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Jornal de Psicanálise

versão impressa ISSN 0103-5835

J. psicanal. vol.50 no.92 São Paulo jun. 2017

 

AULA INAUGURAL DO INSTITUTO DE PSICANÁLISE

 

A atitude psicanalítica1

 

The psychoanalytic attitude

 

La actitud psicoanalítica

 

La démarche psychanalytique

 

 

Paulo Duarte Guimarães Filho

Analista didata da SBPSP, analista de crianças e adolescentes, coordenador do Grupo de Estudos sobre Psicanálise e Pragmatismo da Filosofia da PUC e anteriormente diretor do Instituto de Psicanálise e diretor científico da SBPSP, São Paulo. pduartegf@uol.com.br

 

 


RESUMO

Na aula são realçadas as relações entre dinâmicas grupais presentes nos meios psicanalíticos e a atitude psicanalítica, sendo usado o modelo da psicanálise como território descoberto por Freud e explorado pelos psicanalistas. Num momento houve a exploração de diferentes dimensões do território psicanalítico, numa situação que chegou a ser chamada de "Babel psicanalítica". Noutro ocorreram concordâncias teórico-clínicas significativas entre os diferentes grupos. O valor desse processo para a psicanálise como conhecimento é destacado e também como isto não tem sido devidamente explorado. Estes dados são correlacionados com sugestões de Widlöcher sobre a importância para a vitalidade da psicanálise da "supervisão generalizada" usual entre os analistas, mas fazendo a ressalva sobre a tendência à "circularidade" desses processos e, em função disso, destacando a necessidade de uma atenção para o que favoreça "retas de progressão" do conhecimento psicanalítico.

Palavras-chave: atitude psicanalítica, dinâmicas grupais, investigações intra e intergrupais na psicanálise, epistemologia da psicanálise


ABSTRACT

In the lecture, the author highlights the relations between group dynamics in the psychoanalytic environment and the psychoanalytic attitude. To this end, he uses the model of psychoanalysis as the field discovered by Freud and explored by psychoanalysts. There was a moment when different dimensions of the psychoanalytic field were explored - a situation that ended up being called "Psychoanalytic Babel". In another moment, different groups significantly agreed on theoretical and clinical issues. This paper emphasizes the value of this process to psychoanalysis as knowledge and how this has not been duly explored. The author correlates these data and Widlöcher's suggestions about the importance of "generalized supervision" - which is usual among analysts - to the vitality of psychoanalysis. In this matter, however, the author makes a remark about these processes tending towards "circularity". Therefore, he emphasizes that it is vital to focus on what may provide "routes of progression" to the psychoanalytic knowledge.

Keywords: psychoanalytic attitude, group dynamics, intra and intergroup investigations in psychoanalysis, psychoanalytic epistemology


RESUMEN

En la clase, son resaltadas las relaciones entre dinámicas grupales presentes en los medios psicoanalíticos y la actitud psicoanalítica, se usa el modelo del psicoanálisis como territorio descubierto por Freud y explorado por los psicoanalistas. En determinado momento, se dio la exploración de diferentes dimensiones del territorio psicoanalítico, situación que fue llamada "Babel psicoanalítica". En otro momento, ocurrieron concordancias teórico-clínicas significativas entre los diferentes grupos. En este trabajo se destaca el valor de ese proceso para el psicoanálisis como conocimiento y, también, el hecho de que el tema todavía no ha sido debidamente explorado. Estos datos son correlacionados con la sugerencia de Widlöcher sobre la importancia, para la vitalidad del psicoanálisis, de la "supervisión generalizada," usual entre los analistas, pero con la resalva de que puede existir una tendencia a la "circularidad" de esos procesos. En función de esto, se destaca la necesidad de dirigir la atención para lo que favorezca "directrices de progresión" del conocimiento psicoanalítico.

Palabras clave: actitud psicoanalítica, dinámicas grupales, investigaciones intra e inter-grupales en psicoanálisis, epistemología del psicoanálisis


RÉSUMÉ

Dans la classe, les rapports entre les dynamiques groupales présentes dans les milieux psychanalytiques et la démarche psychanalytique sont mis en relief, en employant le modèle de la psychanalyse comme le territoire découvert pour Freud et exploité par les psychanalystes. Dans un moment donné, il y a eu l'exploitation de différentes dimensions du territoire psychanalytique, dans une situation qui finit pour être appelée la "Babel psychanalytique". Dans un autre, il y a eu des accords théorique-cliniques significatifs entre les différents groupes. L'importance de cette démarche pour la psychanalyse en tant que connaissance a été mise en relief et on signale également que cela n'a pas été convenablement exploité. On établit des corrélations entre ces données et les suggestions de Widlöcher concernant l'importance, pour la vitalité de la psychanalyse, de la "supervision généralisée" qui est usuelle parmi les analystes, mais en prenant garde à la tendance de ces processus à la "circularité" et, par conséquent, en soulignant le besoin d'une attention à tout ce qui favorise "la progression linéaire" des connaissances psychanalytiques.

Mots-clés: démarche psychanalytique, dynamiques groupales, recherches intra et intergroupales dans la psychanalyse, épistémologie de la psychanalyse


 

 

Em primeiro lugar, agradeço a Vera Regina Marcondes Fonseca, diretora do Instituto de Psicanálise, pelo convite para esta Aula Inaugural e também quero manifestar meu reconhecimento pela riqueza do tema que ela sugeriu, lamentando que ele não tenha podido ser compartilhado com o colega Antonio Carlos Eva, por quem tenho um especial apreço. O modo pelo qual vou abordar esse tema leva em conta sua relevância, mas igualmente o fato de que estou falando para colegas que usualmente já tiveram diferentes tipos de contato com a experiência e o aprendizado psicanalítico, mas que estão começando uma formação em nossa Sociedade e Instituto, passando, portanto, a conviver de um modo mais sistemático com diferentes tipos de influências que as dinâmicas grupais tendem a ter em nossos funcionamentos como analistas, portanto, em nossa atitude psicanalítica.

O tema da atitude psicanalítica é bastante amplo e de certo modo está frequentemente sendo tratado, pois diferentes questões consideradas na psicanálise terminam tendo influências sobre a atitude do analista no seu trabalho. Talvez em virtude dessa espécie de onipresença, o tema da atitude psicanalítica usualmente não é abordado de uma forma específica. Assim, acredito que a escolha da Diretoria do Instituto tenha sido bastante apropriada, na medida em que ela se dirige a colegas que estão chegando ao Instituto, dando oportunidade de pensarmos juntos sobre a questão mais específica para a qual vou me voltar a respeito da atitude psicanalítica, ou seja, a da repercussão que tende a haver na atitude psicanalítica, pelo fato de ela se dar numa inter-relação permanente com diferentes tipos de contextos grupais.

Há duas razões principais para escolhermos as relações dos funcionamentos grupais com a atitude psicanalítica como foco central desta apresentação. A primeira delas é que, talvez em virtude do jogo de forças em que a atitude psicanalítica usualmente está mergulhada, a questão a que estou me referindo tende a não aparecer e a não ser mais claramente examinada. Não é rara a referência ao papel que a análise didática e as supervisões têm sobre nossas atitudes psicanalíticas, este fato certamente não se dando em relação ao exame de se haveria, e como se dariam, influências grupais sobre as atitudes psicanalíticas. A outra razão é que, sem usar explicitamente a expressão "atitude psicanalítica", estudei, em diversos trabalhos e participações no Comitê de Pesquisa Conceitual da IPA, processos que envolveram relações entre diferentes grupos psicanalíticos e levaram a evoluções bastante significativas nas atitudes psicanalíticas adotadas nestes, valendo a pena dizer algo a esse respeito, no momento em que o alvo de nosso interesse é a atitude psicanalítica.

Para facilitar o acompanhamento do que vamos passar a ver, será conveniente nos voltarmos para um trecho de Freud, no último parágrafo da "Dinâmica da transferência", no qual estão presentes pontos básicos das questões que vieram a ter a evolução referida anteriormente. Neste trecho Freud diz:

Os impulsos inconscientes não querem ser recordados, do modo que é desejado no tratamento, mas se esforçam para serem repetidos, de acordo com a atemporalidade do inconsciente e de sua capacidade de alucinação. Do mesmo modo que acontece nos sonhos, o paciente encara os produtos do despertar de seus impulsos inconscientes como presentes e reais; ele procura pôr suas paixões em ação, sem levar em conta a situação real. (Freud, 1912/1973a, p. 108)

Não é difícil distinguir como essa afirmação de Freud contém algo bastante valioso para ser pensado sobre o nosso tema, ou seja, o fato de ele ali propor uma atitude psicanalítica bem definida: "Os impulsos inconscientes não querem ser recordados do modo que é desejado no tratamento". A proposta dessa atitude é também predominante nos demais artigos sobre técnica de Freud (1911-1915), ainda que ele reconheça, como nesse parágrafo e noutros escritos sobre técnica, o papel e a necessidade de lidar com a atuação dos impulsos inconscientes na situação viva da transferência. Ao mesmo tempo, interessa-nos destacar aqui que Freud não desenvolveu, do modo que veio a ocorrer depois na psicanálise, uma atitude psicanalítica voltada para a exploração do que ele distinguiu nesse parágrafo, como aspectos alucinados e de atuação das paixões na transferência. O esclarecimento de tais aspectos em grande medida esteve relacionado com importantes concepções psicanalíticas criadas mais tarde, particularmente por Melanie Klein (1946) e Bion (1965), podendo ser referidas aqui as noções da identificação projetiva e das transformações em alucinose, tudo isso tendo enormes repercussões na natureza das atitudes psicanalíticas que se foram desenvolvendo em função dessas contribuições.

Para prosseguir no exame da evolução que ocorreu na área das atitudes psicanalíticas, em relação aos pontos básicos presentes no trecho citado de Freud, vamos aproveitar outro auxílio, que ajudará a pensar numa série de aspectos de articulações entre os funcionamentos grupais e as atitudes psicanalíticas desenvolvidas no interior destes. A contribuição de que lançaremos mão aqui é a de um modelo segundo o qual a psicanálise seria como um território descoberto por Freud e que passaria a ser colonizado pelos psicanalistas. Esse modelo foi usado pela revista Caliban, numa proposta de tema sobre "O que não se Sabe", para contrapor, ao trabalho de colonização, a necessidade da atenção para o além, para o que não se sabe na psicanálise. Vamos nos valer desse modelo noutra direção, na medida em que ele pode ser bastante útil para distinguirmos uma série de questões significativas, destacando-se entre elas as influências de dinâmicas grupais sobre a atitude psicanalítica. Um ponto que é bem proveitoso nesse modelo da exploração do território da psicanálise, para o nosso tema da atitude psicanalítica, é que ele ajuda a figurar que houve subdivisões no território descoberto por Freud e que concepções criativas e fecundas de determinados autores levaram a um momento em que se desenvolveram colonizações em diferentes dimensões do território da psicanálise.

Tendo em vista nosso interesse pela atitude psicanalítica, podemos continuar examinando o trecho citado de Freud (1912/1973a), da "Dinâmica da transferência", quando foi assinalado como ali já estava presente a atitude de Freud de investigar uma dimensão que ele havia descoberto do território inconsciente, enquanto, ao mesmo tempo, apareciam indícios de outras importantes dimensões dos funcionamentos inconscientes que depois vieram a ser exploradas por outros grupos de colonizadores. Estudei em diversos trabalhos que serão referidos adiante algo que considero de uma enorme significação para a validade da psicanálise como conhecimento e que ocorreu depois desse período inicial dos processos de colonização. Embora naqueles trabalhos o foco não fosse diretamente a atitude psicanalítica, vamos ver que de certa forma ela estava no centro do que foi tratado.

Para acompanhar o que está sendo referido, devemos partir de um primeiro e longo período em que as colonizações das subdivisões do território do inconsciente se deram por meio de diferentes escolas psicanalíticas, com o predomínio de disputas entre elas, e a criação de uma situação que chegou a ser chamada de "Babel psicanalítica". Estava habituado a conviver com esse quadro, quando, a partir de certo momento, fui sendo surpreendido pelo encontro de diferentes referências na literatura psicanalítica (Gabbard, 1995; Sandler, 1976, 1993; Schafer, 1994; Wallerstein, 1988, 2002) a determinadas concordâncias teórico-clínicas entre grupos antes marcados pelas divergências. Um dos trabalhos mais esclarecedores a esse respeito é o de Glen Gabbard, em 1995, publicado no ijp, tendo o título de "Countertransference: The Emerging Common Ground"; houve também um Congresso da IPA, em 1989, cujo tema foi "Common Ground in Psychoanalysis". Outro exemplo é o de Joseph Sandler, na Inglaterra, um dos mais destacados membros do chamado "Grupo Freudiano" e que, em diversas publicações, de certo modo acolheu elementos da noção da identificação projetiva de Melanie Klein, podendo ser acompanhada sua contribuição para tais concordâncias.

Aproveitando do título do trabalho de Gabbard (1995), "Countertransference: The Emerging Common Ground", e mesmo sem entrar em detalhes sobre essas concordâncias, é possível sintetizar dizendo que elas se deram em relação à ampliação do reconhecimento do papel da contratransferência na psicanálise. Nesse sentido, passou a haver uma observação muito maior de como o analista podia ser afetado pelas mobilizações dos pacientes, do tipo das que já haviam sido referidas no parágrafo que vimos de Freud, tudo isso com profundas repercussões sobre a atitude psicanalítica. Ao mesmo tempo, o fato marcante de ter havido essas concordâncias evidenciava como ocorreram aí influências bastante positivas das trocas entre diferentes grupos psicanalíticos. Assim, a partir das concordâncias é possível depreender que houve um intercâmbio de observações e experiências entre eles, culminando com o acolhimento mais geral das noções em relação às quais foram observadas as concordâncias já referidas.

Em vários trabalhos que escrevi a esse respeito (Guimarães Filho, 2000, 2003, 2005, 2008, 2012) e na participação que tive no Comitê de Pesquisa Conceitual da IPA, dei um destaque bem grande, que renovo neste momento, à importância dessas ocorrências em relação ao valor da psicanálise como conhecimento. Isso acontece à medida que tais concordâncias são indicativas de um processo espontâneo e não planejado de pesquisa, desenvolvido entre setores da comunidade psicanalítica, de modo não deliberado nem determinado por forças ideológicas ou políticas, e subjacente ao qual pode ser reconhecido que houve maior aceitação de noções que em última análise foram mais valorizadas na prática clínica. Apesar de não ter usado o modelo "colonização/o que não se sabe", no sentido proposto pela revista Caliban, pode ser dito que a ocorrência de tais concordâncias dá indicações de que estamos diante de um acontecimento bastante significativo, pois, não obstante a predominância do trabalho de colonização em cada território, houve também reconhecimento de "o que não se sabe" vindo de outros territórios, com o acolhimento amplo de noções consideradas como mais valiosas, tudo isso com enormes contribuições na área da atitude psicanalítica.

Ainda na linha de pensar sobre o papel de dinâmicas grupais nos fatos que estão sendo examinados e de suas repercussões sobre a atitude psicanalítica, vamos lembrar uma imagem usada por Daniel Widlöcher (2003), quando era presidente da IPA e criou o Comitê de Pesquisa Conceitual naquela instituição. No prefácio de publicação com trabalhos apresentados na inauguração daquele Comitê, Widlöcher apontou para algo significativo que não vimos ser referido noutras ocasiões, isto é, o que ele chamou da supervisão generalizada que acontece usualmente entre analistas é de suma importância para a manutenção da vitalidade da psicanálise. Pode ser depreendido aqui que Widlöcher implicitamente indicava a importância de que as atitudes psicanalíticas de cada um fossem levadas a apreciações dos pares, no que ele chamou de supervisão generalizada entre os analistas. Ao mesmo tempo, ele figurava como esses processos tendiam a criar uma circularidade e, referindo-se à pesquisa conceitual, apontava para a necessidade de que fossem desenvolvidas retas de progressão do conhecimento psicanalítico. Podemos pensar que, em outras palavras, Widlöcher estava relatando como a colonização do território, embora rica e necessária para a vitalidade da psicanálise, tinha o risco de ficar aprisionada numa circularidade. É também possível pensar que as concordâncias teórico-clínicas, apontadas anteriormente, corresponderiam a algo que saía da circularidade e podia ser figurado como uma das retas de progressão, na linha proposta por Widlöcher.

Vamos agora apenas assinalar algo que passou a se dar num período posterior ao que estávamos vendo: embora as concordâncias tivessem predominantemente continuado, o seu estudo e o do processo de investigação que levou a elas praticamente deixaram de estar presentes na literatura psicanalítica. Esse fato é surpreendente e instigante, tendo em vista que a existência de tal processo investigativo parece algo bem favorável, numa área bastante sensível da psicanálise: a da sua validade como conhecimento.

Concluindo, pode ser dito que, apesar de não ter havido um aproveitamento mais amplo da significação desse processo, no momento em que nosso interesse se volta para a atitude psicanalítica, é possível pensar que isso não retira o valor dessa ocorrência muito rica de expansão das atitudes psicanalíticas, em função de trocas entre diferentes setores de nossa comunidade. Talvez ainda haja muito que possa ser aprendido dessas experiências!

 

Referências

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Recebido em: 23/2/2017
Aceito em: 23/2/2017

 

 

1 Trabalho apresentado na Aula Inaugural do Instituto de Psicanálise "Durval Marcondes" da SBPSP, em 20 de fevereiro 2017.

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