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Jornal de Psicanálise

Print version ISSN 0103-5835

J. psicanal. vol.50 no.93 São Paulo Dec. 2017

 

AULA INAUGURAL DO INSTITUTO DE PSICANÁLISE

 

Atitude psicanalítica1

 

 

João Baptista N. F. França

Membro efetivo e analista didata da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo, SBPSP. São Paulo. jb-franca@uol.com.br

 

 

1. Intérpretes

Preparo e abstinência

No trabalho sobre análise selvagem, Freud (1910/1969a), relata o caso de uma mulher separada do marido, com crises de angústia, e como um analista despreparado agiria diante da paciente, dando conselhos disparatados sobre a vida sexual, sem uma adequada compreensão do problema. Essa situação expressa um descompasso entre teoria não assimilada e uma compreensão teórico-clínica que é fruto da experiência.

Freud começou a escrever priorizando suas descobertas acerca da importância da sexualidade recalcada na vida civilizada e na etiologia das neuroses, mas aos poucos foi se interessando e dando ênfase às defesas do ego, à sublimação e à integração de tantos fatores no desenvolvimento saudável do ser humano.

O caso citado naquele trabalho ilustra não só o despreparo, mas também tem relação com a importância da abstinência como um estado necessário para a prática psicanalítica.

Além da abstinência, o psicanalista tem que estar integralmente presente, isto é, ele não é como um computador que tem registrada toda a teoria psicanalítica; precisa interagir com o paciente e interpretar. Ele deve saber o que sabe e o que não sabe; é ao mesmo tempo competente e frágil. E daí extrai a sua força. Presença, abstinência e interpretação são elementos do preparo, que configuram uma atitude psicanalítica.

Nosso primeiro intérprete do inconsciente e da realidade psíquica tinha uma mente aberta e revelou-se capaz de rever, mudar ou ampliar seus pontos de vista, quando necessário.

Freud ficou assombrado com o envolvimento próprio do método terapêutico que começou a experimentar. Mas, no caso de Anna O., teve atitude mais serena do que Breuer, para não se deixar envolver.

Sua autoanálise mostrou-lhe um poderoso mundo emocional e também a descoberta do Édipo; isto contribuiu para a compreensão da natureza humana e de seu próprio mundo emocional, fatores necessários para a formação da atitude psicanalítica para com os pacientes.

Ousadia e superação

Klein, nascida em um contexto cultural não muito diferente, enfrentava depressões e um difícil relacionamento com a mãe, segundo seus biógrafos.

Ao tomar conhecimento das obras de Freud e de Ferenczi, analisou-se com este e depois com Abraham, tendo-se dedicado à analise de crianças pequenas com um método inovador e descobrindo que não só o verbalizado pelo paciente era revelador do inconsciente.

Desvelou o campo das ansiedades primitivas e privilegiou a angústia como foco de atenções.

Uma mulher corajosa, no entanto, ao que parece, Klein não incluía sua própria vida emocional no trabalho, e criticou as ideias de Paula Heimann sobre contratransferência (1949).

Um criativo pediatra

Um episódio relatado por Winnicott fala do caso de um menino de 8 anos, de um país nórdico, com o qual se entreteve e cujo pai depois perguntou como se comunicaram. Winnicott não falava finlandês e o menino não falava inglês; e eles se entenderam muito bem, graças ao dom, empatia e a atitude pessoal do analista.

Psicanálise hoje

O mundo mudou; perdemos nossa condição de aldeia e agora residimos no mundo global; nos mais de 100 anos de psicanálise, centenas de colegas têm contribuído para os desdobramentos de nossa disciplina, que de ciência passou a arte e, depois, a um quase artesanato.

Hoje, quase não temos nome e sobrenome, mas certamente CPF e celular, que nos são bem úteis, mas competem com a introspecção, uma das qualidades de acesso ao mundo interno.

Como fica a atitude psicanalítica após essas mudanças sobre os fatores presentes na cena analítica, na psique dos pacientes e de seus analistas?

Com os pacientes mais comuns na clínica atual, nos quais as defesas maiores são a clivagem e sintomas psicossomáticos, e não a repressão, a atitude psicanalítica requer novos ingredientes.

Quando predominam vivências de vazio, perturbações narcísicas e de identidade, recurso ao uso de drogas, falta de estruturação familiar, violência e confusão social e política, os desafios crescem e se requerem novas estratégias.

A natureza humana mudou? Ou aparece revestida de um novo contexto cultural? Essas questões já apareciam com Green (1975/1988) quando passou a descrever pacientes não neuróticos, como no artigo que apresentou em 1975 sobre as crises externas e internas da psicanálise.

O tema das neuroses da atualidade tem sido discutido em muitas publicações psicanalíticas nos últimos anos, como podemos ver em trabalhos de Gley Costa (2008; 2013), Urribarri (2012) e outros muitos autores, que se mantêm devedores de Freud, mas propõem uma nova compreensão e novas atitudes na prática clínica.

 

2. A demanda

A quem o paciente procura, com qual propósito e com quais ansiedades?

Procurar um analista já envolve transferência: uma disposição de ligar-se a um novo objeto.

Todos sabem da dificuldade do paciente em procurar um analista; resistências de varias ordens ocorrem, e o paciente i, ndicado por um colega, amigo ou familiar, chega até nós após um tempo considerável.

Uma primeira e universal transferência, que ocorre antes ou junto ao Édipo, e antes ou junto às posições de Klein, pode se chamar de "transferência primária", denominação usada por Genevieve de Rodriguè (1965).

Essa autora situa-se num referencial kleiniano, e destaca o mundo interno do paciente ou futuro paciente e sua demanda perturbada por medos de intrusão e desastre.

Na minha leitura, o paciente espera, em primeiro lugar, por alguém mais sábio que ele, que compreenda, esclareça e nomeie situações confusas e ameaçadoras de sua mente; e que a atitude desse novo interlocutor e nomeações que façam sentido o ajudem a pôr ordem em seu mundo interno; alguém benevolente como figura parental confiável; e uma situação análoga à pré-concepção do seio, que o satisfaça. Alguém verdadeiro, alguém not me, mas um outro, amigável, espécie de selfobjeto, que lembra (como função) o casal parental.

O paciente espera e teme a nova experiência.

Penso que esse tipo inicial e perdurável de transferência vai se compor com a característica predominante do paciente; seja paranoide, depressivo, narcisista, às voltas com seu Édipo, traumatizado, ou inconformado com as pré-concepções básicas do ser humano, como diria Money-Kyrle (1968/1996).

E a atitude psicanalítica adequada leva em conta o conjunto e as complexidades do paciente, nosso companheiro de dupla.

A atitude do psicanalista tem tudo a ver com seu mundo interno.

 

3. Mundo interno e suas sinalizações

O conceito de realidade psíquica, apontado por Freud (1911/1969c), ganhou enorme expansão no pensamento kleiniano, como foi bem exposto por Isaacs (1944-45/1982), na conceituação de fantasia inconsciente e suas relações com a realidade psíquica.

Mundo interno é a palavra-chave da psicanálise na teoria e na prática diária.

Vou sugerir algumas sinalizações que nos servem de guia e aproximação a esse foco central de nossa atitude no trabalho como analistas e que, no entanto é difícil de alcançar pelo grau de abstração que encerra.

Algumas dessas sinalizações que considero significativas são: sofrimento, curiosidade, introspecção, concern, esperança.

A descoberta de Freud sobre um mundo interno e uma realidade psíquica fez a atenção do psicanalista e sua atitude clínica voltarem-se para a questão do sofrimento psíquico. Não basta sentir a dor, mas sim sofrer a dor; e o mesmo pode valer para o prazer: não basta sentir prazer, mas é preciso vivenciá-lo.

Do ponto de vista subjetivo, as crianças não sabem falar de sua felicidade ou então de seu sofrimento; elas se exprimem por choro, júbilo, expressões físicas. Um exemplo extraído da MPB traz uma simpática ilustração de um dos polos desse período de vida, a canção diz: "eu era feliz e não sabia".

Quanto aos pacientes adultos, às vezes só focalizam a parte negativa de suas vidas, quando se queixam, dentro e fora de uma análise. Os que focalizam só a parte positiva, não procuram análise.

Outros aspectos de uma mola propulsora e manifestação de um poderoso impulso interior aparecem quando se vê uma criança que aprende a andar: é um explorador do mundo, até foge da mãe, embora com um olho nela; a curiosidade é outra invariante, e também a introspecção, base de um futuro psicanalista, junto com a capacidade de empatia e concern.

O concern que temos para com nossos pais, irmãos e filhos transforma-se em colaboração social e é fundamental para os analistas. Assinalo também a esperança como outro sentimento essencial do ser humano na infância, nos pacientes e também no analista, e parte fundamental de sua atitude.

Vou agora me referir à atitude do psicanalista na situação particular de seu contato e relação com o paciente, abordando brevemente questões da contra transferência, do setting e do campo analítico.

 

4. Por trás de uma cortina semitransparente

A situação analítica se dá em um ambiente de grande intimidade. Estamos unidos e separados do paciente em uma sessão de análise.

As ideias sobre campo analítico começaram com o casal Baranger (1960) e representam uma composição e consideração de transferência e contratransferência; e retratam a perspectiva de como o analista vê a situação, de sua poltrona.

No setting estabelecido como setting externo, surge a consideração de um setting interno.

Na sala de análise, nos encontramos em um ambiente no qual é como se houvesse uma cortina (semi) transparente entre nós e o paciente.

Nós o vemos, e ele (nem sempre) nos vê; há alguma penumbra e um setting propositadamente intencional da presença de alguma barreira, proteção, e ao mesmo tempo convite a introspecção e a regressão.

Antes de abordar uma contratransferência mais personalizada, penso primeiramente em como os analistas lidam com o próprio Édipo, Narciso, e com aspectos traumáticos em sua história pessoal, insight descoberto principalmente em sua análise pessoal. São aspectos gerais e básicos postos em todos os casos, referentes ao preparo teórico e emocional do analista.

A enorme atenção dada à contratransferência é patente nas supervisões, e em certos estudos de caso esta se apresenta como fundamental, mas pressupõe algum tipo de transferência. E, após autores como Baranger & Baranger (1960), Ogden (1994/1996) e outros, um enigmático e complexo campo de pesquisa e vivências se experimenta diante de nossa atitude interna.

Entramos na atividade de analistas como fruto de uma imensa transformação e de uma sublimação daquelas características que mencionei acima como fatores e elementos presentes no mundo interno tanto dos pacientes como dos analistas: sofrimento, curiosidade etc.

Considerando o analista como participante de uma espécie de setting dinâmico, penso na cena analítica em termos de uma triangulação transformada com base no Édipo.

Britton ampliou bastante a conceito de configuração edípica, e, com suas contribuições, pensamos agora estar também na presença da transformação de uma atitude científica e lúdica, que vai desde o quarto dos pais até a sala de análise; quanto ao lúdico, é claro que nos lembramos de Winnicott (1971).

Recordo ainda uma situação triangular frequente: o paciente pensa que o analista pode estar muito mais ligado a Freud e à teoria psicanalítica que a ele; isto ocorre mais frequentemente nas análises de formação, nos filhos de analistas e nos pacientes mais ligados ao mundo psi.

 

5. A escuta

A necessidade de uma escuta analítica ocorre juntamente e relacionada ao atendimento das circunstancias próprias do mundo interno.

Uma escuta deve contemplar uma multidão de aspectos: temos incorporada a nossa teoria; estão presentes nossa identidade, nosso percurso, experiências passadas com a formação e a clínica; e estamos diante do paciente, com o qual deve haver atenção flutuante, uma transferência da situação total, e uma escuta polifônica.

Um paradoxo, no entanto, é contar com todos esses elementos, positivos e incorporados, e ao mesmo tempo se esvaziar para acolher o paciente com sua contribuição simbólica e não simbólica. Assim sendo, a atitude psicanalítica requer uma capacidade negativa e pôr em reserva nossa memória e desejos.

São inúmeros os elementos à disposição do analista em dado momento da sessão. Como escolher, valorizar e selecionar o que é mais significativo?

A escuta é parte fundamental da atitude analítica; além do material verbal, impõe-se atenção a sensações, admitir sentimentos diversos e a presença não verbal da contratransferência, além da situação de espera paciente de uma espécie de luz quanto aos elementos que surgem na sessão.

A escuta analítica foi abordada como recomendação técnica desde que Freud (1912/1969b) escreveu sobre ela em 1912 com o nome de "atenção flutuante", mais bem traduzida por atenção igualmente suspensa. O autor se referia a uma disposição para com o material trazido pelo paciente e com o cuidado de não selecionar pela lógica os assuntos em questão, o que em outro momento ele mencionou como contato entre inconscientes

Em trabalho publicado neste Jornal, rico em vinhetas clínicas, Minerbo (2014) expõe suas ideias sobre escuta analítica falando em suas diversas modalidades, como na escuta da criança-no-adulto, e apontando a necessidade de perceber os diversos níveis do paciente que requerem escutas apropriadas, dando atenção a como estas configurações apresentam-se no aqui e agora da situação clínica; fala ainda em disposição de mente do analista, citando Roussillon e Figueiredo. Esses autores dirigem-se a uma ética do analista e não só a uma técnica, como poderia ser entendida a recomendação de Freud.

A escuta analítica relaciona-se com a reverie

Reverie é o uso que Bion fez, em inglês, da palavra francesa rêverie, mas com sentido diferente. Rêverie em francês quer dizer devaneio, sonho acordado. A mãe sonha que seu bebê vai crescer, o namorado sonha com o momento de estar a sós com sua amada etc.

O conceito de Bion de reverie (Bion, 1962) toma como modelo os sentimentos e a atitude da mãe com seu bebê. Na situação analítica, uma situação altamente sofisticada, reverie refere-se a um complexo trabalho no mundo interno do analista voltado a acolher os elementos beta do paciente em seu próprio mundo interno, a digeri-los e a devolver ao paciente de forma tolerável para este.

Os elementos que destaco na compreensão da reverie são a abertura e disponibilidade do analista (preparado) em acolher o que vier por parte do paciente em seu self, esforçando-se para poder elaborar a situação emergente e devolvê-la por uma atitude de continência e interpretação.

O analista recolhe, através da escuta, diferentes níveis de vivências e comunicação do paciente. Muitos elementos surgem na escuta, e muitas vezes se espera por um fato selecionado.

Se pensamos em um contínuo, situando as diversas fases e processos que se cristalizam com uma adequada escuta analítica, vemos desde vocação, concern, formação, preparo, autorizar-se, usar da empatia para detectar o sofrimento e resgatar a própria identidade, reverie e elaboração para se chegar ao que dizer ou não dizer ao paciente e ao modo de fazê-lo.

 

6. Parceiros na formação

Temos diversos parceiros na vida. Primeiro os pais, os irmãos, depois os colegas de escola, namorados, cônjuges etc. Os analistas, professores e colegas de formação são também parceiros valiosos.

Um parceiro privilegiado é o analista de uma análise pessoal.

A importância dessa análise, percebida por Freud logo que sentiu a insuficiência de uma autoanálise, foi incorporada com acerto nos procedimentos de formação dos institutos de psicanálise.

A análise pessoal que se dá no decorrer da formação dos candidatos a serem psicanalistas encerra muitos desafios e põe à prova a atitude psicanalítica do analista, pelos terceiros envolvidos tanto em relação ao analista como ao colega-paciente. Temos na formação situações de privacidade, e outras nas quais as atividades se dão em grupos pequenos com suas dinâmicas específicas.

O paciente, tanto na condição de analista em formação quanto na de leigo, vivencia seu analista como um complexo objeto interno: um amigo, um amor, um salvador, um professor rigoroso ou benévolo etc. E a transformação dessa vivência é um elemento essencial do preparo do futuro (ou atual) analista.

A vivência de uma longa análise pessoal vai levar à convicção de um mundo interno, o seu próprio e o dos futuros pacientes; a experiência de surpresas e descobertas sobre si mesmo, das forças, fraquezas e meandros da natureza humana, e da força do destino.

Considero que a análise pessoal bem-sucedida é o fator principal, mas não único, na formação psicanalítica, pois os outros elementos do tripé, como supervisões e os seminários clínicos e teóricos, são também essenciais; e vejo os Institutos de Psicanálise como um lugar e fator de troca de experiências enriquecedoras, com professores e colegas.

Mas com o paciente nos encontramos em uma situação solitária: o analista tem que se bastar na hora da análise e decidir difíceis desafios.

Ainda no que se refere à formação e preparo do analista para tão complexa função, penso que a introspecção própria de uma análise e o envolvimento intenso com o mundo de ideias e instituições psicanalíticas tornam necessária uma abertura que julgo indispensável para oxigenar o analista em formação e depois de formado. E proporcionar outros ingredientes exigidos no preparo: leituras, interesses além da psicanálise, como arte, literatura, cinema, filosofia, participação social etc.

Quero enfatizar a questão de um diálogo com outras fontes do saber em relação à psicanálise, como universidades e academia; esse assunto vem sendo discutido desde Freud; em alguns momentos, psicanalistas apresentaram restrições e mesmo preconceito quanto a estudos e à formação universitária ou pós-graduada em psicanálise, em institutos não ligados à IPA. Minha experiência pessoal me trouxe a convicção de que esse diálogo enriquece o analista.

 

7. Um universo teórico: recortes e apropriação

Se pensarmos no número de autores que já consultamos ou estudamos, ficamos abismados, pois nosso saber perpassa e se cruza com dezenas ou centenas de interlocutores.

Diante dessa quantidade de autores e referências, há necessidade de uma seleção e ordenação difíceis de serem adquiridas.

Nas reuniões científicas, alguns conceitos básicos em psicanálise são mencionados sem uma definição precisa de seu uso. Há consensos em torno de alguns deles; outros, mesmo sendo bases de um pensamento clínico, apresentam-se como díspares ou até incompatíveis. Como os utilizamos nas discussões com colegas e principalmente na clínica com o paciente?

Borgogno (2004) diz que a subjetividade do analista no trabalho deve incluir também seu recorte teórico pessoal, além de sua disposição emocional, para poder sintonizar com o paciente em uma escuta adequada.

Temos consciência bem clara dessas diferenças e fazemos uma seleção pessoal e refletida, para que esse seja nosso viés na atividade clínica?

Essa incursão na teoria serve apenas para ressaltar a importância da constituição de uma identidade psicanalítica, fruto de um recorte pessoal, da experiência clínica e com colegas.

A teoria incorporada, isto é, a apropriação da teoria e da experiência clínica, e as experiências de vida se compõem para a difícil e contínua aquisição da atitude psicanalítica.

 

Referências

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1 Aula inaugural do Instituto de Psicanálise da SBPSP proferida em agosto de 2017.

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