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Jornal de Psicanálise

versão impressa ISSN 0103-5835

J. psicanal. v.41 n.75 São Paulo dez. 2008

 

EDITORIAL

 

Com o presente número, chegamos ao fim da nossa gestão junto ao Corpo Editorial do Jornal de Psicanálise. Gostaríamos, assim, de apresentar sinceros agradecimentos aos nossos colaboradores e leitores e, particularmente, à Diretoria do Instituto de Psicanálise da SBPSP, dos biênios 2005/2006 e 2007/2008, pela renovada confiança depositada em nosso trabalho.

Ao longo desses quatro anos de jornada, procuramos reiterar o compromisso assumido de dar prosseguimento ao objetivo dos editores que nos precederam, no sentido de conseguir visibilidade e reconhecimento do nosso Jornal no seio da comunidade científica mais ampla. Reconhecíamos o vigor das nossas produções, bem como a necessidade de intercambiá-las com outros pares oriundos de diferentes locais de produção do conhecimento psicanalítico.

Para dar continuidade ao nosso projeto de conseguir reconhecimento dos órgãos avaliadores de periódicos científicos em nosso meio (Capes), bem como nos colocarmos em sintonia com a política da IPA – promover maior aproximação com a Universidade e com a cultura de modo geral –, tornou-se necessária a introdução de várias mudanças nesta nossa publicação, algumas das quais cumpre salientar.

- Retorno, a partir de 2006, da semestralidade do Jornal de Psicanálise, sem prejuízo de sua estrutura gráfico-editorial, ou seja, sem redução do número de páginas ou da média de textos constantes em cada volume.

- Instituição de um corpo de consultores ad hoc, visando uma avaliação cada vez mais consistente e isenta dos trabalhos recebidos para publicação.

- Ampliação do âmbito de colaboradores para além dos limites territoriais da nossa instituição, abrindo espaço para contribuições provindas de outras unidades da federação brasileira e da América Latina.

- Indexação do Jornal de Psicanálise nas seguintes bases de dados: Index Psi Periódicos, Bi Vi PsiL e Clase, a par de tratativas para indexação também no Lilacs.

- Preparação, em andamento, da edição virtual, que em breve poderá ser acessada via internet.

Queremos lembrar que todas estas mudanças, além de necessárias para obtenção de boa conceituação do nosso Jornal pelos órgãos avaliadores de periódicos científicos em nosso meio, igualmente atendem a uma tendência em todo o mundo e vão ao encontro das diretrizes da IPA.

Em nossa gestão, atentos aos temas candentes para a formação do analista, produzimos, em 2005, o número Tornar-se analista: variâncias e invariâncias; em 2006, os números Psicanálise: investigação e produção teórica e Psicanálise: investigação e cura; em 2007, os números A família em (des)ordem e A arte da interpretação: diálogos com a Teoria dos Campos ; finalmente, em 2008, A análise do analista e o número ora lançado, que tem como tema Transferências.

Sabemos que a transferência, ao longo da obra freudiana, viajou ao sabor dos ventos: de obstáculo à alavanca da análise; de fenômeno observado nas relações humanas a conceito teórico; de estatuto periférico a estatuto central no processo de cura, o que levou Freud a concluir que sem transferência o paciente é inacessível ao método da psicanálise e não pode por ela ser curado.

Se na obra de Freud a transferência já revela seu caráter migratório, com outros analistas ela ganha novos contornos, sugerindo ser mais bem considerada em seu aspecto plural: transferências. Definida assim, de maneira diferente em lugares e contextos teóricos tão distintos, tratar-se-ia ainda do mesmo fenômeno? Há uma essência naquilo que chamamos transferência?

Tais questões, como linhas imaginárias – de modo a formar um tecido consistente e rico para sustentar o trabalho do analista nas mais variadas instâncias –, percorrem os trabalhos dos colaboradores do presente número, aos quais consignamos o nosso muito obrigado.

Cabe-nos ainda, neste ensejo, agradecer aqueles que sempre estiveram conosco e que muito contribuíram para a qualidade do JP: Vera Maria Monteiro Sevestre, responsável pela revisão das normas dos trabalhos recebidos; José Antônio Pedro Ferreira, de saudosa memória, pela dedicação na revisão e preparação dos textos até os números de 2007, e a José Benedito de Souza Freitas, que respondeu pelos números de 2008; Patricia Canton, responsável pela programação visual; Suely Corrêa Tonato, pelo trabalho de secretaria; o corpo de pareceristas ad hoc e demais colaboradores que, embora não citados aqui, contribuíram com o nosso Jornal de Psicanálise e por isso são merecedores da nossa gratidão.

Por fim, ao novo Corpo Editorial e à nossa colega Cândida Sé Holovko, editora responsável pelos números do próximo biênio, nossos votos de muito sucesso em seu trabalho.

 

 

Leda Maria Codeço Barone
Alice Paes de Barros Arruda
Alexandre Horta e Silva
Ana Maria Loffredo
Ana Maria Vieira Rosenzvaig
Beatriz Helena Stucchi
Iliana Horta Warchavchik
Marta Úrsula Lambrecht

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