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Jornal de Psicanálise

versión impresa ISSN 0103-5835

J. psicanal. vol.46 no.84 São Paulo jun. 2013

 

FORMAÇÃO: ENTRE O PÚBLICO E O PRIVADO

 

Aspectos públicos da formação e da identidade do analista

 

Public aspects of the formation and identity of the analyst

 

Aspectos públicos de la formación y de la identidad del analista

 

 

Gustavo Gil Alarcão

Membro filiado do Instituto de Psicanálise "Durval Marcondes" da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo SBPSP

 

 


RESUMO

A formação psicanalítica pode ser pensada através da relação entre seus aspectos privados, sobretudo análise didática e supervisão, e seus aspectos públicos, representadas pelos seminários teóricos e clínicos (Giovannetti, 2010). A participação político institucional também tem sido elencada como fator constituinte da formação, em seus aspectos públicos. O artigo reflete sobre uma possível ampliação da noção desta participação político institucional no polo público da formação. O texto analisa de que forma a participação do analista nas questões da pólis, da comunidade também fazem parte de sua formação. Em que medida, nós analistas, mostramos "nossa cara", parafraseando a música Brasil, de Cazuza, citada no texto.

Palavras-chave: formação analítica, participação pública do analista, identidade psicanalítica, movimento psicanalítico


ABSTRACT

Psychoanalytic training could be considered through the relationship between its private aspects, especially training analysis and supervision, and its public aspects represented by the theoretical and clinical seminars (Giovannetti, 2010). The institutional political participation has also been considered as a constituent factor of the analytical training in its public field. The article reflects about a possible extension of the notion of public field during the training process. The text examines how the analyst participation in the polis, in the community matters, also makes part of his training. To what extent analysts "show their faces" paraphrasing the song Brasil, by Cazuza, also cited in the text.

Keywords: analytic training, analyst public participation, psychoanalytic identity, psychoanalytical movement


RESUMEN

La formación psicoanalítica se puede considerar a través de la relación entre sus aspectos particulares, principalmente el análisis didáctico y la supervisión, y sus aspectos públicos, representados por los seminarios teóricos y clínicos (Giovannetti, 2010). La participación político-institucional también ha sido considerada como un factor constituyente de la formación en su aspecto público. El artículo reflexiona sobre una posible ampliación de la noción de esta participación político-institucional en el polo público de la formación. El texto analiza cómo la participación del analista en asuntos de la polis, de la comunidad, también hace parte de su formación. Cuestiona en qué medida los analistas "muestran su cara", parafraseando la canción Brasil, de Cazuza, citada en el texto.

Palabras clave: formación analítica, participación pública del analista, identidad psicoanalítica, movimiento psicoanalítico


 

 

Brasil!
Mostra tua cara
Quero ver quem paga
Pra gente ficar assim
Brasil!
Qual é o teu negócio?
O nome do teu sócio?
Confia em mim...1

Cazuza, por meio de sua música, convoca o Brasil para "mostrar tua cara", ele quer ver quem paga, qual é o negócio e o nome do sócio. Podemos fazer várias interpretações destes versos, uma que penso possível é que mostrando a cara nos identificamos e podemos ser identificados: damos vida à dialética entre o privado e o público. Esta ação incita um sentimento de engajamento e implicação que é difícil de ser negado. Letra forte em tempos de abertura política, em tempos de diretas já e de redemocratização do país. Escrita em 1988, faz referência não só ao momento político da nação, mas também ao momento vivido por Cazuza, recém-chegado dos Estados Unidos onde começara seu tratamento contra o hiv, que o levaria à morte em 1990. Ele também estava mostrando a cara. O público e o privado entremeando-se de forma bastante significativa.

 

Entre o público e o privado, tensões permanentes

A carta-convite do Jornal de Psicanálise, estimulada pelo artigo de Márcio Giovannetti (2010) "Sobre a natureza e função do currículo na formação analítica" toca em pontos cruciais da formação. De alguma maneira, também somos estimulados a "mostrar nossa(s) cara(s)". A proposta de pensarmos a formação através de uma dialética entre aspectos públicos e privados é interessante e sensível à realidade. No percurso do vir a ser psicanalista encontramos espaços privados, como as mencionadas análises pessoais e supervisões, ao que podemos associar a clínica e a própria vida do analista. As relações políticas e institucionais vividas nos Institutos colocam em cena os aspectos públicos da formação, que se organizam em torno do currículo de cada Sociedade filiada à ipa. Além disto, penso que a participação do analista na pólis, no seu espaço coletivo e comunitário, também pode ser incluída como componente do eixo público da formação.

Os aspectos acima mencionados dariam corpo ao tripé básico da formação: análise pessoal e supervisão (privado), seminários teóricos e clínicos (público). Tem se discutido também a possibilidade de acrescentar a vida político institucional como uma possível quarta perna da formação, tão importante como as demais, uma vez que representaria a inserção e a movimentação do analista nos espaços institucionais existentes. Esta movimentação além de fazer parte da formação do analista em particular também seria importante para a movimentação das ideias dentro das próprias sociedades.

Esta trama de vários aspectos está em permanente tensão. Goldfajn (2012) em seu artigo publicado na Revista Brasileira de Psicanálise, intitulado "Novos mundos novas trilhas: buscando a identidade do analista" exemplifica uma das possíveis parcelas desta questão. Analistas em formação dividem e posteriormente ocuparão lugares já ocupados por analistas mais experientes, aqueles mesmos com os quais têm se relacionado nas várias esferas privadas e públicas ao longo de sua formação. "É papel dos candidatos pressionar por mudanças, e é papel dos psicanalistas membros manter a tradição. Essa tensão é clara sob o aspecto sociológico das instituições" (Goldfajn, 2012).2 Embora esta frase mereça análise mais minuciosa, ela nos é útil como mostra de que a formação definitivamente envolve muitos aspectos. A dialética público-privado novamente aparece explícita e intransponivelmente. A formação é o cenário por excelência destas questões, que estão pulsantes na vivacidade das análises didáticas, nas angústias dos que estão em estágios iniciais de formação e também nas tramas de interesses políticos existentes em cada grupo humano.

Penso que a tensão assinalada por Goldfajn não se restringe ao espaço das instituições psicanalíticas e que o aspecto sociológico assinalado no trecho citado é realmente sociológico, estende-se para fora dos limites institucionais. À medida que adquire sua identidade e passa a ser identificado como psicanalista, este profissional será também reconhecido publicamente como porta-voz de algo relacionado à psicanálise (em alguma medida ele mostra sua cara). Ele está filiado a uma tradição histórica de pensamento e prática que não é homogênea e tampouco portadora de um discurso único, mas que apresenta uma proposta que pode ser identificada e distinguida em suas especificidades. Recentemente acompanhamos os dilemas vivenciados por psicanalistas que trabalham em serviços públicos de saúde no atendimento de pacientes autistas. Não somente estes profissionais, mas toda comunidade psicanalítica foi convocada a se posicionar em um período de tensão, uma vez que se cogitou a proibição da atividade analítica nesses espaços. Posicionamento público, explicitado através da elaboração de uma carta assinada por várias entidades e associações de psicanálise. A formação vai sempre se constituindo com os aspectos internos (privados) e também externos (públicos): mostrar a cara foi essencial nessa situação.

Em 1954 em um congresso de saúde mental, Lygia Amaral e Virgínia Bicudo foram "agredidas verbalmente por um grupo de psiquiatras opositores da psicanálise e acusadas de exercício ilegal da medicina, acusadas de charlatanismo e ameaçadas de prisão" (Teperman e Knopf, 2011). Episódio histórico, este fato reforça a face pública da identidade analítica que estava em franco questionamento. O seu posicionamento, a publicidade e os desdobramentos desse acontecimento refletiram, além das posturas pessoais de cada uma, faces possíveis do ser psicanalista em praça pública. Estavam ali cumprindo uma dupla função, como psicanalistas na dimensão privada e como psicanalistas na dimensão pública. Estiveram lá mostrando suas caras.

 

O analista na pólis

A formação psicanalítica contribui com a construção de uma identidade analítica, que é ao mesmo tempo aquilo que nos aproxima (nos possibilita identificação mútua: tornar-se um analista) e aquilo que nos diferencia (nos possibilita individualização: tornar-se este analista). Esta identidade ganha força no momento em que o analista passa a ser reconhecido também além dos limites da instituição analítica. E aqui os aspectos públicos da formação incluem uma participação político institucional que transcende a ação nas respectivas sociedades de psicanálise.

Tomarei emprestado o cenário grego das cidades-estados, as poleis, e suas respectivas ágoras. As poleis contemplavam o espaço de todos os indivíduos da comunidade. As ágoras eram os espaços nos quais o povo discutia e tomava decisões. O povo era representado por cidadãos livres, não todas as pessoas da comunidade. As sociedades de psicanálise estão situadas nas poleis, não são em si poleis (Durando, 2005). Penso não ser desejável que se tornem ágoras, porque analistas também não desejam, ou não desejariam se constituir como uma classe distinta dentro da pólis. A identidade analítica que se construirá apoiada nesse espaço comum deve caminhar pela pólis, e lá também ser reconhecida. Caso contrário, formamos uma espécie de identidade oculta, ou reconhecida por poucos, no caso de nosso exemplo, somente aqueles que participariam das discussões da ágora (não mostraríamos nossa cara!). Nem ágoras, nem clubes, mas entremeando-se nas cidades e ocupando espaços vai se constituindo, cada qual a sua maneira, uma identidade analítica. Ampliando assim os sentidos dos termos pólis e ágora assinalados por Giovannetti "os seminários clínicos e teóricos, por se situarem no registro da pólis e não do oikos, carregam em si o potencial interpretante daquelas cristalizações transferenciais inevitáveis em toda análise e supervisão"; "o currículo ... funciona para o Instituto como a ágora funcionava para o cidadão ateniense" (Giovannetti, 2010).

Em sua face pública, a formação desta identidade é representada também pelo reconhecimento da atividade pública do analista e seus caminhos e atuações na pólis, na cidade, no espaço coletivo. Sabemos que a formação analítica quase sempre acontece em trajetórias, em identidades que já se apresentaram publicamente de alguma maneira, como assinala (Canestri, 2011) "as pessoas chegavam com vários anos de experiência profissional". Muitos profissionais, senão todos ou a imensa maioria já têm sua clínica e sua inserção em outros espaços. Não são identidades vazias que serão preenchidas por uma nova essência. Dotadas de história e consistência buscam ao mesmo tempo alguma transformação com a formação em psicanálise. Esta transformação é de alguma forma muito importante, uma vez que o percurso da formação não é tarefa fácil. Não se trata somente da aquisição de um título de associado.

 

Identidade: privada & pública

As peculiaridades da formação e dos desdobramentos em cada analista não me parecem algo simples. Diversa, heterogênea, múltipla: cada um constrói seu percurso. Não se pretende jamais uma série de iguais. Por outro lado também vivemos um tempo no qual se discute o excesso, o exagero, a diluição. Como metáfora, talvez a formação possa ser sonhada como um mergulho profundo no qual molhar-se integralmente é algo inevitável; ninguém que mergulha vira peixe muito menos se dilui na água. Não precisamos medir e nem é intuito avaliar graus de comprometimento ou profundidade de mergulho. Também não é possível elencar o grau de participação pública como elemento índice da formação. Por outro lado, é possível questionar em que medida a apresentação à comunidade desta identidade psicanalítica privada pode ou não contribuir para a própria formação de cada analista e, além, para o próprio movimento psicanalítico.

A história de Freud é bastante ilustrativa nesse sentido. É público e notório todo trajeto sinuoso e difícil que ele percorreu ao propor este campo. Críticas, censuras e repreensões conviveram com um espírito corajoso de quem não hesitava em publicar suas ideias. E sabemos o quanto Freud publicou. A publicação de seus inúmeros textos e artigos, de suas cartas sempre foi acompanhada de sua participação em conferências e discussões científicas, dentro e fora do círculo psicanalítico. Freud adquiriu uma identidade psicanalítica publicamente reconhecida, assim como fizeram praticamente todos os que o seguiram. "Em 1909, no salão de conferências de uma universidade norte-americana, tive a primeira oportunidade de falar em público sobre a psicanálise" (Freud, 1914/2006, p. 18).

Sustentar tal identidade não é tarefa fácil. Requer escolhas. Sustentar tal identidade dentro dos muros e do espaço da instituição é tarefa mais exequível. Fazer escolhas em situações públicas, em discussões coletivas, nas quais se é chamado a falar como psicanalista é mais complicado. Complicação inerente a nossa prática pautada pela intimidade das sessões. Complicação que deve ser enfrentada com reflexão, uma vez que os recuos e a intimidação podem também ser questionados.

Em que medida esta é uma questão importante? Penso em uma sociedade viva e circulante nas quais os espaços silenciosos ou ociosos precisam ser preenchidos, como apontado pela carta-convite do Jornal, como apontam em alguma medida os desdobramentos de nossas próprias análises pessoais, quando nos mostram nossos próprios espaços cristalizados. Como gostaríamos de pensar nossos aspectos públicos enquanto psicanalistas? São parte de nossa identidade? Há algo que seja minimamente coletivo nessa observação? Ou, pelo contrário, são elementos que dizem respeito a cada analista em particular, ao que ele escolhe e decide fazer? A formação nos habilita, segundo códigos coletivamente reconhecidos, ao exercício da psicanálise. Uma vez habilitados podemos nos contentar em apresentar a carteirinha do clube quando for necessário, ou quando for conveniente?

É lógico, mas caso não seja, reitero, que não se trata de indagar de forma persecutória e inquisidora sobre a ação de cada pessoa. Muito menos pensar que há exigências mínimas de conduta. O interesse é mobilizar espaços que possam ser ocupados e quiçá questionar quais formas de ocupação nos parecem interessante. Um ex-diretor de um importante serviço público que conta com atendimento psicanalítico (e também de outras linhas psicoterápicas) em uma grande escala, mas que está inserido em um importante hospital psiquiátrico relatou que com o passar dos anos percebeu gradativamente um sensível deslocamento na posição da psicanálise em seu contexto institucional. Esperava o fim da participação da psicanálise naquela instituição: "o crescimento da moderna psiquiatria propiciou o descrédito do uso da Psicanálise por psiquiatras" (Amaro, 2003)3. Alguns anos mais tarde ele próprio abandonaria a psicanálise após algum tempo de trabalho.

 

Mostrando a cara, desdobramentos da ocupação pública na formação analítica

Em Privação e delinquência estão publicadas correspondências entre Winnicott e um magistrado: "Permita-me enfatizar uma vez mais o fato de reconhecermos que nós, psicanalistas, temos uma quantidade limitada de ajuda a oferecer a magistrados, no sentido de uma terapia direta" (Winnicott, 1987/2005, p. 187). Está também publicada uma Carta ao British Medical Journal, que contém opiniões de Winnicott, como logo no início: "A evacuação de crianças pequenas, entre 2 e 5 anos de idade, envolve sérios problemas psicológicos" (p. 9). São trechos que ilustram de alguma maneira a possibilidade de participação pública, nesse caso de um eminente psicanalista, que estimulam o debate sobre a face pública da formação psicanalítica. Winnicott assume de forma clara suas posições, situando-se como psicanalista no seio de um debate coletivo.

O exercício clínico, a publicação de ideias em vários canais de comunicação, a participação ativa em processos comunitários são maneiras de "mostrar a cara". A inserção das sociedades de psicanálise na pólis ocupando e remodelando sua atuação é imprescindível para manter circulante e em permanente debate aquilo que nutre e incrementa a vida, nosso precioso objeto de trabalho. As sociedades são compostas por seus membros e são eles os responsáveis (ou não) por essa inserção.

Não se trata de contrapor ou privilegiar o público em detrimento do privado. A intimidade, o sigilo e privacidade são condições sine qua non de exercício psicanalítico. Por outro lado, parece difícil negar a relevância da apresentação ao publico, à comunidade.

Os Profissionais de saúde mental e os psicanalistas associados ao Movimento Psicanálise, Autismo e Saúde Pública, por meio deste manifesto, dirigem-se ao público em geral com o intuito de divulgar e afirmar o lugar das práticas psicanalíticas e sua posição ética frente ao panorama atual das políticas públicas dirigidas ao tratamento das pessoas com autismo e suas famílias. (Carta de princípios do Movimento Psicanálise, Autismo e Saúde Pública, 2013).4

Os vários signatários desta carta pública demonstram possibilidades e necessidades de se ocuparem espaços. Afirmando seus pontos de vista, sem distorcer ou comprometer as premissas do polo privado, marcam posição. Assumem uma postura madura e implicada nas questões da pólis.

Esta demonstração não pode servir de estímulo para a formação de um psicanalista? Aquele que - mesmo comprometido com suas questões particulares e com as singularidades de sua clínica - não passa a fazer parte de um conjunto que, heterogêneo que seja, partilha de algumas mínimas concordâncias? Esta ocupação pública pode se agregar ao debate dos currículos e políticas internas de cada instituição?

Cazuza encerra sua música dizendo: "confia em mim". Atrelar as ideias de confiança e de exposição (o mostrar a cara) é um desafio para nós analistas. A ideia articulada no artigo pretende instigar esse debate. A exposição midiática e excessiva, que muitas vezes empobrece a própria potência da fala e da escuta analíticas merece inclusão nessa temática, mas não foi aqui desenvolvida. Pode-se procurar uma dose suficiente entre participação pública, que possa por isso mesmo incrementar a confiança? Qual é o nosso negócio? Há um negócio comum? Quem são nossos sócios? Temos sócios? São questões que estão presentes na formação (e na trajetória) de praticamente todo psicanalista.

 

Referências

Durando, F. (2005). A Grécia antiga. (C. Nougué, trad., pp. 56-89). Barcelona: Folio.         [ Links ]

Amaro, J. W. F. (2003). A história do Instituto de Psiquiatria e do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Revista de Psiquiatria Clínica, 30(2),44-71.         [ Links ]

Canestri, J. (2011). Entrevista da Associação dos Membros Filiados: sobre a formação do psicanalista. Jornal de Psicanálise, 44(80),45-60.         [ Links ]

Cazuza & Ezequiel Neves. (Letristas). George Israel. (Composição). (1988). Brasil [música]. Álbum Ideologia. Rio de Janeiro. Universal Music.         [ Links ]

Freud, S. (2006a). A história do movimento psicanalítico. In S. Freud, Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud (J. Strachey, trad., Vol. 14, pp. 18-). Rio de Janeiro: Imago. (Trabalho original publicado em 1914)        [ Links ]

Giovannetti, M. F. (2010). Sobre a natureza e função do currículo na formação analítica. Jornal de Psicanálise, 43(79),181-186.         [ Links ]

Goldfajn, D. S. (2012). Novos mundos, novas trilhas: buscando a identidade de psicanalista. Revista Brasileira de Psicanálise, 46(1),91-103.         [ Links ]

Signatários da Carta de Princípio do Movimento Psicanálise, Autismo e Saúde Pública. (2013). Texto recuperado em 06/06/2013: http://www.sedes.org.br/Departamentos/Psicanalise/arquivos_comunicacao/Carta%20de%20principios%20.pdf        [ Links ]

Teperman, M. H. I e Knopf, S. (2011). Vírginia Bicudo - uma história da psicanálise brasileira. Jornal de Psicanálise, 44(80),65-79.         [ Links ]

Winnicott, D. W. (2005). Privação e delinquência. (A. Cabral, trad.). São Paulo: Martins Fontes. (Trabalho original publicado em 1987)        [ Links ]

 

 

Recebido em: 30/5/2013
Aceito em: 4/6/2013

 

 

Gustavo Gil Alarcão. R. Cristiano Viana, 441, cj 66 | Pinheiros. 05411-000 São Paulo SP. Tel: 11 3062- 1887. gustavogilalarcao@yahoo.com.br
1 Brasil faz parte do álbum Ideologia, terceiro álbum da carreira solo de Cazuza. Composta em 1988 em parceria com George Israel. Canção de grande sucesso, ganhou o prêmio Sharp de música e é bastante conhecida do público.
2 O artigo de Denise Goldfajn é uma importante e atual fonte de reflexão sobre questões relativas à formação em psicanálise. O artigo não foi explorado nesse presente trabalho. Retirei um trecho que julguei significativo, claro e que se articulou bem com as ideias apresentadas nesse texto.
3 Jorge W. F. Amaro é professor colaborador sênior permissionário do departamento de psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Em 1965 fundou, em conjunto com outros colegas, o Serviço de Psicoterapia do Instituto de Psiquiatria, um importante centro de atendimento público em psicoterapia (diversas linhas de trabalho: psicanálise, psicologia analítica, psicodrama, psicoterapia breve, psicoterapia de orientação analítica) e também formação de profissionais (acadêmicos de medicina, residentes de psiquiatria e estagiários de diversas áreas de saúde).
4 A questão envolvendo a interrupção da prática psicanalítica para pacientes com diagnóstico de autismo em serviços públicos de saúde tem sido intensamente debatida. Diversas associações psicanalíticas se manifestaram, incluindo a SBPSP de forma contundente. A carta pública do manifesto é um importante documento a ser consultado, pois mostra de forma decisiva a necessidade de posicionamento da comunidade psicanalítica em determinadas circunstâncias, como esta.