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Jornal de Psicanálise

versión impresa ISSN 0103-5835

J. psicanal. vol.54 no.100 São Paulo ene./jun. 2021

 

AULA INAUGURAL

 

Passagens1

 

Passages

 

Pasajes

 

Passages

 

 

Bernardo Tanis

Membro efetivo da SBPSP. Doutor em Psicanálise pela PUC-SP. Foi presidente da SBPSP (2017-2020). São Paulo / bernardo.tanis@gmail.com

 

 


RESUMO

Este texto destaca as Passagens, diz respeito à formação dos analistas, mas também procura uma amplitude e maior alcance para discutir os contextos. O texto lembra que comemoraremos em 2022 os 100 da Semana de Arte Moderna, movimento motivado pelo questionamento das convenções instituídas nas artes e na cultura. Junto com os modernistas da Semana de 22, chega ao Brasil a psicanálise, que, ao longo desses anos, viveu e vive transformações, entendidas como a própria matéria da qual a psique se nutre. Assim, propõe a ideia de passagens como experiência de regiões de limiar e trânsito, o que constantemente ocorre na vida mental, em momentos de transformação nas várias fases da vida, em detalhes sutis do cotidiano, como os instantes de passagem do sonho para a vigília. Também aponta para as instituições psicanalíticas, as passagens, a maneira pela qual elas ocorrem, e a possível cristalização em certos lugares. Procura-se chamar a atenção a atenção para riscos de burocratizar as passagens em contraposição destaca-se o aspecto questionador e criativo das passagens, trilhas que os modernistas e nossos pioneiros nos sinalizaram.

Palavras-chave: formação de analistas, passagem, rituais, modernismo, psicanálise


ABSTRACT

This text highlights the Passages, refers to the training of analysts, but also seeks a breadth and greater scope to discuss the contexts. In 2022 we will celebrate the centenary of the Modern Art Week, a movement motivated by the questioning of the conventions established in art and culture. Together with the modernists of the Week of 22, psychoanalysis arrives in Brazil, which throughout these years has suffer many transformations, understood as the very matter from which the psyche is nourished. It proposes the idea of passages as an experience of thresholds and regions of transit, which occurs constantly in mental life, in moments of transformation in the different phases of life, in subtle details of daily life, such as moments of the passage from sleep to wakefulness. It also points to the psychoanalytic institutions, the passages, the way they occur, and the possible crystallization in certain places. We call for attention to the risks of bureaucratizing the passages in contrast, the questioning and creative aspect of the passages stands out, paths that the modernists and our pioneers pointed out to us.

Keywords: formation of analysts, passage, rituals, modernism, psychoanalysis


RESUMEN

Este texto destaca los Pasajes, se refiere a la formación de analistas, pero también busca una amplitud y un mayor alcance para discutir los contextos. El texto recuerda que en 2022 celebraremos el centenario de la Semana de Arte Moderna, un movimiento motivado por el cuestionamiento de las convenciones instituidas en el arte y la cultura. Junto a los modernistas de la Semana del 22, llega a Brasil el psicoanálisis, que a lo largo de estos años ha vivido y vive transformaciones, entendidas como la materia misma de la que se nutre la psique. Así, propone la idea de los pasajes como una experiencia de umbrales y regiones de tránsito, que se ocurre constantemente en la vida mental, en momentos de transformación en las distintas fases de la vida, en detalles sutiles de la vida cotidiana, como los momentos del pasaje del sueño a la vigilia. También apunta a las instituciones psicoanalíticas, los pasajes, la forma en que ocurren y la posible cristalización en determinados lugares. Llamamos la atención sobre los riesgos de burocratizar los pasajes en contraste, se destaca el aspecto cuestionador y creativo de los pasajes, senderos que nos señalaron los modernistas y nuestros pioneros.

Palabras clave: formación de analistas, pasaje, rituales, modernismo, psicoanálisis


RÉSUMÉ

Ce texte met en lumière les Passages, fait référence à la formation des analystes, mais cherche aussi une largeur et une plus grande portée pour discuter les contextes. En 2022 nous fêterons le centenaire de la Semaine de l'Art Moderne, mouvement motivé par la remise en cause des conventions établies dans l'art et la culture. Avec les modernistes de la Semaine des 22, la psychanalyse arrive au Brésil, qui tout au long de ces années a vécu et vit des transformations, comprises comme la matière même dont se nourrit la psyché. Ainsi, il propose l'idée des passages comme une expérience de seuils et de régions de transit, qui se produit constamment dans la vie mentale, dans des moments de transformation dans les différentes phases de la vie, dans des détails subtils de la vie quotidienne, tels que des moments du passage du sommeil à la veille. Il met également en évidence les institutions psychanalytiques, les passages, la manière dont ils se produisent et une possible cristallisation dans des lieux particuliers. Nous attirons l'attention sur les risques de bureaucratisation des passages en revanche, l'aspect questionnant et créatif des passages ressort, chemins que nous ont signalés les modernistes et nos pionniers.

Mots-clés : formation d'analystes, passage, rituels, modernisme, psychanalyse


 

 

Mudaria o Natal ou mudei eu?

(Machado de Assis, "Soneto de Natal", 1901)

E desculpem-me por estar tão atrasado dos movimentos artísticos atuais. Sou passadista, confesso. Ninguém pode se libertar duma só vez das teorias-avós que bebeu; e o autor deste livro seria hipócrita se pretendesse representar orientação moderna que ainda não compreende bem.

(Mário de Andrade, "Prefácio interessantíssimo", Pauliceia desvairada, 1922)

 

Formação de analistas e os contextos culturais

Não foram poucos os momentos, nos anos em que atuei como presidente da SBPSP, em que tive que enfrentar, ao me manifestar em algum evento, sentimentos paradoxais. Alegria e tristeza, entusiasmo e desalento. Hoje enfrento mais um momento, na sequência dessas vivências. Por um lado, sinto a alegria de estar com vocês, membros e membros filiados da SBPSP, recebendo e acolhendo em nossa casa novos membros filiados que escolheram nosso Instituto como trilha de continuidade de suas formações analíticas - falo em continuidade porque todos os que ingressam trazem sua bagagem pessoal, estudos prévios, experiências de análise pessoal e clínica. Ninguém inicia do zero sua formação, e espero que também nunca interrompam a busca, dentro e fora da Instituição, por interlocutores nesse processo inesgotável de se formarem analistas. Por outro lado, sinto a tristeza e desalento pela situação da pandemia, pelos mais de 250.000 mortos, pelo descaso, descalabros e insensibilidade de um governo carente de empatia com a dor e com o sofrimento, e indignação pela irresponsabilidade no exercício de alguns governantes de zelar pelo bem-estar dos cidadãos e cidadãs.

Ouvi emocionado as palavras de ex-presidentes da Associação dos Membros Filiados (AMF), muitos dos quais tive o prazer e a honra de acompanhar durante a formação, assim como de analistas sêniores da nossa Instituição os quais conheço pessoalmente, e considero como mestres aos quais sou imensamente grato. Pude reconhecer nas falas de cada um a expressão, com sensibilidade e clareza, de seus focos de interesse e a vocação pluralista da psicanálise, conquistada, não sem esforço na nossa Instituição.

Tive a oportunidade de publicar alguns trabalhos (Tanis, 2006; 2018) sobre a formação analítica, tema fascinante, complexo e fonte de diferenças, debates e rupturas no movimento psicanalítico, que podem ser encontrados principalmente no Jornal de Psicanálise do Instituto, e na Revista Brasileira de Psicanálise.

Nesta apresentação, no entanto, não gostaria de retomar a reflexão a partir do clássico tripé análise-supervisão-seminários, nem a partir das transferências ou daquele que foi considerado o quarto elemento do tripé, o clima institucional - sobre isso fiz referência nos outros artigos citados. Isso porque o tema que nos convoca hoje, Passagens, diz respeito à formação dos analistas, mas sua amplitude e alcance são bem maiores, e é sobre isso que quero tratar aqui. Com base em algumas considerações sobre o contexto cultural mais amplo, acredito que vocês poderão por conta própria estabelecer as pontes com o vir a ser analista nos dias de hoje.

Este ano, comemoramos os 70 anos do ato fundador da nossa Sociedade. No Brasil, comemoraremos em 2022 os 100 da Semana de Arte Moderna, movimento motivado pelo questionamento das convenções instituídas nas artes e na cultura, um interrogante sobre as premissas sustentadas pela modernidade. Junto com os modernistas da Semana de 22, chega ao Brasil a psicanálise, que, ao longo desses anos, viveu e vive transformações, entendidas como a própria matéria da qual a psique se nutre. Ainda hoje parece importante nos indagarmos sobre o impacto do modernismo, sua proposta crítica à modernidade, sua vinculação com as vanguardas do século XX, nas suas diferentes expressões, e sobre seus ecos em nós. Talvez ainda sejamos nostálgicos da modernidade e de seus ideais ancorados na razão, na consciência e em uma representação autônoma de si.

Limiar, passagem, flânerie. Esses termos sugerem um tempo e um espaço que se prolongam, que são inacabados como o próprio livro Passagens,2 de Walter Benjamin (2006), um dos maiores filósofos e críticos da cultura do século XX. Em Passagens, ele constrói uma historiografia do século XIX, tendo Paris como capital do século, ou, nas palavras de Olgária Matos (2006, p. 1123): "Benjamin se propõe a uma hermenêutica dos espaços fantasmáticos da cidade de Paris". Passagens e arcadas são templos do consumo por onde circula sem destino e solitário o homem da multidão de Edgar Alan Poe. Ainda segundo a autora, a temporalidade da modernização: "se comprime no desejo de consumo ilimitado, por um lado, determina a exaustão, de outro. Diferem a exaustão e o cansaço. Se neste ainda é possível pensar e imaginar, na exaustão não há possibilidade de exercício do pensamento, apenas hiperatividade vazia e também destrutiva" (Matos, 2006).

Passagens como experiência de regiões de limiar e trânsito é o que constantemente ocorre na vida mental, em momentos de transformação nas várias fases da vida, em detalhes sutis do cotidiano, como os instantes de passagem do sonho para a vigília. Em um nível mais amplo, em instituições como a nossa, surge a questão dos ritos de passagem, dos lugares ocupados e a maneira pela qual essas passagens se dão, mais ou menos ritualizadas, mais ou menos burocráticas, mais ou menos persecutórias.

Com o teor enciclopédico de Passagens, recheado de inúmeras citações, fragmentos, imagens e referências, Walter Benjamim propunha um método de leitura: que se fizessem diferentes montagens, e que de cada montagem surgisse uma interpretação, que estaria ali latente. Há sempre a iminência de outra interpretação por vir... Talvez possamos associar isso à montagem do vir a ser analista.

Com base nessas montagens, a modernidade é vista desde uma perspectiva crítica reveladora de sentidos que lhe são inerentes, mas velados. Neste sentido, podemos reconhecer o estreito vínculo da psicanálise com o questionamento dos ideais da modernidade, com o modernismo brasileiro e com as vanguardas europeias do início do século XX, assim como entender sua chegada ao Brasil nesse contexto. Durval Marcondes encarnou no ato fundador essa matriz híbrida freudiana, que em São Paulo encontrou terreno fértil. Como costuma dizer Leopold Nosek: somos herdeiros da antropofagia oswaldiana, e somos admirados mundialmente por isso.

Assim como Freud abre, a partir da Interpretação dos sonhos, as portas para o inconsciente e descobre a nova gramática do processo primário, os modernistas inauguram uma nova forma discursiva por meio da subversão dos processos convencionais da representação artística.

No projeto político emancipatório da modernidade, no qual o indivíduo como valor desloca o poder do monarca absoluto ancorado no poder divino, novos desafios surgem no campo sociopolítico. Há de se buscar outras modalidades do exercício de poder, seja no espaço público ou na esfera do encontro do Eu com a alteridade. É com base na noção de desejo que Freud aponta a possibilidade de transformação dos vínculos sociais. Mas como dar conta do mal-estar e do desamparo que se insinuam em decorrência dessa nova realidade?

Ao resgatar a perspectiva crítica contida no dispositivo da transferência, com o qual Freud inaugura uma nova possibilidade de transformação da subjetividade que privilegia o registro da liberdade em contraposição ao da submissão (sugestão) como resposta ao desamparo, surge uma nova dimensão de passagem. Desamparo deixa de ser objeto apenas de submissão ao Outro, numa dimensão alienante ou melancólica, e passa a ter em seu bojo um potencial transformador, como retomado de modo instigante por Vladimir Safatle (2015). Essa ideia parece de crucial importância para os jovens analistas que regressivamente podem se alienar de seu potencial em função de vivências de desamparo na figura transferencial de mestres ou gurus.

Assim, falar de passagens implica falar de temporalidades da história. Para a psicanálise, esta permanece ativa nas tramas do infantil (Tanis, 2021) - não um infantil que se confunde com infância ou infantilidade, mas um território que se constitui pelas inscrições das Erlebnisse (vivências individuais), por suas múltiplas possibilidades de transformação e representação simbólica, em maior ou menor grau, e pela sua eficácia e força viva no presente.

A história da psicanálise guarda também em seu baú de memórias institucionais e pessoais essas marcas vivas, explícitas ou recalcadas, que permeiam o presente, ora criativamente, ora como resistência, afetando os percursos e lugares institucionais, os avanços e recuos das nossas organizações, e também o modo com que concebemos o exercício clínico.

Em 2012, a Revista Brasileira de Psicanálise publicou uma entrevista com Luis Pérez Oramas, curador da 30ª Bienal Internacional de São Paulo, cognominada "A iminência das poéticas", em que ele diz, inspirado em Walter Benjamin: "A ideia é ver como o presente projeta sua sombra sobre o passado e transforma um legado histórico em elemento da contemporaneidade" (Oramas, 2012, p. 18).

O conceito de história de Benjamin coincide com a concepção de memória e temporalidade freudiana, como se vê em: "Articular historicamente o passado não significa conhecê-lo 'tal como ele propriamente foi'. Significa apoderar-se de uma lembrança, tal como ela cintila num instante de perigo" (Benjamin, 1940, citado por Gagnebin, 2006, pp. 39-47).

Os que chegam neste momento ao Instituto, assim como todos aqueles que já fazem parte dele, recebem os múltiplos dizeres e impactos de uma história vivida, de um pensamento clínico plural, de uma instituição com grupos diversos. Caberá a cada um de vocês transitar com liberdade e curiosidade pelas diferentes passagens e galerias, discursos e práticas, e trilhar seus próprios itinerários. Na psicanálise, como nos sertões de Guimarães Rosa, há múltiplas veredas.

Se falamos em crítica à modernidade e sobre o modernismo, não podemos deixar de falar de nosso tempo atual, por mais que nos provoque arrepios e indignação profunda. Vivemos o tempo da incerteza, do negacionismo, do ódio, do ressurgimento de um pensamento conservador e autoritário - tão distantes dos princípios da psicanálise, mas que tanto fizeram os psicanalistas da primeira e da segunda geração sofrerem durante o nazifascismo. Nosso tempo presente, com suas características culturais, políticas e subjetivas, vem sendo gestado há algumas décadas. Este não é o espaço nem o momento de nos aprofundarmos nesse tema, que foi tão bem explorado por autores como Lyotard, Giddens, Bauman, e tantos outros cientistas sociais, filósofos e psicanalistas. Apenas quero destacar um ponto que diz respeito à formação, e que acredito nos tocar muito diretamente.

O livro pioneiro sobre o tema da pós-modernidade foi publicado por Lyotard (1979/2009), há 42 anos, com o título original Le condition post moderne. Ele foi resultado de uma pesquisa encomendada pelo Conselho de Universidades ao governo de Québec, a pedido do então presidente, com o objetivo de estudar a posição dos saberes nas sociedades mais desenvolvidas. Recomendo muito sua leitura, pois há nele um teor profético impressionante. Desse precioso texto, destaco apenas um parágrafo:

o antigo princípio segundo o qual a aquisição do saber é indissociável da formação (Bildung) do espírito, e mesmo da pessoa, cai e cairá cada vez mais em desuso. Esta relação entre fornecedores e usuários do conhecimento e o próprio conhecimento tende e tenderá a assumir a forma que os produtores e os consumidores de mercadorias têm com estas últimas, ou seja, a forma valor. (Lyotard, 1979/2009, pp. 4-5)

O saber perde seu valor de uso, e será produzido para ser vendido, ou seja, ele é e será consumido para ser valorizado numa nova produção: nos dois casos para ser trocado.

Ora, se um dos pilares do vir a ser analista reside na ideia de Bildung, assim como a ideia do romance de formação, um movimento permanente de construção e desconstrução, de identificação e desidentificação, para encontrar na transformação da própria subjetividade a principal ferramenta de condução de uma análise, a constatação de Lyotard nos leva a pensar que no mundo de hoje estamos na contracorrente. Que isso não desanime ninguém: a psicanálise sempre esteve na contracorrente.

O que desanima são as centenas de cursos online proferidos por psicanalistas que, cedendo às tentações do mercado, vendem "Freud em dez lições", ou pacotes sobre transferência e contratransferência, combos tamanho médio ou grande. Bion, Klein e Winnicott em embalagens de 10, 20 ou 30 lições. Nada contra o recurso digital, que faz parte de nossas vidas e que nos tem permitido estar juntos apesar da pandemia, mas temos que estar atentos a nosso compromisso ético com a psicanálise, com o que entendemos por formação e por exercício da clínica. Não me refiro aqui à padronização da forma do setting, muito pelo contrário, aponto para uma escuta da dor e do sofrimento nos múltiplos espaços e configurações possíveis.

Olhando para o futuro, indago o presente da formação psicanalítica, as nossas instituições, a conflitiva edípica-institucional, as fantasias e paradoxos contidos no lugar dos membros filiados aos institutos e as futuras passagens e gargalos. Tradição e invenção, o novo e o antigo, manutenção e ruptura, mais do que pares de opostos, são paradoxos envolvidos na vida institucional. As questões de poder e de gerações que influenciam, sem lugar a dúvida, os destinos futuros de nossa disciplina. O convite que faço é à troca, à reflexão, à descoberta, ao convívio entre colegas, a uma participação ativa na nossa vida institucional. Vocês representam o futuro. Não tenham medo de questionar os mestres, de se indagar, de trazer suas próprias experiências. Todos nos beneficiaremos!

 

Referências

Benjamin, W. (2006). Passagens. Org. de W. Bolle. Editora UFMG/Imprensa Oficial do Estado de São Paulo.         [ Links ]

Gagnebin, J. M. (2006). "Verdade e memória do passado". In: J. M. Gagnebin, Lembrar escrever esquecer. Editora 34.         [ Links ]

Lyotard, J.-F. (2009). O pós-moderno (R. C. Barbosa, Trad.). José Olympio. (Trabalho original publicado em 1979)        [ Links ]

Matos, O. (2006). Aufklärung na metrópole: Paris e a Via Láctea. In: W. Benjamin, Passagens. Org. de W. Bolle. Editora UFMG/Imprensa Oficial do Estado de São Paulo.         [ Links ]

Oramas, L. P. (2012). Entrevista. Revista Brasileira de Psicanálise, Passagens em 2012, vol. 46, nº 2-3, 17-31.         [ Links ]

Safatle, V. (2015). O circuito dos afetos: corpos políticos, desamparo e o fim do indivíduo. CosacNaify.         [ Links ]

Tanis, B. (2006). Formação-pesquisa; sociedades de psicanálise-universidade: a delicada questão das fronteiras. Jornal de Psicanálise, 39(70),309-325.         [ Links ]

Tanis, B. (2018). A formação psicanalítica. Especificidades e transformações. Jornal de Psicanálise, 51(95),29-41.         [ Links ]

Tanis, B. (2021). O infantil na psicanálise. Memória e temporalidade. Blucher.         [ Links ]

 

 

Recebido em: 4/4/2021
Aceito em: 4/4/2021

 

 

1 Texto da Aula Inaugural proferida no Instituto de Psicanálise "Durval Marcondes" da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo (SBPSP) no dia 27 de fevereiro de 2021.
2 Walter Benjamin. Passagens. Organização da edição brasileira: Willi Bolle. Belo Horizonte: Editora ufmg; São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2006. (Edição alemã: Rolf Tiedemann)

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