psicanálise

 

Uncertainness and hope: the psychoanalysis

 

 

Ana Maria Portugal Maia Saliba

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

Partindo da psicanálise como um campo de incertezas, avaliamos a questão do saber em psicanálise, que se apoia no saber produzido pelo inconsciente, saber perturbador e em desarmonia com o mundo. Freud dedicou-se à pesquisa desse campo na clínica das neuroses, construindo a teoria da psicanálise e seu método de abordagem. Apesar das resistências encontradas por parte das ciências da época, reafirma sua esperança diante de uma constelação terapêutica inédita, cuja presença estranha o indivíduo é obrigado a negar para si e para os outros. Ainda assim, Freud recusa-se a atribuir à psicanálise uma Weltanschauung (visão de mundo) especial, preferindo aproximá-la à da ciência, como um campo de desafios e pesquisas.

Palavras-chave: Psicanálise, Inconsciente, Saber, Ciência, Weltanschauung.


ABSTRACT

Assuming psychoanalysis as an uncertain field, we evaluate the psychoanalytic knowledge, supported by the unconscious, which is disturbing and disharmonized with the world. Freud devoted himself to this research through the clinic of the neurosis and based on it, constructed the psychoanalytic theory and its method. In spite of the resistances coming from the current sciences at that time, he reaffirms his hope, facing this unprecedented therapeutic constellation, which the strange presence forces the person to deny to himself and others. However, Freud refuses to assign psychoanalysis as a special Weltanschauung (world view) and prefers to approach it to science as a field of challenges and research.

Keywords: Psychoanalysis, Unconscious, Knowledge, Science, Weltanschauung.


 

Desconfiai de doutrinas que nascem
à maneira de Minerva, completas e armadas.
Confiai nas que crescem com o tempo.

MACHADO DE ASSIS (1894, p. 626)

 

Por que situar a psicanálise entre a incerteza e a esperança?

Que campo é esse de saber, que nos deixa tão sem garantias, tendo que contar apenas com uma disposição à escuta e uma atenção flutuante ao mesmo tempo, o que exige do analista a presença para intervir no momento eficaz?

Mais de cem anos se passaram após sua invenção, e muitos autores se debruçaram sobre as próprias clínicas no tratamento dos sofrimentos psíquicos e na pesquisa do inconsciente, com o que discutiram casos, construíram teorias e buscaram formalizações. Mas a tarefa continua árdua e exigente.

Tanto Freud quanto Lacan, até suas últimas elaborações persistem em postular a incompletude do campo da psicanálise, mas ao mesmo tempo afirmam a necessidade de insistir nesse encontro com o Real, que nos convoca o inconsciente.

Lacan (21 maio 1974), no seminário Les non-dupes errent (equívoco entre Os Nomes-do-Pai e Os não tolos erram) discute a questão sobre o saber no real:

Um saber que funciona, sem que possamos saber como se dá a articulação naquilo que nos habituamos a ver se realizar. Será que haveria aí, no real, um pensamento ordenador?

E conclui que esse é o partido tomado pela religião e pela metafísica, que estão juntas no intuito de ordenar o ser.

Bem ao contrário situa-se o saber inconsciente, suposto por Freud. Distingue-se desse saber no real – na medida em que um sujeito pudesse assegurá-lo como harmônico – pois ele não é providencial; ele é dramático.

Feito de algo que parte de uma falha no ser, de uma desarmonia entre o pensamento e o mundo, saber que está no cerne do que chamamos ek-sistência, porque ele insiste a partir de fora e é perturbador (LACAN, 21 maio 1974).

Perturbador, tanto do ponto de vista da desarmonia entre natureza e cultura, quanto nas exigências éticas, com conflitos que acossam o sujeito entre as pulsões e seus ideais. Pulsões, e não instintos, pois no instinto há saber harmonioso. Ao passo que para o ser falante, cuja constituição passa pelos labirintos do desejo do Outro e do narcisismo, esse saber será sempre incompleto, imprevisível, pois toca no inconsciente, que “é algo no Real” (LACAN, 21 maio 1974).

Elisabeth Roudinesco, no livro Por que a psicanálise? (2000), na parte onde aborda as implicações da psicanálise como ciência, cita as elaborações de Gilles Gaston Granger (apud ROUDINESCO, 2000, p. 121) sobre as três modalidades do irracional, que fizeram parte da história das ciências em geral.

A primeira modalidade aparece quando o cientista, ao se confrontar com o dogmatismo, a coerção e a esterilidade das doutrinas de uma época, inova e contesta o modelo dominante, convocando temas ou objetos insólitos, submetendo-os ao olhar da ciência para serem esclarecidos de outra maneira. Esses objetos seriam, por exemplo, o inconsciente, a loucura, a desrazão, o feminino, o sagrado. O recurso ao irracional permitiria abrir para a conquista de uma outra racionalidade (ROUDINESCO, 2000, p. 121).

A segunda modalidade aparece quando um pensamento se fixa num dogma ou num racionalismo muito restritivo. Então é preciso avançar contra ele mesmo no intuito de atingir resultados mais convincentes. Longe de rejeitar o irracional, ela prolonga o ato criador que lhe deu origem, insuflando nele um vigor novo (ROUDINESCO, 2000, p. 121).

A terceira modalidade concerne à adoção de um modo de pensar deliberadamente estranho à racionalidade. Há uma rejeição sistemática do saber dominante, surgem ciências falsas e a valorização da magia e do religioso.

Na psicanálise Freud se manteve no âmbito das duas primeiras modalidades.

O primeiro momento caracterizou-se pelo abandono da teoria da sedução. Entre 1887 e 1900, a partir de sua relação com Fliess, deparou-se com um irracional biológico, e adotou as teorias mais extravagantes de sua época, antes de impor os enquadres de uma outra racionalidade (ROUDINESCO, 2000, p. 121, grifo nosso).

Essa nova racionalidade teve como base a teoria exposta no livro A interpretação de sonhos (1900), teoria posteriormente desenvolvida no estudo das formações do inconsciente e das neuroses, culminando nos artigos que compõem a metapsicologia. Incluindo a hipótese do narcisismo, fazem parte também desse conjunto de ensaios as teorias das pulsões e do recalque como fundamentais.

Num segundo tempo, de 1920 a 1935, a fim de combater certo positivismo, aparece na psicanálise a segunda modalidade do irracional na hipótese da pulsão de morte e dos limites da interpretabilidade, temas que transformaram por completo o sistema de pensamento. Freud passou, então, por um irracional especulativo, que depois o conduziria a outras inovações (ROUDINESCO, 2000, p. 121).

Tais noções, como a pulsão de morte e o masoquismo primário, surgiram para explicar a repetição na busca de situações extremas de sofrimento e de traumatizações, reatualizando experiências anteriormente vividas.

Roudinesco (2000, p. 1 21) prossegue:

Mas, do ponto de vista antropológico serviram também para definir o mal-estar da civilização, que se confronta permanentemente com os princípios de sua própria destruição. O crime, a barbárie e o genocídio são atos que fazem parte da própria humanidade, daquilo que é característico do homem. Por estarem inscritos no cerne do gênero humano, não podem ser eliminados do funcionamento singular de cada sujeito, nem da coletividade social, nem mesmo em nome de uma pretensa animalidade externa ao homem. A famosa “besta imunda”, de Bertolt Brecht, não provém da animalidade, mas do próprio homem, que é habitado unicamente pela força da pulsão de morte, a mais cega, a mais compulsiva, a mais intrusiva.

Essas elaborações de Roudinesco nos levam a revisitar o trajeto de Freud no desenvolvimento de sua teoria, para o que destacamos três comunicações de épocas diferentes, nas quais se discute o estatuto da psicanálise como instrumento de pesquisa do inconsciente, bem como sua eficácia terapêutica.

Refiro-me ao texto Chances futuras da terapia psicanalítica (FREUD, [1910] 2013), apresentado em 1910, na abertura do II Congresso de Psicanálise, realizado em Nuremberg; à comunicação Caminhos da terapia psicanalítica (FREUD, [1919] 2010), apresentada em 1919, no Congresso de Budapeste, e, finalmente, à Conferência XXXV - A questão de uma Weltanschauung, de 1933 (FREUD, [1933] 1976). Embora esta última não tenha sido proferida, mas apenas escrita, conclui uma série de conferências, que – como Freud afirma no prefácio a elas – consistem de novas abordagens, ao lado de ampliações exigidas da posição da psicanálise quanto a temas ainda não levantados na época das conferências anteriores (1916-1917).

 

1910 - Chances futuras da terapia psicanalítica

Na abertura desse Congresso, Freud ([1910] 2010, p. 290) propõe que as chances futuras desse novo campo estariam tanto nos avanços da teoria quanto nas modificações técnicas exigidas pelo contato com o novo material.

O tratamento consistiria agora na capacidade de o analista inferir (erraten) algo a partir do escutado na fala do paciente e da elaboração que o paciente faria então. Essa inferência seria uma representação antecipatória consciente, “cuja semelhança com a representação inconsciente recalcada seria encontrada”.

Tal procedimento, bem como o importante manejo da transferência e das resistências, no entanto, não testemunhariam a favor da correção das hipóteses levantadas. Mesmo fazendo parte das recomendações técnicas, a análise pessoal do analista – o que evitaria a subjetividade atuando no processo – o método psicanalítico está sempre sujeito a dúvidas e críticas, pois “a sociedade não pode responder com simpatia ao implacável desnudamento de seus danos e deficiências”, que têm grande participação no surgimento das neuroses. “Pelo fato de destruirmos ilusões, acusam-nos de pôr em perigo os ideais” (FREUD, [1910] 2010, p. 297).

Mas Freud reafirma sua esperança, quando discorre sobre o trabalho com o inconsciente e a eficiência do método.

Estamos diante de

[...] uma constelação terapêutica bastante fora do comum, cuja semelhança não se encontra em qualquer outra parte, e que pode parecer-lhes estranha até que reconheçam nela algo que a longo tempo lhes tenha sido familiar (FREUD, [1910] 2010, p. 297).

Psiconeuroses são realizações substitutas deslocadas de alguma pulsão, cuja presença o indivíduo é obrigado a negar para si e para os outros. Sua existência se baseia nessa distorção ou deslocamento (Entstellung) e nesse não reconhecimento.

O entusiasmo com o novo campo o leva a ter esperanças, mesmo diante das resistências da sociedade.

E Freud afirma ([1910] 2010, p. 297):

Embora sejam fortes os afetos e os interesses dos homens, também o intelecto é um poder. As verdades incisivas são finalmente escutadas e reconhecidas, depois que se esgotam os interesses por elas feridos e os afetos por elas despertados. Até agora sempre foi assim, e as verdades indesejáveis que nós, psicanalistas temos a dizer ao mundo encontrarão o mesmo destino. Apenas isso não ocorrerá em breve; temos que ser capazes de esperar.

 

1919 - Caminhos da terapia analítica

Nessa comunicação, apresentada no Congresso de Budapeste, Freud ([1919] 2010, p. 280) inicia:

Caros colegas. Como sabem, nunca nos gabamos da completude e inteireza de nosso saber e de nossa capacidade; estamos prontos, agora não menos que antes a admitir as imperfeições de nosso conhecimento, aprender novas coisas, e mudar em nosso procedimento o que puder ser melhorado.

À questão sobre a exigência de uma psicossíntese, que deveria ser o desfecho de uma análise, Freud esclarece que a prática da psicanálise consta de uma decomposição das formações do inconsciente em suas partes constitutivas pulsionais e que esses elementos isolados sofrem uma tendência a unificar e combinar, surgindo novas composições.

Assim como o sintoma já nos é apresentado em determinada composição, cujo caminho de formação tentamos percorrer através da análise, também as novas composições – ou reconstruções – dependerão das condições subjetivas de cada um, nada cabendo ao analista no sentido de participar delas. Esse é o princípio de abstinência exigido do analista pela tarefa analítica, a não ser quando se apresentam satisfações substitutas prematuras, momentos em que o analista deve cuidadosamente intervir (FREUD, [1919] 2010, p. 282-287).

Com essas recomendações Freud adverte sobre a técnica “ativa” e comenta ainda sobre a crítica de que a psicanálise é elitista, cuja ação terapêutica não é muito extensa, não atingindo as camadas mais deficitárias da população.

E conclui:

É muito provável que na aplicação em massa de nossa terapia sejamos obrigados a fundir o puro ouro da psicanálise com o cobre da sugestão direta. [...] Mas, como quer que se configure essa psicoterapia para o povo, quaisquer que sejam os elementos que a componham, suas partes mais eficientes e importantes continuarão a ser aquelas tomadas da psicanálise rigorosa e não tendenciosa (FREUD, [1919] 2010, p. 292).

 

1933 - A conferência sobre a Weltanschauung

Colocar para a psicanálise a questão de uma Weltanschauung, ainda que científica, é, sem dúvida, problemático, o que se nota nessa conferência, a partir da própria definição do termo.

Diz Freud ([1933] 1976, p. 193):

Weltanschauung é, suponho eu, um conceito especificamente alemão, cuja tradução para línguas estrangeiras certamente traz dificuldades. [...] É uma construção intelectual, que soluciona uniformemente todos os problemas de nossa existência a partir de uma hipótese supraordenada, na qual, por isso, nenhuma questão permanece em aberto, e tudo o que merece nosso interesse encontra seu lugar definido. É fácil compreender que a posse de uma tal Weltanschauung pertence aos desejos ideais do homem. Acreditando nela, pode sentir-se seguro na vida, pode-se saber o que se anseia e como lidar com os afetos e interesses de maneira apropriada.

A construção de uma Weltanschauung não é, pois, a de um sistema ideológico qualquer. Implica adotar um ponto de vista extremo e unilateral, posição de impedimento para o analista, diante da complexidade que encobre a atuação do recalque, como fundamento do inconsciente e das neuroses.

O desenvolvimento de uma Weltanschauung provém dos afetos e dos destinos da “onipotência e magia do pensamento”, exposta por Freud em Totem e tabu ([1913] 1974, p. 13). Das três grandes representações do mundo, que são o animismo, a religião e a ciência, o animismo é o sistema de pensamento mais coerente e completo e dá uma explicação verdadeiramente total da natureza do universo. A primeira Weltanschauung humana é, pois, uma teoria psicológica. Característica dos primitivos, ela ainda persiste na vida moderna, seja degradada como superstição, seja como base viva de nossa fala, nossas crenças, nossas filosofias.

Na fase animista, a onipotência do pensamento é atribuída ao próprio homem. Corresponde ao narcisismo. Na fase religiosa, a onipotência é transferida aos deuses, mas não há renúncia total à onipotência do homem, pois este pretende influenciá-los, de acordo com seus desejos.

Na Weltanschauung científica, já não há lugar para a onipotência do homem, ele reconheceu sua pequenez e se submeteu resignadamente à morte e a outras exigências da natureza. Mas, por confiar no poder do espírito, que calcula utilizando as leis da realidade, ainda assim continua vivo algo da crença onipotente primitiva (FREUD, [1933] 1976, p. 201).

Dos três poderes que podem disputar com a ciência a posição básica, que são a arte, a religião e a filosofia, a religião é tida como o único adversário sério (FREUD, [1933] 1976, p. 196). A arte contenta-se em ser uma ilusão e não invade o reino da realidade. A filosofia não se opõe à ciência, usa seus métodos, e diverge apenas porque pretende ser sem falhas e coerente. Superestima o valor do conhecimento epistemológico e lida com a intuição. Mas sua influência não é tão universal. A religião, no entanto, é um poder imenso por preencher três funções ansiadas pelo homem. Conhecimento, garantias de consolo e normas éticas combinam-se numa cosmogonia e falam abertamente do Pai.

A justaposição kantiana do céu estrelado e a lei moral dentro de nós toca uma grande verdade (FREUD, [1933] 1976, p. 198-199). E como é difícil desaparecer algo que uma vez teve expressão psíquica, mesmo sabendo que o mundo não é um aposento de crianças, permanece no adulto a luta do espírito científico contra essa Weltanschauung religiosa.

Se a psicanálise faz parte da ciência, aderir à mesma Weltanschauung supõe ser incompleta, não abarcando tudo, sem a pretensão de construir sistemas, e ainda com o risco de olhar o mundo de forma negativa, submetendo-o à verdade e à rejeição das ilusões.

Nesse ponto, Freud ([1923] 1976, p. 328) parece ser tocado por seu próprio sintoma e escreve: “Acredito que o que me capacitou a descobrir a causa primeira da deformação do sonho foi minha coragem moral”.

Sabemos, no entanto, que a posição de analista não é de submissão. E nem de anarquismo, com a negativa da verdade (FREUD, [1933] 1976, p. 212). A verdade que concerne à psicanálise é do a meio dizer: ficção versus real. Presente em vários pontos da obra freudiana, o meio dizer da verdade anuncia-se aqui na insuficiência da ciência quanto à crença, na crítica aos sistemas absolutos e na inclusão do campo da arte.

 

Referências

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Endereço para correspondência:
E-mail: anamportugal@gmail.com

Recebido em: 16/10/2017
Aprovado em: 16/03/2018

 

Sobre a autora

Ana Maria Portugal Maia Saliba
Psicanalista.
Membro da Escola Letra Freudiana - Rio de Janeiro.

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