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Jornal de Psicanálise

versão impressa ISSN 0103-5835

J. psicanal. vol.52 no.97 São Paulo jul./dez. 2019

 

DIÁLOGO COM UM JOVEM COLEGA

 

A formação do psicanalista nos institutos de psicanálise1

 

The psychoanalytical training at the institutes of psychoanalysis

 

La formación del psicoanalista en los institutos de psicoanálisis

 

La formation du psychanalyste dans les institutions psychanalytiques

 

 

Marta FosterI; Miriam AltmanII

IMembro efetivo e analista didata da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo (SBPSP) e coordenadora do GEF. São Paulo / martafoster@terra.com.br
IIMembro associado da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo (SBPSP) e participante do GEF. São Paulo / miriam@miriamaltman.psc.br

 

 


RESUMO

Este texto é o resultado das reflexões dos membros do Grupo de Estudos de Psicanálise (GEF), que vem se reunindo durante os últimos seis anos, uma vez por mês, na sede da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo (SBPSP), para refletir sobre a formação do analista com base no vértice conceitual.

Palavras-chave: formação, ética, análise pessoal, método, instituição psicanalítica


ABSTRACT

This text is the result of the reflections of the members of the Psychoanalysis Study Group (GEF), who have been meeting once a month, for the past six years, at the Brazilian Society of Psychoanalysis of São Paulo (SBPSP), with the aim of thinking about the psychoanalitical training from the conceptual vertex.

Keywords: formation, ethic, personal analysis, method, psychoanalytic institution


RESUMEN

Este texto es el resultado de las reflexiones de los miembros del Grupo de Estudio de Psicoanálisis (GEF), que se reúnen durante los últimos seis años, una vez al mes, en la sede de la Sociedad Brasileña de Psicoanálisis de São Paulo (SBPSP), para reflexionar sobre la formación del analista desde el vértice conceptual.

Palabras clave: formación, ética, análisis personal, método, institución psicoanalítica


RÉSUMÉ

Ce texte est le résultat des réflexions des membres du Groupe d'Études sur la Formation (GEF), qui se réunit depuis six ans, une fois par mois, au siège de la Société Brésilienne de Psychanalyse de São Paulo (SBPSP), pour réfléchir sur la formation de l'analyste à partir du sommet conceptuel.

Mots-clés: formation, étique, psychanalyse personnelle, méthode, institution psychanalytique


 

 

Mas não quis fazê-lo, porque prefiro evitar concessões à pusilanimidade.
Nunca se sabe aonde conduz esse caminho; primeiro cedemos nas palavras, e depois, pouco a pouco, também na coisa.
(Freud, 1920-1923/1972a, p. 45)

A formação do psicanalista nos Institutos de Psicanálise tem sido tema para reflexões em todos os congressos da International Psychoanalytical Association (IPA), Federación Psicoanalítica da América Latina (Fepal) e Federação Brasileira de Psicanálise (FEBRAPSI). Entendemos que a preocupação dessas instituições tem total pertinência, pois é desse lugar, ou seja, da formação do analista que a psicanálise terá seu futuro assegurado ou questionado.

Para nós, refletir sobre a formação é mais do que participar de questões políticas societárias. A necessidade de que a formação seja pensada de forma constante deu existência ao Grupo de Estudos sobre Formação (GEF), que vem se encontrando uma vez por mês na Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo (SBPSP), durante os últimos seis anos. Entre os participantes contamos com analistas didatas, membros efetivos, membros associados e membros filiados. Nossas atividades são divulgadas pelo Boletim Informativo da SBPSP, o que quer dizer que se trata de um grupo aberto, disponível, portanto, para a participação de todos os membros da instituição.

A questão da importância de refletirmos sobre esse tema foi se apresentando à medida que fomos percebendo uma forte tendência à diluição dos principais conceitos básicos da psicanálise, de seu método, e mesmo na dificuldade do estabelecimento de um setting adequado para que este pudesse acontecer, atingindo diretamente, do nosso ponto de vista, os membros filiados4 em formação e, portanto, pondo em risco a prática clínica psicanalítica, tão necessária para o desenvolvimento, evolução e sobrevivência da psicanálise.

Nossa primeira questão é a respeito de como se dá a introjeção da função psicanalítica ao longo da formação. Freud (1895/1972a) já se ocupava dessas questões, pois logo reconheceu que seu método de aproximação do psiquismo humano dependia por completo da natureza do objeto psicanalítico, e não de suas preferências pessoais. A complexidade do tema torna mais evidente ainda o fato de que no campo do conhecimento da psicanálise seu instrumento de investigação e seu objeto de estudos se confundem. O próprio psicanalista é objeto de sua investigação, e é seu próprio mundo interno que também se oferece, de tal forma que cada experiência psicanalítica implica o envolvimento de duas subjetividades. Conforme descrito em trabalho do gef pelas colegas Mion e Vanucchi, cabe ao psicanalista, no entanto, a responsabilidade pela manutenção do vértice psicanalítico, sustentado pela função psicanalítica de sua personalidade.

Diante disso, será de importância fundamental que, no enquadre interno do analista, estejamos diante de uma mente "atentamente insaturada" (Bion, 1963). Sabemos que quem procura um psicanalista não está necessariamente em busca de psicanálise e na maioria das vezes nem sabe do que se trata. Cabe ao analista a condição de acolher o paciente, propor a ele seu método, naturalmente observando suas disponibilidades, e em momento adequado, por meio de intervenções investigativas, encaminhá-lo para um processo psicanalítico.

Faz parte da experiência de todos os analistas a observação da resistência do paciente ao método que lhe é oferecido, desde que Freud (1913/2010) ressaltou, em seu artigo sobre o início do tratamento, que teremos de nos haver com

a extraordinária diversidade das várias constelações psíquicas envolvidas, ... a riqueza de fatores determinantes resiste à mecanização da técnica, mas devemos estar alertas para que a sensibilidade do analista possa considerar essas questões, não desprezando a eficácia do método. (Freud, 1913/2010, p. 133)

Continuando a pensar nas questões relativas à técnica psicanalítica, acreditamos ser necessário que esteja claro para o analista o que caracteriza um processo psicanalítico, e o que o diferencia de uma psicoterapia de base psicanalítica, ou seja, a finalidade específica de cada método. Estaríamos no campo da psicanálise se incluirmos o inconsciente e se nosso trabalho ocorrer na transferência? Certamente necessitamos de mais elementos para caracterizar uma relação psicanalítica, tais como

a atmosfera de solidão e abstinência; a dinâmica de ausências e presenças; as vivências emocionais ligadas à remuneração deste trabalho; a dialética entre acting-out e acting-in ... e a busca incansável por inovações de toda ordem.

(Junqueira Filho, 2018, p. 21)

Por outro lado, a psicoterapia seria uma forma de tratamento com uma metodologia específica, tendo como objetivo o alívio de sintomas e solução de problemas emocionais. Sabemos da constante busca do ser humano por felicidade e conforto emocional. Esse imediatismo pode causar pressão, externa e interna, para que a psicanálise se transforme em psicoterapia (Rozenberg & Boraks, 1999).

Às vezes, quando os núcleos mais dolorosos e primitivos do paciente começam a ser atingidos, ele manifesta desejo de interromper a análise, diminuir sessões ou mesmo se nega terminantemente a vir mais vezes. É nesse momento que se torna importante a capacidade negativa do analista, a condição de suportar sua própria angústia, de conter suas emoções diante da dor e desespero do outro, e seu receio de que o paciente interrompa a análise. Condições necessárias para que o analista possa manejar a situação e ajudar a pessoa a encontrar a melhor forma de atender sua necessidade de mais análise, de condições apropriadas para a dupla chegar aos núcleos mais profundos da personalidade. Quando se trata do próprio analista, da análise de formação, então não há dúvida de que este processo precisa de muita atenção e rigor!

Mas será que é somente o paciente que resiste? Quantas vezes achamos que estamos em processo psicanalítico com determinado paciente, mas nós mesmos estamos, enquanto analistas, com dificuldades e resistindo por questões pessoais? Quais serão as dificuldades envolvidas do próprio analista? Poderíamos, também, nos perguntar

se uma das formas de resistência no analista não se manifestaria, justamente, através da prevalência dos aspectos sociais na sua mente. Esses aspectos da cultura contemporânea que estimulam uma tendência à ação, uma aceleração do ritmo da vida cotidiana, uma perda da possibilidade de pensar, uma acumulação de informações que não chegam a ser assimiladas e pressionam na direção de idealização do sucesso rápido. Com isso, o vetor aponta para a desumanização, que deixa o homem num exílio de si mesmo. (Rozenberg & Boraks, 1999, p. 4)

Acreditamos que resistências do próprio analista podem fazer parte de qualquer trabalho analítico e que é necessário ao analista estar atento às suas próprias experiências emocionais na sessão, refletir sobre elas fora da sessão para investigar e, se for o caso, entrar em contato com suas próprias resistências e cuidar delas como tais. Pois não vão deixar de existir espontaneamente, conhecemos bem o desejo humano de acomodação, e eventualmente podem nos fornecer acesso às perturbações inerentes a toda análise, como, por exemplo, situações de enactement. Este paradoxo é inevitável e inerente à experiência psicanalítica e às turbulências emocionais que são parte do nosso ofício.

As indagações que uma análise possibilita permitem rupturas e um constante vir a ser, sendo a análise do analista o lugar por excelência para lidar com as turbulências emocionais de sua vida profissional. No entanto, é digna de nota e chama a atenção a observação de que os próprios analistas muitas vezes resistem à ideia de que esse compromisso com sua própria análise seja tão fundamental.

Ao mesmo tempo em que o membro filiado vive essas vicissitudes da análise pessoal, está também exposto às supervisões, aos seminários teóricos e clínicos. No início, entretanto, ele nem sempre tem a clareza necessária para fazer as escolhas pedidas pelo desenvolvimento do seu estudo. O currículo está organizado somente em parte, enquanto em algumas disciplinas falta integração. Seriam necessários pré-requisitos para que os membros filiados possam encaminhar suas escolhas com critérios. Cabe ao Instituto essa função, caso contrário, eles ficam expostos a um excesso de cursos eletivos, que estimulam uma voracidade sem foco.

Pensamos que dentro desse contexto a própria instituição psicanalítica poderia também ter como função promover momentos de calma e introspecção para que o indivíduo possa "suspender o automatismo da ação" (Junqueira Filho, 2018).

Todas essas são questões que podem apresentar-se para cada um durante o percurso de formação, mas precisam estar em pauta para serem pensadas e discutidas durante esse processo. Sobretudo porque simultaneamente está em curso a análise do analista, em que ele poderá encontrar um espaço privilegiado para lidar com todas essas questões. A instituição psicanalítica tem também, com o membro filiado e com os pacientes que ele for analisar durante a sua formação, um compromisso ético diferenciado. Por isso acreditamos que para uma formação de qualidade é necessário que o pretendente a analista faça um mergulho o mais profundo possível para dentro de si mesmo, assim como com sua supervisão. Caso contrário, pode perder talvez a única oportunidade de viver o privilégio dessa experiência tão rica.

Com base nesses referenciais, tentamos pensar as propostas que tantos analistas fazem a respeito do método Eitingon, ou seja, de que o foco da formação, que hoje é na análise do analista, passe por alterações, reduzindo-se a exigência do número de sessões, que é o mais importante instrumento de seu trabalho. Observamos em discussões sobre o tema que há uma confusão muito grande entre a clínica do analista e a formação do analista. Não cabe à instituição questionar a clínica de qualquer analista. Cabe, sim, à instituição cuidar da formação do analista, para que sua clínica possa vir a ser um reflexo da cuidadosa formação que recebeu. "Isto implicará utilizar o desenvolvimento de suas funções egoicas, e da construção do que poderíamos chamar de 'um ego analítico'" (Nogueira, 1993) para realizar seu ofício da maneira que acredite deva ser realizado.

Na sequência desse importante tema, pensamos ser interessante para nossa conversa introduzirmos um assunto um tanto espinhoso e motivo de muitas conversas entre nós: a expressão "analista didata". Pensamos que o termo refere-se a uma função exercida por um analista experiente dentro da instituição. Muitas vezes se questiona o motivo de tantas exigências para que um analista adquira a função didática. Ele terá que se apresentar a seus pares, ter uma passagem expressiva pela instituição e não se poderá eximir de passar por várias bancas de avaliação, nas quais crescem as exigências na proporção do aumento da importância da função que solicita. Não é uma exposição fácil, e muitos analistas não se interessam por ela, dentro da instituição é uma área que vai, de fato, aprovar ou reprovar o colega, por mais que sejam conhecidos entre si. No entanto, essas exigências se mantêm, e é como a instituição acredita que está cumprindo sua parte no cuidado com a formação do psicanalista, e da própria psicanálise. Este colega, ao ser aprovado para a função didática, passará a realizar a análise dos futuros analistas, as supervisões e os seminários clínicos. É esta a forma pela qual a instituição conseguiu elementos para classificar "um analista experiente", que Freud cita quando fazia uma conferência para leigos:

É verdade que a psicanálise não pode ser aprendida facilmente, e que não são muitas as pessoas que a tenham aprendido corretamente. Naturalmente, porém, existe um método que se pode seguir, apesar de tudo. Aprende-se psicanálise em si mesmo, estudando-se a própria personalidade ... A pessoa progride muito mais, se ela própria é analisada por um analista experiente e vivencia os efeitos da análise em seu próprio eu (self), fazendo uso da oportunidade de assimilar de seu analista a técnica mais sutil do processo. Esse excelente método é, naturalmente, aplicável apenas a uma única pessoa e jamais a todo um auditório de estudantes reunidos. (Freud, 1916/2014, p. 25)

Enfim, mergulhar na experiência de formação inserido numa instituição que antecede e é ao mesmo tempo doadora de identidade (Kaës et al., 1989/1991), submeter-se à análise com um analista experiente e comprometido com a tarefa de resgatar o ser e a individualidade do analista em formação, ciente das armadilhas dessa situação de iniciante, vivenciar com ele de forma ética e criativa as hordas primitivas internas e externas, tudo isso desperta angústias persecutórias (dor psíquica) e demanda muito do analista em formação. No entanto, esse é o caminho para uma psicanálise viva, espontânea e criativa, que nos serve para a vida e para a clínica, sem aprisionamentos em sistemas teóricos e/ou idealizações (Mion & Vannuchi, 2018).

Quanto às dimensões psíquica e social do pretendente a psicanalista, acreditamos que se trata de algo a ser considerado, mas não no sentido de o pretendente ter menos análise do que aquela de que teria necessidade em razão da complexidade de sua função. Pensamos que é responsabilidade do Instituto possibilitar que o pretendente tenha a experiência de atender pacientes com quatro sessões por semana, permitindo-lhe esse acesso por meio de serviços de atendimento à comunidade. E, em relação às suas análises, é possível desenvolver projetos que viabilizem análises didáticas aos pretendentes que não possam arcar financeiramente com as quatro sessões semanais exigidas pelo Instituto, ou seja, a solução para viabilizá-las não está em diminuirmos o número de sessões, mas sim em criarmos projetos que tornem possível a análise do pretendente. Neste sentido, um grupo de analistas didatas na Sociedade de São Paulo criou o "Projeto Análise Didática - pad", no qual cada analista pertencente ao projeto compromete-se a atender um membro filiado, pelo período de cinco anos de sua formação, por um preço bastante diferenciado, o que tem tornado possível um aumento na procura pela formação de profissionais mais jovens.

Acreditamos que nosso ofício seja repleto de mistérios, e muitas vezes, na clínica pessoal, nos defrontamos com o desconhecido, com situações inusitadas, que nos levam a ter de nos confrontar com nossos próprios limites. Isso remete a uma associação feita por uma paciente que era bailarina profissional. Sua experiente professora chamou todas as bailarinas e disse a elas: "Vocês necessitam saber, aí dentro de cada uma, que, quanto melhor for a sua relação com o chão, mais alto será o seu salto".

Quanto maior for a consciência da seriedade e responsabilidade do analista com a sua formação, sua base, mais ferramentas terá à sua disposição para aprimorar seu instrumento de trabalho, sua mente.

 

Referências

Bion, W. R. (1963). Elementos de psicanálise. Rio de Janeiro: Imago.         [ Links ]

Freud, S. (1972a). Estudos sobre a histeria: a psicoterapia da histeria. In S. Freud, Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud (Vol. 2, pp. 309-367). Rio de Janeiro: Imago. (Trabalho original publicado em 1895)        [ Links ]

Freud, S. (1972b). Psicologia das massas. In S. Freud, Obras Completas (P.C. de Souza, trad., Vol. 15) São Paulo: Companhia das Letras. (Trabalho original publicado em 1920-1923)        [ Links ]

Freud, S. (2010). O início do tratamento. In S. Freud, Obras completas (P. C. de Souza, Trad., Vol. 10). São Paulo: Companhia das Letras. (Trabalho original publicado em 1913)        [ Links ]

Freud, S. (2014). Conferências introdutórias. In S. Freud, Obras completas (P. C. de Souza, Trad., Vol. 13). São Paulo: Companhia das Letras. (Trabalho original publicado em 1916)        [ Links ]

Junqueira Filho, L. C. U. (2018). Psicanálise: seus estilos e aplicações. Jornal de Psicanálise, 51(95),19-27.         [ Links ]

Kaës, R. et al. (1991). Instituição e as instituições: estudos psicanalíticos. São Paulo: Casa do Psicólogo. (Trabalho original publicado em 1989)        [ Links ]

Mion, C. C., & Vannucchi, A. M. S. (2018). Formação psicanalítica em um mundo em transformação. Jornal de Psicanálise, 51(94),175-185.         [ Links ]

Nogueira, P. O. (1993). Introdução à técnica psicanalítica. In P. O. Nogueira, Uma trajetória analítica (coletânea). Goiás: Dimensão.         [ Links ]

Rozenberg, M., & Boraks, R. (1999). Paradoxal resistência do analista. Texto apresentado em Reunião Científica da SBPSP.         [ Links ]

 

 

Recebido em: 5/10/2019
Aceito em: 20/11/2019

 

 

1 Trabalho realizado pelo Grupo de Estudos sobre Formação (GEF) da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo (SBPSP), e apresentado no XXVII Congresso Brasileiro de Psicanálise, em junho de 2019, em Belo Horizonte (MG).
2 Na SBPSP, os candidatos receberam a denominação de membros filiados.

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