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Print version ISSN 0102-7395

Reverso vol.43 no.81 Belo Horizonte Jan./June 2021

 

PSICANÁLISE E CULTURA

 

O inconsciente - do discurso do Outro à política1

 

The unconscious - from the other's discourse to politics

 

 

Gilda Vaz Rodrigues

Psicanalista e escritora. Coordenadora do seminário O ensino de Jacques Lacan desde 1990, em Belo Horizonte. Autora dos livros: A psicanálise pelo avesso - Ophicina de Arte & Prosa, BH Cortes e suturas na operação psicanalítica - Ophicina de Arte&Prosa, BH No princípio era o ato - Artesã, BH Percursos na transmissão da psicanálise - primeiro livro da coleção Obras Incompletas Quatro atos - Ophicina de Arte&Prosa, BH Coautora dos livros: A escola de Lacan - Papyrus, SP Clínica psicanalítica contemporânea - Ophicina de Arte & Prosa, BH Da solidão - Quixote + Do, BH Ideias de Lacan e a culpa - Iluminuras, SP Que não se esmaguem com palavras as entrelinhas - Quixote + Do, BH Rastros de amor - Letramento; Quixote, BH Texturas do vazio em psicanálise - Letramento BH E-mail: gildavazrodrigues@gmail.com

 

 


RESUMO

Pretendo destacar o desejo do analista e o lugar de onde ele é acionado como um operador do ato analítico. Nesse sentido, um verdadeiro ato é sempre um ato político. A psicanálise pode ser tomada como um acontecimento que tem consequências e vai influir de forma relevante nas relações humanas, além de promover transformações significativas na história de cada um a partir das mudanças que esse ato opera nas posições subjetivas. Para que esses efeitos ocorram, é preciso definir a especificidade do trabalho analítico e o lugar de onde o analista opera, que não é o da ideologia.

Palavras-chave: Inconsciente, Real, Política, Ideologias, Saber e ato.


ABSTRACT

I intend to highlight the psychoanalyst's desire and the place from which he is activated as um operator of the analytical act. In this sense, a true act is always a political act. Psychoanalysis is an event that has consequences and will influence human relationships, in addition to promoting transformations in the history of each one from de changes that this act operates in subjective positions. For these effects to occur, it is necessary to define the specificity of the analyst work and the place from which the analyst operates, which is not that of ideology.

Keywords: Unconscious, Real, Politics, Ideologies, Knowledge and act.


 

 

Quero inicialmente agradecer à comissão desta jornada pelo convite para participar desta mesa e falar de um tema que tem tocado todos nós como um chamado para que nos posicionemos na coletividade com relação ao tempo em que estamos vivendo.

De que lugar e em nome de que falamos enquanto analistas?

Se os enunciados são os mais diversos - implicam diferentes leituras, perspectivas, escolas -, o lugar de onde nosso dizer é emitido é um só: lugar esvaziado de nossa subjetividade para que possamos dizer algo que realmente tenha efeitos de mudanças. O que pode acionar esse efeito é a ética do desejo, que se define como um ato político.

A psicanálise se sustenta até hoje graças a esses atos políticos que são operados pelo desejo de cada um de nós, analistas, reeditando o desejo inaugural de Freud: que a psicanálise perdure. Falar de política da psicanálise consiste em falar da abertura do inconsciente, e isso implica o conceito que cada um tem.

Se definirmos o inconsciente pelas suas formações, iremos operar de uma forma, carregando os sentidos que acompanham a subjetividade de cada um. Se operarmos do núcleo esvaziado do ser, um lugar mais arejado, aberto, poderemos escutar o outro na sua diferença. Como somos divididos, por estrutura, estaremos sempre numa relação de báscula entre um campo e o outro. Essa posição permite o manejo de nossas relações.

O inconsciente como furo funciona como uma fresta, por onde se pode respirar, deixar entrar um pouco de ar para que se possa renovar e recomeçar de outras maneiras. Não é por acaso que Lacan se referiu à psicanálise como um pulmão artificial e falou do inconsciente como uma pulsação - um abre e fecha.

Essa dimensão do vazio, embora esteja presente nos fundamentos da psicanálise por meio de conceitos como o de pulsão de morte em Freud, tende a ser ocupada totalmente pelos campos que regem nosso sistema social, no qual, supostamente, se encontra sentido para todas as coisas que nos atormentam.

Lacan ([1975-1976] 2007) assinala no Seminário 23: O sinthoma que aquilo que o psicanalista pode oferecer é justamente esse furinho, esse respiro. Para não ficarmos à deriva, precisamos dos Nomes-do-Pai. Para nós, analistas, nossos Nomes-do-Pai são os conceitos freudianos, destacando-se o inconsciente como ponto de partida.

Vamos encontrar no próprio ensino de Lacan diferentes definições de inconsciente que vão sendo formuladas, sempre obedecendo ao princípio da não contradição - uma definição não exclui a outra. Constata-se que, no final de seu ensino, a dimensão real do inconsciente vai ocupando a cena analítica e, como o real é tomado aos pedaços, não há uma única definição. Todas se aplicam.

Vejamos algumas definições colhidas, entre outras, de alguns textos de Lacan em diferentes tempos de seu ensino:

• "O inconsciente é o discurso do Outro. (Subversão do sujeito... [1960/1998]).

• "O inconsciente é a política." (Seminário 14: A lógica do fantasma [1966-1967]).

• "O inconsciente é o equívoco." (Unbewuste. Seminário 24: L'insu... [1976-1977]).

• "O inconsciente é a face real daquilo em que se está enredado." (Seminário 25: O momento de concluir [1977-1978]).

• "O inconsciente é Baltimore ao amanhecer." (1966).

De início, vou me deter nesta última frase, que é a mais enigmática: "O inconsciente é Baltimore ao amanhecer".

Com essa frase Lacan abre seu discurso aos americanos em 1966, nos EUA. Ele acordava muito cedo e nesse dia termina de preparar a conferência que faria na John Hopkins University. Lacan olha Baltimore pela janela - um trânsito já considerável de carros, uma paisagem bem diferente das cidades europeias. Um painel eletrônico com um grande relógio marca cada minuto do dia que começa.

Tal frase soa como uma imagem poética de uma cidade edificada da América, um outro e novo mundo. Um certo estranhamento do estrangeiro evocando o que ele define aqui como "o inconsciente". Uma maquinaria funcionando sem dono, um Outro sem sujeito.

Essa definição de Lacan me ocorreu quando, neste tempo de isolamento que estamos passando, também eu, da varanda do meu apartamento, senti o estranhamento da experiência de ver Belo Horizonte totalmente deserta e parada no meio da manhã.

O inconsciente é isto: o real sem um saber, edificações sem sujeito, sem vida, como se um filme tivesse sido cortado naquele instante e permanecido em suspensão. O que pensar? Não havia pensamentos que pudessem ser acionados na tentativa de simbolizar o real do esvaziamento de sentido. O inconsciente se apresenta nessa estranheza do encontro com o real.

Tendo a extensão como horizonte, opera-se um laço que vem da intensão. Em outras palavras, o inconsciente como discurso do Outro faz um giro tocando no vazio interior e retornando, trazendo ao mundo o grão das singularidades de cada um. Pude entender aquilo que só a topologia poderia me mostrar de forma tão real, o que é esse inconsciente como discurso do Outro - uma banda de Moebius.

E por que faço referência à topologia?

Porque estamos saturados de palavras, de sentidos. A política da psicanálise vai na direção de um real que, por sua vez, vem ao nosso encontro impondo-nos um saber fazer com isso que não se sabe.

Trago a topologia porque é, a meu ver, no último ensino de Lacan que ele deixa seus ensinamentos mais atuais sobre a política da psicanálise: "Um discurso sem palavras".

Ora, a palavra sempre traz o equívoco. A verdade tem a ver com o real, e o real é o impossível de ser dito. O equívoco, como o lapso, não é um erro, e sim um achado. A chance de surgir um significante novo!

Quando Lacan publica seus Escritos, ele queria que fossem entendidos como uma carta aberta que sempre chega ao seu destino mesmo depois de desvios que ela possa sofrer no caminho. Essa carta aberta, a meu ver, portaria os significantes mestres que regem os fundamentos da psicanálise, carregando-os como num envelope.

O valor político da carta é imposto de fora por aquele que a detém. É o que vemos deslizar por várias mãos em O seminário sobre "A carta roubada", com que Lacan ([1955] 1998) abre seus Escritos. Aqui, o conteúdo não importa tanto quanto quem detém a carta em suas mãos - no nosso caso, cada psicanalista, um a um.

A política determina o sentido. Como no conto A carta roubada, de Edgar Alan Poe, a carta nas mãos da rainha, do ministro ou do detetive teria destinos diferentes, assim como a carta aberta, com os fundamentos que regem o fazer analítico, pode ter diferentes destinos dependendo da pessoa que a tem nas mãos.

Tal formulação de Lacan pode ser entendida como uma posição política.

O paradoxo atravessa o tempo todo o campo da psicanálise. Eu tenho que me colocar no campo do Outro, mas ao mesmo tempo manter-me numa posição atópica. O analista é e não é, num só tempo.

Um exemplo espirituoso de Lacan é um relato que serviu de título a um livro publicado há muito tempo: - Alô, Lacan? - É claro que não (Allouch, 1999). Como se recusasse a responder do lugar do qual era chamado.

O que está em jogo na psicanálise não é o nominável, mas o inominável, aquilo que é operado pela destituição das nomeações identificatórias. Esse inominável introduz no simbólico um furo, de onde o sujeito jamais existirá de modo idêntico a ele mesmo.

Como nomear o analista, se ele se nomeia exatamente ao se autorizar no inominável?

Vemo-nos, enquanto analistas, mais uma vez, confrontados com um paradoxo. O poder fálico contamina a nominação do analista. O poder fálico é imperioso.

Alguns analistas encontraram uma nova nomenclatura: "o analista cidadão" (Laurent, 1999). Tenho lido alguns artigos que falam disso. Tento fundamentar meu embaraço com relação a tal nominação. Confesso que ainda não consegui entender na medida em que o analista se define por uma certa atopia com relação às nominações fálicas. Também não sei é preciso um nome para isso. A meu ver, o analista deveria suportar o mal-estar próprio de sua posição inominável.

Quero deixar claro que não estou questionando a função social importantíssima que está implicada no termo "analista cidadão", mas o nome.

O analista não estaria na posição de cidadão, mas sim na de operar essa mudança de posição no outro. O ato analítico tem como efeito um giro capaz de promover essa mudança para que cada um ascenda à posição de sujeito e, consequentemente, à de cidadão, e não de massa. Essa é a subversão do sujeito da psicanálise.

A vulnerabilidade humana é o que nos iguala, o que temos em comum uns com os outros. Construímos fantasias para nos defender e negar isso. O desamparo pode se tornar a causa para a produção de novas formas sociais, a partir da empatia, da solidariedade, do despojamento, enfim...

Vladimir Safatle, no posfácio da nova tradução de O mal-estar na cultura, lançado recentemente pela editora Autêntica, vai nessa direção ao definir:

Toda ação política é inicialmente uma ação de desabamento, e só pessoas desamparadas são capazes de agir politicamente. [...] sujeitos políticos só se constituem a partir da internalização de tais desabamentos. (Safatle, 2020. p. 466)

Entenda-se desabamento como queda do objeto (a) pela experiência da castração. Desamparo não se confunde com medo nem com abandono, mas com a disposição de se deixar habitar pelo vazio estrutural de onde pode surgir uma potência criadora de novas formas.

Pode-se dizer de uma produtividade do desamparo, que advém da aposta na possibilidade de conversão da violência em ato operador de mudanças.

O que acontece no mundo é que a política se restringe à gestão dos bens, tanto na pública como na individual. A política da psicanálise é de outra ordem. Transmitindo o vazio como operador, oferece a cada um recursos para se haver com o real que retorna sempre interrompendo o fluxo do esperado e idealizado bem social.

Nos momentos de irrupção do real por meio de catástrofes econômicas, naturais ou sociais, o que nos aproxima deveria ser a identificação com o desamparo. Entretanto, o estado de desamparo nos coloca vulneráveis e susceptíveis a nos enredarmos nos fantasmas sociais em que as ideologias jogam sua partida.

As ideologias estão no campo das representações em que as pulsões se fixam como resposta ao mal-estar na civilização. Elas podem não só servir de referências identificatórias, como também de objeto de fascínio. Os líderes populistas produzem esse efeito hipnótico em que as pessoas entram num encantamento, numa captura ao se alienarem ao que é dito sem a menor reflexão ou juízo.

O saber completo e totalitário é incompatível com a estrutura do sujeito, daí estarmos condenados a eternos conflitos se não incluirmos o 'não-todo' nas ações políticas.

Incluir um saber não-todo como política do inconsciente implica o discurso do analista, que desloca os demais discursos e impõe um intervalo, um vazio, uma pausa ao automatismo da repetição nas tentativas de universalização ideológicas. O discurso religioso é indestrutível e continuará insistindo, pois não se restringe às religiões. Ele encontra um lugar na política, nas instituições. Enfim, qualquer ideologia pode virar uma religião, inclusive a própria psicanálise.

A psicanálise nos orienta em direção ao real, e não ao ideal e suas variantes. O fazer analítico não se rege pelas ideologias. Alguns significantes, como direita e esquerda, estão impregnados de carga ideológica. Tenho lido alguns artigos que falam de uma "esquerda lacaniana" (Alemán. 2010). Novamente questiono a nominação, e não a função.

Só para ilustrar, remeto-me a uma passagem do Seminário 17: O avesso da psicanálise, em que Lacan ([1969-1970] 1992) propõe que se recortem frases de dois periódicos franceses - a revista Temps Modernes (de esquerda) e o jornal Minute (de direita), que são misturadas em algum lugar. "Não conseguirão reconstituí-los facilmente", diz ele.

Com isso, ele pretende mostrar que a posição política não está nos enunciados ou nos conteúdos, mas na posição daquele que enuncia a mensagem. Estamos de volta à questão política. Nas mãos de quem está a Carta roubada.

Com relação a este termo - esquerda lacaniana -, há um precedente: no início do século XX, após 1920, Freud escreve muitos textos importantes sobre os fenômenos sociopolíticos de sua época, denunciando as ilusões e as atrocidades políticas da modernidade.

Desses trabalhos originou-se uma das mais importantes escolas de teoria política do século XX, a Escola de Frankfurt (Escola de Teoria Social Filosófica associada à universidade de Frankfurt, na Alemanha). Teve origem com seguidores de Marx e sua temática girava em torno da lógica do poder e os aspectos inconscientes que levavam as pessoas ao fascínio e à servidão. Assim se constituiu o que ficou conhecido como a "esquerda freudiana".

Seguindo o princípio freudiano de que o inconsciente não conhece contradições, considero difícil pensar o inconsciente como a política nos termos de direita e esquerda, pois o inconsciente não conhece um partidarismo dessa ordem. O percurso da pulsão, embora deságue no esvaziamento de tensão no nível mais baixo possível, promovendo um efeito libertador, também é conservador no sentido de sua constância.

É difícil desvincular o termo "esquerda lacaniana" da ideologia. Freud ([1923] 1996), em Psicanálise e teoria da libido, adverte que não se deve navegar com bandeiras alheias.

A psicanálise não cria uma visão de mundo, pois se insere na ordem do singular de cada sujeito e, assim, não comporta nenhuma construção imaginária totalizante. Não é uma ideologia nem filosofia, e sim uma ética que lhe é própria, a ética do desejo.

Só podemos entender a relação entre política e psicanálise se inserirmos o campo da impossibilidade de se fazer um com o Outro. Por isso, a psicanálise é incompatível com os regimes autoritários, sejam eles de direita, sejam de esquerda. Haverá sempre a resistência do real de cada um à massificação e à dominação e sua decorrente exclusão do desejo.

A massificação vai se manifestar por meio de atuações e passagens ao ato, tais como crimes, segregações, racismo, violências, que mobilizam o gozo perverso ao eleger um objeto para ocupar o vazio que deveria habitar o campo da impossibilidade. O alvo da carga pulsional destrutiva é descarregada no real em vez de se realizar por meio de instrumentos simbólicos. Ou seja, a violência estrutural, o ódio, como um "não separador" constituinte do sujeito, devem ser abordados pelos recursos simbólicos que a cultura acolhe.

Por isso, a cultura é a primeira a ser cerceada nos regimes autoritários. Medidas que reduzem e travam o trabalho da cultura impedem as produções simbólicas e expressões artísticas, abrindo caminho para as atuações perversas e criminosas.

A partir do que foi dito, podemos entender a definição de Lacan: "O inconsciente é a política".

Para concluir, deixo-os com o real de nossa experiência, remetendo-me a uma lembrança de quando eu era recém-formada em psicologia e trabalhava com crianças portadoras de dificuldades escolares, numa escola especializada.

Numa das reuniões com os pais dessas crianças, muitas de baixa renda, uma das mães falava da sua irritação diante das demandas dos filhos na hora em que ela estava fazendo o arroz na cozinha. Uma das psicólogas intervém sobre o que seria mais importante, a criança ou a tarefa. Nunca me esqueci da resposta dessa mãe: "Quando não se tem outra coisa para comer, é o arroz mesmo".

Como falar de psicanálise num contexto em que as necessidades básicas sequer foram satisfeitas? Como oferecer a experiência do inconsciente e o saber da impossibilidade àqueles que ainda lutam pela sobrevivência e pela dignidade de um lugar social? O real da fome, da violência, da miséria parece clamar por soluções para que o inconsciente possa fazer questão.

Por outro lado, se o inconsciente não fizer questão, as pessoas também não irão aceder à capacidade de julgar, no sentido freudiano do termo, e assim continuarão submetidas ao seu suposto e funesto destino, sem aceder a um ato de posicionamento e dignidade de sujeito, nem saberão sair do rebanho.

Esse impasse, antes de tomá-lo como um conflito, pode ser escutado como um movimento em passe - passagem para o desejo.φ

 

Referências

ALEMÁN, J. Lacan, la política em cuestión...: conversaciones, notas y textos. Buenos Aires: Grama, 2010.         [ Links ]

ALLOUCH, J. - Alô, Lacan? - É claro que não. Tradução: Sandra Regina Felgueiras. Rio de Janeiro, RJ: Companhia de Freud, 1999.         [ Links ]

FREUD, S. Dois verbetes de enciclopédia: (A) Psicanálise; (A) A teoria da libido (1923 [1922]). In: ______. Além do princípio de prazer, psicologia de grupo e outros trabalhos (1920-1922). Direção geral da tradução: Jayme Salomão. Rio de Janeiro, RJ: Imago, 1996. p. 251-274. (Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud, 18).         [ Links ]

LACAN, J. O seminário sobre "A carta roubada" (1955). In: ______. Escritos. Tradução: Vera Ribeiro. Rio de Janeiro, RJ: Zahar, 1998. p. 13-66. (Campo Freudiano no Brasil).         [ Links ]

LACAN, J. O seminário, livro 14: A lógica do fantasma (1966-1967). Inédito. Publicação não comercial exclusiva para os membros do Centro de Estudos Freudianos do Recife, 2008.         [ Links ]

LACAN, J. O seminário, livro 23: O sinthoma (1975-1976). Texto estabelecido por Jacques-Alain Miller. Tradução: Sérgio Laia. Rio de Janeiro, RJ: Zahar, 2007. (Campo Freudiano no Brasil).         [ Links ]

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LACAN. J. Conferência na John Hopkins University (1966). Disponível em: http://www.con.versiones.com/nota04050.htm. Acesso em: 24 ago. 2020.         [ Links ]

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SAFATLE, V. Posfácio: medo, desamparo e poder sem corpo. In: FREUD, S. O mal-estar na cultura e outros escritos. Tradução: Maria Rita Salzano Moraes. Belo Horizonte, MG: Autêntica, 2020. p. 449-466. (Obras incompletas de Sigmund Freud).         [ Links ]

 

 

Recebido em: 25/02/2021
Aprovado em: 16/04/2021

 

 

1 Trabalho apresentado na XXXVIII Jornada de Psicanálise do Círculo Psicanalítico de Minas Gerais (CPMG) Psicanálise e suas articulações, de 24 a 26 set. 2020, em Belo Horizonte, por meio da plataforma Zoom.

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