SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.50 issue93On the admission to the InstituteIPA Congress: psychoanalysis, technology, and intimacy author indexsubject indexarticles search
Home Pagealphabetic serial listing  

Jornal de Psicanálise

Print version ISSN 0103-5835

J. psicanal. vol.50 no.93 São Paulo Dec. 2017

 

NOTAS INTERNACIONAIS

 

A bandeira de Temuco1

 

Temuco's flag

 

La bandera de Temuco

 

Le drapeau de Temuco

 

 

Cinthia A. JankI; Silvia C. S. KaracristoII

IMembro filiado ao Instituto de Psicanálise "Durval Marcondes" da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo, SBPSP. Fez Mestrado no Instituto Psicologia da Universidade de São Paulo, IP-USP (2001). São Paulo. cjank@ibest.com.br
IIMembro filiado ao Instituto de Psicanálise "Durval Marcondes" da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo, SBPSP. Formada em Psicologia Clínica pela PUC-SP, especialista em Psicoterapia de Família e Casal pela UNIFESP, especialista em Ludoterapia pelo GEPPPI. Tem formação em Psicoterapia Psicanalítica pela USP. São Paulo. silviacsk@uol.com.br

 

 


RESUMO

O presente artigo homenageia Roosevelt M. S. Cassorla, analista didata da SBPSP, vencedor do prêmio Sigourney Award 2017. Sua colaboração à psicanálise forma um amplo conjunto de contribuições, entre as quais se dá especial destaque à sua particular conceituação teórico-clínica e as atividades de publicação, resultantes de um fecundo percurso. E nele se evidencia a revisão do conceito de enactment, assim como a diferenciação entre enactment crônico e enactment agudo feita pelo autor. Nesta mesma direção, as autoras destacam em linhas gerais as experiências do campo analítico, em que a dupla analista-paciente oscila entre áreas de sonho-a-dois e não-sonho.

Palavras-chave: Sigourney Award, enactment crônico, enactment agudo, sonho-a-dois, não-sonho, trabalho-de-sonho-alfa


ABSTRACT

This paper is a homage to Roosevelt M. S. Cassorla, Training Psychoanalyst of the Brazilian Psychoanalytic Society of São Paulo (SBPSP). He won the 2017 Sigourney Award. His collaboration to Psychoanalysis includes a wide range of contributions, among which there are his own theoretical and clinical conceptualizations. His published works, which are also emphasized in this paper, are the outcome of a prolific path. The authors highlight, in this regard, his revision of the concept of enactment, as well as the differentiation between chronic enactment and acute enactment. The authors emphasize, on this matter, Cassorla's experiences in the psychoanalytic field in which the analyst-patient pair oscillates between areas of dream-for-two and non-dream.

Keywords: Sigourney Award, chronic enactment, acute enactment, dream-for-two, non-dream, alpha-dream-work


RESUMEN

El presente artículo rinde homenaje a Roosevelt M. S. Cassorla, analista didata SBPSP, ganador del Premio Sigourney Award 2017. Su colaboración con el Psicoanálisis consiste en un amplio conjunto de contribuciones, entre las cuales podemos destacar su particular concepción teórico-clínica y sus publicaciones, que son el fruto de un fecundo trayecto. En este sentido, cabe resaltar la revisión del concepto de enactment, así como la diferenciación de enactment crónico y enactment agudo, realizada por el autor. En esta misma dirección, las autoras destacan en líneas generales las experiencias del campo analítico, donde la pareja analista-paciente oscila entre áreas de sueño-a-dos y no-sueño.

Palabras clave: Sigourney Award, enactment cronico, enactment agudo, sueño-a-dos, no-sueño, trabajo de sueño alfa


RÉSUMÉ

Cette article rend hommage à Roosevelt M S Cassorla, analyste didacticien à la SBPSP, vainqueur du Prix Sigourney Award - 2017. Son apport à la psychanalyse est constitué d'un large ensemble de contributions, parmi lesquelles on a mis en lumière sa conceptualisation théorico-clinique particulière et ses nombreuses publications, résultantes d'un parcours fécond. Dans ce sens, on peut mettre en évidence la révision du concept d'enactment ainsi que la différenciation entre l'enactment chronique et l'enactment aigu, mises en œuvre par l'auteur. Dans la même ligne, les auteurs soulignent d'une manière générale les expériences du champs analytique, où le duo analyste-patient oscille entre les zones du rêve-à-deux et du non-rêve.

Mots-clés: Sigourney Award, enactment chronique, enactment aigu, rêve-à-deux, non-rêve, travail-du-rêve-alfa


 

 

Introdução

Green certa vez afirmou only inside, also outside, acerca do objeto subjetivo de Winnicott e sua importância no desenvolvimento psíquico. Assim descreve o paradoxo entre objeto subjetivo e objeto da percepção:

O objeto subjetivo oferece a possibilidade de experimentar a onipotência e a ilusão e, dessa forma, a continuidade entre o self e o objeto. Com o objeto percebido, o sujeito desenvolve a consciência de que o objeto está separado, de que a onipotência não funciona, de que o objeto está fora e tem uma existência independente. Somente dentro está o objeto subjetivo, o objeto fantasiado, o objeto da onipotência. Mas, se você quer saber se existe ou não, você deve verificar também fora. Apenas dentro, também fora.2 (Green, citado em Kohon, 1999)

Podemos afirmar que o desenvolvimento de uma mente psicanalítica possui essa mesma lógica, a partir de dentro, também fora. Todo psicanalista contemporâneo faz seu trajeto singular ao longo dos anos que de alguma forma, juntamente com seu desenvolvimento pessoal, abarcam sua dedicação à clínica, sua participação nas instituições e a construção de um diálogo teórico.

Alguns psicanalistas se destacam por reunirem de forma especial um tipo de contribuição em vários desses campos, simultaneamente. E assim são reconhecidos pela comunidade nacional e internacional (ou por vezes seria o contrário?) na sua qualidade pessoal, teórica, didática, clínica etc. Sua vitalidade geralmente está associada a uma paixão pela psicanálise, a uma convicção. Isto percebemos no contato com certos analistas.

O prêmio Sigourney confere um tipo especial de reconhecimento internacional com enfoque nas contribuições teórico-clínicas, nas diferentes atividades conhecidas pela comunidade psicanalítica, com destaque ao aspecto criativo. Observamos, então, a ressonância dessa criatividade pela ampliação do campo, pela turbulência gerada na comunidade, pela capacidade de evocar e fazer sentido. A psicanálise contemporânea nunca deixa de ter a matriz clínica como mola impulsora de suas transformações.

Criado em 1989 pela psicoterapeuta norte-americana Mary Singleton Sigourney (1927-1988), o maior Prêmio Internacional de Psicanálise considera pessoas e instituições que contribuíram para o desenvolvimento da psicanálise, e para outros campos e disciplinas, como psiquiatria, psicologia, antropologia, sociologia, entre outros.

Entre as regiões da Europa, América do Norte e América Latina, em base rotativa, uma ou mais pessoas ou organizações são contempladas pela contribuição do seu trabalho naquela região. Portanto, o critério para o prêmio tem como referência o expressivo conjunto de contribuições.

Nos anos dedicados à formação temos contato com várias mentes analíticas nas nossas análises, supervisões, seminários, grupos, colóquios, working parties... Como não pensar que Cassorla, com seu expressivo talento para grupos clínicos, testemunhado por muitos de nós em seus seminários de "Microscopia da Sessão Analítica" e nos working parties, não seria alguém que caminha mais perto da estrada que reúne tais condições? Criatividade, sensibilidade, rigor teórico, intuição, agudez, consideração, generosidade, fluidez entre áreas psíquicas seriam apenas algumas palavras que, num primeiro momento, o definiriam.

Cassorla recebeu vários prêmios por seu desenvolvimento profundo em psicanálise, entre eles, o Parthenope Bion Talamo Prize (Boston, 2009) e o ipaBest Research Prize on Symbolization (Praga, 2013). E recentemente, em Buenos Aires, Cassorla foi agraciado com o prêmio Sigourney Award (2017). Realmente é um orgulho para nós tê-lo como colega brasileiro vencedor do prêmio!

Vamos diretamente ao que disse Jay Greenberg3 na sua apresentação de Cassorla na cerimônia de entrega do prêmio, mas, antes disto, apenas uma anedota. No Congresso, alguém disse a uma candidata brasileira: "Nossa, que legal, você fez seu trabalho para homenagear o Cassorla?" Resposta: "Não... quando escrevi no começo do ano passado, como saberia que ele ganharia tal prêmio? A partir de um caso clínico antigo, apenas percebi e me utilizei da relevância clínica de seus conceitos sobre enactments crônicos e agudos". Como afirmamos anteriormente, autores que escrevem a partir da clínica, que se preocupam em descrever experiências emocionais e relacioná-las com conceitos, possuem maior capacidade de ressonância. A psicanálise contemporânea tem-se desenvolvido neste sentido, na valorização dos aspectos intersubjetivos, ampliando o referencial metapsicológico e o enfoque no intrapsíquico.

 

Jay Greenberg

Uma premiação do Sigourney Trust muito merecida neste ano.

Como o tempo é restrito, vou apenas falar brevemente das muitas contribuições de Roosevelt à psicanálise clínica e teórica.

As contribuições pelas quais ele é mais conhecido referem-se em primeiro lugar a sua diferenciação entre os enactments crônicos e agudos, que eu penso que é uma diferenciação importante para nós, na atualidade.

Ao diferenciar enactments crônicos e agudos, Roosevelt abriu o caminho para um aprofundamento da capacidade de pensar sobre os enactments.

Os enactments crônicos podem persistir em forma inaparente por anos, ele nos ensina.

É improvável que sejam percebidos, e eles ocupam um estreito espaço entre a rejeição e a construção de uma aliança de trabalho.

Enactments agudos, as explosões que exigem atenção e que produzem culpa e vergonha no analista, podem, se nos permitirmos pensar sobre eles, ser passos que fazem progredir o processo analítico.

Eles substituem o sonhar mútuo que caracteriza o trabalho analítico quando ele se transforma suavemente no que Roosevelt chamou não-sonhos-a-dois.

Esses enactments agudos podem ser o início do fim dos enactments crônicos.

Eles introduzem a realidade triangular dentro daquilo que era uma díade analítica paralisada.

Naturalmente, para poder usar o que acontece dessa forma, o analista deve trabalhar tanto a vergonha como a culpa sobre sua participação na explosão.

E o que eu realmente quero contar hoje, apresentando Roosevelt, é a questão sobre a forma com que ele discute o material clínico e o que ele diz a respeito de como a psicanálise se apresenta, a partir da visão de Roosevelt.

Eu fico particularmente impressionado com sua abertura e honestidade na escrita clínica, e sua vontade de reconhecer e assumir as implicações dos enactments agudos, o que muitos de nós acham embaraçoso.

Eu também gostaria de acrescentar que Roosevelt tem sido um dos mais importantes autores da América Latina, que tem construído pontes e mantido conversas entre seus pontos de vista e os de analistas da América do Norte, e eu penso que ele está realmente abrindo caminhos para um diálogo mais aberto entre nossas duas tradições, e sou particularmente grato a ele por isso também!

Por isso, as muitas contribuições de Roosevelt para nossa conversa psicanalítica, eu penso, fazem com que ele seja muito merecidamente premiado com este importante prêmio.

Obrigado, Roosevelt, por tudo o que você tem feito por nós. Estou orgulhoso de participar deste momento.

 

A oscilação necessária entre sonho-a-dois e não-sonho

Entre os inúmeros desenvolvimentos da psicanálise contemporânea, Cassorla, junto com Ferro e outros autores, privilegia as noções de Bion que consideram a sessão analítica sob o prisma de captação de experiências emocionais com base no grau de transformação do trabalho-de-sonho-alfa: "Coloco aqui o termo pensar como a transformação dessas experiências, pelo profissional, em algo simbólico, isto é, que tenha qualidade psíquica. E o primeiro passo do pensar será sonhar essas experiências" (Cassorla, 2015, p. 2).

Nas palavras de Homero (s.d.), quando Diomedes, sentindo-se impelido pelo coração e pelo ardor viril, conversando com Nestor, enfatiza a necessidade de um companheiro para aproximar-se de Troia, comenta: "Mas, se outro homem me acompanhasse, eu teria mais ardente o coração e mais atrevido. Quando dois homens vão juntos, um pensa pelo outro na decisão vantajosa; o homem só, ainda quando pensa, tem o pensamento mais curto, a invenção medíocre".

Assim nos sugerem alguns autores, o modo pelo qual devemos estar em psicanálise, uma atitude com nossos pacientes, nesse tão essencial processo do sonho-a-dois, que se alterna com momentos de não-sonho. Nunca estamos sós. Nossos sentimentos imbricados muitas vezes com aspectos de alguns pacientes podem revelar situações vantajosas se utilizarmos os conceitos que a psicanálise nos oferece, assim como os recursos internos adquiridos ao longo de nossa experiência. A disponibilidade psíquica do analista é essencial em tal dinâmica. Em áreas de não-sonho,

o paciente externaliza, no campo analítico, esses aspectos não simbolizados, através de afetos, sons, atos não pensados, crenças, sintomas e vazios, descargas essas que podem invadir o analista, através de identificações projetivas massivas. (Cassorla, 2015, p. 4)

O analista é convocado a receber e, se possível, ressonhar o sonho ou sonhar o não-sonho do paciente. Observamos aqui um componente gradativo que sempre está em jogo. A rede simbólica ganha consistência, e este processo, por sua vez, também pode ser interrompido. Cassorla igualmente entende que áreas de sonho e não-sonho podem coexistir numa mesma dupla paciente e analista e, assim, reorganizou uma antiga noção de enactment já evidenciada na literatura psicanalítica.

Dessa forma, Cassorla revisou o conceito de enactment e produziu várias publicações entre 2001 e 2015, até mesmo colaborando com a conceituação do termo para o Dicionário Enciclopédico Inter-regional de Psicanálise da IPA (s.d.); trouxe relevância, entendimento, além de ilustrações clínicas ao meio psicanalítico. Utilizando-se da teoria e dos pensamentos de Bion, o autor nos convida a ser muito observadores e humildes no trabalho da dupla paciente-analista, pois somente por meio da troca de experiências entre os colegas na escrita e em debates percebemos os nossos verdadeiros sentimentos envolvidos, a ponto de reconhecermos os enactments crônico e agudo acontecendo, e impossibilitando a dupla de sonhar.

Cassorla (2015) nos ensina que a idealização mútua, gentil e amorosa pode ser a base do que ele define como um enactment crônico e, também, uma relação sadomasoquista, por exemplo. Nem o analista nem o paciente se dão conta dessa situação; seria um campo de paralisia dentro de uma análise, que, por sua vez, teria outras áreas de evolução em paralelo. Muitas vezes existe o rompimento dessa situação através de uma atuação ou fala abrupta do analista (ou do paciente) - o que o autor define como enactment agudo.

O sentido do que se passou entre analista e paciente se forma no après-coup, ou seja, o analista se dá conta dos aspectos e fantasias (destrutivos, por exemplo) envolvidos na transferência idealizada do enactment crônico. Esses processos indicam que há "pontos cegos", mas, ao mesmo tempo, já havendo possibilidade de se "abrir os olhos", desfazendo-se da relação simbiótica, uma espécie de simbolização de traumas.

Seria inevitável o enactment crônico? Cassorla (2015) dá prioridade a que o analista faça uma observação minuciosa de si mesmo. Ele nos dá várias dicas acerca desse tema, como, por exemplo, perceber se sua mente está impregnada de desejos, teorias, memórias, bem como a impressão de que o trabalho está indo bem ou, ainda, a sensação de cansaço excessivo, orgulho em relação ao trabalho analítico, irritação ou admiração pelo paciente. Ele sugere que o analista deve estar motivado a escrever o material e trocar ideias com seus colegas. Também nessa linha de raciocínio, o analista deverá estar atento aos seus sonhos contratransferenciais noturnos e intuições de sonhos diurnos.

Nessa pesquisa, outra importante consideração relativa ao que é efetivamente compartilhado no enactment crônico seria a dinâmica presença-ausência do afeto. A fantasia inconsciente compartilhada estaria ligada a um afeto compartilhado e não metabolizado, mas que de alguma forma estaria presente no campo, ainda que pelo seu contrário, justamente o que se procuraria evitar em certos casos.4

Percebemos a riqueza de se incluir na tradição de conceitos anteriores relativos ao campo transferencial, como os conceitos de campo analítico (Baranger & Baranger, 2008) ou de situação total (Betty Joseph), que propõem complexidade e valorizam a intuição, imaginação e observação, tão necessárias ao pensamento clínico.

Poderíamos nos estender bastante na descrição do percurso e da criação de um diálogo teórico estimulante de Cassorla, assim como de sua relação fértil com a vivência clínica. Optamos aqui por oferecer um breve apanhado que demonstrasse seu espírito por meio de alguns conceitos.

Por fim, destacaríamos apenas uma fala de Cassorla no discurso de agradecimento de seu prêmio, que justifica o nome deste artigo:

Pablo Neruda morou em Temuco,5 pertinho de minha casa, perto da estação, seu pai era ferroviário.

Meu pai, nas festas pátrias, içava a bandeira chilena e a argentina. Isso lhe causou problemas. Uma vez um policial lhe disse: o senhor tem que abaixar a bandeira argentina. Meu pai lhe disse: suba o senhor e a abaixe. O policial não subiu.

Com Pablo Neruda, quero dizer-lhes Confesso que vivi e, com Violeta Parra, minha compatriota, "Gracias a la vida", que me deu tantos amigos generosos.

 

Referências

Baranger, M., & Baranger, W. (2008). The analytic situation as a dynamic filed. Int. J. Psychoanalysis, 89(4), 795-826.         [ Links ]

Cassorla, R. M. S. (2015). O psicanalista, o teatro dos sonhos e a clínica do enactment. São Paulo: Karnac/Blucher.         [ Links ]

Homero (s.d.). Ilíada. Canto X. (O. M. Cajado, Trad.). São Paulo: Círculo do Livro.         [ Links ]

IPA - International Psychoanalytical Association (s.d.). IPA - Inter-Regional Encyclopedic Dictionary of Psychoanalysis online. Recuperado em 5 de outubro de 2017 de https://online.flippingbook.com/view/544664/270.         [ Links ]

Kohon, G. (1999). The dead mother: the work of André Green. Nova York: Routledge.         [ Links ]

Rocha Barros, A. M. da, & Rocha Barros, E. M. da (2016). O Psychoanalytic Quarterly: artigos contemporâneos. São Paulo: Escuta.         [ Links ]

The Sigourney Award (s.d.). Honoring Achievements for the Advancement of Psychoanalysis. Recuperado em 5 de outubro de 2017 de http://sigourneyaward.org/.         [ Links ]

 

 

Recebido em: 11/9/2017
Aceito em: 21/9/2017

 

 

1 Homenagem a Roosevelt Cassorla, vencedor do prêmio Sigourney Award 2017, entregue no 50º Congresso Internacional da IPA, Buenos Aires. As autoras estiveram presentes na cerimônia de premiação.
2 The subjective object offers the possibility of experiencing the omnipotence and the illusion, and, in this way, the continuity between self and object. With the perceived object, the subject develops the awareness that the object is separate, that omnipotence doesnt work, that the object is outside and has an independent existence. Only inside is the subjective object, the fantasised object, the object of omnipotence. But if you want to know if it exists or not, you have to check also outside... Only inside, also outside.(Tradução livre das autoras)
3 Jay Greenberg é analista didata (IPA -usa), residente em Nova York, é também editor do The Psychoanalytic Quarterly.
4 "afeto que cada membro da díade transforma/sonha de maneira idiossincrática, compatível com seu mundo interno objetal, nos sugere Lawrence J. Brown" (Rocha Barros & Rocha Barros, 2016, p. 152).
5 Cassorla é de origem mapuche, etnia indígena do sul do Chile, e é da cidade de Temuco, Chile.

Creative Commons License