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Jornal de Psicanálise

versão impressa ISSN 0103-5835

J. psicanal. vol.52 no.97 São Paulo jul./dez. 2019

 

ASSOCIAÇÃO DOS MEMBROS FILIADOS

 

Tornar-se psicanalista: processo autoral1

 

On becoming a psychoanalyst: an authorial process

 

Sobre volverse psicoanalista: proceso de autoría

 

Devenir psychanalyste: processus de l'auteur

 

 

Cibele Amaro Pires Rays

Psicóloga, membro filiado do Instituto de Psicanálise Durval Marcondes da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo (SBPSP). São Paulo / cibelerays@gmail.com

 

 


RESUMO

O processo para se tornar um psicanalista é longo, envolve muito estudo, a troca com colegas, um intenso trabalho de análise e supervisão. Pretendo neste artigo revelar um tanto do meu percurso para vir a ser psicanalista, com base na reflexão sobre meu primeiro relatório. Esse processo de escrita exigiu-me muito trabalho para que pudesse elaborar internamente todo o percurso dessa análise, suas idas e vindas, seus momentos de impasse, a necessidade de rever o setting e o manejo das sessões. Por fim, o relatório tornou-se uma elaboração teórico-clínica do trabalho com a paciente e mostra suas transformações com a análise e os caminhos da sua constituição subjetiva. Mas, para além disso, revela os caminhos da minha própria constituição como analista, pois me exigiu uma costura das supervisões, as experiências clínicas, análises pessoais e as teorias que me percorrem e constituem meu modo de pensar clínico.

Palavras-chave: formação em psicanálise, psicologia clínica


ABSTRACT

The process on becoming a psychoanalyst is long and involve a lot study, interlocution with colleagues, and an intense work of analysis and supervision. I intend here reveal my journey on becoming a psychoanalyst based on revisiting my first report. This writing process has demanded a lot of work, to internally draw up the entire paths of this analysis, its comings and goings, its moments of stalemate, and the need to review the setting. Finally, the report has become a theoretical and clinical draft of work with the analysand, revealing her transformations with analysis. In addition, it reveals the paths of my own development as an analyst, because it has required me to knit together, from my journey within psychoanalysis, the supervisions, clinical experiments, personal analysis and the theories that pervade me, and which constitute my clinical way of thinking.

Keywords: psychoanalysis training, clinic psychology


RESUMEN

El proceso para convertirse en psicoanalista es largo, comprende mucho estudio, el intercambio con colegas, un intenso trabajo de análisis y supervisión. Mi intención con este trabajo es mostrar un poco del recorrido en el que me convertí en psicoanalista, a partir de la reflexión sobre mi primer informe clínico. Este proceso escrito me exigió mucho trabajo para que pudiese elaborar internamente todo el recorrido de ese análisis, sus idas y vueltas, sus impases y necesidad de revisar el setting. Finalmente, el informe se transformó en una elaboración teórico-clínica del trabajo con la paciente, y muestra sus transformaciones con el análisis y los caminos de su constitución subjetiva. Pero mucho más que ello, revela los caminos de mi propia constitución como analista, ya que me exigió una articulación con las supervisiones, experiencias clínicas, mis propios análisis y teorías que me acompañan y constituyen mi manera clínica de pensar.

Palabras clave: formación en psicoanálisis, psicología clínica


RÉSUMÉ

Le processus pour devenir psychanalyste est long. Il comprend des années d'étude, d'échanges avec des collègues, et un travail intense d'analyse et de supervision. Le but de ce rapport est de donner une idée du parcours que j'ai suivi pour devenir psychanalyste, à partir d'une réflexion sur mon premier rapport clinique. Ce processus écrit retrace le parcours laborieux de cette analyse, avec ses aléas, ses moments de doutes, le besoin de changer de cadre, et de revenir sur le contenu des séances. Ce rapport s'est finalement transformé en une étude théorique-clinique du travail avec la patiente, qui en montre les évolutions à travers l'analyse et les chemins de sa constitution subjective. Mais il reflète aussi et surtout les étapes de ma propre construction en tant que psychanalyste, faites de l'articulation entre les supervisions, les expériences cliniques, avec les analyses et théories qui m'accompagnent et définissent ma réflexion clinique.

Mots clés: formation en psychanalyse, psychologie clinique


 

 

O processo de formação de um psicanalista é longo e envolve muito estudo, o encontro com várias teorias e autores, a interlocução com colegas, um intenso trabalho de análise, supervisão, e a sistematização por meio da escrita.

Juntamente com isso, nos diferenciamos e nos desenvolvemos com cada paciente que atendemos, que nos leva a situações que nunca experimentamos em nossas próprias vidas. Como dizem Gabbard e Ogden (2009), o analista precisa de outra pessoa para pensar o impensável, que seja seu supervisor, seu analista, um grupo de colegas, ou o seu paciente.

A análise pessoal é fundamental, pois o que se pretende formar com tudo isso é um ser humano tendo um contato íntimo com sua própria subjetividade. Esse contato interno nos permite compreender o que o paciente nos comunica em sua fala, seus silêncios, em seus mínimos movimentos.

A teoria e as supervisões vêm sustentar e iluminar esse campo, trazendo conexões e uma compreensão mais aprofundada para que a dupla analítica possa avançar, o que traz a ideia de que o trabalho que acontece entre as sessões é tão importante quanto o que se dá dentro destas. Aliás, esse trabalho de pensar e sonhar entre as sessões acontece tanto com o analista quanto com seu analisando.

Além desse tripé fundamental (análise, supervisão e teoria), hoje falamos num quarto eixo na formação, que envolve o trabalho institucional do analista. Incluo aqui a presença do psicanalista para além dos muros de seu consultório, desenvolvendo funções tanto na instituição psicanalítica à qual pertence, quanto em outras instituições não psicanalíticas, ocupando um lugar junto à sociedade, contribuindo com seu pensamento sobre o que acontece em nossa atualidade. No Brasil é muito difícil não nos vermos convocados diante de tantas inquietações políticas e sociais, que adentram nossas vidas e nossos consultórios.

Pretendo aqui desvelar um tanto desse meu percurso de vir a ser psicanalista, com base na reflexão sobre a escrita de meu primeiro relatório, como parte de minha formação no Instituto Durval Marcondes, da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo.

Esse processo de escrita exigiu-me muito trabalho, para que pudesse ir elaborando internamente todo o percurso dessa análise, suas idas e vindas, seus momentos de impasse, a necessidade de rever o setting e de posicionar-me de modo mais ativo e vivo nas sessões.

O relatório, por fim, tornou-se uma elaboração teórico-clínica do trabalho com a paciente, e mostra suas transformações com a análise e os caminhos de sua constituição subjetiva. Mas, para além disso, revela os caminhos de minha própria constituição como analista, pois exigiu-me fazer uma costura de meu percurso dentro da psicanálise, das supervisões, experiências clínicas, análise pessoal e as teorias que me percorrem, e que constituem meu modo de pensar clínico.

A análise sobre a qual me aprofundo no relatório é de uma moça que me procura aos 20 anos, por sentir-se muito só e não conseguir ter amigos, nem entrar num relacionamento amoroso. Era uma moça ávida pela aproximação com o outro, mas no encontro o que de fato buscava era um modo de ter esse outro para si. Queria estar junto, ter atenção e ser reconhecida, mas o encontro esgotava-se aí. Eram relações (narcisistas), em que não havia de fato um encontro com troca, apenas uma absorção. Isso era claro na transferência. Chegava na hora que bem entendia, faltava sem dar qualquer satisfação, tratava muitas vezes minhas intervenções com descaso, dizendo que já havia pensado no que eu havia lhe dito, provocando em mim bastante desânimo a cada encontro.

Fui entendendo que a questão de Laura estava em torno de ter ou não ter a atenção e o olhar do outro para si, como se o olhar e a atenção do outro é que lhe dessem a sensação de existência. Essa é uma questão muito séria, que traz muita ansiedade e faz com que uma pessoa fique muito centrada em si mesma. Laura existia ou deixava de existir diante do olhar e interesse que as pessoas tinham sobre ela. Quando sentia-se vista, existia; caso não fosse o foco, sentia-se invisível, o que lhe provocava uma intensa sensação de vazio.

Winnicott (1967) relata que, na relação entre a mãe e o bebê, o olhar da mãe funciona como um espelho no qual o bebê se enxerga e se reconhece, e isto é constitutivo da subjetividade. Laura precisava de um olhar como esse, que a reconhecesse, para que com base nisso ela também pudesse reconhecer-se, integrar-se, preencher a sensação de vazio que vivia, e acalmar a inquietação interna que sentia, de um pulsional pouco simbolizado.

Laura vivia colada "adesivamente" às amigas e aos pais. A identificação adesiva, como descreve Meltzer (1975), é uma forma de identificação narcísica, na qual o que se observa, para além de um egocentrismo, é um sujeito com falta de profundidade (de espessura).

Laura impulsionou-me a estudar de modo mais aprofundado a teoria da angústia, o narcisismo, a constituição do eu, o dualismo entre as pulsões e o masoquismo, como também me levou a rever o setting e o manejo das sessões.

Essa moça deitava-se no divã como uma convalescente e era assim que comunicava não estar bem e precisar de ajuda. Sentia-se irritada e entediada com tudo. Vivia com sintomas somáticos, como psoríases e dores pelo corpo. Dizia que, mesmo se estivesse em Paris, lugar que sonhava conhecer desde a adolescência, estaria entediada, e sua vontade era desistir de tudo. Nesses sintomas somáticos e no desinteresse pelo mundo notava um retorno narcísico, que a deixava mais exposta às excitações.

Em "Introdução ao narcisismo" (1914/2010), Freud faz toda uma elaboração sobre o processo de constituição do sujeito com base na relação libidinal que estabelece consigo mesmo e com o outro. Descreve a relação autoerótica, que nasce apoiada no autoconservativo, como um primeiro momento de ligação erótica. A seguir fala do narcisismo, em que o investimento libidinal ainda está ligado ao próprio corpo, mas um corpo mais integrado e com um eu mais constituído, até chegar a uma relação de objeto.

Fédida (1991) explora a questão do autoerotismo com base nas formulações de Bleuler sobre o autismo (entendido como um autoerotismo sem eros). Fédida afirma que no autismo ainda não há um eu constituído, sendo assim o autismo estaria antes do autoerotismo, numa condição em que não haveria senão uma dependência, deslibidinizada, do objeto alimentar (autoconservativo). Esta ideia ilumina de uma nova maneira para mim o autoerotismo e ajuda-me a entender melhor a necessidade de Laura adesivar-se para não se sentir invisível e não cair no vazio. Essa sensação de estar invisível era, portanto, o retorno a uma vivência deslibidinizada com o mundo e consigo mesma.

Aos poucos, na análise, esse tédio foi-se transformando em angústia, e, apesar do sofrimento que esta lhe causava, via-se um movimento interno importante acontecendo, que refletia maior mobilidade e complexidade na vida libidinal, por algum grau maior de elaboração psíquica das sensações.

Minerbo (2017), em seu artigo sobre o tédio e a clínica do vazio, coloca que para lidar com a carência simbólica, o eu faz uso de algumas estratégias defensivas, e entre elas ela destaca três. A primeira delas seria um transbordamento para o somático ou para atuações reativas, a segunda estaria ligada às adições e a terceira, ao tédio, vazio, apatia.

Minerbo afirma algo que faz muito sentido para mim, pois vai ao encontro do que vejo em Laura: quando o laço simbólico para ligar a pulsão é tênue, o sentido (a representação), que poderia alimentar um projeto de vida ou o ideal do eu, não se fixa, e desta forma não consegue ser sustentado pelo aparelho psíquico como desejo (p. 61). Ocorre então um desinvestimento pulsional generalizado, que leva à sensação de vazio, muitas vezes confundido com depressão. A diferença é que não há perda da esperança, ao contrário. Aqui não se perde algum desejo sonhado, já que há carência de desejo.

Em análise fomos juntas construindo pontes entre seus sintomas e seus temores, e pouco a pouco ela começou a fazer associações para algumas angústias. Percebeu um grande temor em quebrar as expectativas que seus pais podiam ter sobre ela, decepcionando-os, e notou que também tinha uma grande expectativa a seu próprio respeito. Era claro que, enquanto não conseguia abrir mão desses ideais, não podia relacionar-se com seus pais e amigos reais, e com a Laura do eu ideal, e sofria de uma dependência radical do outro.

Passa-se algum tempo, e Laura conta que se cortou acidentalmente com uma faca enquanto esquentava o jantar, e que havia sido legal. Eu me dou conta do tamanho da indiferenciação em que vivia. Habitava um corpo pouco libidinizado e por isso muito indiferenciado. Reagia somente quando provocava as amigas ou quando se cutucava (como na situação da faca). Vi com mais clareza e preocupação que vivia num enclausuramento narcísico e ficava à mercê de excitações físicas, pouco elaboradas psiquicamente. Laura também se punha em risco. Saía para as baladas, bebendo até passar mal, e muitas vezes voltava de carona com pessoas que não conhecia.

Mudo meu modo de trabalhar, pois sinto contratransferencialmente necessidade de me situar de modo mais vivo nesse atendimento. Aqui, quando digo "sinto", não sinto intuitivamente; na verdade, recorro a outras experiências, como as que tenho no atendimento de crianças, além de teorias que me percorrem, como as de Silvia Bleichmar, com quem pude fazer seminários teóricos e clínicos.

Bleichmar (1994), ao pensar sobre os momentos fundantes do aparelho psíquico, denomina o investimento narcísico que a mãe faz sobre o filho de "narcisismo transvazante". A autora acredita que, ao mesmo tempo em que a mãe excita o bebê com seus cuidados, com sua capacidade simbólica (conversando, cantando, ninando...), ela vai religando toda a excitação que inicialmente fica solta (sem representação), e isso é que poria o aparelho psíquico em funcionamento. Agora, para que isso ocorra, é necessário tanto uma mãe que excite o bebê, quanto que ligue a excitação que fica solta, à espera de representação. Além disso, essa mãe precisa num primeiro momento perceber o filho como parte de si mesma, mas precisa num momento seguinte percebê-lo como um outro, separado dela.

Começo a fazer interpretações "vivas" que tentam dar a Laura um contorno, ao mesmo tempo em que marcam uma diferenciação entre ela e o outro, para trabalhar essa indiscriminação. Digo que tem horas que parece que se acha uma boneca, mas é uma pessoa, com um corpo, que sente dor e sangra. Percebo que preciso até mesmo rever o setting, pois, como estava sempre com a sensação de que a análise estava por um fio, vi que acabei sendo permissiva com seus horários, faltas e férias, e com minha complacência alimentava sua indiscriminação.

Laura foi se expandindo, até que assumiu o namoro com um rapaz, e em poucos meses decidiu morar com ele. Começaram então sintomas de pânico.

Revisitando os trabalhos de Freud e Laplanche sobre a angústia, pude pensar, como Freud em sua segunda teoria sobre a angústia, traz para o centro da discussão a angústia de castração. Essa ideia me fez pensar que na base das crises de angústia atuais de Laura estava uma angústia de separação: a separação dos pais e assumir uma vida sexual.

Pude acompanhar ao longo dessa análise o desejo de Laura constituir-se, encontrando seus caminhos para daí derivar, como também o desenvolvimento de sua sexualidade, suas conquistas profissionais e amorosas. A intenção aqui era que essa análise ilustrasse um pouco do meu pensar clínico, as idas e vindas desse atendimento e meu percurso como analista, e para isso a escrita do relatório foi fundamental.

Tive a sorte de fazer uma parceria afinada e criativa com o supervisor que escolhi, com quem pude pensar nos movimentos da analisanda e em meus enquanto analista, e ele de modo muito cuidadoso e preciso fez pontuações e sugeriu leituras que foram iluminando e expandindo meu campo de compreensão. Ele encorajou-me também a fazer pontes teóricas entre autores variados, alguns que já faziam parte de meu repertório e novos, aos quais ele me introduziu. Aos poucos me vi mais segura para arriscar minhas próprias construções teóricas, o que me trouxe uma sensação muito forte de liberdade criativa e autoral.

Vettorazzo Filho (2013), um ex-supervisor, escreveu um artigo em que diz algo que me toca muito e que descreve o que acredito convictamente que é essencial para tornar-se psicanalista. Ele afirma que deveria haver um modo da formação analítica no qual o membro filiado fosse incessantemente escavando, maturando, violando, descartando e reinscrevendo as teorias que estivesse estudando, ao mesmo tempo em que se reinscrevesse como analista com base em suas próprias teorizações.

E para que esse processo ocorra precisamos seguir a recomendação de Rilke para Kafka. Rilke, após ler alguns poemas que Kafka havia lhe enviado, responde:

O senhor olha para fora, e é isso sobretudo que não devia fazer agora. Ninguém pode aconselhá-lo ou ajudá-lo, ninguém. Há apenas um meio. Volte para si mesmo. Investigue o motivo que o impele a escrever; comprove se ele estende as raízes até os pontos mais profundos do seu coração... (Rilke, 1903/2006, p. 8)

A escrita do relatório foi como esse exercício proposto por Rilke, na medida em que nele experimentei teorizar com base em minha experiência clínica, usando meu repertório teórico-clínico, a escuta que adquiri e minha capacidade de fazer conexões.

O processo autoral em psicanálise para mim é isso, alcançar essa liberdade. Certamente não é a liberdade de fazer qualquer coisa, mas a de ousar experimentar com base em todo um repertório.

 

Referências

Bleichmar, S. (1994). A fundação do inconsciente, destinos de pulsão, destino do sujeito. Porto Alegre: Artes Médicas.         [ Links ]

Fédida, P. (1991). Autoerotismo e autismo: condições de eficácia de um paradigma em psicopatologia. In P. Fédida, Nome, figura e memória. A linguagem na situação psicanalítica. São Paulo: Escuta.         [ Links ]

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Freud, S. (2014). Inibição, sintoma e angústia. In S. Freud, Obras completas (Vol. 17). São Paulo: Companhia das Letras. (Trabalho original publicado em 1926)        [ Links ]

Gabbard, G. O., & Ogden, T. H. (2009). On becoming a psychoanalyst. Internal Journal of Psychoanalysis, 90,311-327.         [ Links ]

Laplanche, J. (1998). Problemáticas I: a angústia. São Paulo: Martins Fontes. (Trabalho original publicado entre 1970-1972)        [ Links ]

Meltzer, D. (1975). Identificação adesiva. Jornal de Psicanálise, 19(38),40-52.         [ Links ]

Minerbo, M. (2017). A clínica do vazio e o tédio. Revista Brasileira de Psicanálise, 51(3),53-63.         [ Links ]

Rilke, R. M. (2006). Cartas a um jovem poeta. Porto Alegre: L&PM. (Trabalho original publicado em 1903)        [ Links ]

Vettorazzo Filho, H. (2013). Fundamentação conceitual do currículo e da avaliação: o processo de formação psicanalítica. In H. Vettorazzo Filho, Por uma psicanálise viva (pp. 247-253). São Paulo: Primavera.         [ Links ]

Winnicott, D. W. (1975). O papel de espelho da mãe e da família no desenvolvimento infantil. In D. W. Winnicott, O brincar e a realidade. Rio de Janeiro: Imago (Trabalho original publicado em 1967)        [ Links ]

 

 

Recebido em: 28/10/2019
Aceito em: 11/11/2019

 

 

1 Este trabalho é uma versão modificada do trabalho apresentado no 25th IPSO European Meeting/Lisbon, 22-24 November 2019 - Invisible Psychoanalytic Identities.

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