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Jornal de Psicanálise

versão impressa ISSN 0103-5835

J. psicanal. vol.52 no.97 São Paulo jul./dez. 2019

 

TEMA LIVRE

 

De onde me vem Isso?1

 

Where does This come from?

 

¿De dónde me viene Eso?

 

D'où me vient Ça?

 

 

Marion Minerbo

Membro efetivo e analista didata da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo (SBPSP). São Paulo / marionminerbo@gmail.com

 

 


RESUMO

A autora aborda a experiência inquietante de sermos possuídos por afetos e comportamentos que não reconhecemos como "meus", e que nos impõem a pergunta: "de onde me vem Isso?" Em resposta a esta questão, Freud precisou criar o conceito de inconsciente. Um inconsciente vivo, constituído pelas marcas deixadas pela história emocional vivida na relação com o objeto, mas não suficientemente integrada. Por meio de dois casos clínicos, a autora ilustra o retorno do recalcado e do clivado, enfatizando a dimensão intersubjetiva daquilo que foi recalcado e clivado.

Palavras-chave: criança-no-adulto, retorno do recalcado, retorno do clivado, imaginação clínica, intersubjetividade


ABSTRACT

The author addresses the unsettling experience of being possessed by affections and behaviors that we do not recognize as "mine", and that impose the question "Where does This come from?" In response to this question, Freud had to create the concept of unconscious. A living unconscious, constituted by the marks left by the emotional history experienced with the object, but not sufficiently integrated. Through two clinical cases, she illustrates the return of repressed and of the splitted, emphasizing the intersubjective dimension of what has been repressed and splitted.

Keywords: child-in-adult, return of repressed, return of splitted, clinical imagination, intersubjectivity


RESUMEN

La autora aborda la experiencia inquietante de ser poseídos por afectos y comportamientos que no reconocemos como "míos", y que nos impone la pregunta: ¿de dónde me viene Eso? En respuesta a esta cuestión, Freud necesitó crear el concepto de inconsciente. Un inconsciente vivo, constituido por las marcas dejadas por la historia emocional vivida con el objeto, pero no suficientemente integrada. A través de dos casos clínicos, ilustra el retorno del reprimido y del clivado, enfatizando la dimensión intersubjetiva de lo que fue reprimido y clivado.

Palavras clave: niño-en-el-adulto, retorno del reprimido, retorno del clivado, imaginación clínica, intersubjetividad


RÉSUMÉ

L'auteur aborde l'expérience troublante d'être possédé par des affections et des comportements que nous ne reconnaissons pas comme "miens" et qui imposent la question "d'où me vient Ça?" En réponse à cette question, Freud a dû créer le concept de inconscient. Un inconscient vivant, constitué des marques laissées par l'histoire émotionnelle vécue mais insuffisamment intégrée. A travers deux cas cliniques, il illustre le retour de refoulés et de clivés, en soulignant la dimension intersubjective de ce qui a été refoulé et clivé.

Mots-clés: l'infantile, retour du refoulé, retour du clivée, imagination clinique, intersubjectivité


 

 

Introdução

Todos nós tivemos a experiência de ser tomados de assalto, possuídos, por afetos, pensamentos e comportamentos que não conseguimos reconhecer como "meus". Pode ser um ato falho, um sonho. Mas também um ódio assassino, uma timidez doentia, um ataque de pânico, atos compulsivos. Ou uma sucessão de paixões à primeira vista. Às vezes conseguimos encontrar racionalizações que satisfazem nossa necessidade de coerência. Mas há situações em que isso não é possível. Diante da repetição do mesmo, sentimos que estamos sendo agidos por forças desconhecidas. Perplexos, nos interrogamos: de onde me vem Isso?

Como se sabe, os termos Id, Ego e Superego, derivados do latim, foram instituídos por uma tradução do alemão para o inglês supostamente mais "científica". Perdeu-se, no entanto, o que havia de coloquial nos termos escolhidos por Freud. No original alemão, Isso transmite a ideia de forças desconhecidas que vêm de algum lugar, das profundezas do corpo-mente, que nos tomam e nos possuem. A interrogação do título nos remete à desconhecida fronteira corpo-mente, a inscrições em estado bruto e às marcas deixadas pela história emocional vivida, mas não suficientemente integrada.

Cabe esclarecer que me permito certa licença poética ao usar o termo Isso no sentido genérico de inconsciente ("De onde me vem Isso?"). No entanto, com mais rigor, lembro que Freud postulou dois modelos para o aparelho psíquico, cada um com um "tipo" de inconsciente. No segundo modelo, Isso, ou Id, é o nome do inconsciente pulsional, das forças psíquicas em estado bruto; enquanto o termo Ics propriamente dito se refere ao inconsciente recalcado apresentado no primeiro modelo.

Quando alguma coisa na situação atual acorda essas marcas, elas "retornam", quer dizer, elas são transferidas para a situação atual. Elas infiltram, ou recobrem, o cotidiano. Como essas marcas pertencem a outra época e lugar, produzem estranheza, inquietação, perplexidade.

Em "O estranho", Freud (1919/1996) fala em retorno do recalcado. Ele está trabalhando com o modelo criado com base na neurose. Vale lembrar que o recalque foi a solução defensiva encontrada pela criança edipiana para "solucionar" os conflitos ligados às fantasias de desejo, ao prazer e à sexualidade infantil. Tais conflitos envolvem a angústia de castração e a culpa. O recalque retira da consciência, mas não do aparelho psíquico, as representações.

Depois, Freud começou a trabalhar com as neuroses narcísicas - Green (2012) fala em organizações não neuróticas. Aqui, temos o retorno de marcas sensoriais, ainda não organizadas na forma de fantasias, deixadas por experiências emocionais precoces, traumáticas, impossíveis de ser metabolizadas. Esse material sofreu outro destino defensivo: a clivagem. Lembrando que o clivado é justamente o que nunca foi representado, e, portanto, nunca entrou na corrente da vida psíquica. Quando o material clivado retorna - falamos, então, em retorno do clivado (Roussillon, 1999) -, não o faz por meio de representações, mas sim da linguagem pré-verbal: afetos em estado bruto e percepções alucinatórias.

Usando dois fragmentos clínicos como fio condutor, proponho uma releitura de "O estranho" enfatizando a dimensão de intersubjetividade presente no material psíquico que "retorna" do inconsciente. Nesta breve contribuição, pretendo ressaltar que o recalcado (caso 1) e o clivado (caso 2) dizem respeito a elementos da relação entre a criança e seu objeto, cujas marcas podem ser reconhecidas no material clínico e na transferência (Minerbo, 2016, 2019).Nesse sentido, a qualidade de familiar inquietante remete não só a questões intrapsíquicas, como enfatizou Freud em 1919, mas também a uma história emocional intersubjetiva que não foi suficientemente integrada.

 

O retorno do recalcado

Raul quer trocar de carro. O dele já deu o que tinha que dar, foram 10 anos de bons serviços prestados. Agora que ganhou dinheiro, quer comprar um "carro bem bacana", mas está muito triste em ter que abandonar seu carro velho. Mais do que triste, sente-se culpado em fazer uma sacanagem dessas com ele. "Se fosse uma pessoa, eu estaria arrasado!" Perplexo, ele reconhece que carros não são pessoas, e que não faz sentido sofrer assim para comprar um carro novo.

De onde vem isso? Não podemos dispensar os conceitos de inconsciente e de transferência. Algo da ordem do inconsciente está sendo transferido para o carro velho. Um pedaço da história emocional, que não foi suficientemente integrado, foi acordado pela possibilidade de comprar um carro novo. O sintoma disso é a culpa - no caso, uma culpa neurótica, ligada a algo que o sujeito fez, ou quer fazer.

Ela sinaliza a presença do infantil, que é a presença da criança-no-adulto. Vemos aqui o animismo infantil em todo o seu esplendor. Animismo é o modo de pensar das crianças, que olham para os objetos como se tivessem anima/alma, como se fossem vivos e tivessem sentimentos humanos. Os carros sentem coisas, e ele sente coisas pelos carros. Esse fragmento pertence, claramente, a outra época e lugar.

Retomando: o adulto quer, e pode, trocar de carro. Mas a criança-no-adulto sente-se culpada. Para avançar, precisamos das associações de Raul. A analista sabe que, se ele se sente culpado, é porque ama o carro que vai ser abandonado. Então conversa com a criança-nele, na língua dela: "E você ama tanto esse carro velho, não é?"

E vejam como a rede associativa do neurótico é rica em representações. Uma associação traz de bandeja um novo elemento. Assim que a analista interpreta, Raul se lembra de uma música do Toquinho na qual, ao fim do ano letivo, um caderno usado pede ao menino para não se esquecer dele. O refrão é o seguinte: "Só peço a você um favor, se puder, não me esqueça num canto qualquer".

Continuamos no animismo infantil. Aqui, o caderno fala. Dá para ver que é um caderno inteligente e sensível. Ele diz para a criança-em-Raul. "Sei que você precisa me matar simbolicamente para poder crescer, a vida é assim mesmo. Mas vou ficar triste por perder você, então pelo menos se lembre de mim, que tanto colaborei para o seu crescimento."Numa leitura clássica, trocar o pai/carro velho por um carro novo pode ser escutado como representação do desejo infantil de matar o pai, superá-lo e ocupar o seu lugar. Essa é a parte que cabe ao Édipo de Raul.

Mas tem uma parte que cabe ao pai. Em condições ideais, ele se orgulha e incentiva o crescimento do filho. Isso facilita muito a travessia edipiana do filho. Mas o material clínico sugere que o pai-caderno de Raul foi ambivalente. Ele se orgulhou, mas ao mesmo tempo não deixou de se deprimir por não ter mais o seu filho pequeno com ele.

O caderno de Raul mais parece uma mãe judia: "Pode ir passear de carro novo, eu fico sozinha, esquecida aqui em casa, numa boa". Inconscientemente, o pai culpabiliza o filho, o que dificulta o trabalho psíquico da criança durante a travessia edipiana.

Estou propondo uma releitura do texto "O estranho", em que o retorno do recalcado não diz respeito apenas ao Édipo de Raul, mas à relação intersubjetiva entre ele e seu pai. A culpa normal do Édipo fica potencializada pela atitude culpabilizante do pai. Isso dificulta sua integração, e traz como sintoma a dificuldade em abandonar o carro velho.

 

O retorno do clivado

Como vimos, o clivado diz respeito às marcas deixadas pelo trauma precoce. Essas marcas estão inscritas no inconsciente numa linguagem pré-verbal: a língua dos afetos em estado bruto, das percepções alucinatórias, da sensorialidade, da motricidade e do corpo. Por isso, quando algo no cotidiano acorda o que estava clivado, essas experiências não retornam com as características simpáticas de animismo, como acabamos de ver. Ao contrário: o paciente vive esse retorno como algo demoníaco, aterrorizante, mal-assombrado, que o retraumatiza. Uma criança aterrorizada com o lobo mau não tem nada a ver com outra que conversa com seu caderno velho.

Marcia vive atracada com seu marido. Tudo o que ele diz e faz a irrita. Chegou ao ponto de agredi-lo fisicamente. Percebe que tudo isso afeta as crianças, e por isso nesse fim de semana jurou não brigar com ele. No domingo de manhã ele foi fazer as coisas dele, e combinaram de se encontrar no restaurante para o almoço. Ela chega pontualmente com os filhos. O marido está atrasado. O filho comenta: "o papai sempre se atrasa, não está nem aí". Ela responde, calmamente: "não vamos brigar, não vamos dizer nada, vamos curtir o almoço".

Quando ele finalmente aparece na porta do restaurante, cumprimentando a família com uma cara ótima, como se nada tivesse acontecido, ela surta e começa a berrar com ele, para espanto dos filhos e dela mesma. Não consegue entender "de onde lhe vem isso".

Isso significa a violência pulsional incontrolável, associada a uma percepção alucinatória. 1) Percepção, porque, de fato, o marido se atrasou. 2) Alucinatória, porque, colada a essa cena, ela está vendo/vivendo outra cena.

Ela alucina algo da ordem do traumático, algo que foi vivido com o objeto primário, mas não suficientemente representado. Por isso, é uma cena muito familiar, e, ao mesmo tempo, mal-assombrada. Só pode ser algo que se repetiu mil vezes no cotidiano da menininha que ela foi.

A criança-em-Raul tem entre 5 e 7 anos. A criança-em-Marcia tem menos de 3 anos. Raul consegue associar, quando tocado por uma interpretação. Ele já conta com o símbolo da coisa, com uma imagem psíquica da coisa: o caderno que pede para não ser esquecido. O sentido da culpa por trocar de carro está quase lá, na boca da caçapa. A simbolização primária já foi feita. Falta a simbolização secundária. Falta colocar em palavras a experiência vivida com o pai, que se orgulha, mas também fica triste, com o seu crescimento.

Com Marcia o trabalho tem que ser diferente. Ela ainda não conseguiu formar nenhuma imagem ou símbolo da experiência que a desorganiza psiquicamente. Por isso ela está clivada. A reação dela - o surto - mostra o momento do retorno do clivado. É um momento de funcionamento psicótico. Indica que a simbolização primária ainda não foi realizada de forma suficiente.

Retomo rapidamente uma analogia que costumo usar para explicar as duas vertentes do processo de simbolização. Para transformar espigas de trigo em pão, temos necessariamente duas etapas. A primeira é transformar espigas em farinha. É a simbolização primária. A segunda é transformar farinha em pão. Cada etapa exige uma técnica diferente. A primeira envolve debulhar as espigas e moer o trigo. A segunda envolve fazer a massa e colocar no forno. Da mesma forma, o trabalho do analista é diferente em cada etapa.

Como ajudar Marcia a retomar a simbolização primária da experiência que a desorganiza? Será preciso fazer algo na linha do que Freud chamou de construções em análise. E que Bion chamou de reverie e função alfa. Pessoalmente, gosto de pensar em termos de imaginação clínica. O analista precisa imaginar o que Marcia pode ter vivido de tão desorganizador. Vejamos como dá para usar a imaginação clínica na sessão.

Voltemos à cena do restaurante. Ela não sabe o que fez com que surtasse. De onde me vem isso, ela se pergunta.

Na verdade, as sessões estavam cheias de cenas desse tipo, mas eu não tinha conseguido acessar o que a perturbava tanto. Nesse dia, talvez ela tenha acentuado a expressão "como se nada tivesse acontecido". Ou eu escutei isso de um jeito novo, ao pé da letra, e não como mera força de expressão. Escutei como uma expressão precisa de algo que ela percebe.

E então eu entendi que não foi o atraso do marido que desencadeou o surto. O simples atraso, ela até poderia tolerar. Ela até tinha dito para as crianças "não vamos brigar por causa disso". O que reativou a zona de traumatismo primário foi a cara ótima com a qual ele cumprimentou a família, depois de ter deixado todos esperando. Ele não chegou preocupado com eles; ou pedindo desculpas pelo atraso. Ele chegou e os cumprimentou como se nada tivesse acontecido.

É isso: para ele, nada tinha acontecido mesmo! Tanto que, quando ela surta, ele não entende o motivo. Fica genuinamente espantado e pergunta: "Mas por que essa reação? Eu já estou aqui, não estou? Não podemos aproveitar o almoço? Você vai estragar tudo?"

Essa é a situação enlouquecedora que a menininha que ela foi viveu vezes sem conta. E seu sentido lhe escapa, hoje, como antes. É impossível para ela se representar o que a perturba tanto. Eu é que tenho de tentar imaginar o que poderia ser. Eu é que tenho de juntar os fragmentos do que ela conta, até que um sentido se forme.

O marido fica mal-assombrado quando repete, identicamente, o objeto primário - aquele que não consegue se conectar emocionalmente com ela. Na cena descrita, o marido não consegue se colocar na pele dela. Não consegue se identificar com ela, e com o que ela pode ter sentido durante o tempo de espera. Nem consegue se implicar no sofrimento que ele mesmo produziu. Não consegue reconhecer que ele tem alguma coisa a ver com a reação dela. E por fim, como ele não percebe nada disso, quando ela surta, ele a acusa de ser a chata que, mais uma vez, vai estragar o almoço da família.

Percebe-se como o retorno alucinatório do clivado permite reconstruir, ou imaginar, o modo de presença traumático do objeto primário: ela teve que se constituir com um objeto que não se dava conta de que ele tinha o poder de afetar a criança. Por isso agia como se não tivesse nada a ver com suas reações, e punha todas as turbulências que ele mesmo gerava na conta de uma criança chata.

Essa zona de traumatismo é reativada precisamente quando o marido chega com uma cara ótima, como se nada tivesse acontecido. Esse modo de presença do objeto foi percebido pela criança pequena. Foi registrado, mas ficou clivado, sem representação. E agora retorna, reencarnado no marido, em busca de simbolização. É então que eu descrevo para ela o efeito enlouquecedor desse modo de presença. Falo do marido, mas, para mim, é também o objeto interno, o objeto primário.

Um dia ela conta mais uma cena desse tipo, mas desta vez consegue trazer uma associação, mostrando que a simbolização primária está em curso. Ela se lembra de um filme sobre um menino autista que a impressionou muito. Um menino que não se conecta com as pessoas. Ele não tem essa capacidade. Reconheceu ali o mesmo tipo de desconexão do marido. E concluiu: "Ele é meio autista, por isso faz tanto tempo que eu sinto que ele não me enxerga".

Finalizo retomando meu objetivo, que era fazer uma releitura da ideia de retorno do recalcado e do clivado, mas introduzindo a noção de intersubjetividade, que não estava presente no texto de 1919.

Com Raul, o recalcado que retorna como culpa neurótica é um amálgama composto por aspectos do Édipo do menino, e aspectos da reação inconsciente do pai ao Édipo do menino.

Com Marcia, o clivado que retorna como violência pulsional e percepção alucinatória também é um amálgama. Do lado dela, afetos em estado bruto. Do lado do objeto, um modo de presença desorganizador, que impede a simbolização primária da experiência.

 

Referências

Freud, S. (1996). O estranho. In S. Freud, Edição standard das obras psicológicas completas de Sigmund Freud (J. Salomão, trad., Vol. 17). Rio de Janeiro: Imago. (Trabalho original publicado em 1919)        [ Links ]

Green, A. (2012). La clinique psychanalytique contemporaine. Paris: Ithaque.         [ Links ]

Minerbo, M. (2016). Diálogos sobre a clínica psicanalítica. São Paulo: Blucher.         [ Links ]

Minerbo, M. (2019). Novos diálogos sobre a clínica psicanalítica. São Paulo: Blucher.         [ Links ]

Roussillon, R. (1999). Agonie, clivage et symbolization. Paris, PUF.         [ Links ]

 

 

Recebido em: 23/6/2019
Aceito em: 27/10/2019

 

 

1 Trabalho apresentado em mesa-redonda no XXVII Congresso Brasileiro de Psicanálise, em junho de 2019 em Belo Horizonte.

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